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Danielle Furtado Nov 2014
Nasceu no dia dos namorados. Filho de mãe brasileira com descendência holandesa e pai português. Tinha três irmãos: seu gêmeo Fabrício, o mais velho, Renato, e o terceiro, falecido, que era sua grande dor, nunca dizia seu nome e ninguém se atrevia a perguntar.
A pessoa em questão chamaremos de Jimmy. Jimmy Jazz.
Jimmy morava em Portugal, na cidade de Faro, e passou a infância fazendo viagens ao Brasil a fim de visitar a família de sua mãe; sempre rebelde, colecionava olhares tortos, lições de moral, renegações.
Seu maior inimigo, também chamado por ele de pai, declarou guerra contra suas ideologias punk, seu cabelo que gritava anarquismo, e a vontade que tinha ele de viver.
Certo dia, não qualquer dia mas no natal do ano em que Jimmy fez 14 anos, seu pai o expulsou de casa. Mais um menino perdido na rua se tornou o pequeno aspirante à poeta, agora um verdadeiro marginal.
Não tinha para onde ir. Sentou-se na calçada, olhou para seus pés e agradeceu pela sorte de estar de sapatos e ter uma caneta no bolso no momento da expulsão, seu pai não o deixara com nada, nem um vintém, e tinha fome.
Rondou pelas mesmas quadras ao redor de sua casa por uns dias, até se cansar dos mesmos rostos e da rotina daquela região, então tomou coragem e resolveu explorar outras vidas, havia encontrado um caderno em branco dentro de uma biblioteca pública onde costumava passar o dia lendo e este seria seu amigo por um bom tempo.
Orgulhoso, auto-suficiente, o menino de apenas 14 anos acabou encontrando alguém como ele, por fim. Seu nome era Allan, um punk que, apesar de ainda ter uma casa, estava doido para ir embora viver sua rotina de não ter rotina alguma, e eles levaram isso muito à sério.
Logo se tornaram inseparáveis, arrumaram emprego juntos, que não era muito mas conseguiria mantê-los pelo menos até terminarem a escola, conseguiram alugar uma casa e compraram um cachorro que nunca ganhou nome pois não conseguiam entrar em acordo sobre isso, Jimmy tinha também um lagarto de estimação que chamava de Mr. White, sua paixão.
Os dois amigos começaram a frequentar o que antes só viam na teoria: as festas punk; finalmente haviam conseguido o que estavam procurando há tempos: liberdade total de expressão e ação. Rodeados por todos os tipos de drogas e práticas sexuais, mas principalmente, a razão de todo o movimento: a música.
Jimmy tinha inúmeras camisetas dos Smiths, sua banda favorita, e em seu quarto já não se sabia a cor das paredes que estavam cobertas por pôsteres de bandas dos anos 80 e 90, décadas sagradas para qualquer amante da música e Jimmy era um deles, sem dúvida.
Apesar da vida desregrada que levava com o amigo, Jimmy conseguiu ingressar na faculdade de Letras, contribuindo para sua vontade de fazer poesia, e Allan em enfermagem. Os dois, ao contrário do que seus familiares pensavam, eram extremamente inteligentes, cultos, criaram um clube de poesia com mais dois ou três amigos que conheceram em uma das festas e chamaram de "Sociedade dos Poetas Mortos... e Drogados!", fazendo referência ao filme de  Peter Weir.
O nome não era apenas uma piada entre eles, era a maior verdade de suas vidas, eles eram drogados, Jimmy  era viciado em heroína, Allan também mas em menos intensidade que seu parceiro.
Jimmy não era hétero, gay, bissexual ou qualquer outra coisa que se encaixe dentro de um quadrado exigido pela sociedade, Jimmy era do amor livre, Jimmy apenas amava. E com o passar o tempo, amava seu amigo de forma diferente, assustado pelo sentimento, escondeu o maior tempo que pôde até que o sentimento sumisse, afinal é só um hormônio e a vida voltaria ao normal, mas a amizade era e sempre seria algo além disso: uma conexão espiritual, se acreditassem em almas.
Ambos continuaram suas vidas sendo visitados pela família (no caso de Jimmy, apenas sua mãe) duas vezes ao ano, no máximo, e nesses dias não faziam questão de esconderem seus cigarros, piercings ou qualquer pista da vida que levavam sozinhos, afinal, não os devia mais nada já que seus vícios, tanto químicos quanto musicais, eram bancados por eles mesmos.
Era 14 de fevereiro e Jimmy completara 19 anos, a vida ainda era a mesma, o amigo também, mas sua saúde não, principalmente sua saúde mental.
O poeta de sofá, como alguns de nós, sofria de um existencialismo perturbador, o mundo inteiro doía no seu ser, e não podia fazer muito sobre aquilo, afinal o que poderia fazer à respeito senão escrever?
Até pensou em viver de música já que tocava dois instrumentos, mas a ideia de ter desconhecidos desfrutando ou zombando dos seus sentimentos mais puros não lhe era agradável. Continuou a escrever sobre suas dores e amores, e se perguntava por que se sentia daquela forma, por que não poderia ser como seu irmão que, apesar de possuírem aparência idêntica, eram extremos do mesmo corpo. Fabrício era apenas outro cidadão português que chegava em casa antes de sua mãe ficar preocupada, não que ele fosse um filho exemplar, ele só era... normal, e era tudo que Jimmy não era e jamais gostaria de ser; aliás, ter uma vida comum era visto com desprezo pelos olhos dele, olhos que, ainda tão cedo, haviam visto o melhor e o pior da vida, já não acreditava em nada, nem em si mesmo, nem em deus, nem no universo, nem no amor.
Como poderia alguém amar uma pessoa com tanta dor dentro de si? Como ele explicaria sua vontade de morrer à alguém que ele gostaria de passar a vida toda com? Era uma contradição ambulante. Uma contradição de olhos azuis, profundos, e com hematomas pelo corpo todo.
Aos 20 anos, o tédio e a depressão ainda controlavam seu estado emocional a maior parte do tempo, aos domingos era tudo pior, existe algo sobre domingo à tarde que é inexplicável e insuportável para os existencialistas, e para ele não seria diferente. Em um domingo qualquer, se sentindo sozinho, resolveu entrar em um chat online daqueles famosos, e na primeira tentativa de conversa conheceu uma moça do Brasil, que como ele, amava a banda Placebo e sendo existencialista, também sofria de solidão, o que facilitou na construção dos assuntos.
Ela não deu muita importância ao português que dizia "não ser punk porque punks não se chamam de punks", já estava cansada de amores e amizades à distância, decidiu se despedir. O rapaz, insistente e talvez curioso sobre a pessoa com quem se deparara por puro acaso, perguntou se poderiam conversar novamente, e não sabendo a dor que isso a causaria, cedeu.
Assim como havia feito com Allan, Jimmy conquistou Julien, a nova amiga, rapidamente. De um dia para o outro, se pegou esperando para que Jimmy voltasse logo para casa para que pudessem conversar sobre poesia, música, começo e fim da vida, todos os porquês do mundo em apenas uma noite, e então perceberam que já não estavam sozinhos, principalmente ela, que havia tempo não conhecia alguém tão interessante e único quanto ele.
Não demorou muito para que trocassem confidências e os segredos mais íntimos, mas nem tudo era tão sério, riam juntos como nunca antes, e todos sabem que o caminho para o coração de uma mulher é o bom humor, Julien se encontrava perdidamente apaixonada pelo ****** que conhecera num site de relacionamentos e isso se tornaria um problema.
Qualquer relacionamento à distância é complicado por natureza, agora adicione dois suicidas em potencial, um deles viciado em heroína e outra que de tão frustrada já não ligava tanto para sede de viver que sentia, queria apenas ler poesia longe de todas as pessoas comuns, essas que ambos abominavam.
Jimmy era todos os ídolos de Julien comprimidos dentro de si. Ele era Marilyn Manson, era Brian Molko, era Gerard Way, Billy Corgan, Kurt Cobain, mas acima de todos esses, Jimmy era Sid Vicious e Julien sonhava com seus dias de Nancy.
Ele era o primeiro e último pensamento dela, e se tornou o tema principal de toda as poesias que escrevia, assim como as que lia, parecia que todas eram sobre o luso-brasileiro que considerava sua cópia masculina. Jimmy, como ela, era feminista, cheio de ideologias e viciado em bandas, mas ao contrário dela, não teria tanto tempo para essas coisas.
Estava apaixonado por um rapaz brasileiro, Estêvão, que também dizia estar apaixonado por ele mas nunca passaram disso, e logo se formou um semi-triângulo amoroso, pois Julien sabia da existência da paixão de Jimmy, mas Estêvão não sabia que existia outra brasileira que amava a mesma pessoa perdidamente. Não sentiu raiva dele, pelo contrário, apoiava o romance dos dois já que tudo que importava à ela era a felicidade de Jimmy, que como ela, era infeliz, e as chances de pessoas como eles serem felizes algum dia é quase nula.
O brasileiro era amante da MPB e da poesia do país, assim como amava ouvir pós-punk e escrever, interesses que eram comum aos três perdidos, mas era profissional para ele já que conseguira que seus trabalhos fossem publicados diversas vezes. Se Jimmy era Sid Vicious, Julien desejava ser Nancy (ou Courtney Love dependendo do humor), Estêvão era Cazuza.
Morava sozinho e não conseguia se fixar em lugar algum, estava à procura de algo que só poderia achar dentro dele mesmo mas não sabia por onde começar; convivia com *** há alguns meses na época, mas estava relativamente bem com aquilo, tinha um controle emocional maior do que nosso Sid.
Assim como aconteceu com Allan e Julien, não demorou muito para que Estêvão caísse nos encantos de Jimmy, que não eram poucos, e não fazia mais tanta questão de esconder o que sentia por ele. Dono de olhos infinitamente azuis, cabelo bagunçado que mudava de cor frequentemente, corpo magro, pálido, e escrevia os versos mais lindos que poderia imaginar, Jimmy era o ser mais irresistível para qualquer um que quisesse um bom tema para escrever.
--
Julien era de uma cidade pequena do Brasil, onde, sem a internet, jamais poderia ter conhecido Jimmy, que frequentava apenas as grandes cidades do país. Filha de pais separados, tinha o mesmo ódio pelo pai que ele, mas diferente do amigo, seu ódio era usado contra ela mesma, auto-destrutiva é um termo que definiria sua personalidade. Era de se esperar que ela se apaixonasse por alguém viciado em drogas, existe algo de romântico sobre tudo isso, afinal.
Em uma quarta-feira comum, antecipada por um dia nublado, escreveu:

Minhas palavras, todas tiradas dos teus poemas
Teu sotaque, uma voz imaginada
Que obra de arte eram teus olhos
Feitos de um azul-convite

E eu aceitei.


