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giovanna Jan 2022
rosas brancas eram sua paixão
flores tão puras quanto ela
das mesmas que com sangue, vomitei o botão
quando os espinhos arranhavam minha goela
eu percebia que aquilo não doía tanto
quanto não poder ter ela
morri de amor, sufoquei-me com o buquê
pós-vida, olhei meu corpo e me perguntei
Se a paixão nos move, então por quê?
hanahaki é uma doença literária
é contraída pelo amor unilateral
sintomas: vomitar pétalas da flor
predileta da pessoa amada, podendo
chegar ao estágio do buquê, e assim
a morte.
Chris Jan 2019
When one loses the direction,
Or goes a safe way of ignorance,
When the forest thickens
with the trees as reminders.

and as the ravens look down.
There is pity in their wings
the gods of yore have forgotten
the words of eternity.

The rain clouds laugh with thunder,
As the drops of life turn to vapor,
Eyes fill with glimmer, of tears
And the voice calls for me to remember

As we fall!
as we rise!
As we choose the way we die!
As we crave
As we gain
as we drink to dull the pain!

As we cut our way through life
As we bask ourselves in glory
quod vivimus, quod amamus
Memento morri memento morri
.
*Latin phrase means :  As we live, as we love, remember death(or be reminded of death)
Dayanne Mendes Jan 2016
O que queres de mim,
Meu amor?
Se já tens meu coração,
Até minha vida já levou...

A saúde já se foi
Com os cigarros e garrafas no chão,
A dignidade também,
Me deito com um qualquer em busca da ilusão

Do seu amor.
O orgulho você levou,
Com minhas mensagens, lágrimas e até mesmo cartas,
Cheguei a bater na sua porta,
Sentei na sua sala,
Peguei uma navalha,
Cortei minha aorta,
Morri
Por dentro.
Por fora já estava morta,
Antes mesmo de você.
Rui Serra Jun 2015
ontem morri
por dentro

vagueio agora no limbo do teu ser

não suporto mais o silêncio,
silêncio, das palavras que me não dizes

ilusão

inconsciência de sentidos

feriste-me
espezinhaste-me
sem piedade

quero partir
quero fugir de mim
Mariana Seabra Mar 2022
É aqui que me encontras, novamente,
Entre o sonho e a parede.

Só quem sonha
E depois tenta
Transpô-lo para a vida,
Sabe o que é abrir um portal,
Assistir de fora ao seu próprio funeral,
Ter uma eterna ferida
Que de tão brutal
Não cicatriza.

Olhar no seu interior
E não ver tinta.
Entrar no núcleo da personalidade,
Sentir cada átomo que brilha,
Ser a sua própria armadilha,
Estar em paz com a própria ambiguidade.

Respira...
Inspira, expira...
E não sai ar.
O que sai são apenas mais sonhos
Que nunca cheguei a concretizar.

Mas o sonho, tal como o sono,
Esse ninguém me tira!

Mentira!
Há sempre alguém que me vem roubar.
Seja o sono ou a alegria.
Vêm pela noite e conseguem torná-la mais fria,
Raramente vêm para me aconchegar.

Eterna sonhadora,
Sempre com o amor na mira.
Mas, no final das contas,
É o desamor que mais me inspira.
Sem ele não havia dor ou desespero.
Se tudo fosse feliz e concretizado,
Os meus versos não tinham o mesmo significado.
Não haviam motivos para lutar pelo que quero.
Dou graças por seguir o caminho errado!


O Cupido que me foi designado
Deve ter a mira estragada.
Perdoem-me o termo, só faz cagada.
Não treinou a pontaria,
Volta e meia, lá acerta onde não deveria.


Talvez seja um Cupido cego,
bêbado, drogado.
Puxa do cigarro com ele apagado,
Olha-me nos olhos, desapontado,
Enquanto retira do seu saco
Um velho arco sem fio,
Um monte de flechas quebradas...


