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Willard Wells Dec 2015
It was cold my first trip to Nome. Okay, it's always cold in Nome. It was February, still going down to -55 degrees some days. This was generally a one or two night stay. You really only needed a day, but the weather is unforgiving and so sometimes you wait most of the day. It is still dark up above the Arctic Circle, which Nome is only about 150 miles south of. The ocean ice will not start breaking for a month or two.

The morning started with an early flight from Fairbanks to Anchorage. It makes for a long day with approximately a 500 mile flight south so I can grab a 1,000 mile flight north to Nome. The first flight in had no delays so there was hope for the day. The hotel I booked which sounded quite grand was “The Nugget Inn”. It felt good knowing I would be in a nice hotel in this barren land.

It was a clear morning as we came in over the Bering Strait. I waited about 30 minutes to get my bags, then headed outside to see if I could flag down a ride. Taxis here in a village are a car passing by. You just waved before they go on by and hope they see you. It does not matter where you're going, Nome is not that big. Paid my three bucks and took a seat and said good morning to the driver and one other. The process is passenger in and passenger out until your destination comes up, but no hurry as you enjoy the warmth of the car.

Checked in and got a key, so I could begin my adventure at “The Nugget Inn” and Nome. I got to my room and checked it out and yes I was in for a surprise. The room was configured like a bunkhouse shack, two beds on old rusted iron frames. A small table and chair between the beds with a very small lamp. Well this was work and not a vacation and I was at the edge of the world.

The room had the feel that it was the same as in the gold rush days. And when I pulled up the blanket to check on the sheets. I am sure they were there when Jack London was here. Since the sheets were worn down to no more than gauze. So I take my first night in the city of Nome. And sleep tight under northern lights.
Re-write of what was a poem. It is I think part of a series and the later part of the series is called "Cold Island Girl".  Thanks for reading.
Mariana Seabra Jul 2023
Chegaste a mim em forma de argila, num balde de plástico furado.  
Apanhei-te, de surpresa, embrulhada nas ondas do meu mar salgado.  
Estavas escondida, por entre os rochedos, rodeada pelas habituais muralhas que te aconchegam,  
                                                   ­     as mesmas que me atormentam,  
quando levantas uma barreira que me impede de chegar a ti.  

Segurei-te nos braços, como quem se prepara para te embalar. Sacudi-te as algas, e encostei o meu ouvido à casca que te acolhia no seu ventre.  
Não conseguia decifrar o som que escutava, muito menos controlar a vontade de o querer escutar mais. Algo ecoava num tom quase inaudível. Sentia uma vida...uma vida fraca, sim...mas, havia vida a pulsar. Podia jurar que conseguia sentir-te, para lá da barreira, como se me tivesses atravessado corpo adentro.
Ainda não conhecia o som da tua voz, e ela já me fazia sonhar.  

Pulsavas numa frequência tão semelhante à minha!... não resisti,  
fui impelida a chegar mais perto. Precisava de te tocar, precisava de te ver,
     só para ter a certeza se eras real,
                           ou se, finalmente, tinha terminado de enlouquecer.

Se tinha perdido os meus resquícios de sanidade,  
                                                     ­                                   consciência,
                                                                ­                        lucidez,                              
ou se era verdade que estávamos ambas a vibrar,
no mesmo espaço, ao mesmo tempo, no mesmo ritmo de frequência, uma e outra e outra...e outra vez.  

Vieste dar à costa na minha pequena ilha encantada. Na ilha onde, de livre vontade, me isolava.  
Na ilha onde me permitia correr desafogadamente,  

                                             ­                            ser besta e/ou humana,  
                                                       ­                  ser eu,  
                                                           ­              ser tudo,
                                                                ­         ser todos,  
                                                        ­                 ou ser nada.  

Na mesma ilha onde só eu decidia, quem ou o que é que entrava. Não sabia se estava feliz ou assustada! Mais tarde, interiorizei que ambos podem coexistir. Por agora, sigo em elipses temporais. Longos anos que tentei suprimir num poema, na esperança que ele coubesse dentro de ti.

(…)

“Como é que não dei pela tua entrada? Ou fui eu que te escondi aqui? Será que te escondi tão bem, que até te consegui esconder de mim? És uma estranha oferenda que o mar me trouxe? Ou és só uma refugiada que ficou encalhada? Devo ficar contigo? Ou devolver-te às correntes? Como é que não dei pela tua entrada...? Que brecha é que descobriste em mim? Como é que conseguiste chegar onde ninguém chegou? Como é que te vou tirar daqui?”.  

Não precisei de te abrir para ver o que tinha encontrado, mas queria tanto descobrir uma brecha para te invadir! Não sabia de onde vinha esse louco chamamento. Sei que o sentia invadir-me a mim. Como se, de repente, chegar ao núcleo que te continha fosse cada vez menos uma vontade e, cada vez mais uma necessidade.

Cheiravas-me a terra molhada,  
                                                      ­   depois de uma chuva desgraçada. Queria entrar em ti! Mesmo depois de me terem dito que a curiosidade matava. Queria tanto entrar em ti! Ser enterrada em ti!  

A arquiteta que desenhou aquele balde estava mesmo empenhada                                                        ­                                                             
                                 em manter-te lá dentro,  
e manter tudo o resto cá fora. A tampa parecia bem selada.  

Admirei-a pela inteligência. Pelo simples que tornou complexo.  
Pela correta noção de que, nem toda a gente merece ter o teu acesso.

(...)

Vinhas em forma de argila...e, retiradas as algas da frente, vi um labirinto para onde implorei ser sugada. Estava no epicentro de uma tempestade que ainda se estava a formar e, já se faziam previsões que ia ser violenta. O caos de uma relação! de uma conexão, onde o eu, o tu e o nós, onde o passado, o futuro e o presente, entram em conflito, até cada um descobrir onde se encaixa, até se sentirem confortáveis no seu devido lugar.  

Estava tão habituada a estar sozinha e isolada, apenas acompanhada pelo som da água, dos animais ou do vento, que não sabia identificar se estava triste ou contente. Não sabia como me sentir com a tua inesperada chegada. Não sabia o que era ouvir outro batimento cardíaco dentro da minha própria mente,  

e sentir uma pulsação ligada à minha, mesmo quando o teu coração está distante ou ausente.  

No começo, espreitava-te pelos buracos do balde, por onde pequenos feixes de luz entravam e, incandesciam a tua câmera obscura,  

                 e tu corrias para te esconder!
                 e eu corria para te apanhar!
                 e foi um esconde-esconde que durou-durou...
                 e nenhuma de nós chegou a ganhar.  

Quanto mais te estudava, menos de mim percebia. Mais admiração sentia por aquela pedra de argila tão fria. "Que presente é este que naufragou no meu mar? Como é que te vou abrir sem te partir?"

Retirei-te a tampa a medo,  
                                                a medo que o teu interior explodisse.  

E tu mal te mexeste.  
                                  E eu mexia-te,
                                                           remex­ia-te,
                                                           virava-te do direito e do avesso.  

És única! Fazias-me lembrar de tudo,
                                                          e não me fazias lembrar de nada.

És única! E o que eu adorava  
é que não me fazias lembrar de ninguém,  
                             ninguém que eu tivesse conhecido ou imaginado.

És única! A musa que me inspirou com a sua existência.  

“Como é que uma pedra tão fria pode causar-me esta sensação tão grande de ardência?”

(…)

Mesmo que fechasse os olhos, a inutilidade de os manter assim era evidente.  
Entravas-me pelos sentidos que menos esperava. Foi contigo que aprendi que há mais que cinco! E, que todos podem ser estimulados. E, que podem ser criados mais! Existem milhares de canais por onde consegues entrar em mim.  

A curiosidade que aquele teu cheiro me despertava era imensa,                                                          ­                                                

               ­                                                                 ­                  intensa,
                                                                ­                                                       
         ­                                                                 ­                         então,  
                                          
             ­                                                                 ­                    abri-te.

Abri-me ao meio,  
só para ver em quantas peças é que um ser humano pode ser desmontado.

Despi-te a alma com olhares curiosos. E, de cada vez que te olhava, tinha de controlar o tempo! Tinha de me desviar! Tinha medo que me apanhasses a despir-te com o olhar. Ou pior!  
Tinha medo que fosses tu a despir-me. Nunca tinha estado assim tão nua com alguém.  
Tinha medo do que os teus olhos poderiam ver. Não sabia se ficarias, mesmo depois de me conhecer. Depois de me tirares as algas da frente, e veres que não sou só luz, que luz é apenas a essência em que me prefiro converter. Que vim da escuridão, embrulhada nas ondas de um mar escuro e tenebroso, e é contra os monstros que habitam essas correntes que me debato todos os dias, porque sei que não os posso deixar tomar as rédeas do meu frágil navio.  

(...)

Vinhas em inúmeros pedaços rochosos,
                                                                ­             uns afiados,  
  
                                                   ­                          uns macios,

                                                               ­           todos partidos...

Sentia a tua dureza contra a moleza da minha pele ardente,  
E eu ardia.  
                    E tu não ardias,  
                                                 parecias morta de tão fria.  

Estavas tão endurecida pela vida, que nem tremias.  
Não importava o quanto te amasse,  
                                                       ­          que te atirasse à parede, 
                                                        ­         que te gritasse                                                         ­                                                                 ­                    
                                                                ­                            ou abanasse...

Não importava. Não tremias.  

Haviam demasiadas questões que me assombravam. Diria que, sou uma pessoa com tendência natural para se questionar. Não é motivo de alarme, é o formato normal do meu cérebro funcionar. Ele pega numa coisa e começa a rodá-la em várias direções, para que eu a possa ver de vários ângulos, seja em duas, três, quatro ou cinco dimensões.  

"Porque é que não reagias?"  
"Devia ter pousado o balde?"  
"Devia ter recuado?"
"Devia ter desviado o olhar,
                                                      em vez de te ter encarado?"  

Mas, não. Não conseguia. Existia algo! Algo maior que me puxava para os teus pedaços.  
Algo que me fervia por dentro, uma tal de "forte energia", que não se permitia ser domada ou contrariada. Algo neles que me atraía, na exata medida em que me repelia.

Olhava-te, observava-te,  
                                                absorvia-te...
e via além do que os outros viam.
Declarava a mim mesma, com toda a certeza, que te reconhecia.
Quem sabe, de uma outra vida.
Eras-me mais familiar à alma do que a minha própria família.  
Apesar de que me entristeça escrever isto.  

Eram tantas as mazelas que trazias...Reconhecia algumas delas nas minhas. Nem sabia por onde te pegar.
Nem sabia como manter os teus pedaços juntos. Nem sabia a forma certa de te amar.
Estava disposta a aprender,  
                                                   se estivesses disposta a ensinar.  

(…)

Descobri com a nossa convivência, que violência era o que bem conhecias,                                                       ­                                                         
                    então, claro que já não tremias!  
Um ser humano quebrado, eventualmente, habitua-se a esse estado. Até o amor lhe começa a saber a amargo.  

Só precisei de te observar de perto.  
Só precisei de te quebrar com afeto.

Culpei-me por ser tão bruta e desastrada, esqueci-me que o amor também vem com espinhos disfarçados. Devia ter percebido pelo teu olhar cheio e vazio, pelo reflexo meu que nele espelhava, que a semelhança é demasiada para ser ignorada.

Somos semelhantes.  

Tão diferentes! que somos semelhantes.  

Duas almas velhas e cansadas. Duas crianças ingénuas e magoadas. Duas pessoas demasiado habituadas à solidão.  

Só precisei de escavar através do teu lado racional.
Cegamente, mergulhei bem fundo, onde já nem a luz batia,

                                                               ­    e naveguei sem rumo certo  

nas marés turbulentas do teu emocional. E, algures dentro de ti,  
encontrei um portal que me levou a um outro mundo...

Um mundo onde eu nem sabia que uma outra versão de mim existia,                                                         ­                                                         
       ­       onde me escondias e cobrias com a lua.

Um mundo onde eu estava em casa, e nem casa existia,  
                                                      ­            
                       onde me deitava ao teu lado,                                          
                          onde te deitavas ao meu lado,                                                            ­                                            
                    ­            totalmente nua,
      debaixo da armadura que, finalmente, parecia ter caído.  

Creio que mergulhei fundo demais...  
Ultrapassei os limites terrestres,
                                 e fui embater contigo em terrenos espirituais.  

Cheguei a ti com muita paciência e ternura.
Tornei-me energia pura! Um ser omnipresente. Tinha uma vida no mundo físico e, uma dupla, que vivia contigo através da música, da escrita, da literatura…Tornei-me minha e tua!  
Eu sabia...
Há muito amor escondido atrás dessa falsa amargura.  
Então, parei de usar a força e, mudei de abordagem,  
para uma mais sossegada,
                                               uma que te deixasse mais vulnerável,                                                                    ­                                            
         em vez de assustada.  

(…)

“Minha pedra de argila, acho que estou a projetar. Estou mais assustada que tu! Estar perto de ti faz-me tremer, não me consigo controlar. Quero estar perto! Só quero estar perto! Mesmo que não me segure de pé. Mesmo que tenhas de me relembrar de respirar. Mesmo que me custem a sair as palavras, quando são atropeladas pela carrada de sentimentos que vieste despertar…”

És um livro aberto, com páginas escritas a tinta mágica.
A cada página que o fogo revelava, havia uma página seguinte que vinha arrancada. Mais um capítulo que ficava por ler. Outra incógnita sobre ti que me deixavas a matutar.