Jimmy era agora seu mundo, e qualquer lugar do mundo a lembrava dele. Qualquer frase proferida aleatoriamente em uma roda de amigos e automaticamente conseguia ouvir sua opinião sobre o assunto, ela o conhecia como ninguém, e em tão pouco tempo já não precisavam falar muita coisa, os dois sabiam dos dois.
Desejava que Jimmy fosse inteiramente dela, corpo e mente, que cada célula de seu ser pudesse tocar todas as células do dela, e que todos os pensamentos dele fossem sobre amá-la, mas como a maioria das coisas que queria, nada iria acontecer, se achava a pessoa mais azarada do mundo (e provavelmente era).
Em uma noite qualquer, após esperar o dia todo ansiosa pela hora em que Jimmy voltaria da faculdade, ele não apareceu. Bom, ele era mesmo uma pessoa inconstante e já estava acostumada à esse tipo de surpresa, mas existia algo diferente sobre aquela noite, sabia que Jimmy estava escondendo alguma coisa dela pois há dias estava estranho e calado, dormia cedo, acordava tarde, não comia, e as músicas que costumavam trocar estavam se tornando cada vez mais tristes, mas era inútil questionar, apesar da intimidade, ele se tornara uma pessoa reservada, o que era totalmente compreensível.
Após três ou quatro dias de aflição, ele finalmente volta e não parece bem, mesmo sem ver seu rosto, conhecia as palavras usadas por ele em todos os momentos. Preocupada com o sumiço, foi logo questionando sua ausência com certa raiva e euforia, Jimmy não respondia uma letra sequer. Julien deixou uma lágrima escorrer e implorou por respostas, tinha a certeza de que algo estava muito errado.
"Acalme-se, ou não poderei lhe contar hoje. Algo aconteceu e seu pressentimento está mais que correto, mas preciso que entenda o meu silêncio", disse à ela.
Julien não respondeu nada além de "me dê seu número, sinto que isso não é algo que se conta por escrito".
Discando o número gigantesco, cheio de códigos, sabia que assim que terminasse aquela ligação teria um problema muito maior do que a alta taxa que é cobrada por ligações internacionais. Ele atendeu e começou a falar interrompendo qualquer formalidade que ela viria a proferir:

– Apenas escute e prometa-me que não irá chorar.
Ela não disse nada, aceitando a condição.
– Há tempos não sinto-me bem, faço as mesmas coisas, não mudei meus costumes, embora deveria mas agora é tarde demais. Sinto-me diferente, meu corpo... fraco. Preciso te contar mas não tenho as palavras certas, acho que nem existem palavras certas para o que estou prestes à dizer então serei direto: descobri que sou *** positivo. ´
Um silêncio quase mórbido no ar, dos dois lados da linha.
Parecia-se com um tiro que atravessou o estômago dos dois, e nenhum podia falar.
Julien quebrou o silêncio desligando o telefone. Não podia expressar a dor que sentia, o sentimento de injustiça que a deixava de mãos atadas, Ele era a última pessoa do mundo que merecia aquilo, para ela, Jimmy era sagrado.

Apenas uma pessoa soube da nova situação de Jimmy antes de Julien: Allan.
Dois dias antes de contar tudo à amiga, Jimmy havia ido ao hospital sozinho, chegou em casa mais cedo, sentou-se no sofá e quis morrer, comparou o exame médico à um atestado de óbito e deu-se por morto. Allan chegou em casa e encontrou o amigo no chão, de olhos inchados, mãos trêmulas. Tirou o envelope de baixo dos braço de Jimmy, que o segurava como se fosse voar a qualquer instante, como se tivesse que apertar ao máximo para ter certeza de que aquilo era real. Enquanto lia os papéis, Jimmy suplicava sua morte, em meio à lágrimas, Allan lhe beijou como o amante oculto que foi por anos, com lábios fracos que resumiam a dor e o medo mas usou um disfarce para o pânico que sentia e sussurrou "não sinto nojo de ti, meu amigo, não estás morto".
Palavras inúteis. Já não queria ouvir nada, saber de nada. Jimmy então tentou dormir mas todas as memórias das vezes que usou drogas, que transou sem saber com quem, onde ou como, estavam piscando como flashes de luz quase cegantes e sentia uma culpa incomparável, um medo, terror. Mas nenhuma memória foi tão perturbadora quanto a da vez em que sofreu abuso ****** em uma das festas. Uma pessoa aleatória e sem grande importância, aproveitou-se do menino pálido e mirrado que estava dormindo no chão, quase desmaiado por culpa de todo o álcool consumido, mas ainda consciente, Jimmy conseguia sentir sua cabeça sendo pressionada contra a poça d'água que estava em baixo de seu corpo, e ouvia risos, e esses mesmos risos estavam rindo dele agora enquanto tentava dormir e rezava pra um deus que não acredita para que tudo fosse um pesadelo.
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Naquele dia, Jimmy, que já era pessimista por si só, prometeu que não se trataria, que iria apenas esperar a morte, uma morte precoce, e que este seria o desfecho perfeito para alguém que envelheceu tão rápido, mas ele não esperaria sentado, iria continuar sua vida de auto-destruição, saindo cedo e voltando tarde, dormindo e comendo mal, não pararia também com nenhum tipo de droga, principalmente cigarro, que era tão importante quanto a caneta ao escrever seus poemas, dizia que sentir a cinza ainda quente caindo no peito o inspirava.
Outra manhã chegou, e mesmo que desejasse com toda força, tudo ainda era real, seus pensamentos eram confusos, dúvidas e incertezas tão insuportáveis que poderiam causar dores físicas e curadas com analgésicos. Trocou o dia pela noite, já não via o sol, não via rostos crús como os que se vê quando estamos à caminho do trabalho, só via os personagens da noite, prostitutas, vendedores de drogas, pessoas que compravam essas drogas, e gente como ele, de coração quebrado, pessoas que perderam amigos (ou não têm), que perderam a si mesmos, que terminaram relacionamentos até então eternos, que já não suportavam a vida medíocre imposta por uma sociedade programada e hipócrita. Continuou indo aos mesmos lugares por semanas, e já não dormia em casa todos os dias, sempre arrumava um espaço na casa de algum amigo ou conhecido, como se doesse encara
D. Furtado
enkelte, ubetydelige blomster og
en transparente vase, der viser de
nøgne stilke stikke frem og stå
og det er kun tankens sidste grænse,
der stadig holder ved,
fast, stramt, næsten trygt
men selv her langer den ud efter mig
når jeg går på gaden med en liter
mælk, ryger cigaretter og så
låser mig ind i min opgang
smækker døren, og trækker vejret
for at holde mit galoperende hjerte igen
men selv her langer den ud efter mig
til min mosters fødselsdag i solen med
latter, fornøjelig nysgerrighed og øjne, der
kigger over bordet med bløde blikke og
varme nik
løber ud på badeværelset, og mister
grebet, så griber fast i et håndklæde,
men begriber ikke situationen, så jeg falder
det er først hér; rystende, alene og kold
mod marmor og duften af nymalede vægge
jeg ved, at jeg ikke kan flygte fra dele af
mig selv
- digte om alt det, der vandaliserer os
Incipit prohemium tercii libri.

O blisful light of whiche the bemes clere  
Adorneth al the thridde hevene faire!
O sonnes lief, O Ioves doughter dere,
Plesaunce of love, O goodly debonaire,
In gentil hertes ay redy to repaire!  
O verray cause of hele and of gladnesse,
Y-heried be thy might and thy goodnesse!

In hevene and helle, in erthe and salte see
Is felt thy might, if that I wel descerne;
As man, brid, best, fish, herbe and grene tree  
Thee fele in tymes with vapour eterne.
God loveth, and to love wol nought werne;
And in this world no lyves creature,
With-outen love, is worth, or may endure.

Ye Ioves first to thilke effectes glade,  
Thorugh which that thinges liven alle and be,
Comeveden, and amorous him made
On mortal thing, and as yow list, ay ye
Yeve him in love ese or adversitee;
And in a thousand formes doun him sente  
For love in erthe, and whom yow liste, he hente.

Ye fierse Mars apeysen of his ire,
And, as yow list, ye maken hertes digne;
Algates, hem that ye wol sette a-fyre,
They dreden shame, and vices they resigne;  
Ye do hem corteys be, fresshe and benigne,
And hye or lowe, after a wight entendeth;
The Ioyes that he hath, your might him sendeth.

Ye holden regne and hous in unitee;
Ye soothfast cause of frendship been also;  
Ye knowe al thilke covered qualitee
Of thinges which that folk on wondren so,
Whan they can not construe how it may io,
She loveth him, or why he loveth here;
As why this fish, and nought that, comth to were.  

Ye folk a lawe han set in universe,
And this knowe I by hem that loveres be,
That who-so stryveth with yow hath the werse:
Now, lady bright, for thy benignitee,
At reverence of hem that serven thee,  
Whos clerk I am, so techeth me devyse
Som Ioye of that is felt in thy servyse.

Ye in my naked herte sentement
Inhelde, and do me shewe of thy swetnesse. --
Caliope, thy vois be now present,  
For now is nede; sestow not my destresse,
How I mot telle anon-right the gladnesse
Of Troilus, to Venus heryinge?
To which gladnes, who nede hath, god him bringe!

Explicit prohemium Tercii Libri.

Incipit Liber Tercius.

Lay al this mene whyle Troilus,  
Recordinge his lessoun in this manere,
'Ma fey!' thought he, 'Thus wole I seye and thus;
Thus wole I pleyne unto my lady dere;
That word is good, and this shal be my chere;
This nil I not foryeten in no wyse.'  
God leve him werken as he can devyse!

And, lord, so that his herte gan to quappe,
Heringe hir come, and shorte for to syke!
And Pandarus, that ledde hir by the lappe,
Com ner, and gan in at the curtin pyke,  
And seyde, 'God do bote on alle syke!
See, who is here yow comen to visyte;
Lo, here is she that is your deeth to wyte.'

Ther-with it semed as he wepte almost;
'A ha,' quod Troilus so rewfully,  
'Wher me be wo, O mighty god, thow wost!
Who is al there? I se nought trewely.'
'Sire,' quod Criseyde, 'it is Pandare and I.'
'Ye, swete herte? Allas, I may nought ryse
To knele, and do yow honour in som wyse.'  

And dressede him upward, and she right tho
Gan bothe here hondes softe upon him leye,
'O, for the love of god, do ye not so
To me,' quod she, 'Ey! What is this to seye?
Sire, come am I to yow for causes tweye;  
First, yow to thonke, and of your lordshipe eke
Continuance I wolde yow biseke.'

