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Matthieu Martin Jul 2015
A rocha observa o movimento do mar com atenção. essa presença inconstante, essas oscilações de humor, esse vai e vem...
Toda vez que parte leva consigo pedaços daquilo que parecia ser sólido, inabalável.
Mas permanece ali, imóvel. Tenho certeza que se pudesse falar diria algo do tipo: calma, fica. Só dessa vez, fica.
   A natureza não deixa de ensinar. É impossível controlar qualquer coisa, mesmo podendo falar.
Victor Marques Nov 2012
O Nosso tempo deixa de ser tempo

    Hoje é um tempo novo de descoberta e actualização da nossa vida.
Por vezes, ficam para trás as coisas mais bonitas e simples que nos fazem tão felizes e não custam nada a fazer. O amor é um sentimento gratuito e duradouro. O sorriso também é eficaz e permanece na mente de quem o dá e recebe. Agradecer a Deus e às pessoas que nos rodeiam fortifica o nosso espirito por vezes ocupado com tantas banalidades.
    Temos uma natureza que ressuscita todos os dias profícua em dar e nunca pede nada em troca, simplesmente respeito pela criação de tudo que a ela envolve e a nós também.
O tempo se perde no próprio tempo que deixa de ser tempo para quem corre todos os dias atrás de um autocarro, metro, táxi ou outro qualquer devaneio próprio do nosso tempo.
    Vivemos num mundo surdo e cheio de poluições que afectam e matam seres humanos que nem se apercebem da causa da sua morte. Comemos alimentos cheios de pesticidas, herbicidas e por vezes contaminados. Falta ao homem do nosso tempo, tempo para si e seu deleite pessoal.  O Homem perdeu a sua ligação com a natureza das mais diversificadas maneiras: deixou de viver num ambiente campestre, começando a viver em verdadeiras prisões citadinas onde a Indústria e um trabalho fácil atrai multidões.
   O nosso tempo é um tempo de teclados, de écrans gigantes, de mexer de dedos, de mensagens virtuais que não transmitem coisa nenhuma.
   Um tempo que deixa Deus num plano quase esquecido do nosso dia-a-dia.
Este tempo que deixa de ser tempo é louco. Matam-se pais, filhos, irmãos…
Este tempo é um tempo em as pessoas vivem e morrem penando e sentindo cada vez mais a falta de dinheiro, trabalho e uma vida cheia de felicidade.

  Victor Marques
tempo, natureza, Deus
Victor Marques Feb 2015
Primavera que acordas vinhedos adormecidos

     Hoje fiz uma promessa a mim mesmo que seria escrever para ti: Primavera! Desde menino que me encantas, me envolves, me rejuvenesces…Sim, és tu Primavera que me acordas de sonos bem ou mal dormidos. Com os crescer dos dias parece que tudo cresce de uma forma descontrolada e um infindável colorido permanece aos olhos de quem te acolhe e enaltece.
    Sim, só poderias ser tu a bendizer todas as rosas campestres que por ti anseiam para comunicar e nos fazer sentir odores, por vezes já esquecidos. Os jardins se enfeitam com violetas, lírios, hortênsias. Os charcos ficam mais esverdeados e alegres, pois as rãs têm mais tempo para cantar.
    Primavera abençoada que acordas vinhedos durienses adormecidos, que aqueces rio Douro e Tua.  Amendoeiras em flor brancas e puras que acolhem abelhas que procuram alimento param se saciar. Nos campos é imensa a alegria de semear sementes que servirão de alimento para tantos seres que não compreendem o poder de nascimento contínuo que existe em todas as Primaveras. Parece que tudo está com disposição de despertar…
      Parece que tudo ressuscita, que tudo nasce, que tudo vive com maior apego e sintonia com o Deus Criador. Por tudo isto queria também eu ser uma Primavera excelsa e porque não celestial aos olhos de quem nunca teve ou sentiu uma Primavera.
    Victor Marques
primavera,despertar
∆.

Solo
Sin ti.

En aislamiento, interrupción, solo sin ti
Veranos pasan por mi ventana sin luz
Dos inviernos al año, es un gris confeti
Mas tu presencia en mi mente permanece
Me has arrebatado, ladrona in fraganti
Mi corazón de su trono abenuz
Al sentir el auge, supe incontinenti
Que de tu abundante cabello de ónice
Y tu personalidad me convertí
En un fiel devoto bajo mi capuz
Y bajo mi capuz yo me prometí
Jamás manifestar que de ti fui yo un cómplice.

No.

No me quedaré abajo ahora
Hablaré, lo diré, prepárate
Ya he pasado por esta acera
Esta vez yo llegaré al final
Esta vez no habrá perdedora
Por esta vez seré yo el valiente
Te diré que el día no dura
Con nuestra conexión mental
No hace falta ni una palabra.

No espero un sí, solo contesta
Tú en tu vida y no te preocupes
Yo no quiero meter la pata
En tus asuntos y problemas
Y si me dejas, señorita
Entrar en todos tus rincones
Prometo no ser un hipócrita
Estaré hasta el fin de los días
No temas, que soy optimista.

Si el corazón
Es a tu fruta
Soy yo el tazón
Esto es la fiesta
Nosotros el son.
Mariah Tulli Mar 2015
E abriu um buraco na alma, deram alguns tiros na alma e agora ela ta toda furada. Até pouco tempo atrás esses buracos  eram um problema, mas o homem percebeu que os furos eram pequenos e não atrapalhavam em nada, eles até melhoravam a alma, pois ela acabou se tornando uma peneira, que filtra tudo o que passa por ela e só permanece com o necessário. A alma fura e remenda, até o dia que ela se solta e vai viver em outras vidas.

"Alma mole, vida dura, tanto insiste em sua fuga."
Wörziech Nov 2014
Um medíocre seixo formado por um aglomerado espalhafato de pulgas flutua e veleja por oceanos saturados de desaproveitas lágrimas amarelo-chumbo nas mais desoladas camadas de sua privativa órbita, em uma intersecção de múltiplos limbos supra-reais, bem entre dois muros de um corredor estreito, escuro e corroborado pelo lodo - sobre o qual, cabe-se dizer, resta imóvel uma pequena patrola laranja de brinquedo, esquecida.

