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Danielle Furtado Nov 2014
Nasceu no dia dos namorados. Filho de mãe brasileira com descendência holandesa e pai português. Tinha três irmãos: seu gêmeo Fabrício, o mais velho, Renato, e o terceiro, falecido, que era sua grande dor, nunca dizia seu nome e ninguém se atrevia a perguntar.
A pessoa em questão chamaremos de Jimmy. Jimmy Jazz.
Jimmy morava em Portugal, na cidade de Faro, e passou a infância fazendo viagens ao Brasil a fim de visitar a família de sua mãe; sempre rebelde, colecionava olhares tortos, lições de moral, renegações.
Seu maior inimigo, também chamado por ele de pai, declarou guerra contra suas ideologias punk, seu cabelo que gritava anarquismo, e a vontade que tinha ele de viver.
Certo dia, não qualquer dia mas no natal do ano em que Jimmy fez 14 anos, seu pai o expulsou de casa. Mais um menino perdido na rua se tornou o pequeno aspirante à poeta, agora um verdadeiro marginal.
Não tinha para onde ir. Sentou-se na calçada, olhou para seus pés e agradeceu pela sorte de estar de sapatos e ter uma caneta no bolso no momento da expulsão, seu pai não o deixara com nada, nem um vintém, e tinha fome.
Rondou pelas mesmas quadras ao redor de sua casa por uns dias, até se cansar dos mesmos rostos e da rotina daquela região, então tomou coragem e resolveu explorar outras vidas, havia encontrado um caderno em branco dentro de uma biblioteca pública onde costumava passar o dia lendo e este seria seu amigo por um bom tempo.
Orgulhoso, auto-suficiente, o menino de apenas 14 anos acabou encontrando alguém como ele, por fim. Seu nome era Allan, um punk que, apesar de ainda ter uma casa, estava doido para ir embora viver sua rotina de não ter rotina alguma, e eles levaram isso muito à sério.
Logo se tornaram inseparáveis, arrumaram emprego juntos, que não era muito mas conseguiria mantê-los pelo menos até terminarem a escola, conseguiram alugar uma casa e compraram um cachorro que nunca ganhou nome pois não conseguiam entrar em acordo sobre isso, Jimmy tinha também um lagarto de estimação que chamava de Mr. White, sua paixão.
Os dois amigos começaram a frequentar o que antes só viam na teoria: as festas punk; finalmente haviam conseguido o que estavam procurando há tempos: liberdade total de expressão e ação. Rodeados por todos os tipos de drogas e práticas sexuais, mas principalmente, a razão de todo o movimento: a música.
Jimmy tinha inúmeras camisetas dos Smiths, sua banda favorita, e em seu quarto já não se sabia a cor das paredes que estavam cobertas por pôsteres de bandas dos anos 80 e 90, décadas sagradas para qualquer amante da música e Jimmy era um deles, sem dúvida.
Apesar da vida desregrada que levava com o amigo, Jimmy conseguiu ingressar na faculdade de Letras, contribuindo para sua vontade de fazer poesia, e Allan em enfermagem. Os dois, ao contrário do que seus familiares pensavam, eram extremamente inteligentes, cultos, criaram um clube de poesia com mais dois ou três amigos que conheceram em uma das festas e chamaram de "Sociedade dos Poetas Mortos... e Drogados!", fazendo referência ao filme de  Peter Weir.
O nome não era apenas uma piada entre eles, era a maior verdade de suas vidas, eles eram drogados, Jimmy  era viciado em heroína, Allan também mas em menos intensidade que seu parceiro.
Jimmy não era hétero, gay, bissexual ou qualquer outra coisa que se encaixe dentro de um quadrado exigido pela sociedade, Jimmy era do amor livre, Jimmy apenas amava. E com o passar o tempo, amava seu amigo de forma diferente, assustado pelo sentimento, escondeu o maior tempo que pôde até que o sentimento sumisse, afinal é só um hormônio e a vida voltaria ao normal, mas a amizade era e sempre seria algo além disso: uma conexão espiritual, se acreditassem em almas.