This Troilus, that herde his lady preye
Of lordship him, wex neither quik ne deed,
Ne mighte a word for shame to it seye,  
Al-though men sholde smyten of his heed.
But lord, so he wex sodeinliche reed,
And sire, his lesson, that he wende conne,
To preyen hir, is thurgh his wit y-ronne.

Cryseyde al this aspyede wel y-nough,  
For she was wys, and lovede him never-the-lasse,
Al nere he malapert, or made it tough,
Or was to bold, to singe a fool a masse.
But whan his shame gan somwhat to passe,
His resons, as I may my rymes holde,  
I yow wole telle, as techen bokes olde.

In chaunged vois, right for his verray drede,
Which vois eek quook, and ther-to his manere
Goodly abayst, and now his hewes rede,
Now pale, un-to Criseyde, his lady dere,  
With look doun cast and humble yolden chere,
Lo, the alderfirste word that him asterte
Was, twyes, 'Mercy, mercy, swete herte!'

And stinte a whyl, and whan he mighte out-bringe,
The nexte word was, 'God wot, for I have,  
As feyfully as I have had konninge,
Ben youres, also god so my sowle save;
And shal til that I, woful wight, be grave.
And though I dar ne can un-to yow pleyne,
Y-wis, I suffre nought the lasse peyne.  

'Thus muche as now, O wommanliche wyf,
I may out-bringe, and if this yow displese,
That shal I wreke upon myn owne lyf
Right sone, I trowe, and doon your herte an ese,
If with my deeth your herte I may apese.  
But sin that ye han herd me som-what seye,
Now recche I never how sone that I deye.'

Ther-with his manly sorwe to biholde,
It mighte han maad an herte of stoon to rewe;
And Pandare weep as he to watre wolde,  
And poked ever his nece newe and newe,
And seyde, 'Wo bigon ben hertes trewe!
For love of god, make of this thing an ende,
Or slee us bothe at ones, er that ye wende.'

'I? What?' quod she, 'By god and by my trouthe,  
I noot nought what ye wilne that I seye.'
'I? What?' quod he, 'That ye han on him routhe,
For goddes love, and doth him nought to deye.'
'Now thanne thus,' quod she, 'I wolde him preye
To telle me the fyn of his entente;  
Yet wist I never wel what that he mente.'

'What that I mene, O swete herte dere?'
Quod Troilus, 'O goodly, fresshe free!
That, with the stremes of your eyen clere,
Ye wolde som-tyme freendly on me see,  
And thanne agreen that I may ben he,
With-oute braunche of vyce on any wyse,
In trouthe alwey to doon yow my servyse,

'As to my lady right and chief resort,
With al my wit and al my diligence,  
And I to han, right as yow list, comfort,
Under your yerde, egal to myn offence,
As deeth, if that I breke your defence;
And that ye deigne me so muche honoure,
Me to comaunden ought in any houre.  

'And I to ben your verray humble trewe,
Secret, and in my paynes pacient,
And ever-mo desire freshly newe,
To serven, and been y-lyke ay diligent,
And, with good herte, al holly your talent  
Receyven wel, how sore that me smerte,
Lo, this mene I, myn owene swete herte.'

Quod Pandarus, 'Lo, here an hard request,
And resonable, a lady for to werne!
Now, nece myn, by natal Ioves fest,  
Were I a god, ye sholde sterve as yerne,
That heren wel, this man wol no-thing yerne
But your honour, and seen him almost sterve,
And been so looth to suffren him yow serve.'

With that she gan hir eyen on him caste  
Ful esily, and ful debonairly,
Avysing hir, and hyed not to faste
With never a word, but seyde him softely,
'Myn honour sauf, I wol wel trewely,
And in swich forme as he can now devyse,  
Receyven him fully to my servyse,

'Biseching him, for goddes love, that he
Wolde, in honour of trouthe and gentilesse,
As I wel mene, eek mene wel to me,
And myn honour, with wit and besinesse  
Ay kepe; and if I may don him gladnesse,
From hennes-forth, y-wis, I nil not feyne:
Now beeth al hool; no lenger ye ne pleyne.

'But nathelees, this warne I yow,' quod she,
'A kinges sone al-though ye be, y-wis,  
Ye shal na-more have soverainetee
Of me in love, than right in that cas is;
Ne I nil forbere, if that ye doon a-mis,
To wrathen yow; and whyl that ye me serve,
Cherycen yow right after ye deserve.  

'And shortly, dere herte and al my knight,
Beth glad, and draweth yow to lustinesse,
And I shal trewely, with al my might,
Your bittre tornen al in-to swetenesse.
If I be she that may yow do gladnesse,  
For every wo ye shal recovere a blisse';
And him in armes took, and gan him kisse.

Fil Pandarus on knees, and up his eyen
To hevene threw, and held his hondes hye,
'Immortal god!' quod he, 'That mayst nought dyen,  
Cupide I mene, of this mayst glorifye;
And Venus, thou mayst maken melodye;
With-outen hond, me semeth that in the towne,
For this merveyle, I here ech belle sowne.

'But **! No more as now of this matere,  
For-why this folk wol comen up anoon,
That han the lettre red; lo, I hem here.
But I coniure thee, Criseyde, and oon,
And two, thou Troilus, whan thow mayst goon,
That at myn hous ye been at my warninge,  
For I ful wel shal shape youre cominge;

'And eseth ther your hertes right y-nough;
And lat see which of yow shal bere the belle
To speke of love a-right!' ther-with he lough,
'For ther have ye a layser for to telle.'  
Quod Troilus, 'How longe shal I dwelle
Er this be doon?' Quod he, 'Whan thou mayst ryse,
This thing shal be right as I yow devyse.'

With that Eleyne and also Deiphebus
Tho comen upward, right at the steyres ende;  
And Lord, so than gan grone Troilus,
His brother and his suster for to blende.
Quod Pandarus, 'It tyme is that we wende;
Tak, nece myn, your leve at alle three,
And lat hem speke, and cometh forth with me.'  

She took hir leve at hem ful thriftily,
As she wel coude, and they hir reverence
Un-to the fulle diden hardely,
And speken wonder wel, in hir absence,
Of hir, in preysing of hir excellence,  
Hir governaunce, hir wit; and hir manere
Commendeden, it Ioye was to here.

Now lat hir wende un-to hir owne place,
And torne we to Troilus a-yein,
That gan ful lightly of the lettre passe  
That Deiphebus hadde in the gardin seyn.
And of Eleyne and him he wolde fayn
Delivered been, and seyde that him leste
To slepe, and after tales have reste.

Eleyne him kiste, and took hir leve blyve,  
Deiphebus eek, and hoom wente every wight;
And Pandarus, as faste as he may dryve,
To Troilus tho com, as lyne right;
And on a paillet, al that glade night,
By Troilus he lay, with mery chere,  
To tale; and wel was hem they were y-fere.

Whan every wight was voided but they two,
And alle the dores were faste y-shette,
To telle in short, with-oute wordes mo,
This Pandarus, with-outen any lette,  
Up roos, and on his beddes syde him sette,
And gan to speken in a sobre wyse
To Troilus, as I shal yow devyse:

'Myn alderlevest lord, and brother dere,
God woot, and thou, that it sat me so sore,  
When I thee saw so languisshing to-yere,
For love, of which thy wo wex alwey more;
That I, with al my might and al my lore,
Have ever sithen doon my bisinesse
To bringe thee to Ioye out of distresse,  

'And have it brought to swich plyt as thou wost,
So that, thorugh me, thow stondest now in weye
To fare wel, I seye it for no bost,
And wostow which? For shame it is to seye,
For thee have I bigonne a gamen pleye  
Which that I never doon shal eft for other,
Al-though he were a thousand fold my brother.

'That is to seye, for thee am I bicomen,
Bitwixen game and ernest, swich a mene
As maken wommen un-to men to comen;  
Al sey I nought, thou wost wel what I mene.
For thee have I my nece, of vyces clene,
So fully maad thy gentilesse triste,
That al shal been right as thy-selve liste.

'But god, that al wot, take I to witnesse,  
That never I this for coveityse wroughte,
But only for to abregge that distresse,
For which wel nygh thou deydest, as me thoughte.
But, gode brother, do now as thee oughte,
For goddes love, and kep hir out of blame,  
Sin thou art wys, and save alwey hir name.

'For wel thou wost, the name as yet of here
Among the peple, as who seyth, halwed is;
For that man is unbore, I dar wel swere,
That ever wiste that she dide amis.  
But wo is me, that I, that cause al this,
May thenken that she is my nece dere,
And I hir eem, and trattor eek y-fere!

'And were it wist that I, through myn engyn,
Hadde in my nece y-put this fantasye,  
To do thy lust, and hoolly to be thyn,
Why, al the world up-on it wolde crye,
And seye, that I the worste trecherye
Dide in this cas, that ever was bigonne,
And she for-lost, and thou right nought y-wonne.  

'Wher-fore, er I wol ferther goon a pas,
Yet eft I thee biseche and fully seye,
That privetee go with us in this cas;
That is to seye, that thou us never wreye;
And be nought wrooth, though I thee ofte preye  
To holden secree swich an heigh matere;
For skilful is, thow wost wel, my preyere.

'And thenk what wo ther hath bitid er this,
For makinge of avantes, as men rede;
And what mischaunce in this world yet ther is,  
Fro day to day, right for that wikked dede;
For which these wyse clerkes that ben dede
Han ever yet proverbed to us yonge,
That "Firste vertu is to kepe tonge."

'And, nere it that I wilne as now tabregge  
Diffusioun of speche, I coude almost
A thousand olde stories thee alegge
Of wommen lost, thorugh fals and foles bost;
Proverbes canst thy-self y-nowe, and wost,
Ayeins that vyce, for to been a labbe,  
Al seyde men sooth as often as they gabbe.

'O tonge, allas! So often here-biforn
Hastow made many a lady bright of hewe
Seyd, "Welawey! The day that I was born!"
And many a maydes sorwes for to newe;  
And, for the more part, al is untrewe
That men of yelpe, and it were brought to preve;
Of kinde non avauntour is to leve.

'Avauntour and a lyere, al is on;
As thus: I pose, a womman graunte me  
Hir love, and seyth that other wol she non,
And I am sworn to holden it secree,
And after I go telle it two or three;
Y-wis, I am avauntour at the leste,
And lyere, for I breke my biheste.  

'Now loke thanne, if they be nought to blame,
Swich maner folk; what shal I clepe hem, what,
That hem avaunte of wommen, and by name,
That never yet bihighte hem this ne that,
Ne knewe hem more than myn olde hat?  
No wonder is, so god me sende hele,
Though wommen drede with us men to dele.