Inevitável e também incoerente,
Continuar a ser (peleja)

"Um equívoco desmistificado; uma perturbação"

Os ideais se contrapõem aos já extintos/
Sedimentos navegam eternamente sem rumo/
Inexprimível Sensível/
O oculto que assim permanece/

Pedregulho pulguento perpetuamente a protuberar-se na imensidão dos mares de um ópio por si próprio proferido, ofendendo e perseguindo leis individuais de universo, causando o óbito comum a todos os parciais ínfimos pares de não-instantes, parados.

Estarrece-se o lógico pela busca do externo consenso, indiferente a todo gotejar de pia:
fundir-se pela semelhança!
tornar-se pela simples analogia!

****-Sutra; ****-Isso.
****-Tundra; ****-Aquilo.
**** Sapiens
**** Gênio

Entrementes,
através de seus poros abertos pela alta temperatura,
sente por seu corpo, de muitos corpos,
a circulação efervescente do mais intenso calor,
o sopro de vida hebraico de um cosmos também filisteu,
(de tudo aquilo que pode até não estar de todo vivo - ou de todo morto);
contradição de um todo-devir também carrasco, mas, em essência, todo-devir de um sorrateiro espaço de tempo do bater de asas de um besouro não mais vivo e nunca catalogado, capturado somente por um pequenino ponteiro vermelho de segundos de um relógio velho, possuído,  em circunstâncias afortunas, por uma avó - ainda hoje vivente - de um tempo atormentado pela tirania e propositalmente esquecido, a proferir não só eternidades-nascedouros e cede ansiada, como, de igual infinita intensidade, a inferir a sublimidade em poderios majestáticos estruturados na mais esplendorosa magia humana, a sua despropria linguagem;

...se apercebe o amontoado, tudo, menos genérico, mesmo não sendo, agora, inseto, nem humano, apenas animal,

Que
Mantêm-se
em correnteza,
Metamorfose lavareda.
Um terceiro terço livrado de fúria e de autoridade,
Um homem duro bêbado e por demais vadio,
Procurando na noite prazeres de um defunto,
Sem vida, nem espaço para entrar em outra vida!

Se eu fosse assim escuro perdido pelos vícios,
E se eu me esquecesse mesmo, que eras mulher,
Procurasse nesses rabos oferecidos de saia,
Prazer, loucura, hábitos de gente vadia!

Se me pintasse de vida, e me vestisse de Gay,
Mostrando fantasias de pouco valor,
Coisas que mesmo feitas, eram coisas de contentor,
Seria eu assim Homem de mais esplendor?

Porque não posso ser eu assim, roto por fora,
E dentro ter o meu maior tesouro, partilhando-to,
Cheiro de verdades, carinhos e cimentados valores!
Porque não podes ouvir a experiencia, que nunca te enganou!

Querer fluir pensamentos alcoolizados, de uma vida sem fé,
Sem alimento quarente algum, que permanece duradouramente?
Nem tu sabes, nem eu entendo o porquê de não teres esperança,
Porque duvidas-te de mim se só te contei verdades confirmadas!

Autor: António Benigno
Dedico este poema à vida de merda da gente que está perdida.
Paul d'Aubin Dec 2016


d' Enrique Díez-Canedo

"El desterrado"

Todo lo llevas contigo,
tú, que nada tienes.
Lo que no te han de quitar
los reveses
porque es tuyo y sólo tuyo,
porque es íntimo y perenne,
y es raíz, es tallo, es hoja,
flor y fruto, aroma y jugo,
todo a la vez, para siempre.
No es recuerdo que subsiste
ni anhelo que permanece;
no es imagen que perdura,
ni ficción, ni sombra. En este
sentir tuyo y sólo tuyo,
nada se pierde:
lo pasado y lo abolido,
se halla, vivo y presente,
se hace materia en tu cuerpo,
carne en tu carne se vuelve,
carne de la carne tuya,
ser del ser que eres,
uno y todos entre tantos
que fueron, y son, y vienen,
hecho de patria y de ausencia,
tiempo eterno y hora breve,
de nativa desnudez
y adquiridos bienes.
De aquellos imperturbables
amaneceres
en que la luz de tu estancia
se adueñaba tenue
pintando vidrios y cuadros,
libros y muebles;
de aquellos días de afanes
o placeres,
de vacilación o estudio,
de tenso querer, de inerte
voluntad; de cuantos hilos
tu vida tejen,
no hay una urdimbre quebrada
ni un matiz más débil. ..
Nadie podrá desterrarte
de estos continentes
que son carne y tierra tuya:
don sin trueque,
conquista sin despojo,
prenda de vida sin muerte.
Nadie podrá desterrarte;
tierra fuiste, tierra fértil,
y serás tierra, y más tierra
cuando te entierren.
No desterrado, enterrado
serás tierra, polvo y germen.

El desterrado. 1940

                                                           ­              *
Traduction de "L'exilé"

Tu portes tout avec toi,
Toi que n’as plus rien.
Qui n'existe que pour ce que tu laisses derrière toi.
Les revers, parce ils sont tiens et seulement tiens,
Parce que cette défaite est intime et définitive,
qu'elle est à la fois ta racine, ta tige, et aussi ta feuille,
mais aussi cette fleur et ce fruit, son parfum et son suc.
Tout à la fois et pour toujours.
Il n'y a pas de souvenir qui subsiste
ni de désir ardent qui reste.
Il n’y a pas d'image qui dure
ni même de fiction, ni d'ombre. Dans cette manière de ressentir,
Il n'y a que toi et seulement toi
rien ne se perds :
le passé est aboli.
Lui et elle se retrouvent vivants et présents,
la matière prend forme dans ton corps
une chair dans ta chair se retrouve
chair de ta propre chair,
être de l'être dont tu es.
Un et multiple entre tant
Qui furent, sont et furent
façonnés par leur patrie et aussi par son absence
de temps éternel et d’heure brève,
de nudité native
et de biens amassés
par ces aubes imperturbables,
dans lesquelles
la lumière de ton séjour
s'emparait de manière ténue
en peignant des verres, des tableaux,
des livres et des meubles ;
Lors de ces jours de labeurs
ou de plaisirs,
de vacillements ou d’études,
De tension propulsive, ou de volonté inerte.
Par combien de fils, de ta vie sont tissés.
Il n'y a pas de chaîne rompue
ni de nuances infimes ...
Personne ne pourra t'exiler de ces continents
Qui sont ta chair et ta Terre :
Toi l'Homme sans compromission
Sans conquête ni dépouille
Part de la vie sans mort.
D’une terre où tu es née, de cette Terre fertile.
Et tu trouveras prive de Terre
Quand ils t'enterreront,
Comme une poussière de grains et en germe.