Soubeste como me despertar a curiosidade,
como a manter,
como me atiçar,
como me deixar viciada em ti,
como me estabilizar ou desestabilizar.  

E nem precisas de fazer nada! a tua mera existência abana a corda alta onde me tento equilibrar.

Segurei-te com todo o carinho! E, foi sempre assim que quis segurar-te.

Como quem procura
                                       amar-te.

Talvez transformar-te,  
                                        em algo meu,
                                        em algo teu,
                                                                ­ em algo mais,
                                                                ­                          em algo nosso.  

Oferecias resistência, e eu não entendia.  
A ausência de entendimento entorpecia-me o pensamento, e eu insistia...Não conseguia respeitar-te. Só queria amar-te!

Cada obstáculo que aparecia era só mais uma prova para superar,  
                    ou, pelo menos, era disso que me convencia.
Menos metros que tinha de fazer nesta maratona exaustiva!
onde a única meta consistia  
                                                   em chegar a ti.
Desse por onde desse, tivesse de suar lágrimas ou chorar sangue!

(...)

Olhava-te a transbordar de sentimentos! mal me conseguia conter! mal conseguia formar uma frase! mal conseguia esconder que o que tremia por fora, nem se comparava ao que tremia por dentro!
Afinal, era o meu interior que estava prestes a explodir.

"Como é que não te conseguiste aperceber?”

A tua boca dizia uma coisa que, rapidamente, os teus olhos vinham contrariar. "Voa, sê livre”. Era o que a tua boca pregava em mim, parecia uma cruz que eu estava destinada a carregar. Mas, quando eu voava, ficava o meu mar salgado marcado no teu olhar.  
Não quero estar onde não estás! Não quero voar! quero deitar-me ao teu lado! quero não ter de sair de lá! e só quero voar ao teu lado quando nos cansarmos de viajar no mundo de cá.  

“Porque é que fazemos o oposto daquilo que queremos? Porque é que é mais difícil pedir a alguém para ficar? Quando é que a necessidade do outro começou a parecer uma humilhação? Quando é que o mundo mudou tanto, que o mais normal é demonstrar desapego, em vez daquela saudável obsessão? Tanta questão! Também gostava que o meu cérebro se conseguisse calar. Também me esgoto a mim mesma de tanto pensar.”

(...)

O amor bateu em ti e fez ricochete,  
                                                    ­                acertou em mim,  
quase nos conseguiu despedaçar.  

Até hoje, és uma bala de argila, perdida no fluxo das minhas veias incandescentes. O impacto não me matou, e o buraco já quase sarou com a minha própria carne à tua volta. Enquanto for viva, vou carregar-te para onde quer que vá. Enquanto for viva, és carne da minha própria carne, és uma ferida aberta que me recuso a fechar.
Quero costurar-me a ti! para que não haja possibilidade de nos voltarmos a separar.

Não sei se te cheguei a ensinar alguma coisa, mas ansiava que, talvez, o amor te pudesse ensinar.  

Oferecias resistência, e eu não entendia.  
Então, eu insistia...
                                   Dobrava-te e desdobrava-me.
Fazia origami da minha própria cabeça  
                                                e das folhas soltas que me presenteavas,
escritas com os teus pensamentos mais confusos. Pequenos pedaços de ti!  
Estava em busca de soluções para problemas que nem existiam.  

"Como é que vou tornar esta pedra áspera, numa pedra mais macia? Como é que chego ao núcleo desta pedra de argila? Ao sítio onde palpita o seu pequeno grande coração?
Querias que explorasse os teus limites,  
                                                      ­      ou que fingisse que não os via?”

Querias ser pedra de gelo,  
                                                  e eu, em chamas,  
queria mostrar-te que podias ser pedra vulcânica.

(...)

Estudei as tuas ligações químicas, cada partícula que te constituía.
Como se misturavam umas com as outras para criar  

                 a mais bela sinestesia

que os meus olhos tiveram o prazer de vivenciar.


Tornaste-te o meu desafio mais complicado.  
“O que raio é suposto eu fazer com tantos bocados afiados?”.  
Sinto-os espalhados no meu peito, no sítio onde a tua cabeça deveria encaixar, e não há cirurgia que me possa salvar. Não sei a que médico ir.  Não sei a quem me posso queixar.
São balas fantasma, iguais às dores que sinto quando não estás.  
A dor aguda e congruente que me atormenta quando estás ausente.
Como se me faltasse um pedaço essencial, que torna a minha vida dormente.

Perdoa-me, por nunca ter chegado a entender que uso lhes deveria dar.  

(...)

Reparei, por belo acaso! no teu comportamento delicado  
quando te misturavas com a água salgada, que escorria do meu olhar esverdeado,
                                  quando te abraçava,  
                                  quando te escrevia,  
                          em dias de alegria e/ou agonia.
Como ficavas mais macia, maleável e reagias eletricamente.  
Expandias-te,  
                          tornav­as-te numa outra coisa,  
                                                        ­              um novo eu que emergia,  

ainda que pouco coerente.  


Peguei-te com cuidado. Senti-te gélida, mas tranquila...
"Minha bela pedra de argila..."
Soube logo que te pertencia,  
                                                    ­   soube logo que me pertencias.  
Que o destino, finalmente, tinha chegado.
E soube-o, mesmo quando nem tu o sabias.

A estrada até ti é longa, prefiro não aceitar desvios.  
É íngreme o caminho, e raramente é iluminado...
muito pelo contrário, escolheste construir um caminho escuro,  
cheio de perigos e obstáculos,  
                                                   ­      um caminho duro,  
feito propositadamente para que ninguém chegue a ti...
Então, claro que, às vezes, me perco. Às vezes, também não tenho forças para caminhar. E se demoro, perdoa-me! Tenho de encontrar a mim mesma, antes de te ir procurar.  

No fim da longa estrada, que mais parece um labirinto perfeitamente desenhado,
                                      sem qualquer porta de saída ou de entrada,
estás tu, lá sentada, atrás da tua muralha impenetrável, a desejar ser entendida e amada, e simultaneamente, a desejar nunca ser encontrada.  

“Como é que aquilo que eu mais procuro é, simultaneamente, aquilo com que tenho mais medo de me deparar?”

Que ninguém venha quebrar a tua solidão!  
Estás destinada a estar sozinha! É isso que dizes a ti mesma?
Ora, pois, sei bem o que é carregar a solidão às costas,  
a beleza e a tranquilidade de estar sozinha.

Não vim para a quebrar,  
                                   vim para misturar a tua solidão com a minha.

Moldei-te,  
                     e moldei-me a ti.

Passei os dedos pelas fissuras. Senti todas as cicatrizes e, beijei-te as ranhuras por onde escapavam alguns dos teus bocados. Tentei uni-los num abraço.
Eu sabia...
Como se isto fosse um conto de fadas…
Como se um beijo pudesse acordar…
Como se uma chávena partida pudesse voltar atrás no tempo,  
                                                        ­      
                                                         segundo­s antes de se estilhaçar.  

O tempo recusa-se a andar para trás.
Então, tive de pensar numa outra solução.
Não te podia deixar ali, abandonada, partida no chão.

Todo o cuidado! E mesmo assim foi pouco.  
Desmoronaste.  
Foi mesmo à frente dos meus olhos que desmoronaste.  

Tive tanto cuidado! E mesmo assim, foi pouco.
Não sei se te peguei da forma errada,  
                            
                              ou se já chegaste a mim demasiado fragilizada…

Não queria acreditar que, ainda agora te segurava...
Ainda agora estavas viva…
Ainda agora adormecia com o som do teu respirar…

Agora, chamo o teu nome e ninguém responde do lado de lá…
Agora, já ninguém chama o meu nome do lado de cá.

Sou casmurra. Não me dei por vencida.
Primeiro, levantei-me a mim do chão, depois, quis regressar a ti
                            e regressei à corrida.  
Recuperei-me, e estava decidida a erguer-te de novo.
Desta vez tive a tua ajuda,
                                                   estavas mais comprometida.
Tinhas esperança de ser curada.
Talvez, desta vez, não oferecesses tanta resistência!
Talvez, desta vez, aceitasses o meu amor!
Talvez, desta vez, seja um trabalho a dois!
Talvez, desta vez, possa estar mais descansada.
Talvez, desta vez, também eu possa ser cuidada.

Arrumei os pedaços, tentei dar-lhes uma outra figura.
Adequada à tua beleza, ao teu jeito e feitio. Inteligente, criativa, misteriosa, divertida, carismática, observadora, com um toque sombrio.

Despertaste em mim um amor doentio!  
Ou, pelo menos, era assim que alguns lhe chamavam.
Admito, a opinião alheia deixa-me mais aborrecida do que interessada. A pessoas incompreensivas, não tenho vontade de lhes responder. Quem entende, irá entender. Quem sente o amor como uma brisa, não sabe o que é senti-lo como um furacão. Só quem ama ou já amou assim, tem a total capacidade de compreender, que nem tudo o que parece mau, o chega realmente a ser.

Às vezes, é preciso destruir o antigo, para que algo novo tenha espaço para aparecer. Um amor assim não é uma doença, não mata, pelo contrário, deu-me vontade de viver. Fez-me querer ser melhor, fez-me lutar para que pudesse sentir-me merecedora de o ter.

Sim, pode levar-nos à loucura. Sei que, a mim, me leva ao desespero. O desespero de te querer apertar nos meus braços todos os dias. O desespero de te ter! hoje! amanhã! sempre! O desespero de viver contigo já! agora! sempre! O desespero de não poder esperar! O desespero de não conseguir seguir indiferente depois de te conhecer! O desespero de não me conseguir conter! Nem a morte me poderia conter!  
E , saber que te irei amar, muito depois de morrer.  

Quem nunca passou de brasa a incêndio, não entende a total capacidade de um fogo. Prefiro renascer das cinzas a cada lua nova, do que passar pela vida sem ter ardido.  

Já devia ter entendido, as pessoas só podem mergulhar fundo em mim se já tiverem mergulhado fundo em si. Quem vive à superfície, não sabe do que falo quando o assunto é o inconsciente.  
Se os outros não se conhecem sequer a si mesmos, então, a opinião deles deveria mesmo importar? Há muito já fui aclamada de vilã, por não ser mais do que mera gente. E, como qualquer gente, sou simples e complexa. A realidade é que, poucos são os que se permitem sentir todo o espectro de emoções humanas, genuinamente, e eu, felizmente e infelizmente, sou gente dessa.

(…)

Descobriste um oceano escondido e inexplorado.  
Um Mar que se abriu só para ti, como se fosse Moisés que se estivesse a aproximar. Um Mar que só existia para ti. Um Mar que mais ninguém via, onde mais ninguém podia nadar. Um Mar reservado para ti. Parecia que existia com o único propósito de fazer o teu corpo flutuar.  

Deste-lhe um nome, brincaste com ele, usaste-o, amassaste-o, engoliste-o
                      e, cuspiste-o de volta na minha cara.

Uma outra definição. Um Mar de água doce, com a tua saliva misturada.
Uma outra versão de mim, desconhecida, até então.  
Um outro nome que eu preferia.
Um nome que só tu me chamavas, e mais ninguém ouvia,  
Um booboo que nasceu na tua boca e veio parar às minhas mãos, e delas escorria para um sorriso tímido que emergia.

(...)

E, de onde origina a argila?
Descobri que, pode gerar-se através de um ataque químico. Por exemplo, com a água. "A água sabe."  Era o que tu me dizias.  

Era com ela que nos moldavas.
Talvez com a água doce e salgada que escorria do teu rosto
                                                   e no meu rosto caía,
                                                   e no meu pescoço secava,

enquanto choravas em cima de mim,
                                                                ­abraçada a mim, na tua cama.

Enquanto tremias de receio, de que me desejasses mais a mim, do que aquilo que eu te desejava.

“Como não podias estar mais enganada!  
Como é que não vias todo o tempo e amor que te dedicava?  
Tinhas os olhos tapados pelo medo? Como é que me observavas e não me absorvias?”

O amor tem muito de belo e muito de triste.  A dualidade do mundo é tramada, mas não me adianta de nada fechar os olhos a tudo o que existe.  

Ah! Tantas coisas que nascem de um ataque químico! Ou ataque físico, como por exemplo, através do vulcanismo ou da erosão.
Quando moveste as placas que solidificavam as minhas raízes à Terra,  
           e chegaste a mim em forma de sismo silencioso,  
mandaste-me as ilusões e as outras estruturas todas abaixo, e sobrou uma cratera com a forma do meu coração, de onde foi cuspida a lava que me transmutou. A mesma lava que, mais tarde, usei para nos metamorfosear. Diria que, ser destruída e reconstruída por ti, foi a minha salvação.
Sobrei eu, debaixo dos destroços. Só não sei se te sobrevivi. Nunca mais fui a mesma desde que nos vi a desabar.  

E, são esses dois ataques que geram a argila. Produzem a fragmentação das rochas em pequenas partículas,  
                                                   ­                                                             
                                                                ­                         umas afiadas,  
                                                      ­                                                        
                                                                ­                         umas macias,
                                                                ­                                                       
         ­                                                                 ­               todas partidas.  