'I sey not this for no mistrust of yow,
Ne for no wys man, but for foles nyce,
And for the harm that in the world is now,  
As wel for foly ofte as for malyce;
For wel wot I, in wyse folk, that vyce
No womman drat, if she be wel avysed;
For wyse ben by foles harm chastysed.

'But now to purpos; leve brother dere,  
Have al this thing that I have seyd in minde,
And keep thee clos, and be now of good chere,
For at thy day thou shalt me trewe finde.
I shal thy proces sette in swich a kinde,
And god to-forn, that it shall thee suffyse,  
For it shal been right as thou wolt devyse.

'For wel I woot, thou menest wel, parde;
Therfore I dar this fully undertake.
Thou wost eek what thy lady graunted thee,
And day is set, the chartres up to make.  
Have now good night, I may no lenger wake;
And bid for me, sin thou art now in blisse,
That god me sende deeth or sone lisse.'

Who mighte telle half the Ioye or feste
Which that the sowle of Troilus tho felte,  
Heringe theffect of Pandarus biheste?
His olde wo, that made his herte swelte,
Gan tho for Ioye wasten and to-melte,
And al the richesse of his sykes sore
At ones fledde, he felte of hem no more.  

But right so as these holtes and these hayes,
That han in winter dede been and dreye,
Revesten hem in grene, whan that May is,
Whan every ***** lyketh best to pleye;
Right in that selve wyse, sooth to seye,  
Wax sodeynliche his herte ful of Ioye,
That gladder was ther never man in Troye.

And gan his look on Pandarus up caste
Ful sobrely, and frendly for to see,
And seyde, 'Freend, in Aprille the laste,  
As wel thou wost, if it remembre thee,
How neigh the deeth for wo thou founde me;
And how thou didest al thy bisinesse
To knowe of me the cause of my distresse.

'Thou wost how longe I it for-bar to seye  
To thee, that art the man that I best triste;
And peril was it noon to thee by-wreye,
That wiste I wel; but tel me, if thee liste,
Sith I so looth was that thy-self it wiste,
How dorst I mo tellen of this matere,  
That quake now, and no wight may us here?

'But natheles, by that god I thee swere,
That, as him list, may al this world governe,
And, if I lye, Achilles with his spere
Myn herte cleve, al were my lyf eterne,  
As I am mortal, if I late or yerne
Wolde it b
ungdomspoet Dec 2015
en at kigge på når jeg vågner søndag morgen
- en der vil tage min hånd og danse rundt med mig
- en at dele de ting der gør mig lykkelig med
- en at dele de ting der gør mig bedrøvet med
- en som vil have et godt forhold til min familie
- en der får tiden til at stoppe i stressede morgner blot ved et kys
- en at tage med ud at se på kunst
- en at diskutere politik og læse avis med
- en som kigger på mig som om jeg var den eneste i verden
- en der ville tage med mig til Paris
- en som vil kysse min nakke blidt i søvne
- en at drikke morgenkaffe og ryge morgensmøger med
- en der kan få mig til at grine når jeg har mindst lyst til det
- en der vil fortælle mig at jeg er en tåbe når jeg opfører mig ligeledes
- en der vil fortælle mig at jeg er kærlig når jeg opfører mig ligeledes
- en at læse mine digte højt for
- en som vil tage med mig på eventyr og ikke være bange
- en der får mig til at føle som den bedste version af mig selv
- en at lytte til lækker musik med
- en at tænke på når man hører dårlige kærlighedssange
- en som tør dele sine tanker og følelser med mig
- en at lytte til
- en at leve for
- en at elske med
- en at kysse på
- en at have tillid til
- en som elsker mig på trods af mine fejl
- en der kan se mine kvaliteter som kvaliteter
- en som syntes at disse ting også er væsentlige
Letícia Costa Jun 2013
Havia uma garota
E um garoto
eles eram melhores amigos

Ele gostava de música boa
Ela era nova e não sabia muito sobre muita coisa
Ele vivia intensamente
Ela mal sabia como beija

Ele sofria muito, pois sabia demais
Ela era feliz, pois era jovem
Ele vivia em um mundo fechado
Ela queria saber como era esse mundo

Ele era muito fechado
Ela era curiosa
Ele resolveu se abrir com ela
Ela ficou fascinada pela dor dele

Ele deu a ela a confiança
Ela se apaixonou por tudo sobre ele

Mas ele só se abriu com ela
E por mais que isso fosse algo grande
Se abrir não era um código para paixão
Era apenas o que era

Ela guardou toda a dor dele dentro dela
Fez daquela dor parte dela
Descobriu as coisas
Escutou música boa

Dali então ela era quem mais sofria
Pois tinha a dor dele, dela e do mundo inteiro
E não havia ninguém para se abrir
(Holding fire and water together)

I don't know why the rain keeps writing the
name of Nigeria on the ground in every corner.
I don't know why we are this broken and
tortured like the fragments of the dust.
I don't know why the Dapchi girls returned yesterday while their chikbok friends are
still in captive.
I don't know why every street in Nigeria is
known with an imprint of good leaders.
I don't know why we cry yet point accusation. fingers back to ourselves, who is fooling who?
I don't know why the sun cry here with a
closed lips.
I don't know why we keep writing love stories
while our brothers and sisters perish in shame!
I don't just know why but I think you should know.
Are you not the one that collected a cup of rice, clean notes and Abrahamic lie from them?
I won't speak ill of this land again,  I won't!
I won't judge any one, no, I won't for  the
sake of my unborn children.
No, I won't for the sake of what happened to Dele Giwa and Saro Wiwa.
We poets are abnormal psychologically.
We paints abstraction from the abstracts creating fears that might hurt those true patriots.
My muse fell out from me yesterday night,
When my television opened to a scene of genocide.
Men on pants, women on trousers painting out the tears made for people inhabiting hell.
Their laughters and smiles were printed to be archived among themselves.
I won't speak ill  of this country, no, I won't!
Because of my unborn children,
I won't!
But I will tell just one tale for them to remember
Of how monkeys carted away with our monies!
Of how Snake swallowed our currency!
Of how good our leaders are, I think you know!
I have been holding these demons in me until last night they came out horribly in fierce protest to revisit this land again.
To tell of those girls ***** under the bridge,
To ask why boys like me are named after me,
To speak against shadows of death lurking here and there.
Nigeria is grey and black, red and violent,
Retrieving this oceans of mysteries from the hidden abyss of grave corruption is the passport tabled on the pyramid top to recreate a versatile muses of a lyrics calling for a right to write our rights.
Take a walk to memory lane pass your shadow,  that of your father,  mother & grandmas
You will see a Nigeria in another angle trying to free herself from the grip of corruption, then, revisit her tears and struggles you will know we are the cause of our own misfortunes.!

©John Chizoba Vincent
FromAPenRefusingFrustrations
Jonathan Witte Jul 2017
A close read
reveals that
I am nothing
but a rough draft
riddled with
misspellings—

a work in progress
watered down by
superfluous adjectives,
non sequiturs, and
smothered verbs.

Love is an editor.

She courts me
with a pocket of
sharpened pencils,
blue and red.

She marks me
up meticulously—
dele, stet
dele, stet.

Decades punctuated
by intermittent edits.

Sunlight slanting
through an hourglass.

Her hair as white
as the final page.

When the end comes,
will she love me enough
to give me another pass?
**** jy die **** van yster-gordyn wat val en die aarde omhels ten laaste sy afwaartse versnelling.

Dit maak seer mamma...

Gewere word neergelê as ń universiële teken van hoop en vrede , maar verlang na ń lid van die geledere.

Dit maak seer mamma...

Ons was almal naïef; in ons drome was daar plek vir twee,
Ń eindelose see waar ons kon wegvaar van die ontbindinde spoke van gister, waar ons ons hande in soutwater-poele kon was iewers langs die kus van versoening...

Dit maak seer...

Niemand sou kon raai dat die jare se snellertrek en loopgraaf grawwe jou eens sagte vel kon magnetiseer nie... *** kon ek voorsien dat jy ń bietjie van die geweld gaan steel het om vir jouself te hou nie. *** sou ek weet dat jou vingers jeuk sonder die dooie staal wat dit streel nie...

Een skoot
Twee skote
Drie skote
Ń eenman vuurpelaton reën op my neer en dring deur my ope arms...
Jy het nog altyd ń plek in my hart gehad, maar nou het jy dit beset met lood en alle onskuld uitgerook met brandende kruit...

Dit maak seer...

Dele van jou hang nog swaar op al die plekke wat saakmaak en seermaak en trek my af grond toe...

Eina...

Liefde ek het altyd geweet ons het mekaar se ruë gehad... ek hey net nie geweet jy was besig om ń rooi kruis vir jou fissier op myne te verf nie...

Dit maak seer mamma...
Koebaai
Esta crônica é resultado de uma conversa que eu teria com o velho companheiro de lutas Chico da Cátia. Era um companheiro de toda hora, sempre pronto a dar ajuda a quem quer que fosse. Sua viúva, a Cátia, é professora da rede pública estadual do Rio de Janeiro e ele adquiriu esse apelido devido a sua obediência a ela, pois sempre que estávamos numa reunião ou assembleia ou evento, qualquer coisa e ela dissesse "vamos embora!", o Chico obedecia, e, ao se despedir dizia: com mulher, não se discute. Apertava a mão dos amigos e partia.

Hoje, terceiro domingo do janeiro de 2015, estou cercado. Literalmente cercado. Cercado sim e cercado sem nenhum soldado armado até aos dentes tomando conta de mim. Não há sequer um helicoptero das forças armadas americanas sobrevoando o meu prédio equipado com mísseis terra-ar para exterminar-me ao menor movimento, como está acontecendo agorinha em algum lugar do oriente asiático. Estou dentro de um apartamento super ventilado, localizado próximo a uma área de reserva da mata atlântica, local extremamente confortável, mas cercado de calor por todos os lados, e devido ao precário abastecimento de água na região, sequer posso ficar tomando um banhozinho de hora em hora, pois a minha caixa d'água está pela metade. Hoje, estou tão cercado que sequer posso sair cidade a fora, batendo pernas, ou melhor, chinelos, pegar ônibus ou metrô ou BRTs e ir lá na casa daquele velho companheiro de lutas Chico da Cátia, no Morro do Falet, em Santa Tereza, para pormos as ideias em dia. É que a mulher saiu, foi para a casa da maezinha dela e como eu tinha dentista ontem, não fui também e estou em casa, cercado também pelo necessário repouso orientado pelo médico, que receitou-me cuidados com o calor devido ao dente estar aberto.