"L’exilé."
1940
Pardonnez- moi cher(e)s Lectrices et Lecteurs, pour mon audace insensée et ma traduction maladroite et précaire du non Hispanophone que je suis. Mais je n'ai pu résister ayant été très ému presque bouleversé par ce texte écrit en 1940, soit en plein Exil Espagnol et au cœur de l'exil de la raison et de la bonté dans le ** me siècle qui pourrait encore avoir tant à nous signifier sur tant d'actuels exilés dont notre Planète regorge; notre Terre d'avidité et d'égoïsme aux naissances si peu contrôlées et aux ressources si mal réparties d' êtres humains, trop souvent en désespérance, d'une simple libre expression, de conditions de vie décentes et meilleures, trop souvent aussi hélas d'illusions d'un  mieux fallacieux en Europe et toujours d'une main tendue qui leur est trop souvent refusée. )
Coolgray Nov 2012
No quiero ser poeta,
ellos escriben lo que desconocen para imaginar,
desgarran la frustración de lo ajeno
atrapando lo efímero en lo eterno.
La tinta escribiendo, tienen miedo de borrar...

El pensamiento es muy frágil, se lo lleva el viento
pero la experiencia permanece, se graba muy dentro,
no se puede olvidar.

No quiero ser un poeta
y hablar de cosas hermosas,
amar con palabras, vivir entre letras...
Siempre buscando la rima perfecta.

No quiero ser un poeta
que habla y no habla,
que siente y no siente.

Hacer poesía y recitarla con el alma
no es más que la excusa del cobarde que no ama,
y por amarlo todo, se engaña.
Se entrega a la nada.

No quiero ser un poeta,
hablar de tus ojos de cielo,
hacer de tus labios versos,
y besarlos con dulces acentos.

No quiero ser poeta y
desnudar tu alma con bellas palabras,
acariciarte con rimas,
abrazarte entre líneas...

No quiero ser poeta y
desgarrar el papel con la pluma excitada.
Yo no quiero ser poeta,
menos mal que no los soy.
Fa Be O Jan 2013
era de esas personas que se prenden,
estallan en llamas naranjas y azuleadas,
y todo lo que tocaba se incendiaba igual….
era de esas personas que iluminaban,
encendían los pensamientos.
el era asi,
una vida de colores,
una sonrisa traviesa,
eso fue lo que era.
era la luz que revoloteaba en su cabello,
la lumbre que calentaba,
y una combinación perfecta
de pasión y calidez.
pero el fuego se apaga de repente,
quedan cenizas tibias,
vuelan por el viento,
dispersas…
si el fue fuego, ahora entiendo:
yo fui el aire, su oxigeno,
que sin mi no se encendía..
pero el oxigeno con presión
se convierte en viento,
con un poco mas de energía mueve,
y sin querer al abrazar,
sofoca su calor.
el era fuego,
y yo aire;
y de la pasión
solo cenizas
y un viento frió
permanece aquí.
4/17/12
No pudimos ser. La tierra
no pudo tanto. No somos
cuanto se propuso el sol
en un anhelo remoto.
Un pie se acerca a lo claro.
En lo oscuro insiste el otro.
Porque el amor no es perpetuo
en nadie, ni en mí tampoco.
El odio aguarda su instante
dentro del carbón más hondo.
Rojo es el odio y nutrido.

El amor, pálido y solo.

Cansado de odiar, te amo.
Cansado de amar, te odio.

Llueve tiempo, llueve tiempo.
Y un día triste entre todos,
triste por toda la tierra,
triste desde mí hasta el lobo,
dormimos y despertamos
con un tigre entre los ojos.

Piedras, hombres como piedras,
duros y plenos de encono,
chocan en el aire, donde
chocan las piedras de pronto.

Soledades que hoy rechazan
y ayer juntaban sus rostros.
Soledades que en el beso
guardan el rugido sordo.
Soledades para siempre.
Soledades sin apoyo.

Cuerpos como un mar voraz,
entrechocado, furioso.

Solitariamente atados
por el amor, por el odio.
Por las venas surgen hombres,
cruzan las ciudades, torvos.

En el corazón arraiga
solitariamente todo.
Huellas sin compaña quedan
como en el agua, en el fondo.

Sólo una voz, a lo lejos,
siempre a lo lejos la oigo,
acompaña y hace ir
igual que el cuello a los hombros.

Sólo una voz me arrebata
este armazón espinoso
de vello retrocedido
y erizado que me pongo.

Los secos vientos no pueden
secar los mares jugosos.
Y el corazón permanece
fresco en su cárcel de agosto
porque esa voz es el arma
más tierna de los arroyos:

«Miguel: me acuerdo de ti
después del sol y del polvo,
antes de la misma luna,
tumba de un sueño amoroso».

Amor: aleja mi ser
de sus primeros escombros,
y edificándome, dicta
una verdad como un soplo.

Después del amor, la tierra.
Después de la tierra, todo.
Te hablo del amor,
y el amor desaparece.
Te digo permanece,
y te desvaneces.
Ninguna palabra puede
hacer que te quedes.
Solamente el silencio
sabe la verdad.
This is my first Spanish poem; be kind!

