Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Mafe Oct 2012
"Preciso de ti! Não partas e não deixe-me partir;
Me enterre aqui ao teu lado, senta comigo e vê as horas a passar;
O céu se encontra entre o azul e o mar, ambos claros, a fadar;
Preciso hoje mesmo a cor dos teus lábios encontrar, pois meus lábios incolores, precisam do toque dos seus para se pintar e num beijo cor de rosa arrepiarem-se.
Preciso hoje mesmo a luz dos teus olhos, pois meus olhos apagados e congelados precisam brilhar, e num só encontro de nossos olhos, num feixe enorme entrelaçarem-se.
Preciso hoje mesmo das tuas mãos para aconchegar-me, meu corpo, alma e coração sem vida precisar do seu calor para reanimarem-se, e num fogo a mil bons tons entregarem-se.
Ah amor, seu toque almejo e entre mil desejos só quero amar-te;
Nenhuma riqueza paga a felicidade do meu coração ao apaixonar-se.
Deus posso viver na pobreza, sem nenhuma grandeza se puder amar-te!
E a vida lentamente, ao seu lado ardente, irei trilhar-me.
Pois cada parte minha e cada parte sua, nunca estarão completas, se não juntarem-se."
Tengo na 'nnammurata
ca è tutt' 'a vita mia.
Mo tene sittant'anne, povera mamma mia!
Cu chella faccia 'e cera,
sotto 'e capille janche,
me pare na sant'Anna
cu ll'uocchie triste e stanche.
Me legge dint' 'o penziero,
me guarda e m'anduvina
si tengo nu dulore
si tengo quacche spina...
arubybluebird Nov 2017
Si no lo digo
Y no lo hago
Es porque no lo siento.
Marco Raimondi May 2017
Idália:
Glórias! Que do abismo dão-se as profundezas
E o paradoxo de uma noite escura à luz do dia
Mas que, perto de meus olhos, brilha acesa
A minha admiração magna que por ti sentia!
Tu és tudo, mais que humano
Mas apenas minhas pálpebras podem únicas sentir teu oceano.

Gaia:
Se em teus olhos vês beleza que denominas
Doce Idália, tem-te cuidado ao mundo que te inflama
Pois se hoje cintilas vida, amanhã serão ruínas
Que sucumbirão ao destino em chamas
Mede teus louvores nos horizontes desta terra,
Pois a natureza de tudo é mãe, até da mais funérea guerra!

Idália:
Fria terra sincera e de índole intensa,
Dei minha miséria e caí em pranto
Sem Deus piedoso, a meu sofrer não há recompensa!
Que farei se deste jardim, as flores desejo tanto?
Esta ventura de nada é pedido inocente
Formosa Gaia, como tortura-me em teu semblante ardente!

Gaia:
Se mais luzes sentes deste Sol coroado,
Muito te erras, raia filha, solenemente!
Se destes vastos campos sentes o céu azulado,
Há de regraciar na sombra teu espírito verdadeiramente!
Que fique tua plena vida manchada por amor,
Te lembrarás, quando desatar teus prantos em inocente dor

Idália:
De meus verdejantes olhares pressinto
A agonia formosa que tu angustias em tudo ser
Pois tu és a umbra, acolhedor recinto
E desse despontam tuas misérias, quais tristemente hão de se manter
Decifro há pouco as águas que beijam as areias
E clareia-me o ímpeto dos dilúvios com fúria tua tão cheia

Gaia:
De fúrias acusa-me teu espanto,
Mas a ti digo, quanto vigor menos,
Para o caos não jogar-te aos mantos
E a lembrar-te o sublime, em tempos tão pequenos!
Decrete-me tuas aflições, tua desventura
Que dói em meu reflexo, que em teus olhos pouco dura?

Idália:
Não digo! Há dentro d'alma tanta vida
Que desconfio, de minha, estar trancada em gelosia
Como recamo no céu de uma ave perdida
Suspiro descorada ânsia qual me havia
Ah! Atravessa-me este calor de eras a centos
Mas inda vejo airoso sopro no troar eterno dos ventos

Gaia:
Diga a cantar-te poder que nos iriantes astros amontoaste
E do mundo, os fundamentos volvia
Destas águas de criação, tu já breve, encerraste?
Lembra-te do sol de primavera, qual no vácuo as solidões enchia
Que importa se és rasga enganadora?
Se de minhas mãos saíram as raízes desta terra traidora!?

Idália:
É o destino, luz que empalidece e minh'alma estua,
Quando campo mi'a pele palpita tua alvura,
Deste infinito toco sublimado nascer de nívea Lua
Posto que, no brilho desta, cuja noite torna pura
O presente esmaece e crio-me, do fato, fugidia errante,
Como o lírio qual coroa abre pobre, por grato instante
Os versos da primeira cena não estão por vez finalizados, inclusive estes que aqui estão podem sofrer mudanças consequentes de suas adaptações, porque foram pouco revisados. Tratam-se, portanto, apenas de alguns fragmentos.
Coolgray Oct 2012
Yo soy la promesa que jamás existió
La que se guarda en la arteria,
la que oxida la materia.

Las promesas falsas te alejan
te avientan más que la indiferencia.

Tu alma no se eleva con intención
por más sincera que esta sea,
si no te abraza, no se enreda entre tus piernas
¿Cómo saber si alguna vez existió?

Yo soy la promesa que jamás existió
la que jamás temió,
la que jamás esperó.
Elena Jul 2016
Cuando quiera que tus labios pronunciaran mi nombre
se me pondría la piel de gallina y mis huesos comenzarían a estremecerse
No estoy acostumbrada a ser llamada con esa dulzura,
una dulzura que sonara tan sincera

Por eso me trastorné tanto cuando te fuiste
Me dejé convencer por tus labios,
pensé que serías diferente y me convencí a mí misma de que te quedarías
aún cuando por adelantado sabía que no lo harías

Pero quién podría sospechar que una voz como la tuya mentiría,
que serías de la clase que hace promesas en el cielo
sólo para dejar que el viento se las lleve
tan fácil como tu te llevaste mi mente

Me tomó 5 segundos darme cuenta que me había enamorado de ti
te tomó 5 segundos romper mi corazón en tantas piezas,
tan pequeñas que el viento se las llevó
Ahora jamás completaré mi corazón
siempre me faltarán piezas y no latirá como solía hacerlo
pero sé al menos que seguirá latiendo
y creo que alguien más vendrá y hará lo mismo que tú
porque siempre es así
y vendrán los que sean necesarios
para perder tantas piezas
hasta que no pueda encontrar ninguna de ellas
y así moriré.
A dios no lo encontré
precisamente en una iglesia,
ni tampoco en un sermón.
No nos conocimos un domingo,
ni se me presentó envuelto en sotanas.

A dios lo vi en una solitaria zebra,
en un hocico húmedo y arrugado,
y en el tímido beso de una hiena.
En el sincronizado nado de los delfines,
la jorobada espalda de una ballena
y un atardecer radiante de rojo y azul.

Me lo topé en las canas de mi padre
y la fe intensa de mi madre.
En la tenacidad de mi hermanita,
convertida hoy en empoderada mujer,
y en el calor de esas amistades
que prevalecen a pesar
de tiempo y distancia.

Dios se me apareció en un primer beso
y una caricia sincera.
Lo encontré detrás de ese
par de ojos azules que gritaban “te amo”,
y en la impotencia y el dolor
que hoy causa el haberlos perdido.

Lo atrapé escondido
en la grandeza de Machu Picchu,
y corriendo por las majestuosas
planicies sudafricanas.
En las calles de mi pueblo pequeñito,
tan lleno de virtudes y problemas,
y en el eco del grito latinoamericano.

A dios lo veo en las cicatrices
que exhiben mis rodillas,
producto de cada caída.
Reside en mi fuerza y coraje,
que me han levantado,
y también en cada persona
que me ha brindado una mano.

Y es que a dios lo veo en algo tan simple
como lo es la gracia de ser humano.
En la risa, el éxito, el dolor y los errores.
El amor, la soledad, la esperanza y la incertidumbre.
Dios, mis amigos, está en la valentía de vivir.
Victor Marques Jan 2016
Recorda  o que de bom viveste....


Comecei por fazer um pequena viagem ao reino do meu ser...tentei neste grande trajecto descobrir as afinidades e singularidades do meu ser. Nesta viagem ímpar e impiedosamente sincera terá um relevo especial tudo o que me toca e apaixona de uma forma continua e desmesuradamente bela.

    Como não poderia deixar de ser, esta minha viagem completa um percurso começado há muitos anos. Num pequena aldeia de Carrazeda de Ansiães, Castanheiro do Norte nasci para gáudio de meus progenitores.
Durante anos fui um menino feliz jogando pião, bola de trapos, usei socos de pau duro, livros, estudei,escrevi muita poesia e sempre olhei para aquele horizonte tão belo que desde o primeiro dia me apaixonou.

     Aprendi a gostar dos nossos, vinhedos, olivais,montes de sobreiros, torgas , giestas, zimbros.
Fazia caminhadas com meus amigos do **** masculino e íamos todos felizes tomar banho ao rio Tua, passando pelo Gavião e descobrindo sempre e sempre uma beleza intimamente rejuvenescedora .
As  coisas simplesmente belas estavam ali sem querer contrapartidas, para serem simplesmente observadas por quem as queria sempre ver...

      Nesta viagem existe sempre a vontade de regressar, de olhar para tudo que aqui temos com mestria, carinho  e porque não com amor eterno.
As pessoas que se encontram nesta viagem nos ensinam a viajar com cuidado, com sabedoria, com uma leveza de seres excepcionais que procuram nesta vida uma felicidade ligada ao meio envolvente de suas terras, de seus lugares preferidos que perduram nas suas mentes.

Um abraço amigo.
Victor Marques
JUVENTUDE , TERRA
Albergo, en el rigor de mi memoria
Flashes que abundan entre nosotros
Cada vez que os recuerdo entera y viva.

Tu estela elevaba el calor, mientras
expuestos ante el encuentro propicio
Aquel caótico y asimétrico suplicio.

Sazón de cuatro copas de vino, marcaron
la noche, cuando la luna bajaba sincera
Y hace de testigo compañera.

Frente al humo, una unión cinética
Entre la música y las danzas artísticas.
Un acorde de guitarra, el sutil indicio
de una bailarina boyante, en su estela
aquella noche marinera.

Entre un tango melancólico
Un opus magnético, la grandiosa sinfonía.

No le pidas al caminante
Que olvide fácilmente
El calor de los labios, la fuerza de tu aura
Esa tántrica melodía.
Aquel prefacio, una fusión de opuestos
Que cuando atraen
El magnetismo sabe hacer clima
Prolongando el éxtasis en el tiempo.