Mas, firulas à parte, lembro-me de uma conversa que tive com o Chico após a eleição do Tancredo pelo colégio eleitoral, que golpeou as DIRETAS JÁ, propostas pelo povo, na qual buscávamos entender os interesses por detrás disso, uma vez que as eleições diretas não representavam nenhuma ameaça ao Poder Burguês no Brasil, aos interesses do capital, e até pelo contrário, daria uma fachada "democrática ao país" Nessa conversa, eu e o Chico procuramos esmiuçar os segmentos da burguesia dominante no Brasil, ao contrário do conceito de "burguesia brasileira" proposto pela sociologia dos FHCs da vida. Chegamos à conclusão de que ela também se divide, tem contradições internas e nos seus embates, o setor hegemônico do capital é quem predominar. Nesse quesito nos detivemos um bom tempo debatendo, destrinçando os comportamento orgânicos do capital, e concluímos que o liberalismo, fantasiado de neo ou não, é liberal até o momento em que seus interesses são atingidos, muitas vezes por setores da própria burguesia; nesses momentos, o setor dominante, hegemônico, lança mão do que estiver ao seu alcance, seja o aparelho legislativo, o judiciário e, na falta do executivo, serve qualquer instrumento de força, como eliminação física dos seus opositores, golpe de mídia ou golpe de estado, muitas vezes por dentro dos próprios setores em disputa, como se comprovou com a morte de Tancredo Neves, de Ulisses Guimarães e de uma série de próceres da burguesia, mortos logo a seguir.

Porém, como disse, hoje estou cercado. Cercado por todos os lados, cercado até politicamente, pois os instrumentos democratizantes do meu país estão dominados pelos instrumentos fascistizantes da sociedade. É que a burguesia tem táticas bastante sutis de penetração, de corrosão do poder de seus adversários e atua de modo tão venal que é quase impossível comprovar as suas ações. Ninguém vai querer concordar comigo em que os setores corruptos da esquerda sejam "arapongas" da direita; que os "ratos" que enchem o país de ONGs, só pra sugar verbas públicas com pseudo-projetos sociais, sejam "arapongas" da direita; que os ratazanas que usam a CUT, o MST, o Movimento por Moradia, e controlam os organismos de políticas sociais do país sejam "arapongas" da direita; que os LULAS, lulista e cia, o PT, a Dilma etc, sejam a própria direita; pois do contrário, como se explica a repressão aos movimentos sociais, como se explica a criminalização das ações populares em manifestações pelo país a fora? Só vejo uma única resposta: Está fora do controle "DELLES!"

Portanto, como disse, estou cercado. Hoje, num domingo extremamente quente, com parco provimento de água, não posso mais, sequer, ir à casa do meu amigo Chico da Cátia. Ela, já está com a idade avançada, a paciência esgotada de tanto lutar por democracia, não aguenta mais sair e participar dos movimentos sociais, e eu sou obrigado a ficar no meu canto, idoso e só, pois o Chico já está "na melhor!"; não disponho mais dele para exercitar a acuidade ideológica e não me permitir ser um "maria vai com as outras" social, um alienado no meio da *****, um zé-niguém na multidão, o " boi do Raul Seixas": "Vocês que fazem parte dessa *****, que passa nos projetos do futuro..."  Por exemplo, queria conversar com ele sobre esse "CASO CHARLIE HEBDO", lá da França, em que morreu um monte de gente graças a uma charge. Mas ele objetaria; "Uma charge?!" É verdade. Não foi a charge que matou um monte de gente, não foi o jornal que matou um monte de gente, não foram os humoristas que mataram um monte de gente. Assim como na morte de Tancredo Neves e tantos membros da própria burguesia no Brasil, quem matou um monte de gente é o instrumento fascistizante da sociedade mundial, ou seja, a disputa orgânica do capital, a concorrência entre o capital ocidental e o capital oriental, que promove o racismo e vende armas, que promove a intolerância religiosa e vende armas, que promove as organizações terroristas em todo o mundo e vende armas; que vilipendia as liberdades humanas intrínsecas, pisoteia a dignidade mais elementar, como o direito à crença, como o respeito etnico, a liberdade de escolhas, as opções sexuais, e o que é pior, chama isso de LIBERDADE e comete crimes hediondos em nome da Liberdade de Imprensa, da Liberdade de Expressão,  a ponto de a ministra da justiça francesa, uma mulher, uma negra, alguém que merece respeito, ser comparada com uma macaca, e ninguém falar nada. Com toda certeza do mundo, eu e o Chico jamais seremos CHARLIE....  

Victor Marques May 2014
A palavra amor é mágica e exala perfume em todas as suas vertentes. O amor não pode servir de veículo para conseguir aquilo que se pode fazer ou através dele obter. ?
O amor que vivemos neste mundo é sermos felizes e fazer os outros também. Existem amores que se complementam, que unem raças, religiões, pessoas, e que acima de tudo prevalecem mesmo depois da morte.
    Um amor sem contrapartidas, sem limites, sem contratos que parecem ofuscar a leveza do amor. Existem amores nobres, solidários, palpáveis, celestiais,  universais que nos faz pensar, sempre sentir o verdadeiro significado do amor.  Existem tantos acontecimentos na nossa sociedade em que o ser humano procura desmesuradamente um trabalho fácil, um abraço, um obrigado, um amor amigo. O ser humano se abandona por vezes ao capricho de ser amado, bajulado sem no entanto,  se aperceber que o amor é algo muito bem mais importante, grandioso aos olhos de todos aqueles que se dedicam com pureza aos outros seres.
    Por vezes nada podemos fazer para conseguir amar quem queremos amar...
Demos voltas e voltas e procuramos amigos, amor em tantos deleites que o mundo nos oferece materialmente. Deixámos o amor espiritual num patamar nunca lembrado. As crianças têm uma grande predisposição para dar um beijo,  um salto, um abraço,  um sorriso, para dar amor de uma forma livre,  linda e gratuita. Elas são puras, sinceras, choram , riem, prostestam e amam descaradamente tudo o que as rodeia.  Vêem nos animais ternura, carinho, e porque não amor....
    Existem algumas pessoas que não deixam entrar nelas o verdadeiro significado da palavra amor. Existem tantos acontecimentos na nossa vida em que o amor se manifesta de uma forma muito simples e familiar: casamento, baptizado, comunhão, morte ...
    Amor parece existir desde sempre. Quantas noites na vida do ser humano parece que tudo se perdeu!
Até o próprio amor se consome, se esvazia como um balão de ar que rebenta com uma alfinetada. O amor é uma arte de se comprometer com tudo o que existe, com o universo preciso, e respeitar as leis sublimes de um Deus Criador?
     Tantos seres humanos que parecendo insignificantes tem tanto amor para dar, para partilhar.  Nascemos e nem sequer sabemos se foi por amor ou por um desejo egoísta da busca de simples prazer....
O amor deveria ser um elevar da alma,  uma força poderosa de tudo conciliar e amar.

Com amor

Victor Marques
Amor, palavra, vida, seres
i'm so ******* tired of writing about you

miserere mei deus

i'm sick of all these ******* dreams

secundum magnam misericordiam tuam

i'm fed up with the sleepless nights

et secundum multitudinem

the daylight hauntings

miserationum tuarum

the midnight ******* tears

dele iniquitatem meam




i hate that flutter in my gut that i only feel when i think of you

miserere mei deus

i hate that my heart rises in my throat only when i hear you laugh

secundum magnam misericordiam tuam

i hate that i love you

et secundum multitudinem

i hate that i love you

miserationum tuarum

i hate that i love you

*dele iniquitatem meam
jd Jan 2018
*** var en fløjlsblød stemme i kakofoni, en rød rose i regnvejr, smeltet ost i en french toast. Creme de la creme de la creme de la creme de la creme… I et flygtigt øjeblik var *** min. Jeg gav slip, da *** lod facaden krakelere. Der var mere larm, mere regn og mere tørt brød. Det glansbillede, jeg havde malet af hende, var en parodi af virkeligheden. Jeg forelskede mig i en forestilling – en opdigtet person, der stadig lever i min fantasi, æder mine minder og erstatter dem med forvrængede forestillinger.

Så jeg savner hende. Jeg savner hendes ustabile psyke – at *** måtte indtage **** piller i samme mundfuld som morgenmad, at *** blev syrlig uden grund. *** var forelsket i mig i et øjeblik, og smed mig ud det næste. Jeg savner hendes vanskabte krop – hendes korte ben, der ikke kunne holde hende stående en hel dag, det skæve øje, der fokuserede på det, *** ikke så, hendes store tæer, der trods al plejning aldrig så pæne eller tillokkende ud. Jeg savner hendes barnlige opførelse – *** snakkede i høje toner, kunne ikke undvære sin mor i en længere periode, *** kommunikerede med alt omkring hende, objektgjorde alt.  *** kunne aldrig skille sig af med noget – bamsen der var en dåbsgave, bøgerne der kun havde været åbnet én enkelt gang, kattefigurerne fra Italien, der egentligt kun bragte dårlige minder om et forlist venskab og en lang ferie med krops-, familie og varmekomplekser. *** græd ved tanken om den svigt, de måtte føle, hvis *** forlod dem. En spøjs idé, *** sjældent havde om levende organismer såsom mig og de to kaktusser i vinduet, der visnede bort. Ligesom jeg.
Jeg savner hendes selvbillede – hendes dybe selvhad forplantet i enhver celle af legemet, men også den paradoksale tanke om at være noget særligt. *** så sig selv som unik – et unikum af et væsen med unikke problemer, unikke tanker og en unik livsbetydning. *** gravede sig selv ned i takt med, at *** så sig selv som værende højere placeret.

Skulle jeg vende tilbage, opleve dette igen, ville jeg vende hurtigt væk igen. For jeg savner det ikke. Ikke oprigtigt. Fordi jeg ved, jeg kan få det igen – fordi jeg ved, *** er lige præcis der, hvor jeg efterlod hende – *** kommer ikke videre. Gjorde ***, ville jeg savne det. Der er noget behageligt og bekræftende i at vide, at *** for evigt vil vente på mig – at tankerne altid vil vandre tilbage på mig, hver gang *** kommer forbi det hvide slot i skoven. Jeg vandt. Og alligevel ikke. *** fik plantet sig i mig – og *** vil for evigt vende minderne og tankerne, så jeg vil være i en konstant tvivl om hvorvidt, *** er den reelle vinder. Og om *** stadig venter. Jeg ved, at *** venter – *** vil altid vente. Men jeg kan være nødt til at være sikker – se, om *** venter. Om *** venter på mig, som jeg tror – eller om *** endnu er en udefinérbar skabning, som jeg igen har skabt min egen version af.