ENGLISH TRANSLATION:
I speak to you of love,
and the love disappears.
I tell you to stay,
and you vanish.
No words can
make you stay/fit.
Only silence
knows the truth.
Una voz ancestral,
un tambor africano
y un verso elemental
peruano.
El ***** en el Perú
actualmente no sufre,
ya no hay esclavitud
ni azufre.
Le dieron tibio baño
en tina de jabón
porque en su ama dio el germen
que no tuvo el patrón.
Del seno de mi abuela
a mi madre brindó,
el hijo del amito
mamó, mamó, mamó.
Y mi abuelo con su amo
en la Casa ´e Jarana
cantujaron de alirio,
cantujaron replana.
Y en la casa ´e jarana
-con el Amito Viejo-
bailaron mis hermanas
zamacueca y festejo.
El padre de mi amito
de mi abuela gustó
y mi abuelo a su amita burló.
Yo le dijera "primo"
a ese blanco travieso
de cabello enrizao
y de labio muy grueso...
El ***** en el Perú
actualmente no sufre,
ya no hay esclavitud
ni azufre.
Más ha sufrido el *****
nuestro hermano de Cuba
descendiente directo
nagó, yoruba.
Más ha sufrido el *****
muerto en Santo Domingo
por los diarios abusos del ******.
Más ha sufrido el *****
cantor de Panamá
que el ***** jaranista
de acá.
Más ha sufrido el *****
labrador de Haití
que el zambo guaragüero
de aquí.
Más ha sufrido el *****
del morro y la favela
que mi padre y mi madre
y mi abuela.
En fin, más sufre el *****
de Harlem a Lousiana
que nuestra gente negra
peruana...
 
Y al "problema del *****"
-segregación racial-
el mundo permanece
neutral.
Quiero aguda mi rima
como ***** de lanza.
Que otra mano la esgrima
si alcanza.
Yo jamás con voz hurgo
perentoria.
Yo ja... ¡Johanesburgo!
¡Pretoria!
Cuando en Johannesburgo
llegue el "Día de Sangre"
yo quiero estar allí,
compadre.
Cuando en Johannesburgo
llegue el "Día de Sangre"
debemos estar todos
¡Hijos de negra madre!
Con la voz ancestral
el machete en la mano
y el verso elemental
hermano.
Marco Bo Oct 2018
under this gray sky
drowned between a praise and a curse
some remain silent
others dig and go
and shout your name
the name "you cannot say!"
  and the emptiness remains

the emptiness remains
and I
miss myself so much
I miss myself so much

and the world misses me
under this gray sky
like a fish in an ball
who bangs his face against the glass, dreaming about the infinite
and just to get out of that nightmare
decides to stay attached to the hook ...

shouting
my hook !
I love you!

mio amo
ti amo!

......................

bajo este cielo gris
ahogados entre un elogio y un improperio,
algunos permanecen en silencio
otros cavan y se van
y gritan tu nombre
el nombre "que no sabes decir!"
  y el vacío permanece


el vacío permanece
y yo

me extraño
mucho

me extraño mucho
y me  extraño  mundo
bajo este cielo gris
como un pez en un acuario

quien golpea su cara contra el cristal, soñando el infinito.
y solo para salir de esa pesadilla
decide quedarse atado al gancho ...

gritando
mi gancho
yo te quiero!

mio amo
io ti amo!
.............

sotto questo cielo grigio
annegati tra una lode e un improperio,
alcuni rimangono in silenzio
altri scavano e vanno
e gridano il tuo nome
il nome che "tu non sai dire!"
e il vuoto rimane

il vuoto rimane
ed io
mi manco
tanto

manco tanto a me stesso
e al mondo
sotto questo grigio cielo
come un pesce in un aquario  
che  sbattendo il muso contro il vetro, sogna l'infinito
e pur di uscire da quell'incubo
decide di rimanere aggangiato all'amo...
gridando

mio amo!
Io ti amo!
Estación invencible! En los lados del cielo un pálido
cierzo se acumulaba, un aire desteñido e invasor, y hacia todo
lo que los ojos abarcaban, como una espesa leche, como una cortina
endurecida existía, continuamente.
De modo que el ser se sentía aislado, sometido a esa
extraña substancia, rodeado de un cielo próximo, con el
mástil quebrado frente a un litoral blanquecino, abandonado de
lo sólido, frente a un transcurso impenetrable y en una casa de
niebla. Condenación y horror! De haber estado herido y
abandonado, o haber escogido las arañas, el luto y la sotana. De
haberse emboscado, fuertemente ahíto de este mundo, y de haber
conversado sobre esfinges y oros y fatídicos destinos. De haber
amarrado la ceniza al traje cotidiano, y haber besado el origen
terrestre con su sabor a olvido. Pero no. No.
Materias frías de la lluvia que caen sombríamente,
pesares sin resurrección, olvido. En mi alcoba sin retratos, en
mi traje sin luz, cuánta cabida eternamente permanece, y el
lento rayo recto del día cómo se condensa hasta llegar a
ser una sola gota oscura.
Movimientos tenaces, senderos verticales a cuya flor final a veces se
asciende, compañías suaves o brutales, puertas ausentes!
Como cada día un pan letárgico, bebo de un agua aislada!
Aúlla el cerrajero, trota el caballo, el caballejo empapado en
lluvia, y el cochero de largo látigo tose, el condenado! Lo
demás, hasta muy larga distancia permanece inmóvil,
cubierto por el mes de junio y sus vegetaciones mojadas, sus animales
callados, se unen como olas. Sí, qué mar de invierno,
qué dominio sumergido trata de sobrevivir, y, aparentemente
muerto, cruza de largos velámenes mortuorios esta densa
superficie?
A menudo, de atardecer acaecido, arrimo la luz a la ventana, y me miro,
sostenido por maderas miserables, tendido en la humedad como un
ataúd envejecido, entre paredes bruscamente débiles.
Sueño, de una ausencia a otra, y a otra distancia, recibido y amargo.
I
Si de tus dones y, de tus destrucciones, Océano, a mis manos
pudiera destinar una medida, una fruta, un fermento,
escogería tu reposo distante, las líneas de tu acero,
tu extensión vigilada por el aire y la noche,
y la energía de tu idioma blanco
que destroza y derriba sus columnas
en su propia pureza demolida.

      No es la última ola con su salado peso
      la que tritura costas y produce
      la paz de arena que rodea el mundo:
      es el central volumen de la fuerza,
      la potencia extendida de las aguas,
      la inmóvil soledad llena de vidas.
      Tiempo, tal vez, o copa acumulada
      de todo movimiento, unidad pura
      que no selló la muerte, verde víscera
      de la totalidad abrasadora.

      Del brazo sumergido que levanta una gota
      no queda sino un beso de la sal. De los cuerpos
      del hombre en tus orillas una húmeda fragancia
      de flor mojada permanece. Tu energía
      parece resbalar sin ser gastada,
      parece regresar a su reposo.

