Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
- Jan 2021
I
Everything is alive.
The spirit of life is endowed in every
Material and immaterial existence.
Life is an unstoppable force.
Life is contagious.
Life begets life and propagates
Ad infinitum.
Life is desire itself.
Every thing yearns to be alive
And every thing that is fading
Desperately reaches out for the suckle
Of that elusive, all-encompassing elixir.
Life is transient. It is delicate and strong.
It is a force itself which does not move Time
So much as imbue it with Meaning.
Life is tumultuous, unsteady, and capricious.
It wants to “go” in an atemporal sense.
It occupies the past, present, and future at once
But its movement is linear and certain.
It can splinter and halt.
Life is miraculous.
It implies the incomprehensible Divinity
Of Being. It is Absurd.
Life is defiant, stubborn, and strong-headed.
It can Be when no one is looking and in spite of
The skeptical spectator.
Every thing respires as one. Life is unity.
Life is paradox.
Life is
Wörziech May 2013
Salgadas foram as gotas caídas em um plano liso e infinito. Um terreno sombrio, desconhecido, no qual meus sons foram abafados e reprimidos em exatos instantes por mim vividos de plenitude e silêncio incalculáveis, desconectados de qualquer linha cronológica pensável. Porções muito densas de um líquido que levava em si, vida e morte. Naquele terreno indescritível, iam se acoplando as gotas que de mim pareciam sair. Inicialmente desarmonizadas, logo que fui anexado àquele universo caótico, vi aquelas gotas, que em mim causavam muito temor, se arranjarem de tal forma que eu pude distinguir dois círculos. Globos na verdade. Eram, no inicio, desfocados, sem cores e sem brilho, mas ao som de um grande ruído, eu pude, de todas as perspectivas, ver, ouvir e sentir uma implosão de existência do meu próprio eu, uma implosão que transformou aqueles pequenos desencorajados globos em grandiosas esferas reluzentes, ardentes em chamas verdes, de beleza e espiritualidade que eu ou qualquer outro jamais poderá representar por via de meras palavras. Neste foi o instante em que eu perdi a capacidade de distinguir como bem estava acostumado e, o que passava a ser, agora, era uma chama somente; uma chama que lentamente me consumiu por completo, fazendo-me parte dela. Neste vagaroso instante eu consegui assimilar que, aos poucos, tudo o que eu passava a sentir, era ela. Tudo o que eu via, era ela. Tudo o que eu era, era ela.  E, dando continuidade a sua essência, acabou por consumir também todas as constelações, todos os planetas, abrangendo sistemas solares, galáxias inteiras, mas sem se esquecer de qualquer fragmento, pequenino ou grande; ao consumir todos eles, como se em um lapso atemporal, eu pude ver, agora de outra forma, o processo reverso ao daquele que eu acabara de descrever. Fui guiado suavemente, mas com uma velocidade igual à de cargas elétricas gerando e configurando pensamentos; de uma forma indescritível, sendo levado para uma linha tênue e tremida no horizonte; conhecia todos os corpos celestes pelos quais passava. Via a vida nascendo em planetas e bilhões de anos sendo contados, de formas e linguagens variadas, nos calendários daqueles que neles viviam. Chegando mais próximo daquela linha, por mim tida como infinita, tudo passava a ter uma textura esplêndida, gerando uma vibração de cores frias, agradáveis e aconchegantes. Mal pude perceber quando me perdi deste instante. Foi como em um segundo perpétuo e duradouro. Ao seu fim, o abrir de minhas pálpebras revelaram a mim um olhar surreal. Como em uma sequência de slides, eu vi pupilas sendo dilatas, servindo-me com uma cor suave indescritível, olhos que, como se em chamas, provocavam em si próprios, oscilações de cores, contraste e brilho. Olhos transcendentais e onipresentes, não pertencentes ao meu mundo, mas ao contrário, o meu ser, prazerosamente entregue a eles. Olhos para além da vida ou da morte, que carregam em si o meu eu e o todo mais.
Martin Narrod Nov 2017
Take my fetus and go
Through and through the mighty seas,
Cleft of stubborn knocks and the bayonets
Rocking through and through the eves. Whose pirouettes and epilepsy crooked, Asunder, blessing the attenuated biology of Say, a field mouse or the hummingbird. What nuisance it transcends itself into. How It has marred even the plight to lock oneself In that windowless box of time. The Atemporal box featuring those curious amaranthine engravings about its sides, upon its top. Though the blood may not spill from side to side, and while the nellypot may collywaddle, there is an immense sincerity akin, fused afore to the intimacy of an authenticated orphic boketto.
Meus caros, eu vi!
Quem sabe num sonho, ou talvez não fosse exatamente um sonho
Quem sabe as luzes estivessem baixas demais
E a escuridão que promove vultos, houvesse enegrecido minha mente
-Entorpecido por meus próprios pensamentos-
Ali estava, a visão atemporal da existência

Trafegando por aterradores espaços infinitos
A escuridão assombrava o devastado pântano das almas amaldiçoadas
ouvia-se os gritos daqueles que encontravam ali o fatal destino
Os mortos que estavam aprisionados ansiavam por companhia
Uma fumaça fétida pairava sobre as águas apodrecidas
Animais se decompunham retidos pela lama pegajosa
Vermes se proliferavam naquele ambiente hostil enquanto o atormentador zumbido de moscas preenchia o silêncio daquele lugar horrível
As criaturas mais horrendas e bestiais ali faziam sua morada
à espreita das desavisadas presas que por aquele caminho se perderam