Måske er *** hverken den fløjlsbløde stemme i kakofoni eller den ustabile kattedame. Måske er *** begge dele. Måske var *** min i et flygtigt øjeblik – måske var *** ikke. Måske er *** altid min, måske var *** det aldrig. Jeg ved kun én ting sikkert, og det er, at intet er sikkert. Det hele foregår i mit hoved, i mit sind og min fantasi. Virkeligheden er fjern, måske endda urealistisk. Var du her nogensinde? Er jeg? Tænk en tanke kan erstatte en tanke med en anden tanke. Tænk, du kan erstatte dig med en anden dig. Tænk, jeg kan erstatte jeg med et andet jeg. I så fald, erstatter jeg hele jeg’et eller kun dele? Jeg skulle spørge for Freud. Ville det ikke være komfortabelt, hvis jeg kunne erstatte et jeg med et andet jeg? Så ville jeg være det jeg, jeg gerne vil have, jeg er. Det er en god tanke, som snart bliver fjernet for en anden tanke, der skal have plads. Er dette en monolog eller en dialog med mig selv? Snakker jeg med andre sider af mig selv, eller findes der kun denne en kendte side? Hov, det var vist den næste tanke. Hvor
llcb Dec 2014
Petrichor lugten af eftertænksomhed.
De dage hvor du åbner dit vindue en lille anelse
minder dig om alle de store dele – såsom du er en lille del af en del.
Universets uendelighed som er uendeligt ubegribeligt og uhåndterligt.
Tid og tider, som kan betænkes i større uendeligheder en selve stjerners hjem.

De stjerner som minder dig om at almægtige ting findes uden at prale.
De lyser jo kun når alt andet sover.

Fortæller dig alt uden egentlig at fortælle dig noget.

Kun fra åben himmel mindes du om; at storme og solskin, ravmørke og blændende lys eksisterer under samme åbne tag.
Kun fra åben himmel mindes du om; at verden skal erfares ud fra din erfaring om at erindringer skaber erfaring om eksistensen.
Den smukke eksistens, som du kender men kun eftermæles når du åbner ud til og ser med mere en bare blå små nethinder.

Jeg byder CO2 og alverdens støj velkommen, så længe at reinkarneret regn og vild vind trænger gennem mit vindues sprække og stjerner fra tid til anden praler for mig i mørket, når man som jeg synes at natten bruges bedre med en Marlboro cigaret og halvkold kaffe i hånden, end dagen med stress i sindet.

Mit vindue står ihvertfald åbent, fordi eftertænksomheden skal erfares.
Vores bløde stemmer
Blev væk i mængden af mennesker
Allerede inden det hele var for sent;
Da stjernene lyste klart på himlen.
men, før jeg blev fanget af hjernens psykedeliske blomsterhær.
Floraen i mit indre, dræbt af syrenbuskenes smukke små vidundere, da min udstråling blev fortabt.
Og mit syn svækket.
Er for fuld til at ane noget af jeres indre
Fuld på livet spørger de.
Fuld af lort siger jeg.
Mutationer i kærlighedslivet
Dele af mig taget væk, skiftet ud. Med kemisk opløslige følelser.
Du får mine øjne til at løbe i vand.
Bliver het fanatisk, elektrisk, allergisk.
Gå væk, når du kysser, men bliv ved.
ungdomspoet Mar 2016
jeg forstår egentlig ikke hvorfor
jeg har det på den her måde
og jeg er egentlig ikke sikker på om
jeg har ret til at føle hvad jeg føler
og det er faktisk noget der er svært
for mig at beskrive med ord
altså hvad jeg føler
men jeg må jo konkludere at
du giver mig åndedragsbesvær
og en lille smule kuldegysninger
fordi min forestilling om hvad
vi kunne have sammen
er så utrolig smuk at det
gør mig så ked af det at tænke
på at det eneste du så
var bare hvor smuk jeg er
og jeg følte at når jeg kiggede
på dig så jeg alt din skrøbelighed
og al din sødme
som afspejler sig i den måde dine
øjne smiler på
når jeg siger at jeg syntes også at
du er smuk
på en måde hvor andre drenge ikke
er smukke
men at du som menneske er interessant
af den grund at du er kompleks og
sød
og jeg har aldrig oplevet at blive behandlet
så godt som du behandlede mig
og jeg tror mine mindreværdskomplekser
måske er lidt anderledes end så mange
andre teenage piger
fordi jeg ikke er bange for at jeg ikke er smuk
nok eller lækker eller har en flot krop
for det ved jeg godt at jeg er
og jeg er heldig
men det er så overfladisk at det gør ondt
fordi jeg har så lave tanker
om netop de værdier som gør at jeg syntes
at du er smuk
og jeg er så bange for at der aldrig vil
være nogen der syntes at jeg har et smukt indre
jeg er så bange for ikke at være god nok som
menneske
og jeg føler mig så ofte som en skal, som ikke
er mere værd end det du ser udadtil
fordi det altid er det som drenge
tillægger en værdi hos mig
og jeg ville så gerne have at du kunne se
at jeg var så meget mere end ***
og at jeg har så meget mere at byde på
og jeg er så skrøbelig inden i
jeg har set så meget og skåret mig på
alt hvad jeg tør røre ved
føler inderst inde at jeg ikke er noget værd
jeg er bare ikke sådan en pige man forelsker sig i
fordi det kræver jo mere end blot et kønt ansigt
hvorfor er der aldrig nogen der fortæller mig
at jeg er sød eller at jeg er godt menneske
der var engang en der elskede mig
men han var for bange for den kærlighed vi
havde fordi den var så ægte og konkret
at han aldrig turde indrømme det
han sagde den gang at jeg var det bedste menneske
han kendte og jeg havde virkelig et stort hjerte
og jeg var så kærlig og sød
jeg tror også det er derfor jeg altid vil elske
ham et eller andet sted inden i mig
og han var smuk af de samme grunde du er smuk
men også fordi han var ødelagt og knust inden i
og det fik mig til at føle
jeg havde fundet min ligemand
men du er så glad og ser de smukke ting i livet
og det tror jeg gav mig lyst til at dele det liv
du fra dine øjne
jeg ville så uendelig gerne være en del af det
og leve lidt i din radius hvor
livet er en dans på roser og du nyder bare
øl og gymnasie fester
venner og veninder
og kærlighed virkede ikke til at være en skræmmende
ting for dig
indtil du mødte mig
og det gik op for dig hvor destruktivt det kan være
følelsen af at have noget at miste
det var det sidste jeg ville have dig til at føle
men jeg kan næsten ikke styre mig selv
for det eneste jeg har lyst til er at skrive til dig
hvorfor vil du ikke give mig en chance
for at vise dig at der gemmer sig roser i mit sind
bag de røde læber og det lange bølgede hår (som du er så vild med)
og vise dig at den krop du rørte og hviskede i øret at den
var så fandens lækker
gemmer på en person som du rørte meget mere
med dine fine ord
og din person
men sandheden er jo bare at du er ligeglad med mig
at jeg blot bliver gjort til en ting igen
som du kan samle på og objektivisere
og indramme og hænge op på din væg af
trofæer
og dér kan jeg så pynte
men jeg længes efter så meget mere
jeg vil ikke blot hænge der
jeg vil røre din konkrete krop
og dit udefinerbare sind
og bare elske
noget om mit syn på mig selv og mænd(drenge) i mit liv
Mafe Oct 2012
"Uma corte recheada de incertezas.
Diz o mestre:
- A todos vocês condeno essas correntes ventrais.
Condeno essa pressão cardíaca, essa confusão mental.
Não desejeis vós que o sentimento profundo lhes fosse concedido?
E quem há de me jurar que com ele não viria tremenda descordenação,
tremendo derrocamento?
Ouçam o bardo correndo louco entre as paredes de pedra.
Ouçam o gondoleiro, barcarolando as canções de amor.
Ouçam o basbaque som dos encantados,
os afeiçoados e doados de coração.
Eis a verdade, corte, corte de sentimentos.
Jaz aqui o vento que me tragou a esta ilusão.
Gritam altissonantes os mares,
arriscai-vos corações,
antes que o mar os leve a vossos esquifes,
antes que seja muito tarde para arriscar.
Porém que seja espúrioso o vosso amor.
Pois é sentimento que se perde em lamentações,
e para vive-lo, arriscar é necessário, não aja com esquivança,
uma vez entrelaçado, o amor é mais que a promessa,
é a eternidade, é um fado, é um facho,
é imensurável,
é imane,
é ilibado,
insinuante sinal de maravilhas,
ofusca os olhos de quem sente,
faz plenitude e traz saudade a quem não tem,
mas ainda sim muito além,
é uma reta paralela, e dele deve ser padrinho em solenidade,
é um pardieiro implorando piedade, e nós somos a reconstrução.
Então amem corte, mas paguem o preço,
na labuta e na luta,
pois o amor é um mestiço, meio amargo, meio doce,
mas é nato em perfeição."
andreia nunes Feb 2013
na primeira noite eram estranhas.
disformes, distantes, extremamente presentes na sua tão triste ausência.
doeram-me todas as entranhas do corpo. pela memória e pelo presente.
agora, volvidos 3 dias volto a olhá-las.
já consigo olhá-las, auxiliá-las e já não me estão distantes.
agora são companheiras de luta.
algumas lutas mais leais que outras bem se sabe, mas ainda assim resistentes no seu silêncio.
o cheiro já me acolhe e todos os muitos sons que me circundam,
conseguem agora embalar-me e levar-me num sono tranquilo.
estou perto dos 28.
já não sou miúda, agora sei-o e mais sério, sinto-o.
ainda não sei que mulher sou, e como vou crescer a partir daqui.
há vários ajustes, estou muito irrequieta com o que vou fazer.
penso demasiado na pessoa que quero construir a partir daqui. é como se tivesse acabado de nascer mas já a saber falar, andar e pensar
- oh, penso tanto…
tenho de me permitir aprender e cair, chorar aos primeiros dentes.
mas a miúda deixa-me orgulhosa. gostei de ti andreia pequena, feliz, divertida e curiosa.
gostei da tua coragem e da tua força. até do teu nariz empertigado.
choro ao teu enterro, comovida pelo orgulho que te sinto e pelas saudades que me vais trazer.
a tua inocência guarda-la-ei como o meu mais precioso tesouro, e a ela recorrerei quando me vacilar a certeza.
crescer é de uma dureza atroz. o passado vejo-o enevoado, lamacento de muito difícil definição.
no entanto o futuro é um abismo.
dá-me vertigens querer espreitá-lo. mesmo quando coloco apenas os olhos, como se me escondesse dele mesmo. de mim mesma, dessa andreia que serei. como se não quisesse que ela me apanhasse a espiá-la a ver-lhe os movimentos, para que os usasse ou os julgasse de ante mão.
aqui estou, numa cama de hospital. viva e livre de qualquer mal. (mal maior pelo menos). e esta andreia do presente, esta nova-mulher, tem muito medo.
muito medo de falhar, muito medo de não ser tão feliz quanto a miúda foi.
De quem é a imagem que vejo no espelho?
Não é a mesma que me observo sem vê-la
Não possui a fonte existencial que lança os arredores para o interior
A única diferença entre mim e o que me permeia
É o corpo que carrego a todo instante, e dele os diálogos mentais que me definem como uma existência, pois as vozes que me surgem só eu posso ouvi-las e interpretá-las
Mas, talvez, a consciência seja simplesmente um canalizador e não uma fonte, pois as informações vêm de todos os lugares e ao mesmo tempo de um lugar só (ego).
De quem é a imagem que vejo quando olho para outra pessoa?
Não é a mesma imagem que essa outra existência se vê
Essa imagem que vejo faz parte de mim, sou eu, ou talvez o outro que vive em mim, que independe de uma consciência própria que não a minha.
Mas como eu me vejo?
Me vejo como acredito que os outros me vêem?
Eu sou o fruto das experiências passadas
Eu sou inconstante.
Totalmente renascido e irreconhecível a cada experiência
Mas isso é meu ego, o vidro mais frágil
O medo da solidão,
O medo da rejeição,
O ódio que é o medo de amar
O medo de amar que é o ódio por si mesmo
O **** é a carta coringa do desespero
O prazer de calar a dor
Mas o **** também dói, pois é a entrega de seu íntimo para outrem (você se diferencia) nós somos incapazes de amar o que é diferente, o **** fere o ego, pois o auge do prazer se dá com algo que nossa consciência insiste em odiar,
odiamos os outros, odiamos a nós mesmos
Mas é tudo ilusão
Ódio e medo, novamente, caminhando lado a lado
Mas é tudo ilusão
"O que está em cima está em baixo, não há diferença"
O que me define como singular?
Minhas roupas, meu cabelo, meu rosto, minha casa
meu carro, minha família, minha história
Fora isso quem sou?
Onde encontra-se a singularidade da voz que só minha mente escuta?
(Minhas ideias surgem de outras ideias que não são minhas
Eu sou o vazio)
Encontra-se no vazio, onde todos são iguais
Onde uma coisa não se diferencia da outra
Onde só nos resta amar, sem dor
A realidade é simplesmente aquilo em que acredito
Nada mais, nada menos
Pois o que os olhos não vêem o coração não sente
Melhor dizendo:
O que a mente não sente os olhos não vêem!
Depois de todo o devaneio
Me lembro...
Uma mulher, cujo a forma de sorrir,
a forma de morder os lábios,
o jeito com que ela me olha com o canto do olho
é totalmente singular, única
Mas não depende do ego, e nem de experiência
é algo inato, belo, não consigo odiar mesmo sendo diferente
Amor? sim
Mas algo diferente também
a vejo e amo como irmã, como mãe, como amante, como amiga
Amo sua existência como um todo
e não sei explicar
Ela escolheu não ficar comigo,
mas sempre vem a mim
Eu ainda continuo a ama-la, sem dor, nem sofrimento