      La ola que desprendes,
      arco de identidad, pluma estrellada,
      cuando se despeñó fue sólo espuma,
      y regresó a nacer sin consumirse.

      Toda tu fuerza vuelve a ser origen.
      Sólo entregas despojos triturados,
      cascaras que apartó tu cargamento,
      lo que expulsó la acción de tu abundancia,
      todo lo que dejó de ser racimo.

      Tu estatua está extendida más allá de las olas.

Viviente y ordenada como el pecho y el manto
de un solo ser y sus respiraciones,
en la materia de la luz izadas,
llanuras levantadas por las olas,
forman la piel desnuda del planeta.
Llenas tu propio ser con tu substancia.

Colmas la curvatura del silencio.

Con tu sal y tu miel tiembla la copa,
la cavidad universal del agua,
y nada falta en ti como en el cráter
desollado, en el vaso cerril:
cumbres vacías, cicatrices, señales
que vigilan el aire mutilado.

      Tus pétalos palpitan contra el mundo,
      tiemblan tus cereales submarinos,
      las suaves ovas cuelgan su amenaza,
      navegan y pululan las escuelas,
      y sólo sube al hilo de las redes
      el relámpago muerto de la escama,
      un milímetro herido en la distancia
      de rus totalidades cristalinas.
bobby burns Nov 2014
los vacíos en uñas
como pozos de alquitrán
roban el foco
de dedos delgados
hechos para tocar el piano

codos como el mío,
     como gotas de rocío,
      y como pulpa redonda —
    no conoces la pared ni la espada,
pero esas en hombros herniados.

y las alas, alas
como el día
que aletea
nubes mostazas
a través de un campo

envuelveme
en plumas
así que yo conozca
solaz soleado
siempre

permanece vigilia
encaramado arriba
en tormentas
transformadas y
contenidas dentro de
las cavernas vivas
del espectro.
homage a Neruda
Nada mejor para cantar la vida,
y aun para dar sonrisas a la muerte,
que la áurea copa donde Venus vierte
la esencia azul de su viña encendida.
Por respirar los perfumes de Armida
y por sorber el vino de su beso,
vino de ardor, de beso, de embeleso,
fuérase al cielo en la bestia de Orlando,
¡Voz de oro y miel para decir cantando:
la mejor musa es la de carne y hueso!Cabellos largos en la buhardilla,
noches de insomnio al blancor del invierno,
pan de dolor con la sal de lo eterno
y ojos de ardor en que Juvencia brilla;
el tiempo en vano mueve su cuchilla,
el hilo de oro permanece ileso;
visión de gloria para el libro impreso
que en sueños va como una mariposa
y una esperanza en la boca de rosa:
¡La mejor musa es la de carne y hueso!Regio automóvil, regia cetrería,
borla y muceta, heráldica fortuna,
nada son como a la luz de la Luna
una mujer hecha una melodía.
Barca de amar busca la fantasía,
no el yacht de Alfonso o la barca de Creso.
Da al cuerpo llama y fortifica el seso
ese archivado y vital paraíso;
pasad de largo, Abelardo y Narciso:
¡La mejor musa es la de carne y hueso!Clío está en esa frente hecha de Aurora,
Euterpe canta en esta lengua fina,
Talía ríe en la boca divina,
Melpómene es ese gesto que implora;
en estos pies Terpsícore se adora,
cuello inclinado es de Erato embeleso,
Polymnia intenta a Calíope proceso
por esos ojos en que Amor se quema.
Urania rige todo ese sistema:
¡La mejor musa es la de carne y hueso!No protestéis con celo protestante,
contra el panal de rosas y claveles
en que Tiziano moja sus pinceles
y gusta el cielo de Beatrice el Dante.
Por eso existe el verso de diamante,
por eso el iris tiéndese y por eso
humano genio es celeste progreso.
Líricos cantan y meditan sabios
por esos pechos y por esos labios:
¡La mejor musa es la de carne y hueso!ENVÍO:Gregorio: nada al cantor determina
como el gentil estímulo del beso.
Gloria al sabor de la boca divina.
¡La mejor musa es la de carne y hueso!
Rui Serra Jan 2014
Sem ti os dias são longos, passam longos e um vazio permanece em mim.
Sinto a tua falta, o teu amor, o teu carinho.
Uma tristeza imensa invade a minha alma e dilacera o meu peito.
Vem preencher este vazio com o teu nome, tu que estás perto e longe de mim.
Deixa-me sentir esta nossa doce amizade até ao perecer das eras.
Sinto o sangue fervilhar como que envenenado na espera constante do teu ser.
Mas, sinto agora a tua mão e nada mais está perdido.
Sinto agora a tua mão em meu auxílio, para me tirares desta fria desilusão.
E por mais vazia que seja esta distância, sei que sempre seguras-te a minha mão.
No meu peito habita agora uma doce esperança, e sei que um dia vou poder olhar nos teus olhos e dizer-te:
AMO-TE MÃE!
Agora no meu quarto
Com uma certa incerteza
Preenchendo a solidão
E alimentando a tristeza

Um vazio toma conta de mim
E no corredor a minha frente só escuridão
Enquanto um lado de mim diz sim
O outro diz não

No fim do corredor uma luz se acende
Tão intensa que meu olho chega a arder
Mesmo que eu não queria a ver
Ela se aproxima
E cada vez mais forte me domina

Então a escuridão some
A solidão é levada junto
A tristeza vira felicidade
E a morte não é mais solução

Tudo que eu quero é viver
Triste, sozinho e sem esperança ou não
A imprevisibilidade é o problema
Queria tanto saber se daria certo
E aí sim minha esperança não seria problema