Gosto de pegar em factos e, aproximá-los da ficção na minha poesia.
Brinco com metáforas, brinco contigo, brinco com a vida...mas, sou séria em tudo o que faço. Só porque brinco com as palavras, não significa que te mentiria. A lealdade que me une a ti não o iria permitir.  

É belo, tão belo! Consegues ver? Fazes vibrar o meu mundo. Contigo dá-se a verdadeira magia! Também consegues senti-la?  
Tudo dá para ser transformado em algo mais. Nem melhor nem pior, apenas algo diferente.  

Das rochas vem a areia, da areia vem a argila, da argila vem o meu vaso imaginário, a quem dei um nome e uma nova sina.  

Viva a alquimia! Sinto a fluir em mim a alquimia!  
Tenho uma capacidade inata de romantizar tudo,  

                                                   de ver o copo meio cheio,  

                                                       ­                          e nem copo existia.  

Revelaste-me um amor que não sabia estar perdido.
Entendeste-me com qualidades e defeitos.
Graças a ti, fiquei esclarecida! Que melhor do que ser amada,
é ser aceite e compreendida.

Feita de barro nunca antes fundido.
Assim seguia a minha alma, antes de te ter conhecido.
Dá-me da tua água! Quero afogar-me em ti, todas as vidas!
E ter o prazer de conhecer-te, e ter o desprazer de esquecer-te, só para poder voltar a conhecer-te,
sentir-te, e por ti, só por ti, ser sentida.  

Toquei-te na alma nua! Ainda tenho as mãos manchadas com o sangue da tua carne crua. E a minha alma nua, foi tocada por ti. Provaste-me que não estava doida varrida. Soube logo que era tua!  

Nunca tinha trabalhado com o teu tipo de barro.
Ainda para mais, tão fraturado.
Peguei em ti, com todo o cuidado...

"Tive um pensamento bizarro,
Dos teus pedaços vou construir um vaso! Tem de caber água, búzios, algumas flores! Talvez o meu corpo inteiro, se o conseguir encolher o suficiente.

Recolho todos os teus bocados, mantenho-os presos, juntos por um fio vermelho e dourado. Ofereço-me a ti de presente."

(…)

Amei-te de forma sincera.  Às vezes errada, outras vezes certa, quem sabe incoerente. Mas o amor, esse que mais importa, ao contrário de nós, é consistente.  

Sobreviveu às chamas do inferno, às chuvas que as apagaram, a dezenas de enterros e renascimentos.  

Nem os anos que por ele passaram, o conseguiram romper. Nem o tempo que tudo desbota, o conseguiu reescrever.

Foi assim que me deparei com o presente agridoce que me aguardava. Descobriste um dos vazios que carrego cá dentro e, depositaste um pedaço de ti para o preencher.
Invadiste o meu espaço, sem que te tivesse notado, nem ouvi os teus passos a atravessar a porta.  
Confundiste-te com a minha solidão, sem nunca a ter mudado. Eras metade do que faltava em mim, e nem dei conta que me faltavas.

“Como poderia não te ter amado? …"

(…)

Minha bela pedra de argila,  
Ninguém me disse que eras preciosa.
Ninguém o sabia, até então.
Não te davam o devido valor,
e, para mim, sempre foste o meu maior tesouro.
Até a alma me iluminavas,
como se fosses uma pedra esculpida em ouro.

  
Meu vaso de barro banhado a fio dourado,  
Ninguém me avisou que serias tão cobiçado,  
                                                     ­             invejado,
                                                               desdenhado,
ou, até, a melhor obra de arte que eu nunca teria acabado.
Ninguém o poderia saber.  
Queria guardar-te só para mim!
Não por ciúmes, além de os ter.
Mas sim, para te proteger.
Livrar-te de olhares gananciosos e, pessoas mal-intencionadas.  
Livrar-te das minhas próprias mãos que, aparentemente, estão condenadas
                       a destruir tudo o que tanto desejam poder agarrar.  

Perdoa-me, ter achado que era uma benção.

Talvez fosse mais como a maldição  
de um Rei Midas virado do avesso.
Tudo o que toco, transforma-se em fumo dourado.
Vejo o futuro que nos poderia ter sido dado!
Vejo-te no fumo espesso,
                                               a dissipares-te à minha frente,
antes mesmo de te ter tocado.

Tudo o que os deuses me ofereceram de presente, vinha envenenado.

  
A eterna questão que paira no ar.  
É melhor amar e perder? Ou nunca chegar a descobrir a sensação de ter amado?

É melhor amar e ficar!

Há sempre mais opções, para quem gosta de se focar menos nos problemas
                     e mais nas soluções.

O amor é como o meu vaso de argila em processo de criação.  
Cuidado! Qualquer movimento brusco vai deixar uma marca profunda. Enquanto não solidificar, tens de ter cuidado! Muito cuidado para não o estragar. Deixa-o girar, não o tentes domar, toca-lhe com suavidade, dá-lhe forma gentilmente, decora os seus movimentos e, deixa-te ser levado, para onde quer que te leve a sua incerta corrente.

Enquanto não solidificar, é frágil! Muito frágil e, a qualquer momento, pode desabar.

Era isso que me estavas a tentar ensinar?  

Duas mãos que moldam a argila num ritmo exaltante!
E une-se a argila com o criador!
                                            E gira! E gira! num rodopio esmagador,  
                                                    ­  E gira! E gira! mas não o largues!
Segura bem os seus pedaços! Abraça-os com firmeza!

Porque erguê-lo é um trabalho árduo
                                                           ­      e se o largas, vai logo abaixo!

São horas, dias, meses, anos, atirados para o esgoto. Sobra a dor, para que nenhuma de nós se esqueça.

                                        E dança! E dança! E dança!...
                             Tento seguir os seus passos pela cintura...  
                                       Se não soubesse que era argila,  
                          diria que era a minha mão entrelaçada na tua.

Bato o pé no soalho.
                                    E acelero!
                                                      e acalmo o compasso...
A água escorre por ele abaixo.
Ressalta as tuas belas linhas à medida da sua descida,
como se fosse a tua pele suada na minha.  

No final, que me resta fazer? Apenas admirá-lo.

Reconstrui-lo. Delimitá-lo. Esculpi-lo. Colori-lo. Parti-lo, quem sabe. É tão simples! a minha humana de ossos e carne, transformada em pedra de argila, transformada em tesouro, transformada em pó de cinza que ingeri do meu próprio vulcão...

A destruição também é uma forma de arte, descobri isso à força, quando me deixaste.  

Acho que, no meu vaso de argila, onde duas mãos se entrecruzaram para o moldar, vou enchê-lo de areia, búzios, pedras e água dourada,
         talvez nasça lá um outro pedaço de ti, a meio da madrugada.
Vou metê-lo ao lado da minha cama, e chamar-lhe vaso de ouro. Porque quem pega num pedaço rochoso e consegue dar-lhe uma outra utilidade, já descobriu o que é alquimia,  

o poder de ser forjado pelo fogo e sair ileso,
renascido como algo novo.
Danielle Furtado Nov 2014
Nasceu no dia dos namorados. Filho de mãe brasileira com descendência holandesa e pai português. Tinha três irmãos: seu gêmeo Fabrício, o mais velho, Renato, e o terceiro, falecido, que era sua grande dor, nunca dizia seu nome e ninguém se atrevia a perguntar.
A pessoa em questão chamaremos de Jimmy. Jimmy Jazz.
Jimmy morava em Portugal, na cidade de Faro, e passou a infância fazendo viagens ao Brasil a fim de visitar a família de sua mãe; sempre rebelde, colecionava olhares tortos, lições de moral, renegações.
Seu maior inimigo, também chamado por ele de pai, declarou guerra contra suas ideologias punk, seu cabelo que gritava anarquismo, e a vontade que tinha ele de viver.
Certo dia, não qualquer dia mas no natal do ano em que Jimmy fez 14 anos, seu pai o expulsou de casa. Mais um menino perdido na rua se tornou o pequeno aspirante à poeta, agora um verdadeiro marginal.
Não tinha para onde ir. Sentou-se na calçada, olhou para seus pés e agradeceu pela sorte de estar de sapatos e ter uma caneta no bolso no momento da expulsão, seu pai não o deixara com nada, nem um vintém, e tinha fome.
Rondou pelas mesmas quadras ao redor de sua casa por uns dias, até se cansar dos mesmos rostos e da rotina daquela região, então tomou coragem e resolveu explorar outras vidas, havia encontrado um caderno em branco dentro de uma biblioteca pública onde costumava passar o dia lendo e este seria seu amigo por um bom tempo.
Orgulhoso, auto-suficiente, o menino de apenas 14 anos acabou encontrando alguém como ele, por fim. Seu nome era Allan, um punk que, apesar de ainda ter uma casa, estava doido para ir embora viver sua rotina de não ter rotina alguma, e eles levaram isso muito à sério.
Logo se tornaram inseparáveis, arrumaram emprego juntos, que não era muito mas conseguiria mantê-los pelo menos até terminarem a escola, conseguiram alugar uma casa e compraram um cachorro que nunca ganhou nome pois não conseguiam entrar em acordo sobre isso, Jimmy tinha também um lagarto de estimação que chamava de Mr. White, sua paixão.
Os dois amigos começaram a frequentar o que antes só viam na teoria: as festas punk; finalmente haviam conseguido o que estavam procurando há tempos: liberdade total de expressão e ação. Rodeados por todos os tipos de drogas e práticas sexuais, mas principalmente, a razão de todo o movimento: a música.
Jimmy tinha inúmeras camisetas dos Smiths, sua banda favorita, e em seu quarto já não se sabia a cor das paredes que estavam cobertas por pôsteres de bandas dos anos 80 e 90, décadas sagradas para qualquer amante da música e Jimmy era um deles, sem dúvida.
Apesar da vida desregrada que levava com o amigo, Jimmy conseguiu ingressar na faculdade de Letras, contribuindo para sua vontade de fazer poesia, e Allan em enfermagem. Os dois, ao contrário do que seus familiares pensavam, eram extremamente inteligentes, cultos, criaram um clube de poesia com mais dois ou três amigos que conheceram em uma das festas e chamaram de "Sociedade dos Poetas Mortos... e Drogados!", fazendo referência ao filme de  Peter Weir.
O nome não era apenas uma piada entre eles, era a maior verdade de suas vidas, eles eram drogados, Jimmy  era viciado em heroína, Allan também mas em menos intensidade que seu parceiro.
Jimmy não era hétero, gay, bissexual ou qualquer outra coisa que se encaixe dentro de um quadrado exigido pela sociedade, Jimmy era do amor livre, Jimmy apenas amava. E com o passar o tempo, amava seu amigo de forma diferente, assustado pelo sentimento, escondeu o maior tempo que pôde até que o sentimento sumisse, afinal é só um hormônio e a vida voltaria ao normal, mas a amizade era e sempre seria algo além disso: uma conexão espiritual, se acreditassem em almas.
Ambos continuaram suas vidas sendo visitados pela família (no caso de Jimmy, apenas sua mãe) duas vezes ao ano, no máximo, e nesses dias não faziam questão de esconderem seus cigarros, piercings ou qualquer pista da vida que levavam sozinhos, afinal, não os devia mais nada já que seus vícios, tanto químicos quanto musicais, eram bancados por eles mesmos.
Era 14 de fevereiro e Jimmy completara 19 anos, a vida ainda era a mesma, o amigo também, mas sua saúde não, principalmente sua saúde mental.
O poeta de sofá, como alguns de nós, sofria de um existencialismo perturbador, o mundo inteiro doía no seu ser, e não podia fazer muito sobre aquilo, afinal o que poderia fazer à respeito senão escrever?
Até pensou em viver de música já que tocava dois instrumentos, mas a ideia de ter desconhecidos desfrutando ou zombando dos seus sentimentos mais puros não lhe era agradável. Continuou a escrever sobre suas dores e amores, e se perguntava por que se sentia daquela forma, por que não poderia ser como seu irmão que, apesar de possuírem aparência idêntica, eram extremos do mesmo corpo. Fabrício era apenas outro cidadão português que chegava em casa antes de sua mãe ficar preocupada, não que ele fosse um filho exemplar, ele só era... normal, e era tudo que Jimmy não era e jamais gostaria de ser; aliás, ter uma vida comum era visto com desprezo pelos olhos dele, olhos que, ainda tão cedo, haviam visto o melhor e o pior da vida, já não acreditava em nada, nem em si mesmo, nem em deus, nem no universo, nem no amor.
Como poderia alguém amar uma pessoa com tanta dor dentro de si? Como ele explicaria sua vontade de morrer à alguém que ele gostaria de passar a vida toda com? Era uma contradição ambulante. Uma contradição de olhos azuis, profundos, e com hematomas pelo corpo todo.
Aos 20 anos, o tédio e a depressão ainda controlavam seu estado emocional a maior parte do tempo, aos domingos era tudo pior, existe algo sobre domingo à tarde que é inexplicável e insuportável para os existencialistas, e para ele não seria diferente. Em um domingo qualquer, se sentindo sozinho, resolveu entrar em um chat online daqueles famosos, e na primeira tentativa de conversa conheceu uma moça do Brasil, que como ele, amava a banda Placebo e sendo existencialista, também sofria de solidão, o que facilitou na construção dos assuntos.
Ela não deu muita importância ao português que dizia "não ser punk porque punks não se chamam de punks", já estava cansada de amores e amizades à distância, decidiu se despedir. O rapaz, insistente e talvez curioso sobre a pessoa com quem se deparara por puro acaso, perguntou se poderiam conversar novamente, e não sabendo a dor que isso a causaria, cedeu.
Assim como havia feito com Allan, Jimmy conquistou Julien, a nova amiga, rapidamente. De um dia para o outro, se pegou esperando para que Jimmy voltasse logo para casa para que pudessem conversar sobre poesia, música, começo e fim da vida, todos os porquês do mundo em apenas uma noite, e então perceberam que já não estavam sozinhos, principalmente ela, que havia tempo não conhecia alguém tão interessante e único quanto ele.
Não demorou muito para que trocassem confidências e os segredos mais íntimos, mas nem tudo era tão sério, riam juntos como nunca antes, e todos sabem que o caminho para o coração de uma mulher é o bom humor, Julien se encontrava perdidamente apaixonada pelo ****** que conhecera num site de relacionamentos e isso se tornaria um problema.
Qualquer relacionamento à distância é complicado por natureza, agora adicione dois suicidas em potencial, um deles viciado em heroína e outra que de tão frustrada já não ligava tanto para sede de viver que sentia, queria apenas ler poesia longe de todas as pessoas comuns, essas que ambos abominavam.
Jimmy era todos os ídolos de Julien comprimidos dentro de si. Ele era Marilyn Manson, era Brian Molko, era Gerard Way, Billy Corgan, Kurt Cobain, mas acima de todos esses, Jimmy era Sid Vicious e Julien sonhava com seus dias de Nancy.
Ele era o primeiro e último pensamento dela, e se tornou o tema principal de toda as poesias que escrevia, assim como as que lia, parecia que todas eram sobre o luso-brasileiro que considerava sua cópia masculina. Jimmy, como ela, era feminista, cheio de ideologias e viciado em bandas, mas ao contrário dela, não teria tanto tempo para essas coisas.
Estava apaixonado por um rapaz brasileiro, Estêvão, que também dizia estar apaixonado por ele mas nunca passaram disso, e logo se formou um semi-triângulo amoroso, pois Julien sabia da existência da paixão de Jimmy, mas Estêvão não sabia que existia outra brasileira que amava a mesma pessoa perdidamente. Não sentiu raiva dele, pelo contrário, apoiava o romance dos dois já que tudo que importava à ela era a felicidade de Jimmy, que como ela, era infeliz, e as chances de pessoas como eles serem felizes algum dia é quase nula.
O brasileiro era amante da MPB e da poesia do país, assim como amava ouvir pós-punk e escrever, interesses que eram comum aos três perdidos, mas era profissional para ele já que conseguira que seus trabalhos fossem publicados diversas vezes. Se Jimmy era Sid Vicious, Julien desejava ser Nancy (ou Courtney Love dependendo do humor), Estêvão era Cazuza.
Morava sozinho e não conseguia se fixar em lugar algum, estava à procura de algo que só poderia achar dentro dele mesmo mas não sabia por onde começar; convivia com *** há alguns meses na época, mas estava relativamente bem com aquilo, tinha um controle emocional maior do que nosso Sid.
Assim como aconteceu com Allan e Julien, não demorou muito para que Estêvão caísse nos encantos de Jimmy, que não eram poucos, e não fazia mais tanta questão de esconder o que sentia por ele. Dono de olhos infinitamente azuis, cabelo bagunçado que mudava de cor frequentemente, corpo magro, pálido, e escrevia os versos mais lindos que poderia imaginar, Jimmy era o ser mais irresistível para qualquer um que quisesse um bom tema para escrever.
--
Julien era de uma cidade pequena do Brasil, onde, sem a internet, jamais poderia ter conhecido Jimmy, que frequentava apenas as grandes cidades do país. Filha de pais separados, tinha o mesmo ódio pelo pai que ele, mas diferente do amigo, seu ódio era usado contra ela mesma, auto-destrutiva é um termo que definiria sua personalidade. Era de se esperar que ela se apaixonasse por alguém viciado em drogas, existe algo de romântico sobre tudo isso, afinal.
Em uma quarta-feira comum, antecipada por um dia nublado, escreveu:

Minhas palavras, todas tiradas dos teus poemas
Teu sotaque, uma voz imaginada
Que obra de arte eram teus olhos
Feitos de um azul-convite

E eu aceitei.


Jimmy era agora seu mundo, e qualquer lugar do mundo a lembrava dele. Qualquer frase proferida aleatoriamente em uma roda de amigos e automaticamente conseguia ouvir sua opinião sobre o assunto, ela o conhecia como ninguém, e em tão pouco tempo já não precisavam falar muita coisa, os dois sabiam dos dois.
Desejava que Jimmy fosse inteiramente dela, corpo e mente, que cada célula de seu ser pudesse tocar todas as células do dela, e que todos os pensamentos dele fossem sobre amá-la, mas como a maioria das coisas que queria, nada iria acontecer, se achava a pessoa mais azarada do mundo (e provavelmente era).
Em uma noite qualquer, após esperar o dia todo ansiosa pela hora em que Jimmy voltaria da faculdade, ele não apareceu. Bom, ele era mesmo uma pessoa inconstante e já estava acostumada à esse tipo de surpresa, mas existia algo diferente sobre aquela noite, sabia que Jimmy estava escondendo alguma coisa dela pois há dias estava estranho e calado, dormia cedo, acordava tarde, não comia, e as músicas que costumavam trocar estavam se tornando cada vez mais tristes, mas era inútil questionar, apesar da intimidade, ele se tornara uma pessoa reservada, o que era totalmente compreensível.
Após três ou quatro dias de aflição, ele finalmente volta e não parece bem, mesmo sem ver seu rosto, conhecia as palavras usadas por ele em todos os momentos. Preocupada com o sumiço, foi logo questionando sua ausência com certa raiva e euforia, Jimmy não respondia uma letra sequer. Julien deixou uma lágrima escorrer e implorou por respostas, tinha a certeza de que algo estava muito errado.
"Acalme-se, ou não poderei lhe contar hoje. Algo aconteceu e seu pressentimento está mais que correto, mas preciso que entenda o meu silêncio", disse à ela.
Julien não respondeu nada além de "me dê seu número, sinto que isso não é algo que se conta por escrito".
Discando o número gigantesco, cheio de códigos, sabia que assim que terminasse aquela ligação teria um problema muito maior do que a alta taxa que é cobrada por ligações internacionais. Ele atendeu e começou a falar interrompendo qualquer formalidade que ela viria a proferir:

– Apenas escute e prometa-me que não irá chorar.
Ela não disse nada, aceitando a condição.
– Há tempos não sinto-me bem, faço as mesmas coisas, não mudei meus costumes, embora deveria mas agora é tarde demais. Sinto-me diferente, meu corpo... fraco. Preciso te contar mas não tenho as palavras certas, acho que nem existem palavras certas para o que estou prestes à dizer então serei direto: descobri que sou *** positivo. ´
Um silêncio quase mórbido no ar, dos dois lados da linha.
Parecia-se com um tiro que atravessou o estômago dos dois, e nenhum podia falar.
Julien quebrou o silêncio desligando o telefone. Não podia expressar a dor que sentia, o sentimento de injustiça que a deixava de mãos atadas, Ele era a última pessoa do mundo que merecia aquilo, para ela, Jimmy era sagrado.

Apenas uma pessoa soube da nova situação de Jimmy antes de Julien: Allan.
Dois dias antes de contar tudo à amiga, Jimmy havia ido ao hospital sozinho, chegou em casa mais cedo, sentou-se no sofá e quis morrer, comparou o exame médico à um atestado de óbito e deu-se por morto. Allan chegou em casa e encontrou o amigo no chão, de olhos inchados, mãos trêmulas. Tirou o envelope de baixo dos braço de Jimmy, que o segurava como se fosse voar a qualquer instante, como se tivesse que apertar ao máximo para ter certeza de que aquilo era real. Enquanto lia os papéis, Jimmy suplicava sua morte, em meio à lágrimas, Allan lhe beijou como o amante oculto que foi por anos, com lábios fracos que resumiam a dor e o medo mas usou um disfarce para o pânico que sentia e sussurrou "não sinto nojo de ti, meu amigo, não estás morto".
Palavras inúteis. Já não queria ouvir nada, saber de nada. Jimmy então tentou dormir mas todas as memórias das vezes que usou drogas, que transou sem saber com quem, onde ou como, estavam piscando como flashes de luz quase cegantes e sentia uma culpa incomparável, um medo, terror. Mas nenhuma memória foi tão perturbadora quanto a da vez em que sofreu abuso ****** em uma das festas. Uma pessoa aleatória e sem grande importância, aproveitou-se do menino pálido e mirrado que estava dormindo no chão, quase desmaiado por culpa de todo o álcool consumido, mas ainda consciente, Jimmy conseguia sentir sua cabeça sendo pressionada contra a poça d'água que estava em baixo de seu corpo, e ouvia risos, e esses mesmos risos estavam rindo dele agora enquanto tentava dormir e rezava pra um deus que não acredita para que tudo fosse um pesadelo.
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Naquele dia, Jimmy, que já era pessimista por si só, prometeu que não se trataria, que iria apenas esperar a morte, uma morte precoce, e que este seria o desfecho perfeito para alguém que envelheceu tão rápido, mas ele não esperaria sentado, iria continuar sua vida de auto-destruição, saindo cedo e voltando tarde, dormindo e comendo mal, não pararia também com nenhum tipo de droga, principalmente cigarro, que era tão importante quanto a caneta ao escrever seus poemas, dizia que sentir a cinza ainda quente caindo no peito o inspirava.
Outra manhã chegou, e mesmo que desejasse com toda força, tudo ainda era real, seus pensamentos eram confusos, dúvidas e incertezas tão insuportáveis que poderiam causar dores físicas e curadas com analgésicos. Trocou o dia pela noite, já não via o sol, não via rostos crús como os que se vê quando estamos à caminho do trabalho, só via os personagens da noite, prostitutas, vendedores de drogas, pessoas que compravam essas drogas, e gente como ele, de coração quebrado, pessoas que perderam amigos (ou não têm), que perderam a si mesmos, que terminaram relacionamentos até então eternos, que já não suportavam a vida medíocre imposta por uma sociedade programada e hipócrita. Continuou indo aos mesmos lugares por semanas, e já não dormia em casa todos os dias, sempre arrumava um espaço na casa de algum amigo ou conhecido, como se doesse encara
D. Furtado
Victor Marques Jan 2011
O amor já tem nome

Nas imagens que nós temos virtuais,
Nas pradarias e rochas,
Os amores não são iguais,
Preciso de beijocas.

Estrada que nunca vemos,
Florestas virgens com beleza rara,
Sol que se põe na tua cara,
Poesia e amor que temos.


Teu olhar até consome,
Cabelos batem no rosto,
Sentimento e gosto,
Amor com nome.


O mar com espuma,
Areias te amam,
Corais na bruma,
Anjos te aclamam.

Victor Marques
amor, nome
Mateuš Conrad Dec 2015
poet, or philosopher, it doesn't really matter which is which, or whether the two are indistinguishable, notable in the former scenario, when someone has an eclectic bounty of interest is simply not love-scorned or love-nostalgic, love-idealistic, does it really matter? i was once called a philosopher: a teenage girl said in third person (as if she was a puppet and some-thing was moving her tongue): 'talk to this philosopher'... not in that sarcastic way that philosopher is an misnomer or an abused term of: self-gratifying grandeour, it was quiet genuine, but: imagine my shock... i had an ambition in life, it was to perform a service to thinking: without doing as much as hammering a nail into a plank of wood, that's the ambition of any thinking man: to borderline on telekinesis or telepathy... that was Hegel's modus operandi, his categorical imperative... after all: ego is a metaphysical tool, while thought is its metaphysical canvas... the mere suggestion that a copernican inversion can happen in physics "contra" metaphysics... it's already apparent, any word can behave like a hand touching the sacred object / subject of transfiguration and become something else, even a misnomer can find itself given solace to the user... for now i've forged a belief in the ultimate: away from the absolute in relation to omni in unum - one first has to learn to think, before having to learn to feel... mind you, i don't like the current nietzschean inversion of the cartesian equation: (ego) sum ergo (ego) cogito... esp. among the youtube political commentators, too many examples to give: i'm a classical liberal, i'm a progressive, i'm a liberterian... i don't really like seeing: i am, precede i think... i don't even like the origin-argument of this inversion: i exist for the sole purpose of thinking... after all: i think prior to being, since i can also daydream and not be what my thinking suspects as a possible truth-outcome... that's the nature of the freedom of thought: i don't have to be what i think, i can find thinking to be a pleasure, when the senses do not offer me any pleasure derivative, e.g. eating can sometimes be boring, chewing, chewing, *******... i eat because i need to live: i don't live to eat... i really have under-appreciated Hegel, i should really visit my grandparents for two months and read the phenomenology of the spirit: i'm trying to replicate the saying attributed to him (verbatim), but i doubt that i will, i don't have the patience to sift through all the quotes, but it goes along the lines of: beware oh wordly man, to not be a pawn in a thinking man's game... hence my suggestion of philosophy entering into the realms of telekinesis and telepathy: you get to see things play out and people express the origin story, of your own memetic generation of the original idea... how are poets finally alligned to philosophers? good thing that i studied chemistry at edinburgh university: we return to atoms, words are no longer enough, sure, they are, contrary to the statement...  (why did i under-appreciate Hegel? ah... had my head stuck up heidegger's and kant's *****...