Ese recuerdo que albergo
Me ha servido de sustento
Para continuar trazando la ruta
El camino por recorrer
Que el viajero emprende
En busca de la verdad y la vida
Que encuentro en la poesía
De esta proclama, un pronunciamiento

Cada vez que el recuerdo de un amor
Ha de servir para amar al presente y el mundo.
Yo soy aquel que ayer no más decía
el verso azul y la canción profana,
en cuya noche un ruiseñor había
que era alondra de luz por la mañana.El dueño fui de mi jardín de sueño,
lleno de rosas y de cisnes vagos;
el dueño de las tórtolas, el dueño
de góndolas y liras en los lagos;y muy siglo diez y ocho y muy antiguo
y muy moderno; audaz, cosmopolita;
con Hugo fuerte y con Verlaine ambiguo,
y una sed de ilusiones infinita.Yo supe de dolor desde mi infancia,
mi juventud.... ¿fue juventud la mía?
Sus rosas aún me dejan su fragancia...
una fragancia de melancolía...Potro sin freno se lanzó mi instinto,
mi juventud montó potro sin freno;
iba embriagada y con puñal al cinto;
si no cayó, fue porque Dios es bueno.En mi jardín se vio una estatua bella;
se juzgó mármol y era carne viva;
una alma joven habitaba en ella,
sentimental, sensible, sensitiva.Y tímida ante el mundo, de manera
que encerrada en silencio no salía,
sino cuando en la dulce primavera
era la hora de la melodía...Hora de ocaso y de discreto beso;
hora crepuscular y de retiro;
hora de madrigal y de embeleso,
de «te adoro», y de «¡ay!» y de suspiro.Y entonces era la dulzaina un juego
de misteriosas gamas cristalinas,
un renovar de gotas del Pan griego
y un desgranar de músicas latinas.Con aire tal y con ardor tan vivo,
que a la estatua nacían de repente
en el muslo viril patas de chivo
y dos cuernos de sátiro en la frente.Como la Galatea gongorina
me encantó la marquesa verleniana,
y así juntaba a la pasión divina
una sensual hiperestesia humana;todo ansia, todo ardor, sensación pura
y vigor natural; y sin falsía,
y sin comedia y sin literatura...:
si hay un alma sincera, esa es la mía.La torre de marfil tentó mi anhelo;
quise encerrarme dentro de mí mismo,
y tuve hambre de espacio y sed de cielo
desde las sombras de mi propio abismo.Como la esponja que la sal satura
en el jugo del mar, fue el dulce y tierno
corazón mío, henchido de amargura
por el mundo, la carne y el infierno.Mas, por gracia de Dios, en mi conciencia
el Bien supo elegir la mejor parte;
y si hubo áspera hiel en mi existencia,
melificó toda acritud el Arte.Mi intelecto libré de pensar bajo,
bañó el agua castalia el alma mía,
peregrinó mi corazón y trajo
de la sagrada selva la armonía.¡Oh, la selva sagrada! ¡Oh, la profunda
emanación del corazón divino
de la sagrada selva! ¡Oh, la fecunda
fuente cuya virtud vence al destino!Bosque ideal que lo real complica,
allí el cuerpo arde y vive y Psiquis vuela;
mientras abajo el sátiro fornica,
ebria de azul deslíe Filomela.Perla de ensueño y música amorosa
en la cúpula en flor del laurel verde,
Hipsipila sutil liba en la rosa,
y la boca del fauno el pezón muerde.Allí va el dios en celo tras la hembra,
y la caña de Pan se alza del lodo;
la eterna vida sus semillas siembra,
y brota la armonía del gran Todo.El alma que entra allí debe ir desnuda,
temblando de deseo y fiebre santa,
sobre cardo heridor y espina aguda:
así sueña, así vibra y así canta.Vida, luz y verdad, tal triple llama
produce la interior llama infinita.
El Arte puro como Cristo exclama:
Ego sum lux et veritas et vita!Y la vida es misterio, la luz ciega
y la verdad inaccesible asombra;
la adusta perfección jamás se entrega,
y el secreto ideal duerme en la sombra.Por eso ser sincero es ser potente;
de desnuda que está, brilla la estrella;
el agua dice el alma de la fuente
en la voz de cristal que fluye de ella.Tal fue mi intento, hacer del alma pura
mía, una estrella, una fuente sonora,
con el horror de la literatura
y loco de crepúsculo y de aurora.Del crepúsculo azul que da la pauta
que los celestes éxtasis inspira,
bruma y tono menor -¡toda la flauta!,
y Aurora, hija del Sol- ¡toda la lira!Pasó una piedra que lanzó una honda;
pasó una flecha que aguzó un violento.
La piedra de la honda fue a la onda,
y la flecha del odio fuese al viento.La virtud está en ser tranquilo y fuerte;
con el fuego interior todo se abrasa;
se triunfa del rencor y de la muerte,
y hacia Belén... ¡la caravana pasa!
Chisto è 'o ritratto e chiste so' 'e capille:
na ciocca 'e seta nera avvellutata.
E cheste songo 'e llettere: cchiù 'e mille;
lettere 'e 'na guagliona nnammurata.
Ngiulina se chiammava sta figliola
ch'è stata 'a primma nnammurata mia.
Trent'anne sò passate... Mamma mia!

'A tengo nnanze a ll'uocchie, pare aiere:
vocca 'e curallo, 'na faccella 'e cera,
'nu paro d'uocchie verde, 'e cciglie nere,
senza russetto... semplice e sincera.

Teneva sidece anne e io diciotto.
Faceva 'a sartulella a 'o Chiatamone.
Scenneva d' 'a fatica 'mpunto ll'otto,
e mm'aspettava a me sotto 'o purtone.

Senza parlà, subbeto sotto 'o vraccio
nce pigliavemo e ghievemo a ffà ammore.
Vicino 'a casa soia, 'ncoppa Brancaccio,
parole doce e zucchero int' 'o core.

Mettennoce appuiate 'nfaccia 'o muro,
a musso a mmusso, tutt' e dduie abbracciate:
dint' 'a penombra 'e n' angulillo oscuro,
quanta suspire e vvase appassiunate!

'A tengo nnanze a ll'uocchie, pare aiere:
vocca 'e curallo, na faccella 'e cera;
nu paro d'uocchie verde, 'e cciglie nere,
senza russetto... semplice e sincera.
Marla Dec 2018
Acostada contra una palma
Sobre la esquina habanera,
Había una mujer hermosa
Linda como era sincera.
De un solo momento
Se paró el tiempo-
Una lagrima solitaria
Tumbo en la acera.
"Llorando y llorando me voy a pasar la vida" ella dijo, disjustada.
"Más nunca me quitan esta lluvia de mi alma."
Debajo del mar vives en tus cuevas
liberadoras de todo mal
y te hundes en ellas, oscuras y frías,
titilando junto al miedo.

Haces sombras de tu propia luz
tras tu espalda desarmada
se confunden con tus manos negras
de destiempos inmundos,
soportando el peso de la reflexión
que caen como rocas
sobre tu cabeza adormecida,
rompiéndola en mil pedazos de ideas
y secretos contrariados.

En vano para tu cuerpo,
tenaz para tu mente que crece
en revolución a los sentidos,
que se muestra rebelde
como fuego ferviente.

Se avecina la verdad del mar rojo de tu venas
y llegan contundentes a marchar sobre el temor,
con tu pecho bullendo, explotando
se rompe el mar en tres; cubriéndote,
fortaleciendo tus huesos con su bruma.

Alzas tu cabeza casi rozando a la luna
porque no existe mar muerto,
no existe total infortuna
mas de los débiles con hambre
y sed de complacencia,
costumbristas del sufrir.
Se levanta la tormenta brava
y te haces dueñas de las aguas turbias.

Qué fuerte son las olas que golpean el cuerpo,
desgarrando los músculos.
Como marcan tu piel dejándola roja y fría,
atravesando sin trémulo tus venas congeladas,
dejándote inconsciente de tu alma piadosa,
volviéndose hacia ti en un llanto de muerte.

Abriendo los brazos te dejas ir a lo profundo,
hundiendo tu cabeza ahogaras tus miserias
y, partiendo desde el último aliento,
te dejarás vivir entre la espuma.

Entonces flotarás sobre tus penas
ya olvidadas y dóciles,
te dejarás vivir asomando la cara
frente a la luz más sincera de la noche.
¡Mecánica sincera y peruanísima
la del cerro colorado!
¡Suelo teórico y práctico!
¡Surcos inteligentes; ejemplo: el monolito y su cortejo!
¡Papales, cebadales, alfalfares, cosa buena!
¡Cultivos que integra una asombrosa jerarquía de
útiles
y que integran con viento los mujidos,
las aguas con su sorda antigüedad!
¡Cuaternarios maíces, de opuestos natalicios,
los oigo por los pies cómo se alejan,
los huelo retomar cuando la tierra
tropieza con la técnica del cielo!
¡Molécula exabrupto! ¡Atomo terso!
¡Oh campos humanos!
¡Solar y nutricia ausencia de la mar,
y sentimiento oceánico de todo!
¡Oh climas encontrados dentro del oro, listos!
¡Oh campo intelectual de cordillera,
con religión, con campo, con patitos!
¡Paquidermos en prosa cuando pasan
y en verso cuando páranse!
¡Roedores que miran con sentimiento judicial en torno!
¡Oh patrióticos asnos de mi vida!
¡Vicuña, descendiente
nacional y graciosa de mi mono!
¡Oh luz que dista apenas un espejo de la sombra,
que es vida con el punto y, con la línea, polvo
y que por eso acato, subiendo por la idea a mi osamenta!
¡Siega en época del dilatado molle,
del farol que colgaron de la sien
y del que descolgaron de la barreta espléndida!
¡Angeles de corral,
aves por un descuido de la cresta!
¡Cuya o cuy para comerlos fritos
con el bravo rocoto de los temples!
(¿Cóndores? ¡Me friegan los cóndores!)
¡Leños cristianos en gracia
al tronco feliz y al tallo competente!
¡Familia de los líquenes,
especies en formación basáltica que yo
respeto
desde este modestísimo papel!
¡Cuatro operaciones, os sustraigo
para salvar al roble y hundirlo en buena ley!
¡Cuestas in infraganti!
¡Auquénidos llorosos, almas mías!
¡Sierra de mi Perú, Perú del mundo,
y Perú al pie del orbe; yo me adhiero!
¡Estrellas matutinas si os aromo
quemando hojas de coca en este cráneo,
y cenitales, si destapo,
de un solo sombrerazo, mis diez templos!
¡Brazo de siembra, bájate, y a pie!
¡Lluvia a base del mediodía,
bajo el techo de tejas donde muerde
la infatigable altura
y la tórtola corta en tres su trino!
¡Rotación de tardes modernas
y finas madrugadas arqueológicas!
¡Indio después del hombre y antes de él!
¡Lo entiendo todo en dos flautas
y me doy a entender en una quena!
¡Y lo demás, me las pelan!...
Julio Feb 16
Luz radiante y cálida
Sonrisa que me envolvía
Ausencia que duele.