Há um homem perdido em seus próprios passos
Ele caminha ao longo da estrada
Entre-a-vida-e-a-morte
Ele está vivo, mas nunca viveu
Como também está morto, sem de fato ter morrido
Anseia por luz, mas se perde na escuridão do pântano

O bater de asas dos abutres lhe contam que tudo é um sonho, mas também uma profecia
Abaixo da árvore da vida sete urubus mortos estão se decompondo
Não há quem possa devorar seus cadáveres apodrecidos
Uma formosa águia sobrevoa o pântano
Sete ratos tentam se esconder
Sete cobras tentam fugir
Mas a águia devora os sete ratos
E também devora as sete cobras

O homem se torna dois, e um terceiro que não é homem
Ambos deverão transitar pelo inferno
Arrastar-se pela terra infértil da morte
Um morrerá para si mesmo
E renascerá como a fênix mitológica
O outro morrerá eternamente
Consumido pela legião de sombras
Sua tristeza será incomensurável
E como se uma ira brotasse em seu âmago
E uma dor gigantesca consumisse todo o seu ser
Sem derramar uma lágrima
Mergulhará sua existência nas águas esquecidas do Lethe
Embora o primeiro igualmente experimentasse dor tamanha
Ele encontrará seu guia dentro de si mesmo
Pois o guia na escuridão é a luz
Na luz nenhuma escuridão prevalece

O terceiro é como se jamais existisse
Permanecendo no limbo do crepúsculo
Sem dormir ou acordar
Apodrecendo como os urubus mortos aos pés da árvore da vida
Sem jamais experimentar seus frutos

Os três se tornam um só novamente
Mas algo havia mudado
Já não poderia mais ser o mesmo

E como num súbito – abri meus olhos
Não poderia ter sido um sonho
Por mais que estivesse sonhando…
Meus caros, eu vi!
Ira Desmond Jul 2018
I do not think
my mind will hold

out much longer.
I forget basic

details of conversations. I
walk into the kitchen

and forget my reason
for having walked

into the kitchen. I can
discern now when

people are being
polite by not

mentioning the fact that
it is the third

or fourth time I've
told that story again.

I am thirty-four
years of age.

Thirty-four
years of age. Thirty-

four years
of age.

I love baseball perhaps
now more than

ever before. It
requires no

memory, no cohesive
narrative, each

moment when the
pitcher releases the

ball its own
microcosm—

its own tick
in an atemporal clockwork

flush with gears but
lacking cogs entirely,

a moment savored
and then quickly

forgotten, like
the taste of a

perfectly ripe summer
strawberry, smothered

by the sweltering haze
of a mid-July afternoon.
Wörziech May 2013
Embarco, nesse exato instante, em um profundo, ***** e denso espaço contorcido e desconexo; sem regras, sem leis.
Com exatidão, vejo surgirem luminosas rajadas aleatórias, trazendo aos meus olhos uma penumbra sarcástica que aprecia minha estadia em um desconsolo sem medidas.
E o que antes eram apenas traços, logo se fazem vivas imagens rebuscadas por uma beleza não material; começo a ser preenchido, reciprocamente, por esse universo, agora acolhedor; seus “despadrões” e completa instabilidade me fazem sentir, enfim, livre; a penumbra, que se torna indescritivelmente intensa e obscura, em tons humanamente mórbidos, me guia por todos os mundos sem muros de um só momento.
Paira a mutação mental, que, em um aglomerado de parciais ilusões reconhecidamente conectadas, passam a reger alterações de neutralidade; as essências se unificam.
Desfoques, sobrepostas simetrias de cores variáveis; são diversos prazeres, intocáveis lugares
Todos me levam a plainar em um céu que reflete a si próprio; paro, então de me ver, como em uma junção atemporal.
A intolerável morte humana torna-se agora uma morfina irrecusável para a vida.
Ao Abrir, por fim, os meus olhos, vejo nascer o sol outra vez, me queimando e me fazendo regressar para a interminável dor.
Valeria Chauvel Oct 2019
¿Seré acaso yo el latente vacío
que gravita en el espacio desnudo
de mi alma y se desprende de sí
como el delicado sonido del trueno?

Un atemporal vasto campo
de margaritas próximo al rocío
transparente que es mi piel y va
deslizándose lentamente hacia la nada.

Se compagina la oscuridad y luz
en un rostro inexpresivo, te veo,
es la llama del crepúsculo
que se rige en tu mirada.
Ahí encerrada, la vacuidad.

¿Seré acaso un inicio y un final?
Me deslizo suavemente hacia la brecha
de la cual emerge el todo y la nada
por un cauce de infinitas posibilidades
hacia la inexistencia pero en la eternidad.

Se cierra el telón, tras el velo
no soy yo, soy libre.
No hay tiempo, no hay espacio.
Es un punto ***** en la blanca luz
o la blanca luz en la profunda oscuridad.
Hay una puerta que al ingresar te permite entrar a la inexistencia. Te permite volverte en un punto. Esa puerta es el vacío.

El vacío aparece cuando conoces el peso de la existencia y se va cuando te desprendes de ella, cuando renuncias a las creencias que te amoldaban, convirtiéndote en un punto, en el inicio de otra forma.

— The End —