  integration? great!
but i'll meet you halfway...
    i'll eat your fish & chips,
your englush breakfast,
  i won't sing your anthem: god save the queen,
****** anthem, too short,
but i will whistle through:
the british grenadiers' fife & drum...
like i might through la marseillaise...
i'll meet you halfway...
i'm not a former colony member,
commonwealth,
   i'm not some ****- paying bribes
to the british powers
to join in on a world cup of cricket...
this is what happens when immigration
turns sour...
they either lesrn the host tongue,
or they don't learn it...
or they can't distinguish the two:
speak polonaise at home,
speak the hosts' sprechen outside of it...

   if the ******* aren't suspect:
by not being bilingual...
the arab beatles... jihadi john...
          ringo star h'ahmed...
  george ali...
                paul mecca rashid...
oh i'll settle for integration...
but don't you ******* think i'll give
up my mother tongue
for "c.c.t.v." close-ups back home,
home being my private lodge...
like ******* will...
  i'll speak your tongue in public...
but i'm not ******* former commonwealth
****- riddled with a need to play
cricket, "forget" my tongue in order
to compensate for olives
              and sun-burnt bananas!

a former colony ****-**** is about
to dictate the rules for fellow
europeans, on the tram-ride from
Birmingham to Nottingham?
seriously?
        but of course the englishman
will favor the former colony pet bush-monkey
from sri lanka...
since the brit can't really dictate
to a fellow european his superiority
complex... which he can...
with a petted copper skinned
toy-ting...
who brought 'im a korma curry!
nice one, ol' laddy...
        right on the plonker...
                 i'm not finished!
                        i'm just getting started!

gehirnablassen:

perfectly respected immigration,
given that so many english girls just love
the attention their **** minders,
sexually abused,
not really making it as nurses
or... ahem... karaoke superstars
worth the while of britain's got talent
or voice of britain,
or...whatever the ****** show was
that gave birth to one direction...

so a.... brain-drain? good immigration?
the best!

i can sit awhile by myself and count...
1. the sparrows,
2. the swallow,
3. the starlings,
   4. the crows,
5. the magpies,
6. the pigeons,
7. the woodland pigeons
(fatter, with dog collars),
8. kestrels
  (one is enough to begin
the count)...
9. the blackbirds....
10. seagulls... seagulls?! 25 miles from
romford to southend! seagulls?!
this far in-land?! fair enough...
11. a robin...
                   12. goldfinch...
i just sit and watch these birds
in my garden, i sometimes spot
a darting frog in the garden,
i'm more english than the english...
i actually enjoy owning a garden...
the "english" surrounding me
exemplify a bbq. as a luxury parade...
what's so luxury about marinating
some meat, and then grilling it?!
please! enlightend me!

    gehirnablassen...
                   brain-drain immigration,
the type asiatic tiger-mums brag about
at child olympics...
   for the required rubric stature...
******* mothers, basically...

1. χaron χaos - cha-cha-cha       khaos
2. theaetetus - so / ma   letters / syllables:
     graphemes: sz phi theta
      compound syllables (caron s) - Na (sodium)
3. music choice...
       brain damage perturbator ft. noir deco
    virga iesse floruit, gradual of eleanor of
britanny...
4. pride / stubborness (not equal to) honour,
tolerating islam is not the same
as respceting islam...
   german 19th century fascination
with islam...
     θought and φilosophy...
   greek in warsaw, giving him directions,
talks: sounds so much like spanish...
5. england a nation of singletons,
idiosyncracy... social pressures in poland
and even in h'america missing in england
to marry...

1.

chamaleon tongue,                    shape shifter,
bez akcentu w piśmie - więciej akcentu poza pismem
(trainspotting scottish), welsh, cockney,
east london altogether, pakistani english, etc.
e.g. rather, or raver, i.e. not rayver
(someone who parties at night on ecstasy pill)
but ra'ver, like verging on a new discovery,
it's not even the = ~v but is actually v...
english is a chamaleon tongue, you say 'nostic
when you write gnostic, i say diagnostic,
therefore say gnostic, you say 'nome, i say gnome,
as cf. with diagnostic;
then there's the case of the per se:
you say chamaleon - no kappa there apperent, eh?
but there's chappie, chap, chuckles,
no kappa in a millionth chance
to also say nough'ledge for knowledge,
a bit like that gnome of yours...
as i said before: a language without
a written insertion of stressors / distinctions
will produce a massive array of diacritical
stressors / distinctions outside the written format,
but it will also become as complex as to
allow adults with learning difficulties e.g. dyslexia,
and that horrid internet slang of shortcuts:
i ate my 8 when i was late for my disco date
with the cha cha cha melon.

p.s. if there's a hay patch at the beginning, the nasal flute
will ask larry 'the lynx' saxophone to hark it out with rasp
gritting of phlegm... but if it's somewhere else down
the piccadilly line... it will act like a nudist spy and resonate
less than expected; probably mingling with f, i think.
Jay  Jun 2013
Lets go to Nome
Jay Jun 2013
"Let's go to Nome" he says
"It has the most alien sightings in the world"
"Let's get abducted together" he says
It'll be fun
And I will go with you
Because if you were abducted without me
I don't know if I could live
So, yes love, Let's go to Nome
I've always wanted to see Alaska
Mateuš Conrad Jul 2016
from the simple email, to now a pitch-perfect complication
of the internet - no performance poetry found here -
performance meaning singing, meaning cascade of rhymes
to help you memorise sentences and shake your hands
about - ekphrasis (εκφρασις) - performance stand-up
but not stand-out - i'm not complaining, i'm just feeling
the fear and loathing too - or according to M. Schmidt (
no, not Martin Schmitt, the ski-jumper, but then again
the two seem almost indistinguishable when said -
counter e.g. gnome - 'nome and schmi'dt'dt'dt'tt stutter
at the end of words rather than at the beginning before
the dam gates open for the word to flow out from).
besides the point, can you imagine Kant using the phrase
a fortiori in his work that uses only a priori and
a posteriori? i only came across it today - but given
the big *** systematic approaches, you'd find it hard
to squeeze in a fortiori into the complex narrative -
an entire blackboard of mathematical proof concerning
disallowing the end product to be ∞: in philosophy that means
explaining something on a universal basis, the entire human
concern for things said, things done, things owned -
inserting the term a fortiori where once came a priori
would be a disaster for the Kantian narrative, he'd
have to write another critique all on its own to insert that phrase
among a complete systematisation of that phrase -
well the funny thing is, this expression goes in line with that
i observed about left and right, hands eyes whatever -
indefinite a- and the definite -the articles and then an ism -
i sometimes feel funny or at least embarrassed that i keep
repeating this notice from time to time -
but you would expect me to include gravity too,
or how i used to be a flower thief in spring bordering
on winter, plucking the eager flowers in the frost around
the countryside - well, i revived that practice today,
plucked two stalks of lavender (they were pinching my
nose when i walked past with a beer) and something
resembling lavender... google-moment... if only they
created apps that could tell you what flower it is you're
trying to identify, search engine impromptu -
well... it's either a coin-toss between
summersweet (clethra alnifolia) or butterfly bush
(buddleia davidii) - but it could be something else -
cigarette, beer and sniffing lavender, just my kind of night -
i swear to god i once drank a lavender-flavoured beer,
or cider... i can't remember -
but by definition, when i look at philosophy books i feel
they're much too bound to something said earlier
and followed by something to support it -
or in the case of a fortiori the expanded-upon basics,
i.e.: from a / the stronger (thing) - which means
it's a dual-carriage way of saying what you want to say:
from a stronger thing - from the stronger thing -
in real life that's like: what we get from a telescope,
or? what we get from a microscope -
stars aplenty - G-Rex 5571 in the Zodiac constellation,
U80802Z from the constellation of Poseidon -
i mean, flimsy answers - sky's the limit - then
the azure cage hovers over us during the day and
we turn to daydreams packing apples into crates -
telescope: oh airy-fairy, somewhere far far away -
microscope: got that needle and thread with you?
well, whatever we have, we know that our minds are
not build for the omni- affix when affixed to anything,
esp. god. Jews never bothered with it - there are just
as many necessary limitations of a deity as there are
as many unnecessary limitations of our freedoms -
that's how you move away from big ideas and narratives
of a Kant, with his chequers of analytic / synthetic
a priori / a posteriori and concern yourself with
knives (indefinite) and scissors (definite) articulation of
language - hell, we can go down the road much further
and say something about indirect and direct articles -
pronouns are the prime subscribers -
you wouldn't talk to a Jihadi directly as you'd talk about
him indirectly - i shared that curiosity with a local
stranger-mate in a park once walking his dog,
an ex-banker - those boom-bomb boys are being prescribed
the same thing that the Lufftwaffe pilots were prescribed
(pervitin) - but i doubt they got their hands on the pure
medical stuff, they're probably on amphetamines...
oh the R.A.F.? yeah, drunk like skunks.
but just imagine rewriting the Critique with a fortiori
and a infirmiori - disobeying "correct" definition,
as already mentioned the pronouns composed from
articles, as in condensed to indistinguishable parameters -
a fortiori - from something stronger            -
             a infirmiori - from something weaker -
(as already stated, the original definition of
  a fortiori was - from a / the stronger [thing]) -
so the articles disappear and couple themselves to the word
thing (word meaning, no grammatical classification is
really necessary, because if grammatically classified it would
be too obstructive) - but because of this lack of
grammatical classification of the word thing,
we are already associating the definitions via only the
indefinite pronoun - rather than a definite pronoun (i.e. nothing),
it would be pointless to write definitions using a definite
pronoun - well, up to a point, i suppose that
suggesting both a fortiori and a infirmiori to be defined
as: from nothing stronger and / or weaker we can create
a self-mechanistic-propeller, a way of self-overcoming that
in the end arrives as self-knowledge, obviously the
ultimate purpose - and this goes against all solipsistic despair,
as it also goes against making too many comparisons
with others, some who are weaker than us, and some who
are stronger than us - for the stronger will make light
of one set of propositions as the weaker will make light
of another set of propositions to suit their demands -
this can only be seen in light of Kantian-Darwinism,
survival of the fittest and what not -
Kant had in mind something simply said historically in
a condensed sphere of reality, Darwinism kinda did away
with historical realism, soon after the English Renaissance
after the second world war, Darwinism picked up again,
as a way to shut off the murk of the Holocaust -
Elvis did his bit, the Beatles too, but once the imagination
dried up, people decided they wanted to travel back
in time to 10,000 B.C. - and you think artistic expression
will end up a concept prog rock album, or a cute 3 minute
synthesizer song while M.T.V. turns into a 16 year old's
******* of a baby? i'm going keep the acronym, and instead
call it MORAL TELEVISION, or? how to buy a ******
or pull out early - but obviously i'd get a wisecrack comeback
from Juno - see a preacher man anywhere around here?
Kantian algebraic (big words, small people, Belgian waffles
too):                                                    ­              a. / s. after
                                           (event) x.
a. / s. prior
                                     what qualifies?
                                    - historical hindsight -
                                    - the current historical catalyst(s),
        THE BIG BANG... or as i like to call our current history,
an interchange on the words: BIG BANG BLACK HOLE...
BANG A ******* HOLE... get a BIG CLOCK...
******* HOLE... which is what it looks like at night...
two catalysts overall - and boy we're speeding
to Groundhog day - the biggest changes in history were
some celebrity's haircut - that's relative to
what happened when the Treaty of Versailles was signed;
BIG HOLE BLACK BANG (and that's thanks to dark matter) -
but to be honest, if i'm given only these two historical
vectors to work with... i'm not surprised so many
Islamic youths are disfranchised, choosing a third,
Jannah - it seems like a natural thinking process that
will never make it into popular media -
just thinking about it probably warms the heart,
obviously to an extremely violent end -
but this is gone way beyond the heliocentric and
geocentric arguments - because up there, where you
can see the earth where the hell is Copernican East
or Copernican West? it's nice to know that the earth
isn't flat... but that won't help you reaching the Panama
Canal from Portugal... will it?!
tangshunzi Jun 2014
In primo luogo .questa sposa è il mio eroe moda.Non solo ha roccia un abito tutto pizzo - life changingly stupenda ma commutato in due abiti più splendidi prima del giorno era finito .E se questo è ottenuto tutti verdi di invidia solo aspettare fino a vedere l' intera vicenda francese dal Knot \u0026Pop .Laetitia C e Xavier Navarro .Questa .miei cari .è uno dei libri .

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Da Knot \u0026Pop .. Ayse \u0026Fred ha sposato in Provenza nel settembre 2013 .sotto i vasti cieli e le stelle tra le più belle di impostazioni francesi.Ayse è da Londra origine .ma ora vive a Parigi con Fred .dove rappresentano Artisti e gestito una galleria d'arte insieme .Con la coppia che ha solide radici in Francia .e Fred ' famiglia dal sud della Francia .hanno scelto di sposarsi in Francia la più singolare di luoghièun borgo privato pieno di arte e di curiosità che completavano alla perfezione la coppia ' amore per l'arte.Con la cerimonia legale in un piccolo municipio locale .e la famiglia immediata del 10 per assistere .Ayse \u0026Fred ha poi chiesto loro amici Valerio e Sam di agire come celebranti per la cerimonia informale a Le Grand Banc .di fronte ai loro 140 ospiti .