Alma libre y sincera
Conquistó mis complejidades
Ya no está, solo el eco.

Risas y juegos compartidos
Momentos que atesoro
Vacío que me ahoga.

Recuerdos que me acompañan
Paseos bajo la luna
Despertar con aroma

Primer beso al  sol.
Naranjas que tiñen el cielo
Café con sabor a sueños

Su ausencia me llena de tristeza
Testigo que ya no está
Un mundo sin ella.
Ni5ha Apr 2015
Gracias al hombre que quiere mi
Cuando no quiero mi
Pero, estoy muy triste
No puedo amor una persona
porque no puedo amor mi
Necesito un momento en el tiempo
que Los Dios me dan
Necesito a creer en la capicidad del corazon
El rey es mi imaginacion
Mi imaginacion me quiere matar
No quiero morir
No quiero llorar
Quiero reir y sonreir
Al hombre que quiere mi...
Es importa que tu quedas para mi
Quedes cuando estoy buena, bonita, y sincera
Porque ahora estoy desagradable, fea, y
Digo muchas mentiras
*I apologize if my Spanish is not the best. It is my first time doing in poem that is not in my native language*
Melancolía del «ayer»... Sorpresa
Triste del corazón que fue cobarde...
Un adiós sin motivo, y que nos pesa
Cuando volver a la ilusión ya es tarde.

Y el alma dice, al recordar un día:
«La culpa no fue suya, sino mía».

Tal vez, a solas, en el mismo instante,
Ya sin que llanto a las pupilas fluya,
Dirá en las sombras otra voz distante:
«La culpa no fue mía, sino suya».

Y las dos voces, en callado giro,
Se unirán, en la noche, en un suspiro.
Y queda en un azul de lontananza,
Sola, una reja, que un rosal enflora,
Y lo que fue de dos una esperanza,
Ya, para siempre, en el dolor se llora.

Y un gemido, que en llanto se disuelve,
¿Diciendo va: «La juventud no vuelve».

Y enjugándonos lágrima furtiva,
O en las manos oculta la cabeza
Vemos que, como sombra pensativa,
Se sienta a nuestro lado la Tristeza.

Y el alma llora, ante esperanza trunca,
Lo que ya al corazón no vuelve nunca.

Entonces es el recordar... La ronda
De lo pasado: la primera riña,
Su dulce voz, su cabellera blonda,
Y su adorable ingenuidad de niña;

Y triste siente el corazón herido
El dolor que nos deja un bien perdido.

«¿Dónde estarás?», nos preguntamos.
«¿Dónde?»
«¿Pasas entre los hombres sonreída,
O callado pesar en ti se esconde
Si eres mitad acaso de otra vida?».

Lejana voz de lo que ya no existe:
¡Cómo nos llegas desolada y triste!

«¡Siempre!» decimos, y es la voz sincera;
Juramos: «¡Siempre!» y el jurar no es vano;
Y no es que el corazón cumplir no quiera
Es porque el corazón es barro humano.

El corazón ser fiel siempre ambiciona,
Mas sin quererlo, siempre nos traiciona.

¿Y para qué culparnos? ¿Y en la vida
Para qué disculpar promesa vana?
Se dice adiós, y el corazón olvida,
Pero también lo olvidarán mañana.

El amor al olvido se eslabona,
Y en amor, sólo es grande el que perdona.
Jalapa es un vergel de paz y amores
      Que presintió mi anhelo;
Allá en mis sueños conocí sus flores
      Y adiviné su cielo.

Habláronme en la infancia, en la alborada
      De mi revuelta vida,
De esta mansión para el amor formada,
      Por el amor nutrida.

Aquí, mi padre disfrutó la calma
      De la ilusión naciente;
Aquí vino sin sombras en el alma
      Sin canas en la frente.

Y guardó fiel hasta el postrer momento
      La memoria hechicera
De este Edén, como guarda el pensamiento
      A la mujer primera.

«El Edén no es un mito, puedes hijo
      Conocerlo algún
día...
Jalapa es un Edén...» y me lo dijo
      Trémulo de alegría.

Murió, me dejó huérfano, teniendo
      Espinas por alfombra;
¡Seis años hace ya que está durmiendo
      Tras de la eterna sombra!

¡Quedé a vivir sufriendo decepciones
      Que consumen y abrasan;
A ver pasar ensueños é ilusiones
      Como las nubes pasan!

En medio de la lucha, solo, triste
      Y de sufrir cansado,
Llegué a pensar: pues el Edén existe
      Iré al Edén
soñado.

Y vine y encantáronse mis ojos
      Cuando en la niebla leve
Vi azules lirios, tulipanes rojos
      Y camelias de nieve.

Cuando de enhiestos montes a la falda
      Vi el naranjal sombrío
Y engarzado entre cuencas de esmeralda
      El blanco caserío.

Curó ese panorama mis heridas,
      Busqué paz y reposo
Y abriéronme las puertas bendecidas
      De tu hogar venturoso.

¡Ay! venturoso entonces, en la aurora
      Del más sereno día,
¡Cuando aun no entraba la traidora,
      La Pálida, la Fría!

Cuando tu santa madre no lloraba
      Inclinando la frente;
¡Cuando, con trece abriles la besaba
      Tu hermano, eterno ausente!

Entonces vine y estreché los lazos
      De esta amistad sincera,
A la que doy, tendiéndole mis brazos,
      De ofrenda el alma entera.

Hoy hace un año que apuré las heces
      De nuestro adiós primero;
Desde entonces he vuelto muchas veces...
      ¿Por qué?...
¡porque las quiero!

¡Ay! si pudiera como fresca brisa
      Animar estas flores;
Poner en cada rostro una sonrisa:
      Curar tantos dolores;

¡Si el dulce bienestar que ayer he visto
      Hoy fuera igual y cierto!
¡Si la amistad pudiera como Cristo
      Resucitar a un muerto!

Mañana, al separarme de este hermoso
      Jardín tierno y amado,
Te dejara la dicha y el reposo
      De que siempre has gozado.

Mas ¿quién a la oropéndola caída,
      A mustia tuberosa,
A la nivea caléndula perdida
      En sirte cenagosa,

Les devuelve el perfume y los colores
      Que ostentaron por galas?...
¡Sus hojas, al morir, cierran las flores,
      Los pájaros sus alas!

¡Frente a la eternidad todo se cierra!
      Quien es justo en el suelo
Puede cerrar sus ojos en la tierra...
      ¡Los abrirá en el
cielo!

Hoy que sangra en tu hogar la inmensa herida
      Que abrió alevosa mano,
No olvides que en los campos de la vida
      Tienes en mí un hermano.
Acusado por los críticos literarios de realista,
mis parientes en cambio me atribuyen
el defecto contrario;
                                              afirman que no tengo
sentido alguno de la realidad.
Soy para ellos, sin duda, un funesto espectáculo:
analistas de textos, parientes de provincias,
he defraudado a todos, por lo visto;
¡qué le vamos a hacer!

Citaré algunos casos:

Ciertas tías devotas no pueden contenerse,
y lloran al mirarme.
Otras mucho más tímidas me hacen arroz con leche,
como cuando era niño,
y sonríen contritas, y me dicen:
                                                qué alto,
si te viese tu padre…,
y se quedan suspensas, sin saber qué añadir.

Sin embargo, no ignoro
que sus ambiguos gestos
disimulan
una sincera compasión irremediable
que brilla húmedamente en sus miradas
y en sus piadosos dientes postizos de conejo.

Y no sólo son ellas.

En las noches,
mi anciana tía Clotilde regresa de la tumba
para agitar ante mi rostro sus manos sarmentosas
y repetir con tono admonitorio:
¡Con la belleza no se come! ¿Qué piensas que es la vida?

Por su parte,
mi madre ya difunta, con voz delgada y triste,
augura un lamentable final de mi existencia:
manicomios, asilos, calvicie, blenorragia.

Yo no sé qué decirles, y ellas
vuelven a su silencio.
Lo mismo, igual que entonces.
Como cuando era niño.
                          Parece
que no ha pasado la muerte por nosotros.
I' tengo 'e llire, nun me manca niente,
me pozzo accattà chello ca me piace:
na statua d'oro, nu vapore argiento...
palazze, ville... case in quantità.
- Chi è cchiù felice 'e te?! - mme dice 'a ggente.
- Si ricco, si guaglione... che te manca? -
E chest' è overo, nun me manca niente.
Sulo na cosa mme vurria accattà...

Nu core... tutto core 'e tennerezza
ca me vulesse na muntagna 'e bbene...
ca me sbattesse 'mmano p' 'a priezza,
cuntento pe mme dà 'a felicità.

Dipende a me; nun voglio aspettà ancora.
Tuzzuliaje a porta 'e na figliola:
- Che t'aggia dà pe m'accattà stu core?
Qualunque prezzo, dì, che t'aggia dà? -

Me rispunnette cu bella maniera:
- 'O core nun se venne... se riala...
crediteme, ca io ve sò sincera...
cu 'e llire 'o core nun se pò accattà!
Mariana Seabra Jul 2023
Chegaste a mim em forma de argila, num balde de plástico furado.  
Apanhei-te, de surpresa, embrulhada nas ondas do meu mar salgado.  
Estavas escondida, por entre os rochedos, rodeada pelas habituais muralhas que te aconchegam,  
                                                   ­     as mesmas que me atormentam,  
quando levantas uma barreira que me impede de chegar a ti.  

Segurei-te nos braços, como quem se prepara para te embalar. Sacudi-te as algas, e encostei o meu ouvido à casca que te acolhia no seu ventre.  
Não conseguia decifrar o som que escutava, muito menos controlar a vontade de o querer escutar mais. Algo ecoava num tom quase inaudível. Sentia uma vida...uma vida fraca, sim...mas, havia vida a pulsar. Podia jurar que conseguia sentir-te, para lá da barreira, como se me tivesses atravessado corpo adentro.
Ainda não conhecia o som da tua voz, e ela já me fazia sonhar.  

Pulsavas numa frequência tão semelhante à minha!... não resisti,  
fui impelida a chegar mais perto. Precisava de te tocar, precisava de te ver,
     só para ter a certeza se eras real,
                           ou se, finalmente, tinha terminado de enlouquecer.

