Baluarte da tristeza
Redemoinho do inferno
Na incógnita da verdade
A dor na ilusão
Testemunha sóbria da loucura alheia
Girassóis da incoerência
Maquinando na fervescência
Da realidade que conduz
O sol a andaluz, quebrado
Como o coração redimido
Na sangria da injustiça
Anjos, espelhos quebrados
Sortilégios de crenças de adagas insuficientes
Moribundo do sem fim
Reluz o ouro brilhante engolido pelo abismo
Do infinito ***** desconhecido
A única testemunha jamais vista
Reluz no abismo infindo, caindo para cima
Em todas as direções, sorteando
O impossível, como amálgama do ser
As flores deste mundo são mentiras
As pessoas são os arcontes
Comandadas pelo grande segredo do grande...
Inconsciente de sequer saber quem ******>Estão a postos, sempre a guardas
E eu ainda sou uma sombra
Que se levanta da carcaça
Desse açoite, dessa grande noite tormentosa
Para deslizar através das rachaduras do universo
Inverso, com o espírito inadequado
No solipsismo do mistério incognoscível
Olhos transcendentes, como chamas geladas
Sobre a caveira da vida...
Olhos gelados, como um pássaro a caçar os segredos
Mais íntimos de todo...
Ele não tem nome
A roda ainda gira!
Nas entranhas do segredo
A sombra ainda me assombra
Respira ainda a sombra do pensamento do todo
Ainda que, como algo que pertence a Si próprio
Perambulando pela existência