Sposato con vista sulle colline della Provenza .gli ospiti sono stati invitati a creare un cono coriandoli dalla Confetti Bar che ha visto splendida argenteria pieno di ***** di fiori e semi.Dopo il più divertente di cerimonie che hanno visto i due amici raccontano le storie di Ayse \u0026Fred .drink di accoglienza ha avuto luogo il bordo piscina e sul prato .con gli ospiti poi a piedi attraverso la frazione al tendone per la cena .

Per completare le impostazioni naturali.il tema eschema per il giorno mescolato una palette morbida di blush rosa.verde oliva .azzurro .argento e bianco che è stato poi il mirroring di tutti i fiori.decorazioni.cameriere guarda e table- top.Mescolato con la tavolozza .la coppia e il loro evento designer .Knot \u0026Pop pin punte ulteriori temi chiave per l'aspetto grafico che comprendeva motivi a stella per riflettere il senso delle celebrazioni che si svolgono sotto le stelle .e gli animalièin particolare gli elefantièun amore assoluto della sposa ' .

Il motivo stella è stato ripetuto in tutte le ghirlande di nastro che a cascata da archi .i lati cerimonia tendone e alberi focali .Il piano tavolo disegnato da Knot \u0026Pop utilizzato anche il disegno della stella con ghirlande che parte da un bellissimo albero di fico .che ha visto gli ospiti vengono realmente coinvolti nella scoperta delle loro sedi .Piani tavolo miste dipinte plinti stelle legno in mostra splendido fiore riempito di bottiglie d'epoca .con rametti di rami di ulivo immerso in per tovaglioli .e una stella dipinta come favoreèrosa per ragazzi.e blu per le ragazze .

A tavola i bambini era tutto sul fattore divertimento con una stampa wallpaper di marchi e matite colorare collocato fuori per tenere i bambini occupatiècontempo riflette ancora una volta la coppia e il loro amore per l'arte con la galleria stile carta da parati incorniciata .Il bar è stata ribattezzata la Star Bar con un pi argentoeata fondale.stella cocktail agitatori e cocktail su misura prende il nome la coppia a scegliere.

elefanti vernice spray argento apparsi su ogni tavolo con un cartellino attaccato spiegando che la coppia sarebbe in visita un rifugio per animali in viaggio di nozze in Kenya .dove



abiti da sposa pizzo sarebbero donare a nome dei loro invitati alle nozzeèuna bella e sentita alternativafavorire .Gli ospiti sono stati certamente sentendo la magia animale aver doned maschere di animali per una divertente sessione di photobooth prima di andare in cenare .Foto Polaroid degli ospiti sono state prese in un contesto nastro.con gli ospiti scrivendo poi un messaggio alla coppia e mettendo in una tela a forma di cuore .rendendo il perfetto keep- sake della giornata che si trova ora un posto d'onore nella coppia ' a ​​casa .Ayse \u0026Giorno Fred ' era pieno di divertimento .che riflette tutti i loro amori .con tutta la loro cari intorno a loro per celebrare nelle impostazioni più singolari .memorabili ed elegante di .
Fotografo: Xavier Navarro Photographie | Fiori : Laetitia C | Abito da sposa: Pronovias | Altri Abiti : Oh My Love | Rosticcerie : Helen Traiteur | Scarpe sposo : Hugo Boss | Vestito dello sposo : Hugo Boss | scarpe da sposa da sposa .Main Ricerca: Dolce \u0026 Gabbana | scarpe da sposa da sposa .look vintage : Dune | Abiti ragazze di fiore : Etsy .adattata dal fratello della sposa abiti da sposa pizzo | Marquee : AR Eventi | Hamlet privata: Le Grand Banc | Argenteria Auto : Knot \u0026 Pop | Abito da sposa Vintage: GabrieleVintage | abiti da sposa outlet Wedding Planner e Event Designer : Knot \u0026 PopLaetitia C. - fleurs d' atelier è un membro del nostro Little Black Book .Scopri come i membri sono scelti visitando la nostra pagina delle FAQ .Laetitia C. - fleurs d' atelier VIEW
http://www.belloabito.com/goods.php?id=221
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http://www.belloabito.com/abiti-da-sposa-c-1
Le Grand Banc Provence Wedding_vestiti da cerimonia
The double 12 sorwe of Troilus to tellen,  
That was the king Priamus sone of Troye,
In lovinge, how his aventures fellen
Fro wo to wele, and after out of Ioye,
My purpos is, er that I parte fro ye.  
Thesiphone, thou help me for tendyte
Thise woful vers, that wepen as I wryte!

To thee clepe I, thou goddesse of torment,
Thou cruel Furie, sorwing ever in peyne;
Help me, that am the sorwful instrument  
That helpeth lovers, as I can, to pleyne!
For wel sit it, the sothe for to seyne,
A woful wight to han a drery fere,
And, to a sorwful tale, a sory chere.

For I, that god of Loves servaunts serve,  
Ne dar to Love, for myn unlyklinesse,
Preyen for speed, al sholde I therfor sterve,
So fer am I fro his help in derknesse;
But nathelees, if this may doon gladnesse
To any lover, and his cause avayle,  
Have he my thank, and myn be this travayle!

But ye loveres, that bathen in gladnesse,
If any drope of pitee in yow be,
Remembreth yow on passed hevinesse
That ye han felt, and on the adversitee  
Of othere folk, and thenketh how that ye
Han felt that Love dorste yow displese;
Or ye han wonne hym with to greet an ese.

And preyeth for hem that ben in the cas
Of Troilus, as ye may after here,  
That love hem bringe in hevene to solas,
And eek for me preyeth to god so dere,
That I have might to shewe, in som manere,
Swich peyne and wo as Loves folk endure,
In Troilus unsely aventure.  

And biddeth eek for hem that been despeyred
In love, that never nil recovered be,
And eek for hem that falsly been apeyred
Thorugh wikked tonges, be it he or she;
Thus biddeth god, for his benignitee,  
So graunte hem sone out of this world to pace,
That been despeyred out of Loves grace.

And biddeth eek for hem that been at ese,
That god hem graunte ay good perseveraunce,
And sende hem might hir ladies so to plese,  
That it to Love be worship and plesaunce.
For so hope I my soule best avaunce,
To preye for hem that Loves servaunts be,
And wryte hir wo, and live in charitee.

And for to have of hem compassioun  
As though I were hir owene brother dere.
Now herkeneth with a gode entencioun,
For now wol I gon streight to my matere,
In whiche ye may the double sorwes here
Of Troilus, in loving of Criseyde,  
And how that she forsook him er she deyde.

It is wel wist, how that the Grekes stronge
In armes with a thousand shippes wente
To Troyewardes, and the citee longe
Assegeden neigh ten yeer er they stente,  
And, in diverse wyse and oon entente,
The ravisshing to wreken of Eleyne,
By Paris doon, they wroughten al hir peyne.

Now fil it so, that in the toun ther was
Dwellinge a lord of greet auctoritee,  
A gret devyn that cleped was Calkas,
That in science so expert was, that he
Knew wel that Troye sholde destroyed be,
By answere of his god, that highte thus,
Daun Phebus or Apollo Delphicus.  

So whan this Calkas knew by calculinge,
And eek by answere of this Appollo,
That Grekes sholden swich a peple bringe,
Thorugh which that Troye moste been for-do,
He caste anoon out of the toun to go;  
For wel wiste he, by sort, that Troye sholde
Destroyed ben, ye, wolde who-so nolde.

For which, for to departen softely
Took purpos ful this forknowinge wyse,
And to the Grekes ost ful prively  
He stal anoon; and they, in curteys wyse,
Hym deden bothe worship and servyse,
In trust that he hath conning hem to rede
In every peril which that is to drede.

The noyse up roos, whan it was first aspyed,  
Thorugh al the toun, and generally was spoken,
That Calkas traytor fled was, and allyed
With hem of Grece; and casten to ben wroken
On him that falsly hadde his feith so broken;
And seyden, he and al his kin at ones  
Ben worthy for to brennen, fel and bones.

Now hadde Calkas left, in this meschaunce,
Al unwist of this false and wikked dede,
His doughter, which that was in gret penaunce,
For of hir lyf she was ful sore in drede,  
As she that niste what was best to rede;
For bothe a widowe was she, and allone
Of any freend to whom she dorste hir mone.

Criseyde was this lady name a-right;
As to my dome, in al Troyes citee  
Nas noon so fair, for passing every wight
So aungellyk was hir natyf beautee,
That lyk a thing immortal semed she,
As doth an hevenish parfit creature,
That doun were sent in scorning of nature.  

This lady, which that al-day herde at ere
Hir fadres shame, his falsnesse and tresoun,
Wel nigh out of hir wit for sorwe and fere,
In widewes habit large of samit broun,
On knees she fil biforn Ector a-doun;  
With pitous voys, and tendrely wepinge,
His mercy bad, hir-selven excusinge.

Now was this Ector pitous of nature,
And saw that she was sorwfully bigoon,
And that she was so fair a creature;  
Of his goodnesse he gladed hir anoon,
And seyde, 'Lat your fadres treson goon
Forth with mischaunce, and ye your-self, in Ioye,
Dwelleth with us, whyl you good list, in Troye.

'And al thonour that men may doon yow have,  
As ferforth as your fader dwelled here,
Ye shul han, and your body shal men save,
As fer as I may ought enquere or here.'
And she him thonked with ful humble chere,
And ofter wolde, and it hadde ben his wille,  
And took hir leve, and hoom, and held hir stille.

And in hir hous she abood with swich meynee
As to hir honour nede was to holde;
And whyl she was dwellinge in that citee,
Kepte hir estat, and bothe of yonge and olde  
Ful wel beloved, and wel men of hir tolde.
But whether that she children hadde or noon,
I rede it naught; therfore I late it goon.

The thinges fellen, as they doon of werre,
Bitwixen hem of Troye and Grekes ofte;  
For som day boughten they of Troye it derre,
And eft the Grekes founden no thing softe
The folk of Troye; and thus fortune on-lofte,
And under eft, gan hem to wheelen bothe
After hir cours, ay whyl they were wrothe.  

But how this toun com to destruccioun
Ne falleth nought to purpos me to telle;
For it were a long digressioun
Fro my matere, and yow to longe dwelle.
But the Troyane gestes, as they felle,  
In Omer, or in Dares, or in Dyte,
Who-so that can, may rede hem as they wryte.

But though that Grekes hem of Troye shetten,
And hir citee bisegede al a-boute,
Hir olde usage wolde they not letten,  
As for to honoure hir goddes ful devoute;
But aldermost in honour, out of doute,
They hadde a relik hight Palladion,
That was hir trist a-boven everichon.

And so bifel, whan comen was the tyme  
Of Aperil, whan clothed is the mede
With newe grene, of ***** Ver the pryme,
And swote smellen floures whyte and rede,
In sondry wyses shewed, as I rede,
The folk of Troye hir observaunces olde,  
Palladiones feste for to holde.

And to the temple, in al hir beste wyse,
In general, ther wente many a wight,
To herknen of Palladion servyse;
And namely, so many a ***** knight,  
So many a lady fresh and mayden bright,
Ful wel arayed, bothe moste and leste,
Ye, bothe for the seson and the feste.

Among thise othere folk was Criseyda,
In widewes habite blak; but nathelees,  
Right as our firste lettre is now an A,
In beautee first so stood she, makelees;
Hir godly looking gladede al the prees.
Nas never seyn thing to ben preysed derre,
Nor under cloude blak so bright a sterre  

As was Criseyde, as folk seyde everichoon
That hir behelden in hir blake wede;
And yet she stood ful lowe and stille alloon,
Bihinden othere folk, in litel brede,
And neigh the dore, ay under shames drede,  
Simple of a-tyr, and debonaire of chere,
With ful assured loking and manere.

This Troilus, as he was wont to gyde
His yonge knightes, ladde hem up and doun
In thilke large temple on every syde,  
Biholding ay the ladyes of the toun,
Now here, now there, for no devocioun
Hadde he to noon, to reven him his reste,
But gan to preyse and lakken whom him leste.

And in his walk ful fast he gan to wayten  
If knight or squyer of his companye
Gan for to syke, or lete his eyen bayten
On any woman that he coude aspye;
He wolde smyle, and holden it folye,
And seye him thus, 'god wot, she slepeth softe  
For love of thee, whan thou tornest ful ofte!

'I have herd told, pardieux, of your livinge,
Ye lovers, and your lewede observaunces,
And which a labour folk han in winninge
Of love, and, in the keping, which doutaunces;  
And whan your preye is lost, wo and penaunces;
O verrey foles! nyce and blinde be ye;
Ther nis not oon can war by other be.'

And with that word he gan cast up the browe,
Ascaunces, 'Lo! is this nought wysly spoken?'  
At which the god of love gan loken rowe
Right for despyt, and shoop for to ben wroken;
He kidde anoon his bowe nas not broken;
For sodeynly he hit him at the fulle;
And yet as proud a pekok can he pulle.  

O blinde world, O blinde entencioun!
How ofte falleth al theffect contraire
Of surquidrye and foul presumpcioun;
For caught is proud, and caught is debonaire.
This Troilus is clomben on the staire,  
And litel weneth that he moot descenden.
But al-day falleth thing that foles ne wenden.

As proude Bayard ginneth for to skippe
Out of the wey, so priketh him his corn,
Til he a lash have of the longe whippe,  
Than thenketh he, 'Though I praunce al biforn
First in the trays, ful fat and newe shorn,
Yet am I but an hors, and horses lawe
I moot endure, and with my feres drawe.'