E enquanto a luz permanece acesa
Guardo aquela certa incerteza
Será que tudo daria certo?
Será que as coisas não melhorariam?
Todo el amor en una copa
ancha como la tierra, todo
el amor con estrellas y espinas
te di, pero anduviste
con pies pequeños, con tacones sucios
sobre el fuego, apagándolo.
Ay gran amor, pequeña amada!
No me detuve en la lucha.
No dejé de marchar hacia la vida,
hacia la paz, hacia el pan para todos,
pero te alcé en mis brazos
y te clavé a mis besos
y te miré como jamás
volverán a mirarte ojos humanos.
Ay gran amor, pequeña amada!
Entonces no mediste mi estatura,
y al hombre que para ti apartó
la sangre, el trigo, el agua
confundiste
con el pequeño insecto que te cayó en la falda.
Ay gran amor, pequeña amada!
No esperes que te mire en la distancia
hacia atrás, permanece
con lo que te dejé, pasea
con mi fotografía traicionada,
yo seguiré marchando,
abriendo anchos caminos contra la sombra, haciendo
suave la tierra, repartiendo
la estrella para los que vienen.
Quédate en el camino.
Ha llegado la noche para ti.
Tal vez de madrugada
nos veremos de nuevo.
Ay gran amor, pequeña amada!
Paso a Nuestro Amo y Señor
andas, lienzo y candelabros.
Paso a Nuestro Salvador
el Señor de los Milagros.
La calle es un río humano
por cuyo cauce, la gente
muy acompasadamente
camina desde temprano.
"Avancen, avancen hermanos,
no estorben al cargador..."
grita el Capataz Mayor
que las cuadrillas comanda.
"Paso, que vienen las andas,
paso a Nuestro Amo y Señor..."
Por las calles se desborda
aquel torrente morado;
gimen los pies maltratados,
la Fe permanece sorda.
La multitud que lo aborda
da marco al rey de los cuadros:
Caídas y descalabros
en aquella mar mulata,
y cual velero de plata
andas, lienzo y candelabros.
Una señora morena
le ofrece todos sus hijos;
una ciega de ojos fijos
pídele Luz Nazarena;
azota una Magdalena
su vil cuerpo pecador.
Al paso del Redentor
doblan tristes las campanas
"Avancen, avancen hermanas,
paso a Nuestro Salvador..."
Sobre el lienzo de Jesús
la tarde pinta una sombra.
Sobre las frentes se nombra
señal dela Santa Cruz...
Bajo un cirio -santa luz-
A Ti, Señor, me consagro,
y de tus perfiles magros
venga a nos tu Redención
que nunca negó perdón
el Señor de los Milagros.
Desnuda como un yunque, mesa mía,
no admites ni una flor para tu adorno,
nada se aquieta en ti ni permanece:
el torrente infantil lo barre todo

***** tintero, blando cartapacio,
búcaro de cristal o marco de oro
hace mucho que están en las alturas
o yacen de cajones en el fondo.
Cuando me llego a ti ya voy completo:
el pensamiento musical y pronto,
estilográfica en la mano
y una hoja sale de un bolsillo o de otro,
¿Cómo será una mesa aderezada
bajo la fija claridad de un foco,
con una rosa erguida en una copa,
sin una brizna de papel o polvo?
La pluma ha de correr oleosamente
y el período o la estrofa fluir solos.
Mas ¿quién piensa en el orden un instante
bailando alrededor varios demonios
que saltan sobre ti como si fueras
en la campaña fugitivo potro?
Éste abre su libro de lectura,
ése levanta mapas policromos,
aquél corta figuras de revistas
y las pega en cuadernos ampulosos
a pinceladas de indomable engrudo
que, de paso, salpican el contorno.
Tal vez así se escriba con ventaja,
entre gritos, moquetes y sollozos,
y el cerebro agradezca el espolazo
como el fijar el hierro presuroso,
como la tierra el filo de la reja
o como el mar los remos espumosos.
Así te han puesto más de quince años
cual banco de escolares revoltosos,
que elaborando sobre ti se han ido
el verso más o menos primoroso
o la resta pueril, o el mapa alegre,
cosas de niño, de poeta y loco.
Sobre tu desnudez leo y medito
contra la tabla, persistente, el codo,
o me cruzo de brazos resignado
en la actitud cerrada del estoico.

Mesa: estés como estés, así te dejo,
ni te pulo, te lustro, ni repongo,
hemos de continuar como hasta ahora:
ya sabemos los dos que falta poco.
Coolgray Aug 2014
Y en la infinita obscuridad, selva de nuestros miedos
como Quimeras nos transformamos en todo para sobrevivir.
Pero permanece aquello que nunca seremos, por nada, por nadie.
Ni si quiera al final.
Largamente he permanecido mirando mis largas piernas
con ternura infinita y curiosa, con mi acostumbrada pasión,
como si hubieran sido las piernas de una mujer divina
profundamente sumida en el abismo de mi tórax:
y es que, la verdad, cuando el tiempo, el tiempo pasa,
sobre la tierra, sobre el techo, sobre mi impura cabeza,
y pasa, el tiempo pasa, y en mi lecho no siento de noche que
una mujer está respirando, durmiendo, desnuda y a mi lado,
entonces, extrañas, oscuras cosas toman el lugar de la ausente,
viciosos, melancólicos pensamientos
siembran pesadas posibilidades en mi dormitorio,
y así, pues, miro mis piernas como si pertenecieran a otro
cuerpo,
y fuerte y dulcemente estuvieran pegadas a mis entrañas.


Como tallos o femeninas, adorables cosas,
desde las rodillas suben, cilíndricas y espesas,
con turbado y compacto material de existencia:
como brutales, gruesos brazos de diosa,
como árboles monstruosamente vestidos de seres humanos,
como fatales, inmensos labios sedientos y tranquilos,
son allí la mejor parte de mi cuerpo:
lo enteramente substancial, sin complicado contenido
de sentidos o tráqueas o intestinos o ganglios:
nada, sino lo puro, lo dulce y espeso de mi propia vida,
nada, sino la forma y el volumen existiendo,
guardando la vida, sin embargo, de una manera completa.

Las gentes cruzan el mundo en la actualidad
sin apenas recordar que poseen un. cuerpo y en él la vida,
y hay miedo, hay miedo en el mundo de las palabras que designan el
cuerpo,
y se habla favorablemente de la ropa,
de pantalones es posible hablar, de trajes,
y de ropa interior de mujer (de medias y ligas de "señora"),
como si por las calles fueran las prendas y los trajes vacíos
por completo
y un oscuro y obsceno guardarropas ocupara el mundo.

Tienen existencia los trajes, color, forma, designio,
y profundo lugar en nuestros mitos, demasiado lugar,
demasiados muebles y demasiadas habitaciones hay en el mundo,
y mi cuerpo vive entre y bajo tantas cosas abatido,
con un pensamiento fijo de esclavitud y de cadenas.