Se tinha perdido os meus resquícios de sanidade,  
                                                     ­                                   consciência,
                                                                ­                        lucidez,                              
ou se era verdade que estávamos ambas a vibrar,
no mesmo espaço, ao mesmo tempo, no mesmo ritmo de frequência, uma e outra e outra...e outra vez.  

Vieste dar à costa na minha pequena ilha encantada. Na ilha onde, de livre vontade, me isolava.  
Na ilha onde me permitia correr desafogadamente,  

                                             ­                            ser besta e/ou humana,  
                                                       ­                  ser eu,  
                                                           ­              ser tudo,
                                                                ­         ser todos,  
                                                        ­                 ou ser nada.  

Na mesma ilha onde só eu decidia, quem ou o que é que entrava. Não sabia se estava feliz ou assustada! Mais tarde, interiorizei que ambos podem coexistir. Por agora, sigo em elipses temporais. Longos anos que tentei suprimir num poema, na esperança que ele coubesse dentro de ti.

(…)

“Como é que não dei pela tua entrada? Ou fui eu que te escondi aqui? Será que te escondi tão bem, que até te consegui esconder de mim? És uma estranha oferenda que o mar me trouxe? Ou és só uma refugiada que ficou encalhada? Devo ficar contigo? Ou devolver-te às correntes? Como é que não dei pela tua entrada...? Que brecha é que descobriste em mim? Como é que conseguiste chegar onde ninguém chegou? Como é que te vou tirar daqui?”.  

Não precisei de te abrir para ver o que tinha encontrado, mas queria tanto descobrir uma brecha para te invadir! Não sabia de onde vinha esse louco chamamento. Sei que o sentia invadir-me a mim. Como se, de repente, chegar ao núcleo que te continha fosse cada vez menos uma vontade e, cada vez mais uma necessidade.

Cheiravas-me a terra molhada,  
                                                      ­   depois de uma chuva desgraçada. Queria entrar em ti! Mesmo depois de me terem dito que a curiosidade matava. Queria tanto entrar em ti! Ser enterrada em ti!  

A arquiteta que desenhou aquele balde estava mesmo empenhada                                                        ­                                                             
                                 em manter-te lá dentro,  
e manter tudo o resto cá fora. A tampa parecia bem selada.  

Admirei-a pela inteligência. Pelo simples que tornou complexo.  
Pela correta noção de que, nem toda a gente merece ter o teu acesso.

(...)

Vinhas em forma de argila...e, retiradas as algas da frente, vi um labirinto para onde implorei ser sugada. Estava no epicentro de uma tempestade que ainda se estava a formar e, já se faziam previsões que ia ser violenta. O caos de uma relação! de uma conexão, onde o eu, o tu e o nós, onde o passado, o futuro e o presente, entram em conflito, até cada um descobrir onde se encaixa, até se sentirem confortáveis no seu devido lugar.  

Estava tão habituada a estar sozinha e isolada, apenas acompanhada pelo som da água, dos animais ou do vento, que não sabia identificar se estava triste ou contente. Não sabia como me sentir com a tua inesperada chegada. Não sabia o que era ouvir outro batimento cardíaco dentro da minha própria mente,  

e sentir uma pulsação ligada à minha, mesmo quando o teu coração está distante ou ausente.  

No começo, espreitava-te pelos buracos do balde, por onde pequenos feixes de luz entravam e, incandesciam a tua câmera obscura,  

                 e tu corrias para te esconder!
                 e eu corria para te apanhar!
                 e foi um esconde-esconde que durou-durou...
                 e nenhuma de nós chegou a ganhar.  

Quanto mais te estudava, menos de mim percebia. Mais admiração sentia por aquela pedra de argila tão fria. "Que presente é este que naufragou no meu mar? Como é que te vou abrir sem te partir?"

Retirei-te a tampa a medo,  
                                                a medo que o teu interior explodisse.  

E tu mal te mexeste.  
                                  E eu mexia-te,
                                                           remex­ia-te,
                                                           virava-te do direito e do avesso.  

És única! Fazias-me lembrar de tudo,
                                                          e não me fazias lembrar de nada.

És única! E o que eu adorava  
é que não me fazias lembrar de ninguém,  
                             ninguém que eu tivesse conhecido ou imaginado.

És única! A musa que me inspirou com a sua existência.  

“Como é que uma pedra tão fria pode causar-me esta sensação tão grande de ardência?”

(…)

Mesmo que fechasse os olhos, a inutilidade de os manter assim era evidente.  
Entravas-me pelos sentidos que menos esperava. Foi contigo que aprendi que há mais que cinco! E, que todos podem ser estimulados. E, que podem ser criados mais! Existem milhares de canais por onde consegues entrar em mim.  

A curiosidade que aquele teu cheiro me despertava era imensa,                                                          ­                                                

               ­                                                                 ­                  intensa,
                                                                ­                                                       
         ­                                                                 ­                         então,  
                                          
             ­                                                                 ­                    abri-te.

Abri-me ao meio,  
só para ver em quantas peças é que um ser humano pode ser desmontado.

Despi-te a alma com olhares curiosos. E, de cada vez que te olhava, tinha de controlar o tempo! Tinha de me desviar! Tinha medo que me apanhasses a despir-te com o olhar. Ou pior!  
Tinha medo que fosses tu a despir-me. Nunca tinha estado assim tão nua com alguém.  
Tinha medo do que os teus olhos poderiam ver. Não sabia se ficarias, mesmo depois de me conhecer. Depois de me tirares as algas da frente, e veres que não sou só luz, que luz é apenas a essência em que me prefiro converter. Que vim da escuridão, embrulhada nas ondas de um mar escuro e tenebroso, e é contra os monstros que habitam essas correntes que me debato todos os dias, porque sei que não os posso deixar tomar as rédeas do meu frágil navio.  

(...)

Vinhas em inúmeros pedaços rochosos,
                                                                ­             uns afiados,  
  
                                                   ­                          uns macios,

                                                               ­           todos partidos...

Sentia a tua dureza contra a moleza da minha pele ardente,  
E eu ardia.  
                    E tu não ardias,  
                                                 parecias morta de tão fria.  

Estavas tão endurecida pela vida, que nem tremias.  
Não importava o quanto te amasse,  
                                                       ­          que te atirasse à parede, 
                                                        ­         que te gritasse                                                         ­                                                                 ­                    
                                                                ­                            ou abanasse...

Não importava. Não tremias.  

Haviam demasiadas questões que me assombravam. Diria que, sou uma pessoa com tendência natural para se questionar. Não é motivo de alarme, é o formato normal do meu cérebro funcionar. Ele pega numa coisa e começa a rodá-la em várias direções, para que eu a possa ver de vários ângulos, seja em duas, três, quatro ou cinco dimensões.  

"Porque é que não reagias?"  
"Devia ter pousado o balde?"  
"Devia ter recuado?"
"Devia ter desviado o olhar,
                                                      em vez de te ter encarado?"  

Mas, não. Não conseguia. Existia algo! Algo maior que me puxava para os teus pedaços.  
Algo que me fervia por dentro, uma tal de "forte energia", que não se permitia ser domada ou contrariada. Algo neles que me atraía, na exata medida em que me repelia.

Olhava-te, observava-te,  
                                                absorvia-te...
e via além do que os outros viam.
Declarava a mim mesma, com toda a certeza, que te reconhecia.
Quem sabe, de uma outra vida.
Eras-me mais familiar à alma do que a minha própria família.  
Apesar de que me entristeça escrever isto.  

Eram tantas as mazelas que trazias...Reconhecia algumas delas nas minhas. Nem sabia por onde te pegar.
Nem sabia como manter os teus pedaços juntos. Nem sabia a forma certa de te amar.
Estava disposta a aprender,  
                                                   se estivesses disposta a ensinar.  

(…)

Descobri com a nossa convivência, que violência era o que bem conhecias,                                                       ­                                                         
                    então, claro que já não tremias!  
Um ser humano quebrado, eventualmente, habitua-se a esse estado. Até o amor lhe começa a saber a amargo.  

Só precisei de te observar de perto.  
Só precisei de te quebrar com afeto.

Culpei-me por ser tão bruta e desastrada, esqueci-me que o amor também vem com espinhos disfarçados. Devia ter percebido pelo teu olhar cheio e vazio, pelo reflexo meu que nele espelhava, que a semelhança é demasiada para ser ignorada.

Somos semelhantes.  

Tão diferentes! que somos semelhantes.  

Duas almas velhas e cansadas. Duas crianças ingénuas e magoadas. Duas pessoas demasiado habituadas à solidão.  

Só precisei de escavar através do teu lado racional.
Cegamente, mergulhei bem fundo, onde já nem a luz batia,

                                                               ­    e naveguei sem rumo certo  

nas marés turbulentas do teu emocional. E, algures dentro de ti,  
encontrei um portal que me levou a um outro mundo...

Um mundo onde eu nem sabia que uma outra versão de mim existia,                                                         ­                                                         
       ­       onde me escondias e cobrias com a lua.

Um mundo onde eu estava em casa, e nem casa existia,  
                                                      ­            
                       onde me deitava ao teu lado,                                          
                          onde te deitavas ao meu lado,                                                            ­                                            
                    ­            totalmente nua,
      debaixo da armadura que, finalmente, parecia ter caído.  

Creio que mergulhei fundo demais...  
Ultrapassei os limites terrestres,
                                 e fui embater contigo em terrenos espirituais.  

Cheguei a ti com muita paciência e ternura.
Tornei-me energia pura! Um ser omnipresente. Tinha uma vida no mundo físico e, uma dupla, que vivia contigo através da música, da escrita, da literatura…Tornei-me minha e tua!  
Eu sabia...
Há muito amor escondido atrás dessa falsa amargura.  
Então, parei de usar a força e, mudei de abordagem,  
para uma mais sossegada,
                                               uma que te deixasse mais vulnerável,                                                                    ­                                            
         em vez de assustada.  

(…)

“Minha pedra de argila, acho que estou a projetar. Estou mais assustada que tu! Estar perto de ti faz-me tremer, não me consigo controlar. Quero estar perto! Só quero estar perto! Mesmo que não me segure de pé. Mesmo que tenhas de me relembrar de respirar. Mesmo que me custem a sair as palavras, quando são atropeladas pela carrada de sentimentos que vieste despertar…”

És um livro aberto, com páginas escritas a tinta mágica.
A cada página que o fogo revelava, havia uma página seguinte que vinha arrancada. Mais um capítulo que ficava por ler. Outra incógnita sobre ti que me deixavas a matutar.

Soubeste como me despertar a curiosidade,
como a manter,
como me atiçar,
como me deixar viciada em ti,
como me estabilizar ou desestabilizar.  