So ferde it by this fers and proude knight;  
Though he a worthy kinges sone were,
And wende nothing hadde had swiche might
Ayens his wil that sholde his herte stere,
Yet with a look his herte wex a-fere,
That he, that now was most in pryde above,  
Wex sodeynly most subget un-to love.

For-thy ensample taketh of this man,
Ye wyse, proude, and worthy folkes alle,
To scornen Love, which that so sone can
The freedom of your hertes to him thralle;  
For ever it was, and ever it shal bifalle,
That Love is he that alle thing may binde;
For may no man for-do the lawe of kinde.

That this be sooth, hath preved and doth yet;
For this trowe I ye knowen, alle or some,  
Men reden not that folk han gretter wit
Than they that han be most with love y-nome;
And strengest folk ben therwith overcome,
The worthiest and grettest of degree:
This was, and is, and yet men shal it see.  

And trewelich it sit wel to be so;
For alderwysest han ther-with ben plesed;
And they that han ben aldermost in wo,
With love han ben conforted most and esed;
And ofte it hath the cruel herte apesed,  
And worthy folk maad worthier of name,
And causeth most to dreden vyce and shame.

Now sith it may not goodly be withstonde,
And is a thing so vertuous in kinde,
Refuseth not to Love for to be bonde,  
Sin, as him-selven list, he may yow binde.
The yerde is bet that bowen wole and winde
Than that that brest; and therfor I yow rede
To folwen him that so wel can yow lede.

But for to tellen forth in special  
As of this kinges sone of which I tolde,
And leten other thing collateral,
Of him thenke I my tale for to holde,
Both of his Ioye, and of his cares colde;
And al his werk, as touching this matere,  
For I it gan, I wol ther-to refere.

With-inne the temple he wente him forth pleyinge,
This Troilus, of every wight aboute,
On this lady and now on that lokinge,
Wher-so she were of toune, or of with-oute:  
And up-on cas bifel, that thorugh a route
His eye perced, and so depe it wente,
Til on Criseyde it smoot, and ther it stente.

And sodeynly he wax ther-with astoned,
And gan hire bet biholde in thrifty wyse:  
'O mercy, god!' thoughte he, 'wher hastow woned,
That art so fair and goodly to devyse?'
Ther-with his herte gan to sprede and ryse,
And softe sighed, lest men mighte him here,
And caughte a-yein his firste pleyinge chere.  

She nas nat with the leste of hir stature,
But alle hir limes so wel answeringe
Weren to womanhode, that creature
Was neuer lasse mannish in seminge.
And eek the pure wyse of here meninge  
Shewede wel, that men might in hir gesse
Honour, estat, and wommanly noblesse.

To Troilus right wonder wel with-alle
Gan for to lyke hir meninge and hir chere,
Which somdel deynous was, for she leet falle  
Hir look a lite a-side, in swich manere,
Ascaunces, 'What! May I not stonden here?'
And after that hir loking gan she lighte,
That never thoughte him seen so good a sighte.

And of hir look in him ther gan to quiken  
So greet desir, and swich affeccioun,
That in his herte botme gan to stiken
Of hir his fixe and depe impressioun:
And though he erst hadde poured up and doun,
He was tho glad his hornes in to shrinke;  
Unnethes wiste he how to loke or winke.

Lo, he that leet him-selven so konninge,
And scorned hem that loves peynes dryen,
Was ful unwar that love hadde his dwellinge
With-inne the subtile stremes of hir yen;  
That sodeynly him thoughte he felte dyen,
Right with hir look, the spirit in his herte;
Blissed be love, that thus can folk converte!

She, this in blak, likinge to Troylus,
Over alle thyng, he stood for to biholde;  
Ne his desir, ne wherfor he stood thus,
He neither chere made, ne worde tolde;
But from a-fer, his maner for to holde,
On other thing his look som-tyme he caste,
And eft on hir, whyl that servyse laste.  

And after this, not fulliche al awhaped,
Out of the temple al esiliche he wente,
Repentinge him that he hadde ever y-iaped
Of loves folk, lest fully the descente
Of scorn fille on him-self; but, what he mente,  
Lest it were wist on any maner syde,
His wo he gan dissimulen and hyde.

Whan he was fro the temple thus departed,
He streyght anoon un-to his paleys torneth,
Right with hir look thurgh-shoten and thurgh-darted,  
Al feyneth he in lust that he soiorneth;
And al his chere and speche also he borneth;
And ay, of loves servants every whyle,
Him-self to wrye, at hem he gan to smyle.

And seyde, 'Lord, so ye live al in lest,  
Ye loveres! For the conningest of yow,
That serveth most ententiflich and best,
Him *** as often harm ther-of as prow;
Your hyre is quit ayein, ye, god wot how!
Nought wel for wel, but scorn for good servyse;  
In feith, your ordre is ruled in good wyse!

'In noun-certeyn ben alle your observaunces,
But it a sely fewe poyntes be;
Ne no-thing asketh so grete attendaunces
As doth youre lay, and that knowe alle ye;  
But that is not the worste, as mote I thee;
But, tolde I yow the worste poynt, I leve,
Al seyde I sooth, ye wolden at me greve!

'But tak this, that ye loveres ofte eschuwe,
Or elles doon of good entencioun,  
Ful ofte thy lady wole it misconstrue,
And deme it harm in hir opinioun;
And yet if she, for other enchesoun,
Be wrooth, than shalt thou han a groyn anoon:
Lord! wel is him that may be of yow oon!'  

But for al this, whan that he say his tyme,
He held his pees, non other bote him gayned;
For love bigan his fetheres so to lyme,
That wel unnethe un-to his folk he fayned
That othere besye nedes him destrayned;  
For wo was him, that what to doon he niste,
But bad his folk to goon wher that hem liste.

And whan that he in chaumbre was allone,
He doun up-on his beddes feet him sette,
And first be gan to syke, and eft to grone,  
And thoughte ay on hir so, with-outen lette,
That, as he sat and wook, his spirit mette
That he hir saw a temple, and al the wyse
Right of hir loke, and gan it newe avyse.

Thus gan he make a mirour of his minde,  
In which he saugh al hoolly hir figure;
And that he wel coude in his herte finde,
It was to him a right good aventure
To love swich oon, and if he dide his cure
To serven hir, yet mighte he falle in grace,  
Or elles, for oon of hir servaunts pace.

Imagininge that travaille nor grame
Ne mighte, for so goodly oon, be lorn
As she, ne him for his desir ne shame,
Al were it wist, but in prys and up-born  
Of alle lovers wel more than biforn;
Thus argumented he in his ginninge,
Ful unavysed of his wo cominge.

Thus took he purpos loves craft to suwe,
And thou
Bryce  Nov 2018
Nome
Bryce Nov 2018
She had shown to me,
Aurora
Aurora sweet alighted
the excited verdant ions
a scar of atmosphere
the mantle undivided
to give as sacrifice
to give life to snow

Ye not tempt me with it
Burden of beauty
of foggy things in my dreams
at fancy ballroom mirages

Indifference,
to be found in the refrigerated drink section
outside the air is cold and cools oil on gravel
while across town the burning embers of a home
melt the snow into rivers

The fog of dew on the leaves
drunk, speak the lips of the slain
to look up into the blue
and find solace in the rains.
Nella Torre il silenzio era già alto.
Sussurravano i pioppi del Rio Salto.
I cavalli normanni alle lor poste
frangean la biada con rumor di croste.
Là in fondo la cavalla era, selvaggia,
nata tra i pini su la salsa spiaggia;
che nelle froge avea del mar gli spruzzi
ancora, e gli urli negli orecchi aguzzi.
Con su la greppia un gomito, da essa
era mia madre; e le dicea sommessa:
"O cavallina, cavallina storna,
che portavi colui che non ritorna;
tu capivi il suo cenno ed il suo detto!
Egli ha lasciato un figlio giovinetto;
il primo d'otto tra miei figli e figlie;
e la sua mano non toccò mai briglie.
Tu che ti senti ai fianchi l'uragano,
tu dai retta alla sua piccola mano.
Tu ch'hai nel cuore la marina brulla,
tu dai retta alla sua voce fanciulla".
La cavalla volgea la scarna testa
verso mia madre, che dicea più mesta:
"O cavallina, cavallina storna,
che portavi colui che non ritorna;
lo so, lo so, che tu l'amavi forte!
Con lui c'eri tu sola e la sua morte.
O nata in selve tra l'ondate e il vento,
tu tenesti nel cuore il tuo spavento;
sentendo lasso nella bocca il morso,
nel cuor veloce tu premesti il corso:
adagio seguitasti la tua via,
perché facesse in pace l'agonia... "
La scarna lunga testa era daccanto
al dolce viso di mia madre in pianto.
"O cavallina, cavallina storna,
che portavi colui che non ritorna;
oh! Due parole egli dové pur dire!
E tu capisci, ma non sai ridire.
Tu con le briglie sciolte tra le zampe,
con dentro gli occhi il fuoco delle vampe,
con negli orecchi l'eco degli scoppi,
seguitasti la via tra gli alti pioppi:
lo riportavi tra il morir del sole,
perché udissimo noi le sue parole".
Stava attenta la lunga testa fiera.
Mia madre l'abbracciò su la criniera
"O cavallina, cavallina storna,
portavi a casa sua chi non ritorna!
A me, chi non ritornerà più mai!
Tu fosti buona... Ma parlar non sai!
Tu non sai, poverina; altri non osa.
Oh! ma tu devi dirmi una cosa!
Tu l'hai veduto l'uomo che l'uccise:
esso t'è qui nelle pupille fise.
Chi fu? Chi è? Ti voglio dire un nome.
E tu fa cenno. Dio t'insegni, come".
Ora, i cavalli non frangean la biada:
dormian sognando il bianco della strada.
La paglia non battean con l'unghie vuote:
dormian sognando il rullo delle ruote.
Mia madre alzò nel gran silenzio un dito:
disse un nome... Sonò alto un nitrito.
Incipit Liber Quintus.

Aprochen gan the fatal destinee
That Ioves hath in disposicioun,
And to yow, angry Parcas, sustren three,
Committeth, to don execucioun;
For which Criseyde moste out of the toun,  
And Troilus shal dwelle forth in pyne
Til Lachesis his threed no lenger twyne. --

The golden-tressed Phebus heighe on-lofte
Thryes hadde alle with his bemes shene
The snowes molte, and Zephirus as ofte  
Y-brought ayein the tendre leves grene,
Sin that the sone of Ecuba the quene
Bigan to love hir first, for whom his sorwe
Was al, that she departe sholde a-morwe.

Ful redy was at pryme Dyomede,  
Criseyde un-to the Grekes ost to lede,
For sorwe of which she felt hir herte blede,
As she that niste what was best to rede.
And trewely, as men in bokes rede,
Men wiste never womman han the care,  
Ne was so looth out of a toun to fare.

This Troilus, with-outen reed or lore,
As man that hath his Ioyes eek forlore,
Was waytinge on his lady ever-more
As she that was the soothfast crop and more  
Of al his lust, or Ioyes here-tofore.
But Troilus, now farewel al thy Ioye,
For shaltow never seen hir eft in Troye!

Soth is, that whyl he bood in this manere,
He gan his wo ful manly for to hyde.  
That wel unnethe it seen was in his chere;
But at the yate ther she sholde oute ryde
With certeyn folk, he hoved hir tabyde,
So wo bigoon, al wolde he nought him pleyne,
That on his hors unnethe he sat for peyne.  

For ire he quook, so gan his herte gnawe,
Whan Diomede on horse gan him dresse,
And seyde un-to him-self this ilke sawe,
'Allas,' quod he, 'thus foul a wrecchednesse
Why suffre ich it, why nil ich it redresse?  
Were it not bet at ones for to dye
Than ever-more in langour thus to drye?

'Why nil I make at ones riche and pore
To have y-nough to done, er that she go?
Why nil I bringe al Troye upon a rore?  
Why nil I sleen this Diomede also?
Why nil I rather with a man or two
Stele hir a-way? Why wol I this endure?
Why nil I helpen to myn owene cure?'

But why he nolde doon so fel a dede,  
That shal I seyn, and why him liste it spare;
He hadde in herte alweyes a maner drede,
Lest that Criseyde, in rumour of this fare,
Sholde han ben slayn; lo, this was al his care.
And ellis, certeyn, as I seyde yore,  
He hadde it doon, with-outen wordes more.

Criseyde, whan she redy was to ryde,
Ful sorwfully she sighte, and seyde 'Allas!'
But forth she moot, for ought that may bityde,
And forth she rit ful sorwfully a pas.  
Ther nis non other remedie in this cas.
What wonder is though that hir sore smerte,
Whan she forgoth hir owene swete herte?

This Troilus, in wyse of curteisye,
With hauke on hond, and with an huge route  
Of knightes, rood and dide hir companye,
Passinge al the valey fer with-oute,
And ferther wolde han riden, out of doute,
Ful fayn, and wo was him to goon so sone;
But torne he moste, and it was eek to done.  

And right with that was Antenor y-come
Out of the Grekes ost, and every wight
Was of it glad, and seyde he was wel-come.
And Troilus, al nere his herte light,
He peyned him with al his fulle might  
Him to with-holde of wepinge at the leste,
And Antenor he kiste, and made feste.