Bueno, mis rodillas, como nudos,
particulares, funcionarios, evidentes,
separan las mitades de mis piernas en forma seca:
y en realidad dos mundos diferentes, dos sexos diferentes
no son tan diferentes como las dos mitades de mis piernas.

Desde la rodilla hasta el pie una forma dura,
mineral, fríamente útil aparece,
una criatura de hueso y persistencia,
y los tobillos no son ya sino el propósito desnudo,
la exactitud y lo necesario dispuestos en definitiva.

Sin sensualidad, cortas y duras, y masculinas,
son allí mis piernas, y dotadas
de grupos musculares como animales complementarios,
y allí también una vida, una sólida, sutil, aguda
vida
sin temblar permanece, aguardando y actuando.

En mis pies cosquillosos,
y duros como el sol, y abiertos como flores,
y perpetuos, magníficos soldados
en la guerra gris del espacio,
todo termina, la vida termina definitivamente en mis pies,
lo extranjero y lo hostil allí comienza,
los nombres del mundo, lo fronterizo y lo remoto,
lo sustantivo y lo adjetivo que no caben en mi corazón,
con densa y fría constancia allí se originan.

Siempre,
productos manufacturados, medias, zapatos,
o simplemente aire infinito,
habrá entre mis pies y la tierra
extremando lo aislado y lo solitario de mi ser,
algo tenazmente supuesto entre mi vida y la tierra,
algo abiertamente invencible y enemigo.
Rui Serra Feb 2014
Abri agora os olhos
uma luz
extremos
o desconhecido

tenho medo

sinto-me confuso
ao andar

estou só
ou isso penso

objectivo
neblina

navego nas lágrimas

saio
refugio-me
dor interior
inveja do pobre
confusão na alma
subconsciente perverso

riso

recordo a dor
que como dor permanece

obstáculo
anseio
ritual
sacrifício " tédio "
desespero.
Rui Serra Apr 2015
no negrume da noite
uma página... espera
em silêncio

sôfrega por
letras
palavras
frases
ou mais

e ali permanece
invisível na sua existência perturbadora

concentro-me
mas sigo imóvel
não vou longe

escrevo
anoto

palavras confusas
   desfiguradas

a pena falece

frustração

abandono

e a página... espera
sempre vigilante
Victor Marques Oct 2017
Com amor, por amor, por ti.

Bendito Outono que te trouxe quando as folhas apodrecem,
As vinhas parecem flores do mais desprovido Jardim,
As noites ficam maiores e muito escurecem,
Eu perdido no silêncio do teu olhar sem fim...

Com amor por ti e também por mim eu vivo,
Pois meu amor mesmo acordado sonho contigo!
No horizonte do meu mundo existencial,
No céu, no paraíso,  na vida afinal,
O encanto de ser amado me rejuvenesce,
Calor de quem te ama e merece. !

As estrelas sempre neste mundo brilharam,
Eu junto rosas com amor e gratidão!
Te ter é para mim o melhor presente,
Te amar hoje amanhã e sempre.
Com amor por ti eu me deito,
Por amor a ti e a nosso leito...

Quando se agradece o amor,  ele se enaltece,
Pois meu amor por ti permanece.
As ondas do mar sempre te dirão,
Que te amo do fundo do coração...
Com amor, por amor, por ti minha querida,
Amo te para toda a vida.

Com amor,  por amor, por ti...

Victor Marques
amor, por amor, ti
Acompáñenme a entrar en el paréntesis
que alguien abrió cuando parió mi madre
y permanece aún en los otroras
y en los ahoras y en los puede ser
lo llaman vida si no tiene herrumbre
yo manejo el deseo con mis riendas

mientras trato de construir un cielo
en sus nubes los pájaros se esconden
no es posible viajar bajo sus alas
lo mejor es abrir el corazón
y llenar el paréntesis con sueños

los pájaros escapan como amores
y como amores vuelven a encontrarnos
son sencillos como las soledades
y repetidos como los insomnios

busco mis cómplices en la frontera
que media entre tu piel y mi pellejo
me oriento hacia el amor sin heroísmo
sin esperanzas pero con memoria

por ahora el paréntesis prosigue
abierto y taciturno como un túnel
Joana Jun 2015
Tudo o que tu dizes soa a poesia. Seja profundo e dramático ou simples e banal.
És pura arte. Os traços do teu rosto são artísticos e originais. És um sentimento vivo dentro de mim, que me arranha até me perfurar e ficar em carne viva. Ardes dentro de mim. És a dor que nunca esperei sentir. És a dor que quero sentir. És incomparável. És o sol da meia noite e a chuva do deserto. Cheiras a saudade e o teu perfume permanece na minha pele. Sinto-te a mil à hora. Temo em sentir-te.
O teu olhar não tem brilho, mas brilhas mais que as estrelas numa noite de inverno. És a escuridão que ilumina o meu ser. És o vazio no meu peito. Estou cheia de ti. És a dor que cura todas as minhas feridas, mas és difícil de cicatrizar.
O teu toque é áspero e as tuas mãos percorrem o meu corpo com suavidade.
Fazes-me mal, mas sabe tão bem.
És o sítio onde me perdi e onde me quero encontrar.
Quero encontrar-te.
Encontrar-nos.
Los nombres de Dios y en particular de su representante
llamado Jesús o Cristo, según textos y bocas,
han sido usados, gastados y dejados
a la orilla del río de las vidas
como las conchas vacías de un molusco.

Sin embargo, al tocar estos nombres sagrados
y desangrados, pétalos heridos,
saldos de los océanos del amor y del miedo,
algo aún permanece: un labio de ágata,
una huella irisada que aún tiembla en la luz.

Mientras se usaban los nombres de Dios
por los mejores y por los peores, por los limpios y por los sucios,
por los blancos y los negros, por ensangrentados asesinos
y por las víctimas doradas que ardieron en ******,
mientras Nixon con las manos
de Caín bendecía a sus condenados a muerte,
mientras menos y menores huellas divinas se hallaron en la playa,
los hombres comenzaron a estudiar los colores,
el porvenir de la miel, el signo del uranio,
buscaron con desconfianza y esperanza las posibilidades
de matarse y de no matarse, de organizarse en hileras,
de ir más allá, de ilimitarse sin reposo.