E nem precisas de fazer nada! a tua mera existência abana a corda alta onde me tento equilibrar.

Segurei-te com todo o carinho! E, foi sempre assim que quis segurar-te.

Como quem procura
                                       amar-te.

Talvez transformar-te,  
                                        em algo meu,
                                        em algo teu,
                                                                ­ em algo mais,
                                                                ­                          em algo nosso.  

Oferecias resistência, e eu não entendia.  
A ausência de entendimento entorpecia-me o pensamento, e eu insistia...Não conseguia respeitar-te. Só queria amar-te!

Cada obstáculo que aparecia era só mais uma prova para superar,  
                    ou, pelo menos, era disso que me convencia.
Menos metros que tinha de fazer nesta maratona exaustiva!
onde a única meta consistia  
                                                   em chegar a ti.
Desse por onde desse, tivesse de suar lágrimas ou chorar sangue!

(...)

Olhava-te a transbordar de sentimentos! mal me conseguia conter! mal conseguia formar uma frase! mal conseguia esconder que o que tremia por fora, nem se comparava ao que tremia por dentro!
Afinal, era o meu interior que estava prestes a explodir.

"Como é que não te conseguiste aperceber?”

A tua boca dizia uma coisa que, rapidamente, os teus olhos vinham contrariar. "Voa, sê livre”. Era o que a tua boca pregava em mim, parecia uma cruz que eu estava destinada a carregar. Mas, quando eu voava, ficava o meu mar salgado marcado no teu olhar.  
Não quero estar onde não estás! Não quero voar! quero deitar-me ao teu lado! quero não ter de sair de lá! e só quero voar ao teu lado quando nos cansarmos de viajar no mundo de cá.  

“Porque é que fazemos o oposto daquilo que queremos? Porque é que é mais difícil pedir a alguém para ficar? Quando é que a necessidade do outro começou a parecer uma humilhação? Quando é que o mundo mudou tanto, que o mais normal é demonstrar desapego, em vez daquela saudável obsessão? Tanta questão! Também gostava que o meu cérebro se conseguisse calar. Também me esgoto a mim mesma de tanto pensar.”

(...)

O amor bateu em ti e fez ricochete,  
                                                    ­                acertou em mim,  
quase nos conseguiu despedaçar.  

Até hoje, és uma bala de argila, perdida no fluxo das minhas veias incandescentes. O impacto não me matou, e o buraco já quase sarou com a minha própria carne à tua volta. Enquanto for viva, vou carregar-te para onde quer que vá. Enquanto for viva, és carne da minha própria carne, és uma ferida aberta que me recuso a fechar.
Quero costurar-me a ti! para que não haja possibilidade de nos voltarmos a separar.

Não sei se te cheguei a ensinar alguma coisa, mas ansiava que, talvez, o amor te pudesse ensinar.  

Oferecias resistência, e eu não entendia.  
Então, eu insistia...
                                   Dobrava-te e desdobrava-me.
Fazia origami da minha própria cabeça  
                                                e das folhas soltas que me presenteavas,
escritas com os teus pensamentos mais confusos. Pequenos pedaços de ti!  
Estava em busca de soluções para problemas que nem existiam.  

"Como é que vou tornar esta pedra áspera, numa pedra mais macia? Como é que chego ao núcleo desta pedra de argila? Ao sítio onde palpita o seu pequeno grande coração?
Querias que explorasse os teus limites,  
                                                      ­      ou que fingisse que não os via?”

Querias ser pedra de gelo,  
                                                  e eu, em chamas,  
queria mostrar-te que podias ser pedra vulcânica.

(...)

Estudei as tuas ligações químicas, cada partícula que te constituía.
Como se misturavam umas com as outras para criar  

                 a mais bela sinestesia

que os meus olhos tiveram o prazer de vivenciar.


Tornaste-te o meu desafio mais complicado.  
“O que raio é suposto eu fazer com tantos bocados afiados?”.  
Sinto-os espalhados no meu peito, no sítio onde a tua cabeça deveria encaixar, e não há cirurgia que me possa salvar. Não sei a que médico ir.  Não sei a quem me posso queixar.
São balas fantasma, iguais às dores que sinto quando não estás.  
A dor aguda e congruente que me atormenta quando estás ausente.
Como se me faltasse um pedaço essencial, que torna a minha vida dormente.

Perdoa-me, por nunca ter chegado a entender que uso lhes deveria dar.  

(...)

Reparei, por belo acaso! no teu comportamento delicado  
quando te misturavas com a água salgada, que escorria do meu olhar esverdeado,
                                  quando te abraçava,  
                                  quando te escrevia,  
                          em dias de alegria e/ou agonia.
Como ficavas mais macia, maleável e reagias eletricamente.  
Expandias-te,  
                          tornav­as-te numa outra coisa,  
                                                        ­              um novo eu que emergia,  

ainda que pouco coerente.  


Peguei-te com cuidado. Senti-te gélida, mas tranquila...
"Minha bela pedra de argila..."
Soube logo que te pertencia,  
                                                    ­   soube logo que me pertencias.  
Que o destino, finalmente, tinha chegado.
E soube-o, mesmo quando nem tu o sabias.

A estrada até ti é longa, prefiro não aceitar desvios.  
É íngreme o caminho, e raramente é iluminado...
muito pelo contrário, escolheste construir um caminho escuro,  
cheio de perigos e obstáculos,  
                                                   ­      um caminho duro,  
feito propositadamente para que ninguém chegue a ti...
Então, claro que, às vezes, me perco. Às vezes, também não tenho forças para caminhar. E se demoro, perdoa-me! Tenho de encontrar a mim mesma, antes de te ir procurar.  

No fim da longa estrada, que mais parece um labirinto perfeitamente desenhado,
                                      sem qualquer porta de saída ou de entrada,
estás tu, lá sentada, atrás da tua muralha impenetrável, a desejar ser entendida e amada, e simultaneamente, a desejar nunca ser encontrada.  

“Como é que aquilo que eu mais procuro é, simultaneamente, aquilo com que tenho mais medo de me deparar?”

Que ninguém venha quebrar a tua solidão!  
Estás destinada a estar sozinha! É isso que dizes a ti mesma?
Ora, pois, sei bem o que é carregar a solidão às costas,  
a beleza e a tranquilidade de estar sozinha.

Não vim para a quebrar,  
                                   vim para misturar a tua solidão com a minha.

Moldei-te,  
                     e moldei-me a ti.

Passei os dedos pelas fissuras. Senti todas as cicatrizes e, beijei-te as ranhuras por onde escapavam alguns dos teus bocados. Tentei uni-los num abraço.
Eu sabia...
Como se isto fosse um conto de fadas…
Como se um beijo pudesse acordar…
Como se uma chávena partida pudesse voltar atrás no tempo,  
                                                        ­      
                                                         segundo­s antes de se estilhaçar.  

O tempo recusa-se a andar para trás.
Então, tive de pensar numa outra solução.
Não te podia deixar ali, abandonada, partida no chão.

Todo o cuidado! E mesmo assim foi pouco.  
Desmoronaste.  
Foi mesmo à frente dos meus olhos que desmoronaste.  

Tive tanto cuidado! E mesmo assim, foi pouco.
Não sei se te peguei da forma errada,  
                            
                              ou se já chegaste a mim demasiado fragilizada…

Não queria acreditar que, ainda agora te segurava...
Ainda agora estavas viva…
Ainda agora adormecia com o som do teu respirar…

Agora, chamo o teu nome e ninguém responde do lado de lá…
Agora, já ninguém chama o meu nome do lado de cá.

Sou casmurra. Não me dei por vencida.
Primeiro, levantei-me a mim do chão, depois, quis regressar a ti
                            e regressei à corrida.  
Recuperei-me, e estava decidida a erguer-te de novo.
Desta vez tive a tua ajuda,
                                                   estavas mais comprometida.
Tinhas esperança de ser curada.
Talvez, desta vez, não oferecesses tanta resistência!
Talvez, desta vez, aceitasses o meu amor!
Talvez, desta vez, seja um trabalho a dois!
Talvez, desta vez, possa estar mais descansada.
Talvez, desta vez, também eu possa ser cuidada.

Arrumei os pedaços, tentei dar-lhes uma outra figura.
Adequada à tua beleza, ao teu jeito e feitio. Inteligente, criativa, misteriosa, divertida, carismática, observadora, com um toque sombrio.

Despertaste em mim um amor doentio!  
Ou, pelo menos, era assim que alguns lhe chamavam.
Admito, a opinião alheia deixa-me mais aborrecida do que interessada. A pessoas incompreensivas, não tenho vontade de lhes responder. Quem entende, irá entender. Quem sente o amor como uma brisa, não sabe o que é senti-lo como um furacão. Só quem ama ou já amou assim, tem a total capacidade de compreender, que nem tudo o que parece mau, o chega realmente a ser.

Às vezes, é preciso destruir o antigo, para que algo novo tenha espaço para aparecer. Um amor assim não é uma doença, não mata, pelo contrário, deu-me vontade de viver. Fez-me querer ser melhor, fez-me lutar para que pudesse sentir-me merecedora de o ter.

Sim, pode levar-nos à loucura. Sei que, a mim, me leva ao desespero. O desespero de te querer apertar nos meus braços todos os dias. O desespero de te ter! hoje! amanhã! sempre! O desespero de viver contigo já! agora! sempre! O desespero de não poder esperar! O desespero de não conseguir seguir indiferente depois de te conhecer! O desespero de não me conseguir conter! Nem a morte me poderia conter!  
E , saber que te irei amar, muito depois de morrer.  

Quem nunca passou de brasa a incêndio, não entende a total capacidade de um fogo. Prefiro renascer das cinzas a cada lua nova, do que passar pela vida sem ter ardido.  

Já devia ter entendido, as pessoas só podem mergulhar fundo em mim se já tiverem mergulhado fundo em si. Quem vive à superfície, não sabe do que falo quando o assunto é o inconsciente.  
Se os outros não se conhecem sequer a si mesmos, então, a opinião deles deveria mesmo importar? Há muito já fui aclamada de vilã, por não ser mais do que mera gente. E, como qualquer gente, sou simples e complexa. A realidade é que, poucos são os que se permitem sentir todo o espectro de emoções humanas, genuinamente, e eu, felizmente e infelizmente, sou gente dessa.

(…)

Descobriste um oceano escondido e inexplorado.  
Um Mar que se abriu só para ti, como se fosse Moisés que se estivesse a aproximar. Um Mar que só existia para ti. Um Mar que mais ninguém via, onde mais ninguém podia nadar. Um Mar reservado para ti. Parecia que existia com o único propósito de fazer o teu corpo flutuar.  