Mostra-me as asas cortadas...
Questiono-me
"Será que as perdeu na aterragem?
Ou também o roubaram durante a sua breve passagem?"
Pobre coitado!
Não sou exemplo para o julgar,
Também eu sei o que é sentir-me um falhado.
Puxar do fumo, incansavelmente,
Para tentar matar um mal
Que já está demasiado entranhado.

Só quem sonha
E depois tenta
Transpô-lo para a vida,
Sabe o que é precisar de um colo confortável,
Umas mãos carinhosas,
Um sorriso amável,
Um abraço apertado,
Poesia para amparar
Quando tudo o resto parece ser retirado.
Quando o tapete é puxado
E o chão para ter-se alagado,
Criando um buraco sem fim
Que suga tudo o que tenho para dar.
A Terra que me engole,
Enche-me os pulmões de sujidade
Até os estragar.
E sufoca, é verdade...
Mas confesso! É na adversidade
Que, surpreendentemente, aprendo a prosperar.

"Depois da tempestade vem a bonança!"
Relembro-me, tentando manter a esperança.
E nada mais importa,
Nem me quero mais importar.

É a morte em vida,
Repito, uma eterna ferida...
Um sonhador sem amor
É como uma fotografia sem cor,
Como um Sol que não emite calor.
Inútil.

É a morte em vida,
Sem amor não sei sonhar.
E sem o sonho,
Estou entre a espada e a parede,
Com a distância que nos separa a encurtar.

A espada, quem a segura sou eu,
Sedenta que ela entre,
Que me perfure sem piedade,
Só por curiosidade
De ver o que vai jorrar do meu centro.

Aperto a lâmina entre os dedos,
Observo o sangue a escorrer...
Sinto um certo tipo de prazer
Sadio, talvez doentio.
Penso para mim mesma
"Enquanto sangrar estou viva...".
Aponto-a a este amaldiçoado coração,
Faço pressão,
Finalmente respiro e, digo
"Mas que belo é morrer!
Fechar os olhos e nunca mais sofrer."

Já escrevia num outro poema,
"A morte não dói a ninguém,
O que dói é ter de cá ficar".
A cigana que me leu a sina,
Essa sempre teve razão!
Sentiu logo na sua visão
Que ser racional não me assiste,
Que sou feita de pura emoção.
Autora de sensações
Intensas, vibrantes, sinceras, imensas.
Que não sou feita de pele e osso,
Que tudo em mim é coração.
Que sem amor não há sonhos,
Não há motivos.
Para uma pessoa que nasceu amante,
Amar é a sua única missão.

E se não houver ninguém para amar?
Então, baterá lento o coração,
E irá bater cada vez mais lento,
Até se esvair de mim a pulsação.

Fará a sua própria revolução!
Estarei lá para a presenciar!
Para poder gritar "Acabou! Acabou!".

Que anjo foi este que veio no meu ombro aterrar?
Foi Deus ou o Diabo que o mandou?
Alguém o pode vir cá abaixo buscar?
Como é que um anjo me pode partir assim?

Talvez seja simples,
Talvez ela tenha razão...
"O arquiteto deste mundo não o desenhou para mim".
Enfim, gastei mais uma vida em vão.

Já morri e renasci,
Mais vezes do que as consigo contar.
É a morte em vida...
Já sou profissional de recomeços!
Mas nem sempre tenho forças,
Ou vontade, para querer recomeçar.
dead0phelia Feb 2020
.
eu tenho mais medo dos seus olhos do que da morte
sinto que perdi todos os pães nessa vida e nem percebi que morri de fome
emagreci uns 3 quilos me alimentando só de ausência
esqueci que sou um ser que respira pouco e fumei um maço inteiro de cigarro hoje
eu acho que o amor fica mesmo no coração porque é lá que dói quando alguém diz seu nome
cansei de conversar com todas as arvores e de contar azulejos
preciso melhorar na redução de danos
esqueci que meu corpo ainda habita no seio dessa terra e deixei minha cabeça escapar até a sua casa
curioso porque eu não quero mais te ver

— The End —