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 Nov 2016
Julia Jaros
Altruísmo não há
Como se libertar?
Prisão do egoísmo
No limbo do paraíso.

Um avião que não decola
Um sapato sem sola
Aprendendo a viver
Sem um bem querer.

Com o que nascemos
e o que aprendemos?
Bem e mal
Mais um produto industrial.
 Nov 2016
Julia Jaros
Branco e bege se fundem na cortina
Feixes de luz tentam passar
despercebidos
para um mundo onde há muito
foram esquecidos
a poeira e a maneira.

Observe o movimento sutil
do tecido repetido e entretido
A transparência é genuína
mas a poeira
é contínua.

Subjetividade
O espaço tímido não se revela
Escondendo sua sequela
de quando tão ingênuo
escondia uma janela aberta.

Bem, está trancada agora.
 Nov 2016
Julia Jaros
A correnteza espalha as lágrimas rio abaixo
Aglomeradas, tornam-se banais
Ninguém vê, liga a TV
Outra hora a gente se vê.

Misturadas, ainda estão lá
Cada vez, mais e mais
Acostumadas, satisfaz
Invisíveis não perturbam nossa paz.

Deixe que o rio leve
São muitas para se importar
Combinado, ninguém cede
Como a burguesia e a plebe.
 Nov 2016
Julia Jaros
Observo-te como observo a lua
Cobiçando o inalcançável
Esperando por um triunfo
Onde o fracasso já foi fadado.

Um vislumbre de suas emoções
Mil caminhos a considerar
Tais suposições me enlouquecem
Me chamando para dançar.

De mim as ações não tomam formas
Parada na pista de dança a observar
Um corpo separado da mente
Chora silenciosamente a luz do luar.

Platonicamente o mundo gira
Nossas vidas se entrelaçam
E juntas traçam
Um futuro indigno
Ouvindo outros gritos no espaço.

Guiada pelo medo
Com as estrelas a me chamar
Sussurrando-me a possibilidade
De nossas estrelas estarem juntas
A brilhar.

A mente grita não
A mente grita sim
Em um mundo de sonhos
Esperando da realidade
O estopim.
 Nov 2016
Julia Jaros
Escuta com atenção o que vou te falar
Importante
Urgente
Talvez indiferente
Mas necessário, sem alvará.

Como posso começar?
É difícil explicar
E se não existirem palavras
Nem desenhos ou qualquer coisa para representar
Decretada a agonia estará.

Ok, lá vou eu
talvez vou numerar
correr pelo meu subconsciente para caçar
formas de expressar essa merda.

Era uma vez uma moça cujas palavras não sabia formular.

— The End —