Ambos continuaram suas vidas sendo visitados pela família (no caso de Jimmy, apenas sua mãe) duas vezes ao ano, no máximo, e nesses dias não faziam questão de esconderem seus cigarros, piercings ou qualquer pista da vida que levavam sozinhos, afinal, não os devia mais nada já que seus vícios, tanto químicos quanto musicais, eram bancados por eles mesmos.
Era 14 de fevereiro e Jimmy completara 19 anos, a vida ainda era a mesma, o amigo também, mas sua saúde não, principalmente sua saúde mental.
O poeta de sofá, como alguns de nós, sofria de um existencialismo perturbador, o mundo inteiro doía no seu ser, e não podia fazer muito sobre aquilo, afinal o que poderia fazer à respeito senão escrever?
Até pensou em viver de música já que tocava dois instrumentos, mas a ideia de ter desconhecidos desfrutando ou zombando dos seus sentimentos mais puros não lhe era agradável. Continuou a escrever sobre suas dores e amores, e se perguntava por que se sentia daquela forma, por que não poderia ser como seu irmão que, apesar de possuírem aparência idêntica, eram extremos do mesmo corpo. Fabrício era apenas outro cidadão português que chegava em casa antes de sua mãe ficar preocupada, não que ele fosse um filho exemplar, ele só era... normal, e era tudo que Jimmy não era e jamais gostaria de ser; aliás, ter uma vida comum era visto com desprezo pelos olhos dele, olhos que, ainda tão cedo, haviam visto o melhor e o pior da vida, já não acreditava em nada, nem em si mesmo, nem em deus, nem no universo, nem no amor.
Como poderia alguém amar uma pessoa com tanta dor dentro de si? Como ele explicaria sua vontade de morrer à alguém que ele gostaria de passar a vida toda com? Era uma contradição ambulante. Uma contradição de olhos azuis, profundos, e com hematomas pelo corpo todo.
Aos 20 anos, o tédio e a depressão ainda controlavam seu estado emocional a maior parte do tempo, aos domingos era tudo pior, existe algo sobre domingo à tarde que é inexplicável e insuportável para os existencialistas, e para ele não seria diferente. Em um domingo qualquer, se sentindo sozinho, resolveu entrar em um chat online daqueles famosos, e na primeira tentativa de conversa conheceu uma moça do Brasil, que como ele, amava a banda Placebo e sendo existencialista, também sofria de solidão, o que facilitou na construção dos assuntos.
Ela não deu muita importância ao português que dizia "não ser punk porque punks não se chamam de punks", já estava cansada de amores e amizades à distância, decidiu se despedir. O rapaz, insistente e talvez curioso sobre a pessoa com quem se deparara por puro acaso, perguntou se poderiam conversar novamente, e não sabendo a dor que isso a causaria, cedeu.
Assim como havia feito com Allan, Jimmy conquistou Julien, a nova amiga, rapidamente. De um dia para o outro, se pegou esperando para que Jimmy voltasse logo para casa para que pudessem conversar sobre poesia, música, começo e fim da vida, todos os porquês do mundo em apenas uma noite, e então perceberam que já não estavam sozinhos, principalmente ela, que havia tempo não conhecia alguém tão interessante e único quanto ele.
Não demorou muito para que trocassem confidências e os segredos mais íntimos, mas nem tudo era tão sério, riam juntos como nunca antes, e todos sabem que o caminho para o coração de uma mulher é o bom humor, Julien se encontrava perdidamente apaixonada pelo ****** que conhecera num site de relacionamentos e isso se tornaria um problema.
Qualquer relacionamento à distância é complicado por natureza, agora adicione dois suicidas em potencial, um deles viciado em heroína e outra que de tão frustrada já não ligava tanto para sede de viver que sentia, queria apenas ler poesia longe de todas as pessoas comuns, essas que ambos abominavam.
Jimmy era todos os ídolos de Julien comprimidos dentro de si. Ele era Marilyn Manson, era Brian Molko, era Gerard Way, Billy Corgan, Kurt Cobain, mas acima de todos esses, Jimmy era Sid Vicious e Julien sonhava com seus dias de Nancy.