Deste-lhe um nome, brincaste com ele, usaste-o, amassaste-o, engoliste-o
                      e, cuspiste-o de volta na minha cara.

Uma outra definição. Um Mar de água doce, com a tua saliva misturada.
Uma outra versão de mim, desconhecida, até então.  
Um outro nome que eu preferia.
Um nome que só tu me chamavas, e mais ninguém ouvia,  
Um booboo que nasceu na tua boca e veio parar às minhas mãos, e delas escorria para um sorriso tímido que emergia.

(...)

E, de onde origina a argila?
Descobri que, pode gerar-se através de um ataque químico. Por exemplo, com a água. "A água sabe."  Era o que tu me dizias.  

Era com ela que nos moldavas.
Talvez com a água doce e salgada que escorria do teu rosto
                                                   e no meu rosto caía,
                                                   e no meu pescoço secava,

enquanto choravas em cima de mim,
                                                                ­abraçada a mim, na tua cama.

Enquanto tremias de receio, de que me desejasses mais a mim, do que aquilo que eu te desejava.

“Como não podias estar mais enganada!  
Como é que não vias todo o tempo e amor que te dedicava?  
Tinhas os olhos tapados pelo medo? Como é que me observavas e não me absorvias?”

O amor tem muito de belo e muito de triste.  A dualidade do mundo é tramada, mas não me adianta de nada fechar os olhos a tudo o que existe.  

Ah! Tantas coisas que nascem de um ataque químico! Ou ataque físico, como por exemplo, através do vulcanismo ou da erosão.
Quando moveste as placas que solidificavam as minhas raízes à Terra,  
           e chegaste a mim em forma de sismo silencioso,  
mandaste-me as ilusões e as outras estruturas todas abaixo, e sobrou uma cratera com a forma do meu coração, de onde foi cuspida a lava que me transmutou. A mesma lava que, mais tarde, usei para nos metamorfosear. Diria que, ser destruída e reconstruída por ti, foi a minha salvação.
Sobrei eu, debaixo dos destroços. Só não sei se te sobrevivi. Nunca mais fui a mesma desde que nos vi a desabar.  

E, são esses dois ataques que geram a argila. Produzem a fragmentação das rochas em pequenas partículas,  
                                                   ­                                                             
                                                                ­                         umas afiadas,  
                                                      ­                                                        
                                                                ­                         umas macias,
                                                                ­                                                       
         ­                                                                 ­               todas partidas.  

Gosto de pegar em factos e, aproximá-los da ficção na minha poesia.
Brinco com metáforas, brinco contigo, brinco com a vida...mas, sou séria em tudo o que faço. Só porque brinco com as palavras, não significa que te mentiria. A lealdade que me une a ti não o iria permitir.  

É belo, tão belo! Consegues ver? Fazes vibrar o meu mundo. Contigo dá-se a verdadeira magia! Também consegues senti-la?  
Tudo dá para ser transformado em algo mais. Nem melhor nem pior, apenas algo diferente.  

Das rochas vem a areia, da areia vem a argila, da argila vem o meu vaso imaginário, a quem dei um nome e uma nova sina.  

Viva a alquimia! Sinto a fluir em mim a alquimia!  
Tenho uma capacidade inata de romantizar tudo,  

                                                   de ver o copo meio cheio,  

                                                       ­                          e nem copo existia.  

Revelaste-me um amor que não sabia estar perdido.
Entendeste-me com qualidades e defeitos.
Graças a ti, fiquei esclarecida! Que melhor do que ser amada,
é ser aceite e compreendida.

Feita de barro nunca antes fundido.
Assim seguia a minha alma, antes de te ter conhecido.
Dá-me da tua água! Quero afogar-me em ti, todas as vidas!
E ter o prazer de conhecer-te, e ter o desprazer de esquecer-te, só para poder voltar a conhecer-te,
sentir-te, e por ti, só por ti, ser sentida.  

Toquei-te na alma nua! Ainda tenho as mãos manchadas com o sangue da tua carne crua. E a minha alma nua, foi tocada por ti. Provaste-me que não estava doida varrida. Soube logo que era tua!  

Nunca tinha trabalhado com o teu tipo de barro.
Ainda para mais, tão fraturado.
Peguei em ti, com todo o cuidado...

"Tive um pensamento bizarro,
Dos teus pedaços vou construir um vaso! Tem de caber água, búzios, algumas flores! Talvez o meu corpo inteiro, se o conseguir encolher o suficiente.

Recolho todos os teus bocados, mantenho-os presos, juntos por um fio vermelho e dourado. Ofereço-me a ti de presente."

(…)

Amei-te de forma sincera.  Às vezes errada, outras vezes certa, quem sabe incoerente. Mas o amor, esse que mais importa, ao contrário de nós, é consistente.  

Sobreviveu às chamas do inferno, às chuvas que as apagaram, a dezenas de enterros e renascimentos.  

Nem os anos que por ele passaram, o conseguiram romper. Nem o tempo que tudo desbota, o conseguiu reescrever.

Foi assim que me deparei com o presente agridoce que me aguardava. Descobriste um dos vazios que carrego cá dentro e, depositaste um pedaço de ti para o preencher.
Invadiste o meu espaço, sem que te tivesse notado, nem ouvi os teus passos a atravessar a porta.  
Confundiste-te com a minha solidão, sem nunca a ter mudado. Eras metade do que faltava em mim, e nem dei conta que me faltavas.

“Como poderia não te ter amado? …"

(…)

Minha bela pedra de argila,  
Ninguém me disse que eras preciosa.
Ninguém o sabia, até então.
Não te davam o devido valor,
e, para mim, sempre foste o meu maior tesouro.
Até a alma me iluminavas,
como se fosses uma pedra esculpida em ouro.

  
Meu vaso de barro banhado a fio dourado,  
Ninguém me avisou que serias tão cobiçado,  
                                                     ­             invejado,
                                                               desdenhado,
ou, até, a melhor obra de arte que eu nunca teria acabado.
Ninguém o poderia saber.  
Queria guardar-te só para mim!
Não por ciúmes, além de os ter.
Mas sim, para te proteger.
Livrar-te de olhares gananciosos e, pessoas mal-intencionadas.  
Livrar-te das minhas próprias mãos que, aparentemente, estão condenadas
                       a destruir tudo o que tanto desejam poder agarrar.  

Perdoa-me, ter achado que era uma benção.

Talvez fosse mais como a maldição  
de um Rei Midas virado do avesso.
Tudo o que toco, transforma-se em fumo dourado.
Vejo o futuro que nos poderia ter sido dado!
Vejo-te no fumo espesso,
                                               a dissipares-te à minha frente,
antes mesmo de te ter tocado.

Tudo o que os deuses me ofereceram de presente, vinha envenenado.

  
A eterna questão que paira no ar.  
É melhor amar e perder? Ou nunca chegar a descobrir a sensação de ter amado?

É melhor amar e ficar!

Há sempre mais opções, para quem gosta de se focar menos nos problemas
                     e mais nas soluções.

O amor é como o meu vaso de argila em processo de criação.  
Cuidado! Qualquer movimento brusco vai deixar uma marca profunda. Enquanto não solidificar, tens de ter cuidado! Muito cuidado para não o estragar. Deixa-o girar, não o tentes domar, toca-lhe com suavidade, dá-lhe forma gentilmente, decora os seus movimentos e, deixa-te ser levado, para onde quer que te leve a sua incerta corrente.

Enquanto não solidificar, é frágil! Muito frágil e, a qualquer momento, pode desabar.

Era isso que me estavas a tentar ensinar?  

Duas mãos que moldam a argila num ritmo exaltante!
E une-se a argila com o criador!
                                            E gira! E gira! num rodopio esmagador,  
                                                    ­  E gira! E gira! mas não o largues!
Segura bem os seus pedaços! Abraça-os com firmeza!

Porque erguê-lo é um trabalho árduo
                                                           ­      e se o largas, vai logo abaixo!

São horas, dias, meses, anos, atirados para o esgoto. Sobra a dor, para que nenhuma de nós se esqueça.

                                        E dança! E dança! E dança!...
                             Tento seguir os seus passos pela cintura...  
                                       Se não soubesse que era argila,  
                          diria que era a minha mão entrelaçada na tua.

Bato o pé no soalho.
                                    E acelero!
                                                      e acalmo o compasso...
A água escorre por ele abaixo.
Ressalta as tuas belas linhas à medida da sua descida,
como se fosse a tua pele suada na minha.  

No final, que me resta fazer? Apenas admirá-lo.

Reconstrui-lo. Delimitá-lo. Esculpi-lo. Colori-lo. Parti-lo, quem sabe. É tão simples! a minha humana de ossos e carne, transformada em pedra de argila, transformada em tesouro, transformada em pó de cinza que ingeri do meu próprio vulcão...

A destruição também é uma forma de arte, descobri isso à força, quando me deixaste.  

Acho que, no meu vaso de argila, onde duas mãos se entrecruzaram para o moldar, vou enchê-lo de areia, búzios, pedras e água dourada,
         talvez nasça lá um outro pedaço de ti, a meio da madrugada.
Vou metê-lo ao lado da minha cama, e chamar-lhe vaso de ouro. Porque quem pega num pedaço rochoso e consegue dar-lhe uma outra utilidade, já descobriu o que é alquimia,  

o poder de ser forjado pelo fogo e sair ileso,
renascido como algo novo.
Leydis Nov 2017
Son miles las formas que
demuestran cuánto me amas.
Miles ósculos que alegran mi alma.

Esos besos en el frío de la aurora
que tibian mi cuerpo como lo hace  mi frazada favorita.

esos besos que me das,
en esos tiempos, cuando todo falla, apoyándome con dulzura,
reforzando que nunca me abandonarías.

Esos besos, que son el inicio de una noche apasionada,
donde hacemos el amor
como lo hacen
la sábana y la cama.

Pero si te soy sincera,
amor y pasión de todos mis quimeras,
de todos esos besos,
cuando me besas en la frente,
es cuando más te amo.

Ese beso tan sutil,
esa manera tan delicada de alentar mi alma,
de consentirme como tú más preciada joya,
que me hace sentir como niña protegida,
cuando recibe las bendiciones antes de marchar de su casa y el mundo conquistar con grandes ilusiones.

Ese beso en la frente,
que indica tu admiración y respeto hacia mi persona;
Ya que a pesar de ser tu mujer independiente,
soy en tu vida,
tu preciada niña mimada
y
lo que más valoras.

Siempre bésame en la frente,
así sé que ¡todavía me amas!

LeydisProse
11/19/2017
https://m.facebook.com/LeydisProse/
Cuando volví a encontrarla después de tantos días,
Trémula, abandonando la mano entre las mías,
«¡Mírame!», dijo triste, presa de honda emoción.