Outra vez saio de uma discussão comigo mesmo sem respostas!
Anna Dec 2014
blot et par måneder siden, ville selv det mindste tegn på oprigtighed vise sig ved sentimentalitet
Vi ville grine og nyde sommeraftener sammen, vi ville skåle for vores dybe samtaler svøbt i champagne
vi ville fortælle sandheder og hvide løgne, og ingenting ville kunne males ovenpå det lærred af glæde og kreativitet vi havde formet
Men når det kom til stykket
Ville vi ikke dele oplevelser eller indre tanker, end ikke når det var vinter og det regnede og var koldt
Vi ville ikke drikke kakao sammen, og varme os ved pejsen
Nej, om vi ikke ville sprede selviskhed og irritable toner
Fordi at tiden heler ikke sorg, den lindrer bare og vi fortrænger
Hvilket er det jeg tror der skete
Vi fortrængte minderne
Og det kan vi ikke gøre noget ved
Vinterens sandheder
Stephan Sep 2016
.

I’m sick of writing poetry
I’m sick of it I am
Especially all these rhyming words
that flow out from this pen

Those tired worn out phrases
I write about her smile
Each lovey-dovey stanza
in fancy cursive style

The lines about the evening,
a shimmering moon beam
And how when I am slumbering
she always is my dream

Affectionate creations
oh please, for goodness sake
I can not write another one
it’s more than I can take

This poetry about my love
for her I always feel
Upsets my stomach every night
I mean, come on, get real

All of it is stupid
though some may call it dumb
For when I’m finished writing one
my fingers all go numb

Oh crap, Stephan is coming
he’s walking through the door
The biggest smile on his face
I’ve ever seen before

He’s been on the phone with her
he thinks he’s pretty slick
Now he’ll write something beautiful
and it will make me sick

And who am I, you’re asking
well you just should have known
I’m the laptop on his desk
that he left all alone

I used to be his favorite,
but that was way before
He found this mesmerizing girl
the one he does adore

Jealous, oh you think so
well maybe you are right
Or just an angry laptop
that won’t go without a fight

Just wait until I post this
it will be pretty sweet
Oh no, don’t hit that button
**** he just pushed dele…
**** computers
Natalia Rivera May 2015
Querido Diego:

Te falta mucho por vivir, y probablemente no me conozcas ahora pero debo decirte que ya tienes a tu mejor amiga en tu vida. Aquella que te permitirá de todo y te lo prohibirá también. Aquella quien te vea llorar y reirá contigo; aquella que jamás te dejará solo. Puesto que en la vida habrán situaciones horribles y te encontraras solo, y si tienes la oportunidad de leer esto cuando tengas 8, 12 y 19 ve y corre donde ella. Dígale que agradece cada segundo que ha pasado dandole todo y dejándolo todo. Tiene a la mejor amiga mas hermosa, cariñosa, inteligente y brillante del mundo. Todo un universo, dele un beso q su madre que será la que inicie su aventura por la vida.


~ N.
Los amo
Victor Marques May 2016
• Vivendo, descobrindo e agradecendo.
Parece que se nasce todos os dias, que Deus nos manifesta o seu amor através da beleza infindável que se descobre todos os dias no sol, na chuva, no vento, no mar, no ribeiro...
Por o universo ser preciso, maravilhoso, e sempre constante nos seus ciclos criadores de vida. Temos de fazer alguma coisa por todos o que nascem desprovidos de amor, de sentimentos, de vontade de ser recordados neste mundo. Para sempre ficarem na memória dos outros seres humanos que parecendo insignificantes tem sempre presente quem tem coração. Respeitar uma sociedade que parece estar ali para acolher pobres, resolver os problemas dos mais desprovidos. O que faríamos nos em condições de pobreza, miséria, fome, guerra? O que faríamos nos se todos acreditassem na vida, na morte e numa ressurreição que Deus através dele seu Filho provou? O que faríamos nos se a natureza não fosse gratuita e uma fonte inesgotável de recursos? O que faríamos nos sem memória, pensamento, razão? Por sermos felizes agradecemos a beleza das estrelas do orvalho, da noite, do dia...Temos todos de viver com a esperança, com o trabalho, com as pessoas, com o amor! Se nosso lema fosse: viver, descobrir, agradecer tudo seria mais fácil para nos alegrar e dar a nossa vida um sentido mais puro e sereno. Viver de uma forma positiva e apaixonada ajuda nos a descobrir nossas potencialidades escondidas, adormecidas.


Vivendo, descobrindo, agradecendo
Nas vivências e descobertas todos os seres humanos conseguem perceber melhor a sua genialidade e existência. Quando penso em Deus, vivo mais... A nossa terra onde Nascemos nunca deixa de ser nossa e sempre bela aos olhos de quem nela nasce, vive e por vezes morre... Não existe quem não esteja grato a ela, seus antepassados, seus lugares preferidos que perduram nas noites, nos dias... A grandeza de ser grato ajuda a viver, impulsiona a descobrir caminhos inimagináveis e impossíveis de ser recordados. Quando se agradece: o cheiro de uma rosa branca, o canto da cigarra, o uivar do lobo, o chilrear dos Passarinhos, a luminosidade da lua cheia. Fico perplexo, emocionado, sentido por saber que vivendo e sempre agradecendo o meu ser.

Victor  Marques
vivendo, descobrindo e agardecendo
Suas unhas penetram os corações corrompidos. Me deixa rasgar você. Me deixa matar você. Ela aparece como um delírio. Me deixa provar o seu sangue. Me deixa comer você. Seu corpo alto e esguio. Sua pele feita de látex preto. Me deixa mutilar você. Sua pélvis curvada para frente e suas costas arqueadas para trás. Me deixa estuprar você. Sua longa calda que se projeta por vezes parecendo um pênis gigante. Me deixa destruir tudo o que você já construiu. Carne, eu quero carne. Seus olhos são como tontura. Sua língua é uma navalha. Seus cabelos fumaça tóxica. Matar, matar. Eu quero matar.

A rua está escura. Alguém se aproxima. Mate-o!!! Está passando ao meu lado. Não olhou, não olhou. Bata na cabeça dele! A faca! A faca! O sangue jorrando pela nuca. O corpo em convulsão dita o ritmo do gozo. Assim! Delícia!!! Quase!!! Está vindo!!! Ahhhhhhhh! O corpo inerte caído na rua. Me deixa dilacerar a carne. Me deixa rasgar a carne. Sangue, eu quero sangue! Me deixa provar. Minha faca corta freneticamente. A Avulvva está comendo. Está gostoso? Prove a carne!!!! Venha, prove.

A faca está no fundo do rio. As roupas estão queimando. O sangue já tinha secado. O fogo é atraente. Não é? Coloque sua mão no fogo! Vá, coloque! Isso eu não quero! Quer, eu sei que quer. Vamos, queime! Não vou! Ela está rindo de mim. Está me chamando de fraco. Merda, estou atrasado. Lavo meu corpo, o sangue escorrendo pelo ralo. A Avulvva está me olhando. Seus olhos são como tontura. Acho que vou vomitar! Que merda! Que nojo! Ela está rindo. Que merda... Sangue, eu quero matar! Me deixa matar! Hahahahahahaha.

Há um verme se alimentando das minhas entranhas, tomando o controle deste hospedeiro,  me fala aos ouvidos como a serpente sussurrou a Eva, provei o fruto proibido da carne crua, viva, sangrenta, provei o metálico sabor do líquido que jorra das artérias e nele me banhei, infinitamente gozei e a voz gritava ao mundo a ópera de sua ruína. Fui aos confins da lógica e ultrapassei a linha, nada significa nada, impulso: isso me faz existir.