Los que cruzamos estas edades con gusto a sangre,
a humo de escombros, a ceniza muerta,
y no fuimos capaces de perder la mirada,
a menudo nos detuvimos en los nombres de Dios,
los levantamos con ternura porque nos recordaban
a los antecesores, a los primeros, a los que interrogaron,
a los que encontraron el himno que los unió en la desdicha
y ahora viendo los fragmentos vacíos donde habitó aquel nombre
sentimos estas suaves sustancias
gastadas, malgastadas por la bondad y por la maldad.
Buscas en Roma a Roma ¡oh peregrino!
y en Roma misma a Roma no la hallas:
cadáver son las que ostentó murallas
y tumba de sí proprio el Aventino.

Yace donde reinaba el Palatino
y limadas del tiempo, las medallas
más se muestran destrozo a las batallas
de las edades que Blasón Latino.

Sólo el Tibre quedó, cuya corriente,
si ciudad la regó, ya sepultura
la llora con funesto son doliente.

¡Oh Roma en tu grandeza, en tu hermosura,
huyó lo que era firme y solamente
lo fugitivo permanece y dura!
Ponedle dentro el sol y las estrellas.
¿Aún no? Todos los rayos y centellas.
¿Aún no? Poned la aurora del oriente,
la sonrisa de un niño,
de una virgen la frente
y miradas de amor y de cariño.
¿Aún no se aclara? Permanece oscuro,
siniestro y espantoso.
Entonces dije yo: «¡Pues es seguro
que se trata del pecho de un celoso!»
O fulgor do ódio incauto, a devastação em chama ardente, faz cambalear o ser andante. Carrego o que fiz do destino como se embalasse um filho morto. Um aborto deformado e coberto por repugnância. Engendrado em ventre seco. Fruto interrompido de um estupro incestuoso. Esquartejado pelo bisturi de um hospital clandestino e imundo. Levo as partes dilaceradas deste feto hediondo à boca, devorando-as, freneticamente saboreio o sangue ainda morno e a carne mole desossada, elas descem entalando pela garganta, me engasgo, tropeço, vou de encontro ao chão, superfície áspera de concreto, me fere a face queimando minha pele, me observo nu enquanto vestido, vejo transeuntes vivendo suas vidas pacatas, com suas roupas da moda, seus farrapos, com seus carros de passeio, populares ou de luxo, com seus apartamentos, suas casas, sobrados ou mansões, os vejo em bares, em igrejas, no trabalho, alegres, tristes, esperançosos, desiludidos, preocupados, já não pertenço a este lugar.

Ando léguas sem freio em meus devaneios, meus pés estão em carne viva, os calos sangram, continuo a caminhar carregando um destino morto, estou sozinho em uma estrada deserta, me desfiz de tudo. Abandonei qualquer esperança, qualquer desejo, o impulso me movimenta.

A estrada de terra levanta ao longe uma nuvem de poeira, a nuvem é carregada pela ventania em minha direção, a poeira adentra aos meus olhos como vidro cortante, tento me proteger me encolhendo em posição fetal, está escuro, e mais, meus olhos não conseguem se abrir, a tempestade de poeira já passou, restando apenas uma bruma que permanece sem alvoroço, mas que se misturando com a noite transforma-se em uma parade opaca, intransponível, impossível de se enxergar através, algo parece se mover dentro dela, e trazer de volta a tempestade, está se aproximando de mim rapidamente.

Um ônibus velho e cheio de ferrugem pára ao meu lado, escuto o ranger metálico estridente das portas se abrindo, todos os meus pêlos se arrepiam, sou derrubado novamente à realidade, à estranheza deste evento inesperado, mais uma vez o impulso me guia, pela primeira vez desde aquele dia sinto medo, pânico. Qual ser atroz faria ali, no meio do nada, esta parada insidiosa? O interior do veículo está completamente coberto pela poeira e a escuridão.
Nadie se baña dos veces en el mismo río.
Excepto los muy pobres.Los más dialécticos, los multimillonarios:
nunca se bañan dos veces en el mismo
traje de baño.(Traducción al chino)

Nadie se mete dos veces en el mismo lío.
(Excepto los marxistas-leninistas.)(Interpretación del pesimista)

Nada es lo mismo, nada
permanece.
                    Menos
la Historia y la morcilla de mi tierra:

se hacen las dos con sangre, se repiten.
Hakikur Rahman Mar 2021
O nome dele é Kuber
Vive em uma área rural.
Havia um pedaço de terra, vacas para arado e uma pequena casa
Com aqueles que ele dirige sua vida.

Ele teve que vender tudo para o casamento de sua filha
Agora torne-se diarista
Come se conseguir um trabalho, caso contrário, permanece meio comido ou passando fome.

É assim que acontece, a noite chega
E as dores do desespero flutuam no ar.

Finalmente ele decidiu, ele irá para a cidade em busca de trabalho
Com tantas esperanças, um dia parte para a cidade.
Se pedía a grandes voces:
-Que muestre las dos manos a la vez.
    Y esto no fue posible.
-Que, mientras llora, le tomen la medida de sus pasos.
    Y esto no fue posible.
-Que piense un pensamiento idéntico, en el tiempo en que un
cero permanece inútil.
    Y esto no fue posible.
-Que haga una locura.
    Y esto no fue posible.
-Que entre él y otro hombre semejante a él, se
interponga una muchedumbre de hombres como él.
    Y esto no fue posible.
-Que le comparen consigo mismo.
    Y esto no fue posible.
-Que le llamen, en fin, por su nombre.
    Y esto no fue posible.
Valeria Chauvel Mar 2019
Los profetas han predicado extensas leyendas,
añorando el Santuario desde remotos tiempos,
en la ilusión el hombre permanece en cavernas,
cegado ante el levante cuando recita el secreto,
que con vanas lenguas la tierra se ha profanado
y como aislados forasteros navegamos el océano,
cruzando la eterna noche por la tierra prometida,
con el tiempo envuelto en el inerte movimiento,
sin poder ver la sagrada luz ponerse ante la orilla.
Se sumerge en el distante horizonte, el poniente,
que subyace las corroídas voces de otros soles,
de aquellos que llevan la palabra que trasciende
para ver el paraíso aquí presente en este orbe.

— The End —