¡Oh, cómo estaba pálida y mortalmente bella!
¡Cuál brillaban sus ojos!... Y al acercarme a ella
Sentí de amor y susto temblar su corazón.

Y miraba sus labios, otro tiempo rosados,
Y sus ojos azules, por la fiebre agrandados,
Sus ojos donde ardía celeste claridad.
Una sonrisa vaga sus labios entreabría,
Y con profundo acento de honda melancolía
Me dijo: «Cuán cambiada me encuentras. ¿No es verdad?»

Y al mirar su sonrisa, su faz enflaquecida,
Olvidé las torturas con que amargó mi vida,
Y todos sus crueles desvíos olvidé,
Y las ardientes lágrimas que derramé en la ausencia,
Cuando en sombrías noches, de horror y de demencia,
Al verme triste y solo cual réprobo grité.

¡Todo estaba olvidado, porque la vi tan triste,
Tan pálida y enferma!... ¿Qué corazón resiste
A la piedad? ¿Quién queda tranquilo ante el dolor?
Y la tomé en los brazos con loco desvarío,
Y la cubrí de besos y la llamé ¡bien mío!
Como en los bellos días de nuestro antiguo amor.

Y de esa hora triste en la quietud serena,
Cuando la luz celeste de aurora ultraterrena
En sus azules ojos veíase irradiar,
Comprendiendo, angustiada, que malgastó su vida,
Y de mi amor por ella ya tarde convencida,
«¡Si lo hubiera sabido!», dijo, y rompió a llorar.

«¡Si lo hubiera sabido!»... la palabra postrera

De toda vida... Y esa palabra tan sincera,
Que salió de tu alma -de tu amor expiación-,
Viene desde el pasado, viene siempre a mi vida,
A evocar tu recuerdo y a hacer sangrar la herida
De que no ha de curarse jamás mi corazón.
Me senti completa
Te mostre mi lado mas fragil
Sin ninguna mascara
Feliz, explosiva, triste, misteriosa
Sincera
Pues contigo
Dejarse llevar fue natural
Recien se encendia la llama
Y tu decides apagarla?
Tu y yo nos ivamos a incendiar
A que le tienes miedo?
Dices que no es lo correcto
Pero que lo es?
Estas lleno de excusas
El miedo nos arranca de tantas oportunidades
Y que crees?
El miedo jamas se ir
Hay que arriesgarse
Si, te viy a herir
O quiza tu a mi
Pero asi como pasa lo malo
Tambien lo bueno vendra
Y quiza yo sea la ecepcion
Lo llegastes a pensar?
Tengo el kit para reconstruirte
O almenos
Para darte pedazos de mi y acompletarte
Las puertas de mi alma,
Abiertas estan
Por si decides volver
Pero quiza
No por siempre
Todo es un proceso
Ojala si no vuelves
Te encuentres
Sanes
Y te reconstruyas dia con dia
Cuidate
Leydis May 2018
Converse con tu silencio
te mande con él un beso,
un saludo taciturno, un
pedazo de mi orgullo, un
“espero que estés bien”
un “te extraño Mi Bien”
y un abrazo que arrope tu piel.

Converse con tu silencio,
me hablo mucho del tiempo,
me pregunto “¿que si recordaba
de vez en cuando, la última
conversación forrada en llantos?”.
Le conteste, “que no necesito
recordarla, que está impresa
en mi garganta, tratando
de tragar el más amargo de los tragos.

Converse con tu silencio,
Le pregunte ¿que si estás bien?
Que me dejara saber cuál de los “bien” sentías..,
sé que contigo, un bien puede ser verdad o puede ser mentira.

Te conozco tan bien, que sé cuando
ese “bien” es un bien de conformidad.
“El bien” que empleas para evadir una conexión sincera.
“Bien” cuando te estás muriendo de necesidad.
“Ese bien que está mal” y ese “bien” que pide ayuda.
Ese bien que se dice para no atraer aún más la fatalidad.

Converse con tu silencios,
fue la única vez que te escuche.
Tus silencios siempre tan atentos,.
mis bullicios siempre tan inútiles.

©LeydisProse
5/17/2018
https://m.facebook.com/LeydisProse//
Tengo na 'nnammurata
ca è tutt' 'a vita mia.
Mo tene sittant'anne, povera mamma mia!
Cu chella faccia 'e cera,
sotto 'e capille janche,
me pare na sant'Anna
cu ll'uocchie triste e stanche.
Me legge dint' 'o penziero,
me guarda e m'anduvina
si tengo nu dulore
si tengo quacche spina...
SoVi Apr 2018
Consciencia
Gritando y Preguntando
En la madrugada

Como gallos del campo
Cantando sus Canciones
Para despertar

Con ojos medio abiertos
Palabras pegadas en mi lengua

No tengo respuesta
Para tu confesion
De admiracion

Es que estoy muy joven para esto
Relaciones y compromisos
Todavía tengo el corazón
De un niña sin preocupaciones

Perdoname por ser sincera
Pero no quiero estar contigo
Me gusta estar soltera

No quiero ser intima
Mejor deja la idea



© Sofia Villagrana 2018
Tengo na 'nnammurata
ca è tutt' 'a vita mia.
Mo tene sittant'anne, povera mamma mia!
Cu chella faccia 'e cera,
sotto 'e capille janche,
me pare na sant'Anna
cu ll'uocchie triste e stanche.
Me legge dint' 'o penziero,
me guarda e m'anduvina
si tengo nu dulore
si tengo quacche spina...
Nicole Dec 2018
Era marzo del 2014 y yo tenía una maleta llena de sueños, unos cuantos cortes en el brazo y ojos llenos de lágrimas. Me aferraba al alma de una persona que no me enseño quién era en realidad hasta que sus cadenas atravesaban mi pecho y respirar dolía. Cada paso, cada palabra, cada mirada, dolía. Era marzo del 2014 y estaba viva por que bueno, así lo quizo la vida. Y la vida es divertida por que te pone a las personas correctas en el momento incorrecto y de la forma más extraña posible. Como cuando lo conocí, tenía lentes redondos, ojos tan verdes que podías ver todo tu dolor en ellos pero él no se lo imaginaba, pequeños puntitos en el rostro que él detestaba pero a mí me parecían interesantes, y brazos que nunca acababan. Todo empezó así, derrepente. Era marzo del 2014 y en un solo período académico me contó todo. Desde lo que quería ser, lo que no, lo que quería que los demás supieran y descifre lo que no. Poco a poco, como quitandole los petalos a una rosa y con el pasar los meses conocí a la verdadera persona que querría por el resto de mi vida.

Era marzo del 2015 y yo lo único que quería era morir. Otra vez. Todo empezo de nuevo y estaba aprisionada en una paralela a la avenida Arequipa entre un espejo roto y alguien que me decía que me amaba pero, siempre había un pero.
+ "Me volvió a botar de su casa"
- "Lárgate de ahí, Nicole, por favor vete"

Pero no me fuí.
Con puntos y comas, y ortografía y sonrisas y llantos y abrazos perfectos.

Era julio del 2015 y estaba por morirme. Cerca. Me acuerdo que un día solamente no pude y me senté en medio de la Avenida Larco a llorar. Solo a llorar. Y me tomo de la mano y me dijo "Vamos".
Y esa vez si fuí.
Y todo estuvo bien.

+ "No puedo"
- "Si puedes, ya voy"

Y venía. Y vino cada vez, cada momento, cada llanto. Respondió cada llamada, cada mensaje.

Hasta que todo se empezó a desmoronar en su propia vida. Y empezaron a crecer los petalos de las rosas otra vez y yo ya no podía sacarlos. Las espinas no me dejaban por que me hacía daño y no quiero sangrar más.

Era un par de días antes de mi cumpleaños en el 2017. Y llego a mí con una mirada que nunca me voy a olvidar, y lo supe. Y lo sabía. Y lo dijo. Y sentí como su mundo se venía abajo, y con el de él el mío y en ese momento prometí que nunca dejaría que se sienta como yo me sentí aquel invierno del 2013 cuando compararme con hormigas era mi mayor ocupación e imaginaba como deshacerme de ellas.
Pero, una vez más, falle.

Y en el invierno del 2018 me di cuenta que no podía seguir tapando el sol con un dedo y que no podría, nunca, ayudarlo como él me ayudo. Nunca podría dar tanto. Y no es por que yo no quiera. Es por que esa vez, cuando dejó de comer 1 semana y me echaron la culpa me di cuenta que diga lo que diga, haga lo que haga, siempre habrá una parte del él que nunca podría encontrar. Una parte de él que no deja ver, la misma que no lo deja llorar frente a mí, incluso ahora. Ahora que ya lo sé todo...

Y esta vez ya no fuí.
Era noviembre del 2018 y me dí cuenta que lo amo de la manera más sincera posible y que daría mi vida entera por que sea la persona más feliz del mundo. Por que incluso si yo nunca podré serlo, me gustaría que goze de la felicidad completa, exquisita y verdadera. Que sea libre como las plantas que cultiva y las historias de las que tanto habla, y muy pocos escuchan. Me gustaría que se de cuenta de que no todos sus amigos lo son en realidad y que el dolor es real y nunca va a poder escapar. Que lo sienta, y no lo reprenda. Que entienda que está bien sangrar, está bien llorar, esta bien sentir frente a las personas. Que encerrarse y encadenarse a otros está mal y yo lo aprendí de la peor manera. Me gustaría que sepa que yo sé, yo entiendo, yo comprendo. Y me gustaría que sepa que sí, que siempre y que nunca. Que aveces y que algunas veces.
Pero siempre, siempre.
LKenzo Dec 2020
Helen, buscas el amor con demasiado ímpetu
casi con desesperación
como si temieses que nunca nadie te quisiese.
Me gustaría ser
ligera para volar con el viento
para que el cauce del río me arrastrase
hacía su desembocadura y mar adentro.
Sintiendo el dolor bailando en el interior
de mi estomago, recorriendo mi esófago.
Desesperada realidad que intenta huir
por cada poro de mi piel, al respirar
al tragar.
Nunca deberíamos sufrir por amor
nunca deberían permitírnoslo
pero lo hacen, aunque eso no nos haga fuertes
aunque eso nos debilite y nos consuma
hasta dejarnos en pequeñas virutas,
en pequeñas cenizas
tan ligeras como para volar con el viento,
tan pequeñas como para desaparecer
en silencio, con el tiempo.
Helen, tu fuiste una de esas once vírgenes
a las que violó el violador.
Memoriza nuestras conversaciones para poder hacer una segunda lectura a tus palabras,
quiero tu amor, lo necesito.
Memorizo tu abrazo para más tarde recordarlo.
El edificio se desliza hacía ti
Helen, sirena galáctica paseando
tiburones por el espacio
Quiera o no quiera poco a poco
me alejo más de ti.