And ther-with-al he moste his leve take,
And caste his eye upon hir pitously,
And neer he rood, his cause for to make,  
To take hir by the honde al sobrely.
And lord! So she gan wepen tendrely!
And he ful softe and sleighly gan hir seye,
'Now hold your day, and dooth me not to deye.'

With that his courser torned he a-boute  
With face pale, and un-to Diomede
No word he spak, ne noon of al his route;
Of which the sone of Tydeus took hede,
As he that coude more than the crede
In swich a craft, and by the reyne hir hente;  
And Troilus to Troye homwarde he wente.

This Diomede, that ladde hir by the brydel,
Whan that he saw the folk of Troye aweye,
Thoughte, 'Al my labour shal not been on ydel,
If that I may, for somwhat shal I seye,  
For at the worste it may yet shorte our weye.
I have herd seyd, eek tymes twyes twelve,
"He is a fool that wol for-yete him-selve."'

But natheles this thoughte he wel ynough,
'That certaynly I am aboute nought,  
If that I speke of love, or make it tough;
For douteles, if she have in hir thought
Him that I gesse, he may not been y-brought
So sone awey; but I shal finde a mene,
That she not wite as yet shal what I mene.'  

This Diomede, as he that coude his good,
Whan this was doon, gan fallen forth in speche
Of this and that, and asked why she stood
In swich disese, and gan hir eek biseche,
That if that he encrese mighte or eche  
With any thing hir ese, that she sholde
Comaunde it him, and seyde he doon it wolde.

For trewely he swoor hir, as a knight,
That ther nas thing with whiche he mighte hir plese,
That he nolde doon his peyne and al his might  
To doon it, for to doon hir herte an ese.
And preyede hir, she wolde hir sorwe apese,
And seyde, 'Y-wis, we Grekes con have Ioye
To honouren yow, as wel as folk of Troye.'

He seyde eek thus, 'I woot, yow thinketh straunge,  
No wonder is, for it is to yow newe,
Thaqueintaunce of these Troianis to chaunge,
For folk of Grece, that ye never knewe.
But wolde never god but-if as trewe
A Greek ye shulde among us alle finde  
As any Troian is, and eek as kinde.

'And by the cause I swoor yow right, lo, now,
To been your freend, and helply, to my might,
And for that more aqueintaunce eek of yow
Have ich had than another straunger wight,  
So fro this forth, I pray yow, day and night,
Comaundeth me, how sore that me smerte,
To doon al that may lyke un-to your herte;

'And that ye me wolde as your brother trete,
And taketh not my frendship in despyt;  
And though your sorwes be for thinges grete,
Noot I not why, but out of more respyt,
Myn herte hath for to amende it greet delyt.
And if I may your harmes not redresse,
I am right sory for your hevinesse,  

'And though ye Troians with us Grekes wrothe
Han many a day be, alwey yet, pardee,
O god of love in sooth we serven bothe.
And, for the love of god, my lady free,
Whom so ye hate, as beth not wroth with me.  
For trewely, ther can no wight yow serve,
That half so looth your wraththe wolde deserve.

'And nere it that we been so neigh the tente
Of Calkas, which that seen us bothe may,
I wolde of this yow telle al myn entente;  
But this enseled til another day.
Yeve me your hond, I am, and shal ben ay,
God help me so, whyl that my lyf may dure,
Your owene aboven every creature.

'Thus seyde I never er now to womman born;  
For god myn herte as wisly glade so,
I lovede never womman here-biforn
As paramours, ne never shal no mo.
And, for the love of god, beth not my fo;
Al can I not to yow, my lady dere,  
Compleyne aright, for I am yet to lere.

'And wondreth not, myn owene lady bright,
Though that I speke of love to you thus blyve;
For I have herd or this of many a wight,
Hath loved thing he never saugh his lyve.  
Eek I am not of power for to stryve
Ayens the god of love, but him obeye
I wol alwey, and mercy I yow preye.

'Ther been so worthy knightes in this place,
And ye so fair, that everich of hem alle  
Wol peynen him to stonden in your grace.
But mighte me so fair a grace falle,
That ye me for your servaunt wolde calle,
So lowly ne so trewely you serve
Nil noon of hem, as I shal, til I sterve.'  

Criseide un-to that purpos lyte answerde,
As she that was with sorwe oppressed so
That, in effect, she nought his tales herde,
But here and there, now here a word or two.
Hir thoughte hir sorwful herte brast a-two.  
For whan she gan hir fader fer aspye,
Wel neigh doun of hir hors she gan to sye.

But natheles she thonked Diomede
Of al his travaile, and his goode chere,
And that him liste his friendship hir to bede;  
And she accepteth it in good manere,
And wolde do fayn that is him leef and dere;
And trusten him she wolde, and wel she mighte,
As seyde she, and from hir hors she alighte.

Hir fader hath hir in his armes nome,  
And tweynty tyme he kiste his doughter swete,
And seyde, 'O dere doughter myn, wel-come!'
She seyde eek, she was fayn with him to mete,
And stood forth mewet, milde, and mansuete.
But here I leve hir with hir fader dwelle,  
And forth I wol of Troilus yow telle.

To Troye is come this woful Troilus,
In sorwe aboven alle sorwes smerte,
With felon look, and face dispitous.
Tho sodeinly doun from his hors he sterte,  
And thorugh his paleys, with a swollen herte,
To chambre he wente; of no-thing took he hede,
Ne noon to him dar speke a word for drede.

And there his sorwes that he spared hadde
He yaf an issue large, and 'Deeth!' he cryde;  
And in his throwes frenetyk and madde
He cursed Iove, Appollo, and eek Cupyde,
He cursed Ceres, Bacus, and Cipryde,
His burthe, him-self, his fate, and eek nature,
And, save his lady, every creature.  

To bedde he goth, and weyleth there and torneth
In furie, as dooth he, Ixion in helle;
And in this wyse he neigh til day soiorneth.
But tho bigan his herte a lyte unswelle
Thorugh teres which that gonnen up to welle;  
And pitously he cryde up-on Criseyde,
And to him-self right thus he spak, and seyde: --

'Wher is myn owene lady lief and dere,
Wher is hir whyte brest, wher is it, where?
Wher ben hir armes and hir eyen clere,  
That yesternight this tyme with me were?
Now may I wepe allone many a tere,
And graspe aboute I may, but in this place,
Save a pilowe, I finde nought tenbrace.

'How shal I do? Whan shal she com ayeyn?  
I noot, allas! Why leet ich hir to go?
As wolde god, ich hadde as tho be sleyn!
O herte myn, Criseyde, O swete fo!
O lady myn, that I love and no mo!
To whom for ever-mo myn herte I dowe;  
See how I deye, ye nil me not rescowe!

'Who seeth yow now, my righte lode-sterre?
Who sit right now or stant in your presence?
Who can conforten now your hertes werre?
Now I am gon, whom yeve ye audience?  
Who speketh for me right now in myn absence?
Allas, no wight; and that is al my care;
For wel wot I, as yvel as I ye fare.

'How sholde I thus ten dayes ful endure,
Whan I the firste night have al this tene?  
How shal she doon eek, sorwful creature?
For tendernesse, how shal she this sustene,
Swich wo for me? O pitous, pale, and grene
Shal been your fresshe wommanliche face
For langour, er ye torne un-to this place.'  

And whan he fil in any slomeringes,
Anoon biginne he sholde for to grone,
And dremen of the dredfulleste thinges
That mighte been; as, mete he were allone
In place horrible, makinge ay his mone,  
Or meten that he was amonges alle
His enemys, and in hir hondes falle.

And ther-with-al his body sholde sterte,
And with the stert al sodeinliche awake,
And swich a tremour fele aboute his herte,  
That of the feer his body sholde quake;
And there-with-al he sholde a noyse make,
And seme as though he sholde falle depe
From heighe a-lofte; and than he wolde wepe,

And rewen on him-self so pitously,  
That wonder was to here his fantasye.
Another tyme he sholde mightily
Conforte him-self, and seyn it was folye,
So causeles swich drede for to drye,
And eft biginne his aspre sorwes newe,  
That every man mighte on his sorwes rewe.

Who coude telle aright or ful discryve
His wo, his pleynt, his langour, and his pyne?
Nought al the men that han or been on-lyve.
Thou, redere, mayst thy-self ful wel devyne  
That swich a wo my wit can not defyne.
On ydel for to wryte it sholde I swinke,
Whan that my wit is wery it to thinke.

On hevene yet the sterres were sene,
Al-though ful pale y-waxen was the mone;  
And whyten gan the orisonte shene
Al estward, as it woned is for to done.
And Phebus with his rosy carte sone
Gan after that to dresse him up to fare,
Whan Troilus hath sent after Pandare.  

This Pandare, that of al the day biforn
Ne mighte han comen Troilus to see,
Al-though he on his heed it hadde y-sworn,
For with the king Pryam alday was he,
So that it lay not in his libertee  
No-wher to gon, but on the morwe he wente
To Troilus, whan that he for him sente.

For in his herte he coude wel devyne,
That Troilus al night for sorwe wook;
And that he wolde telle him of his pyne,  
This knew he wel y-nough, with-oute book.
For which to chaumbre streight the wey he took,
And Troilus tho sobreliche he grette,
And on the bed ful sone he gan him sette.

'My Pandarus,' quod Troilus, 'the sorwe  
Which that I drye, I may not longe endure.
I trowe I shal not liven til to-morwe;
For whiche I wolde alwey, on aventure,
To thee devysen of my sepulture
The forme, and of my moeble thou dispone  
Right as thee semeth best is for to done.

'But of the fyr and flaumbe funeral
In whiche my body brenne shal to glede,
And of the feste and pleyes palestral
At my vigile, I prey thee tak good hede  
That be wel; and offre Mars my stede,
My swerd, myn helm, and, leve brother dere,
My sheld to Pallas yef, that shyneth clere.

'The poudre in which myn herte y-brend shal torne,
That preye I thee thou take and it conserve  
In a vessel, that men clepeth an urne,
Of gold, and to my lady that I serve,
For love of whom thus pitously I sterve,
So yeve it hir, and do me this plesaunce,
To preye hir kepe it for a remembraunce.  

'For wel I fele, by my maladye,
And by my dremes now and yore ago,
Al certeinly, that I mot nedes dye.
The owle eek, which that hight Ascaphilo,
Hath after me shright alle thise nightes two.  
And, god Mercurie! Of me now, woful wrecche,
The soule gyde, and, whan thee list, it fecche!'

Pandare answerde, and seyde, 'Troilus,
My dere freend, as I have told thee yore,
That it is folye for to sorwen thus,  
And causeles, for whiche I can no-more.
But who-so wol not trowen reed ne lore,
I can not seen in him no remedye,
But lete him worthen with his fantasye.

'But Troilus, I pray thee tel me now,  
If that thou trowe, er this, that any wight
Hath loved paramours as wel as thou?
Ye, god wot, and fro many a worthy knight
Hath his lady goon a fourtenight,
And he not yet made halvendel the fare.  
What nede is thee to maken al this care?

'Sin day by day thou mayst thy-selven see
That from his love, or elles from his wyf,
A man mot twinnen of necessitee,
Ye, though he love hir as his owene lyf;  
Yet nil he with him-self thus maken stryf.
For wel thow wost, my leve brother dere,
That alwey freendes may nought been y-fere.

'How doon this folk that seen hir loves wedded
By freendes might, as it bi-*** ful ofte,  
And seen hem in hir spouses bed y-bedded?
God woot, they take it wysly, faire and softe.
For-why good hope halt up hir herte on-lofte,
And for they can a tyme of sorwe endure;
As tyme hem hurt, a tyme doth hem cure.  

'So sholdestow endure, and late slyde
The tyme, and fonde to ben glad and light.
Ten dayes nis so longe not tabyde.
And sin she thee to comen hath bihight,
She nil hir hestes breken for no wight.  
For dred thee not that she nil finden weye
To come ayein, my lyf that dorste I leye.

'Thy swevenes eek and al swich fantasye
Dryf out, and lat hem faren to mischaunce;
For they procede of thy malencolye,  
That doth thee fele in sleep al this penaunce.
A straw for alle swevenes signifiaunce!
God helpe me so, I counte hem not a bene,
Ther woot no man aright what dremes mene.

'For prestes of the temple tellen this,  
That dremes been the revelaciouns
Of goddes, and as wel they telle, y-wis,
That they ben infernals illusiouns;
And leches seyn, that of complexiouns
Proceden they, or fast, or glotonye.  
Who woot in sooth thus what they signifye?

'Eek othere seyn that thorugh impressiouns,
As if a wight hath faste a thing in minde,
That ther-of cometh swiche avisiouns;
And othere seyn, as they in bokes finde,  
That, after tymes of the yeer by kinde,
Men dreme, and that theffect goth by the mone;
But leve no dreem, for it is nought to done.

'Wel worth o
Rui Serra  Jan 2014
sem nome
Rui Serra Jan 2014
No limiar do momento, minha alma demente vagueia, e sinto a angústia de não ter algo que necessito para viver.
A amizade que dois amigos podem ter, aquele sentimento profundo e dócil que tem de ser recíproco; e que se quem o dá, o não recebe, sente-se vassalo da solidão e perde-se no tempo.
Palavras profundas deambulam ao sabor do vento, ao encontro de quimeras já distantes.
Vem amigo dá-me a tua mão.

— The End —