Hoje quero amar a vida, quero que cantem os rouxinóis ao alvorecer, vou atravessar os sonhos encantados das noites de verão, gincanas e cirandas, CRIANCINHAS. Adoro criancinhas. Vinde a mim as criancinhas. Tão inocentes. Corpinhos tão pequenos. Tão macios... e cheirosos. A Avulvva gosta de crianças, ela gosta de machucar as crianças. Criança levada, cuidado cuidado que a Avulvva te pega, cuidado cuidado que a Avulvva te leva. Olá quem é o senhor? Eu sou um amiguinho e tem um lugar cheio de jogos e doces que eu posso te mostrar. É mesmo? É mesmo! Cuidado cuidado que a Avulvva te pega, cuidado cuidado que a Avulvva te leva. Carne de vitela é a mais suculenta, é porque o mundo ainda não corrompeu o filhote. A princípio  geralmente eles não entendem o que está acontecendo, mas depois... Depois é possível contemplar o pavor genuíno, um pavor que não sabe conscientemente o que está acontecendo, mas o impulso grita que é algo muito ruim, então eles berram e choram. A Avulvva sempre bebe as lágrimas primeiro, ela escorrega sua língua de navalha pelas bochechas até os olhos. Se farta das lágrimas, escorre o sangue, se farta de sangue, dilacera a carne, a carne é macia, delícia delícia, Avulvva te COME, cuidado cuidado.. As garras te apertam, você fica preso. Os olhos te fitam, você vê o medo. Cuidado cuidado, criança levada.

Já trepou com a morte? A morte tem os lábios frios, um hálito quase podre que se prolifera pelo corpo. Imóvel. Inanimada. A morte tem a boceta seca. O pau amolecido. E o cú cheio de bosta. Ó morte, amante perversa. Amante passiva e voraz. Me deixa provar a carne podre. Me deixa sugar o sangue frio. A Avulvva está vindo. Ela caminha velozmente. Ela é o trovão e a tempestade. Me deixa enfiar a cauda neste cú. Me deixa comer as fezes mortas. A Avulvva nunca se sacia. O horror pulsa em seus olhos de tontura. Me deixa brincar um pouquinho. Ela está quase sempre rindo. Suas gargalhadas perversas. Não há nada além de prazer. Nada além da maldade. Me deixa estuprar a morte.
Sonhei com a Avulvva ontem. Anteontem. E antes mais. Meu sonho é Avulvva. Ela é a voz que guia minhas visões. Terríveis. Maliciosas. Deliciosas. O que há além da carne? Se algum dia houve algo, já não existe mais . Ó Carne, és minha única e verdadeira deusa, a qual posso provar, a ti devoro toda minha paixão, a ti devoto todo meu rancor.
Victor Marques Apr 2013
Sede de Cultura

Encontro-me sobre nuvens com verdade,
Olho com calor, Lealdade…
O estigma de estranha dor,
Escrevo num berço sem valor.

Aspirar a uma perfeição intelectual feita com arte,
Falar da vida, de um mundo sem dele fazer parte,
Me embebedar com o excelente vinho do Douro,
Ver a tourada com o forcado e sem toiro.

A minha dimensão é simples e pequena,
Cultura da linda açucena,
Um calor quando escrevo é terno e bendito,
Aplaudir a voz, o canto, o grito….

Victor Marques
Ontem descia a colina, pelos caminhos da natureza,
Foi quem sabe o seu trilho, que me mostrou a beleza,
Desde as plantas, ao ar que lá respirei, me maravilhei,
Foi nessa viagem que descobri, que ali tudo eu farei!

O cheiro a vida e os animais descascados de preconceitos,
A paz que se sentia entrar nos seus ninhos, eram preceitos,
De cores de luz ardente, onde o sol encoberto de folhas,
Mostrava atos ou sentimentos que são nossas escolhas!

Não escolho de quem posso gostar, mas escolho preservar,
Não luto pelo amor, se não o posso cultivar, porque não ó é,
Mas se eu escolher amar entre as folhas eu vou me mostrar,
E se estiver por trás delas, alguém, também deixo brilhar. Pois é!

É umas mistura de sons e tons, numa bebida alcoólica,
Sente-se os cheiros e sabores, escorrendo pela goela,
Percorrem-se os melhores encontros, gente acolita,
Se não são seus valores, nem são dele, nem são dela!

Porém, esta minha caminhada, vale escuro abaixo,
Que entre o brilho da estrela do dia mais claro,
Se perdi, porque vi, o que não guardei e encaixo,
E já vale adentro, hoje teu abraço é o meu amparo!

Autor: António Benigno
Código do texto: 2013.07.21.02.07
Victor Marques Jul 2016
Quando me levantei agradeci ao Criador,  o bom Deus imparcial e infinitamente misericordioso por ter a oportunidade de poder ver a beleza da aurora, e  através dele santificar a palavra amor...
     Agradecer  da forma mais pura e imaculada a vida e o privilégio de podermos sentir este ar puro .Nossa Senhora da Penha um dia quis aqui estar e permanecer no meio de rochas que parecem feitas para Ela ao mundo a natureza  consagrar.
     Quando a nossa sensibilidade de alma nos faz sonhar e viver com a esperanca de um dia ressuscitar  a nossa passgem nesta vida e mais serena e harmoniosa. Tive um desejo enorme de Pedir amor  hoje nao so para a Victoria e para o Simao,  mas para todos nos!
Porque Deus e amor, vida comunhão .
Quando penso em Deus, vivo mais feliz e a grandeza de suas obras se manifesta encacaradamente nas entranhas, sempre entranhas de meu humilde ser.
     Quando penso em Deus penso mais em vos, nos nossos entes queridos que partiram e que la no paraiso pintam as mais telas para agradecer ao seu Rei e Senhor.
     Quando penso em Deus penso nesta sagrada uniao. Que a Igreja seja testemunha e que Nossa Senhora os Cubra com o verniz prateado do seu manto , das suas rosas brancas e da nobreza do seu coração.
Muito obrigado.

Victor Marques
Uniao,amor, vida
M Summit Mar 2012
Coldness lulls my
head
for an eternal
nights slumber.  The arrhythmic
thumping of
my chest
dele-
teri
ous
l
y

shortens.
hi da s Oct 2017
a costela dele quebrada. mal podia ficar reto.
dela só se sabe que ficou impressionada quando ele se curou.
um momento rápido passou e ela percebeu que se sentava torta. e lembrou dele.
privilégio que os ossos dela estavam no lugar.
coluna, costela, fêmur. ainda jovens.
senti culpa e a vontade de escrever tudo isso. não se pode perder momentos de paz, onde normalmente se encontra o conformismo da decadência.
triste isso: só se sentir melhor quando se compara a algo pior.
frases curtas pois pensa que fala demais e às vezes acha que pensa demais, quase vomitando coisas que não deveria.
sim. sou eu. escrevo. que insegurança chata. vontade de falar pra todo mundo. era bem sobre isso que eu tava falando.
sobre um menino que machucou a costela me entristeceu
llcb Nov 2015
Det er jo på mange måder klart
at jeg stadig er sur
Det er jo effekten
ved at være svigtet
Det gør ondt i hjertet
så hjernen ender op
vred og bitter
Så det er jo klart
at jeg kigger tomt på dig
og råber af dig
hen over køkkenbordet
Det er jo effekten
ved at være svigtet
Og hver gang vi taler om det
så er det som
at det fungerer i teorien
men virker bare ikke helt i praksis
Vi ender jo stadig op med
døde blikke
og vrede i lungerne  

Den her aften skændtes vi
helt indtil en vigtig sandhed
røg ud af mig;
at jeg nok egentlig bare er vred,
fordi jeg sad
en time
i bus
for at komme i skole
dengang
og måtte dele seng
med mor
og de andre
siden der ikke var penge
til varme
dengang
Den vigtige sandhed om;
at jeg nok egentlig bare stadig er vred
i dag
fordi jeg blev svigtet af dig
dengang

Vrede er jo en effekt af svigt
så det er jo klart
at jeg stadig hader dig lidt

Nu ligger jeg i min bunke af vasketøj på gulvet og tænker;
at det nok egentlig var meget godt at jeg fandt ud af det nu.
Nu har jeg formodentlig sparet mig selv for hundredevis af psykologtimer som 64årig
Bare ved at vide det, som nok egentlig
er klart
Letícia Costa Jun 2013
#1
Camiseta preta
Camiseta branca
Enrolado
Liso
Eram apenas amigos

Pontas de cigarros
Os dois se encontram
Whiskey e conversar alheias
Tudo o que ela queria era um beijo dele

Era confuso
escuro
E chovia também

Ela ganhou o beijo
Mas perdeu o amor
Jane Deer Oct 2016
Strækmærker kravler hen over hendes nøgne krop
som tigerstriber
Slynger sig vildt om hendes bryst,
hendes mave,
hendes lår,
og alle de andre dele af hendes krop
som *** hader
llcb Oct 2015
Jeg er så så fuld
og her er tomme flasker
på perronen,
som triller rundt
i vinden,
og de minder mig
om folk.
Tomme
eller ødelagte
eller begge dele
eller lidt af hvert

Jeg er så så fuld
og jeg tager hjem alene
for at vågne til tømmermænd
og mascara på puden
i stedet for en
som dig,
fordi du leger
med din lighter
og mit hjerte er lavet
af papir.

Derfor er jeg så så fuld
og alene på perronen
Venter på at noget
tager mig hjem
så jeg selv
kan krølle
papiret
sammen
i min brystkasse
på endnu en lørdag aften.
llcb Nov 2014
Ivrighed efter indbegrebet af intelligens
bestræber de erhverv, som normalt var mænds

Vinter, forår, Sommer, efterår, endnu vinter
sprit, sprog, regression igennem sindets filter
Tid siver igennem som var det vand
men vand kommer igen, hvad tid jo ikke kan

Onomatepoetikon
hmmm... aflæses i sindets lektikon

Lidt for meget at nå
lidt for ekstremt at formå

Lidt for mange dage af de grå
lidt for få af de blå

Lidt for lange gange at begå
lidt for lidt søvn til at stå

-

Udmattelse er en del af at leve
Vil nogle dele?
jeg har vist fået det hele
at totaludslette sig selv i krampagtige forsøg på at udvinde
      enhver dråbe af potentiale
i en udslukt flod, udtørret
    
          at dele sig selv op i procenter, prioriteret
   35,4% der, 100% der,
     indtil man pludselig er i minus
hvor er man så?
               (på bunden)

     kold klarsindethed

varm panik
   blodet strømmer til kinderne, stemningslæggende,

smilende rammer tvivlen
som en enkelt optrevlet maske i et udarbejdet system
    hold fingrende fra det, ubevidst pilfingret
gennemanalyseret

— The End —