Es por la noche y ya no estás
Desde las calles observo toda la ciudad
la acera, las plazas y sus bancos,
no hay ningún sitio en el mundo
donde tu no hayas estado
no existe el suelo que tu no hayas pisado.
A solas en tu cuarto solo me pregunto
cuantas cosas habrán visto estás paredes
que yo no puedo
que aún siendo sincera
me ocultas la mentira en los huesos
me atas la soga al cuello.
Intento olvidarme
pero no existe lugar en este mundo
donde tu y yo no hayamos estado.

Helen, es por la mañana y te has marchado
Desde la cama observo toda la habitación
el suelo, los muebles y sus objetos,
no queda nada que tu no hayas tocado,
no queda nada que no tenga tu olor
tu esencia, tu calor.
Chisto è 'o ritratto e chiste so' 'e capille:
na ciocca 'e seta nera avvellutata.
E cheste songo 'e llettere: cchiù 'e mille;
lettere 'e 'na guagliona nnammurata.
Ngiulina se chiammava sta figliola
ch'è stata 'a primma nnammurata mia.
Trent'anne sò passate... Mamma mia!

'A tengo nnanze a ll'uocchie, pare aiere:
vocca 'e curallo, 'na faccella 'e cera,
'nu paro d'uocchie verde, 'e cciglie nere,
senza russetto... semplice e sincera.

Teneva sidece anne e io diciotto.
Faceva 'a sartulella a 'o Chiatamone.
Scenneva d' 'a fatica 'mpunto ll'otto,
e mm'aspettava a me sotto 'o purtone.

Senza parlà, subbeto sotto 'o vraccio
nce pigliavemo e ghievemo a ffà ammore.
Vicino 'a casa soia, 'ncoppa Brancaccio,
parole doce e zucchero int' 'o core.

Mettennoce appuiate 'nfaccia 'o muro,
a musso a mmusso, tutt' e dduie abbracciate:
dint' 'a penombra 'e n' angulillo oscuro,
quanta suspire e vvase appassiunate!

'A tengo nnanze a ll'uocchie, pare aiere:
vocca 'e curallo, na faccella 'e cera;
nu paro d'uocchie verde, 'e cciglie nere,
senza russetto... semplice e sincera.
«¡Siempre! ¡toda la vida!...»
Y esas palabras tontas -tontas me han parecido-
Es preciso decírmelas; que suenen en mi oído,
Cual cosa repetida.

¡Separarnos!... ¡Decirnos adiós! ¡Tú y yo alejados!...
¡Eso parece horrible! ¡Monstruoso! ¿No es verdad?
Dilo pronto. ¿Podríamos existir separados?
Yo quiero estar seguro de nuestra eternidad.

Mas sin embargo, cuando mi amigo con sincera
Voz me dice: «Ella siempre será tu compañera
Definitiva, ardiente;
¿Qué temes? Será siempre vuestro amor vivo y loco,
 Y fieles seréis ambos», mi corazón, un poco
-¿Y para qué ocultarlo?- contrariado se siente.
Yo era en mis sueños, don Ramón, viajero
del áspero camino, y tú, Caronte
de ojos de llama, el fúnebre barquero
de las revueltas aguas de Aqueronte.

Plúrima barba al pecho te caía.
(Yo quise ver tu manquedad en vano).
Sobre la negra barca aparecía
tu verde senectud de dios pagano.

Habla, dijiste, y yo: cantar quisiera
loor de tu Don Juan y tu paisaje,
en esta hora de verdad sincera.

Porque faltó mi voz en tu homenaje,
permite que en la pálida ribera
te pague en áureo verso mi barcaje.
Mariana Seabra Mar 2022
Nunca, antes, jamais

Senti amor como este.

Tão altruísta

Tão puro

Tão delicado.

Um amor que flutua no ar

Que me rodeia

E não me deixa espaço

Para o questionar.



Tão bonito que é…senti-lo.

Assim, tão intensamente.



Nunca, antes, jamais

Escrevi desta maneira.

Tão bruta

Tão desesperada

Tão sincera.

Tantas palavras

Que me assombram

Os pensamentos

E não me deixam respirar.

Até não me restar outra escolha

Senão as soltar.



Tão bonito que é…senti-las.

Assim, tão livremente.



Nunca, antes, jamais

Desenhei um rosto desta forma

Dentro das paredes da minha mente.

Tão animalesco

Tão detalhado

Tão irreal.

Tantos traços

Que percorro ternamente

Com a ponta dos dedos

E nunca lhes chego

Realmente

A tocar.



Tão bonito que é…conseguir recordá-lo.

Assim, tão nitidamente.



Tão bonito que é amar!

Amar-te a ti, amar-te assim...intensamente.
Leydis Jul 2017
Mirror so loved it (he made her his slave)

Slave to beauty,
Tied, bound, and condemned to live forever as a slave,
to her master and owner... Mr. APPEARANCE.  

She wants to free herself of this *******,
Rid herself of shallow attachments,
love fully her flaws,
but the cunning mirror, cautiously lies to her,
it has forged an alliance with her mind, to only make visible her most inadequate faults!  

She wants to break free,
love her insipid face,
but the chains of society,
weigh heavy on her…it always reminds her,
that she’s not completely emancipated,
that she is not special,
and she must keep the mold bequeathed to her,
for being born the weak gender and coming out of Adam's rib.  

She’s not fully captive,
She can go and have fun with her girls,
she can work, breast-feed an entire country,
but ultimately,
she should execute those functions,
looking like a beauty queen!  

Doesn’t matter that she’s a genius,
Doesn’t matter that she’s sincere,
Doesn’t matter that that she loves completely,
or the fact that she’s an exceptional person,
the only that matters…..
is that she keeps an ideal figure
that as she graces the streets with her delicate figure
traffic is halt to a stop,
that she be more beautiful than Halle Berry, Salma Hayek or Jolie.  

No, it doesn’t matter…….

As long as she remains tied to that mirror,
it doesn't matter that…..she’s empty inside!
////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////



Esclava de la belleza
amarrada, atada, y condenada,
a vivir por siempre como esclava,
de su amo y dueño…el Señor APARIENCIAS.

Ella quiere soltarse,
desencadenarse de ese apego,
amar plenamente sus defectos,
mas el vituperador espejo,
le miente precavidamente,
se ha combinado con su mente,
para enseñarle, lo más ¡deslucido que posee!

Ella quiere liberarse,
amar su lívido rostro,
pero las cadenas de la sociedad,
le recuerda que no está emancipada por completa,
que ella no es especial,
que tiene que mantener el molde promulgado y estampado,
por nacer de la costilla de Adán.

No es completamente prisionera,
puede salir y divertirse,
puede trabajar,
amamantar un país,
pero al final,
debe ejercer esas funciones,
¡como toda reina de belleza!

no importa que sea genial,
no importa que sea sincera,
no importa que ame por completo,
no importa que sea buena persona,
solo importa,
que mantenga un número ideal,
que choquen carros a su pasar,
que sea más bella que Halle Berry,
Salma Hayek o la Jolie.

Mientras ella siga atada a ese espejo,
no importa que este vacía por dentro!
Una canción con tres notas
He compuesto para ti.
Con sólo un dedo la toco;
Óyela,  cerca de mí,
y si la encuentras muy tonta,
Me lo dirás. Hela aquí:

Amo a una niña, bella, muy bella.
«¿Por qué, pregunta, celoso estás?
Soy fiel, lo sabes. Y a ti te amo,
                              A ti no más.

»¿No amarte? Pero... ¡si es imposible!
porque yo creo que no hay mortal
cual tú más fino, suave, ingenioso...
a ti en la vida no hay nadie igual.

»No tengas miedo. Te amo a ti solo;
a ti tan sólo yo puedo amar.
Hacerse el tonto ¡cómo es de feo,
y por celoso verte rabiar!»

ES cierto, es cierto. La creo mía.
no ha sido débil su corazón
ni es atrevido. y es fiel, sincera ...
mas muchas veces en mi aflicción

Me he dicho: Existe sin duda otro hombre
Que, más perfecto que yo, vendrá
Hacia nosotros, y estaré triste,
Cuando él, risueño, feliz será;

El gusto de ella lo tienen pocas;
Ciega, por eso, va mi razón,
y estoy celoso, y honda amargura
siento en el fondo del corazón.

En ardiente frenesí,
en amante desvarío,
esta es la canción, bien mío,
que he compuesto para ti.
Yace entre yerba y zarzas el altar escondido;
y la fuente que cae gota a gota ignorada,
va con su son quejoso llenando la hondonada.
Es la Ninfa que a solas llora un eterno olvido.

El inútil espejo que se tiende bruñido,
apenas copia el vuelo de paloma azorada,
y la luna que boga por la extensión callada
refleja allí su triste rostro empalidecido.

Pastor errante, a veces se acerca en el verano;
bebe, y en losa antigua, del camino a la vera,
riega un poco del agua que le sobró  en la mano,

Ademán heredado hizo con fe sincera,
y sus ojos no vieron en el altar romano
el vaso libatorio y al lado la patera.
Chisto è 'o ritratto e chiste so' 'e capille:
na ciocca 'e seta nera avvellutata.
E cheste songo 'e llettere: cchiù 'e mille;
lettere 'e 'na guagliona nnammurata.
Ngiulina se chiammava sta figliola
ch'è stata 'a primma nnammurata mia.
Trent'anne sò passate... Mamma mia!

'A tengo nnanze a ll'uocchie, pare aiere:
vocca 'e curallo, 'na faccella 'e cera,
'nu paro d'uocchie verde, 'e cciglie nere,
senza russetto... semplice e sincera.

Teneva sidece anne e io diciotto.
Faceva 'a sartulella a 'o Chiatamone.
Scenneva d' 'a fatica 'mpunto ll'otto,
e mm'aspettava a me sotto 'o purtone.

Senza parlà, subbeto sotto 'o vraccio
nce pigliavemo e ghievemo a ffà ammore.
Vicino 'a casa soia, 'ncoppa Brancaccio,
parole doce e zucchero int' 'o core.

Mettennoce appuiate 'nfaccia 'o muro,
a musso a mmusso, tutt' e dduie abbracciate:
dint' 'a penombra 'e n' angulillo oscuro,
quanta suspire e vvase appassiunate!

'A tengo nnanze a ll'uocchie, pare aiere:
vocca 'e curallo, na faccella 'e cera;
nu paro d'uocchie verde, 'e cciglie nere,
senza russetto... semplice e sincera.

— The End —