Ele era o primeiro e último pensamento dela, e se tornou o tema principal de toda as poesias que escrevia, assim como as que lia, parecia que todas eram sobre o luso-brasileiro que considerava sua cópia masculina. Jimmy, como ela, era feminista, cheio de ideologias e viciado em bandas, mas ao contrário dela, não teria tanto tempo para essas coisas.
Estava apaixonado por um rapaz brasileiro, Estêvão, que também dizia estar apaixonado por ele mas nunca passaram disso, e logo se formou um semi-triângulo amoroso, pois Julien sabia da existência da paixão de Jimmy, mas Estêvão não sabia que existia outra brasileira que amava a mesma pessoa perdidamente. Não sentiu raiva dele, pelo contrário, apoiava o romance dos dois já que tudo que importava à ela era a felicidade de Jimmy, que como ela, era infeliz, e as chances de pessoas como eles serem felizes algum dia é quase nula.
O brasileiro era amante da MPB e da poesia do país, assim como amava ouvir pós-punk e escrever, interesses que eram comum aos três perdidos, mas era profissional para ele já que conseguira que seus trabalhos fossem publicados diversas vezes. Se Jimmy era Sid Vicious, Julien desejava ser Nancy (ou Courtney Love dependendo do humor), Estêvão era Cazuza.
Morava sozinho e não conseguia se fixar em lugar algum, estava à procura de algo que só poderia achar dentro dele mesmo mas não sabia por onde começar; convivia com *** há alguns meses na época, mas estava relativamente bem com aquilo, tinha um controle emocional maior do que nosso Sid.
Assim como aconteceu com Allan e Julien, não demorou muito para que Estêvão caísse nos encantos de Jimmy, que não eram poucos, e não fazia mais tanta questão de esconder o que sentia por ele. Dono de olhos infinitamente azuis, cabelo bagunçado que mudava de cor frequentemente, corpo magro, pálido, e escrevia os versos mais lindos que poderia imaginar, Jimmy era o ser mais irresistível para qualquer um que quisesse um bom tema para escrever.
--
Julien era de uma cidade pequena do Brasil, onde, sem a internet, jamais poderia ter conhecido Jimmy, que frequentava apenas as grandes cidades do país. Filha de pais separados, tinha o mesmo ódio pelo pai que ele, mas diferente do amigo, seu ódio era usado contra ela mesma, auto-destrutiva é um termo que definiria sua personalidade. Era de se esperar que ela se apaixonasse por alguém viciado em drogas, existe algo de romântico sobre tudo isso, afinal.
Em uma quarta-feira comum, antecipada por um dia nublado, escreveu:

Minhas palavras, todas tiradas dos teus poemas
Teu sotaque, uma voz imaginada
Que obra de arte eram teus olhos
Feitos de um azul-convite

E eu aceitei.


Jimmy era agora seu mundo, e qualquer lugar do mundo a lembrava dele. Qualquer frase proferida aleatoriamente em uma roda de amigos e automaticamente conseguia ouvir sua opinião sobre o assunto, ela o conhecia como ninguém, e em tão pouco tempo já não precisavam falar muita coisa, os dois sabiam dos dois.
Desejava que Jimmy fosse inteiramente dela, corpo e mente, que cada célula de seu ser pudesse tocar todas as células do dela, e que todos os pensamentos dele fossem sobre amá-la, mas como a maioria das coisas que queria, nada iria acontecer, se achava a pessoa mais azarada do mundo (e provavelmente era).
Em uma noite qualquer, após esperar o dia todo ansiosa pela hora em que Jimmy voltaria da faculdade, ele não apareceu. Bom, ele era mesmo uma pessoa inconstante e já estava acostumada à esse tipo de surpresa, mas existia algo diferente sobre aquela noite, sabia que Jimmy estava escondendo alguma coisa dela pois há dias estava estranho e calado, dormia cedo, acordava tarde, não comia, e as músicas que costumavam trocar estavam se tornando cada vez mais tristes, mas era inútil questionar, apesar da intimidade, ele se tornara uma pessoa reservada, o que era totalmente compreensível.
Após três ou quatro dias de aflição, ele finalmente volta e não parece bem, mesmo sem ver seu rosto, conhecia as palavras usadas por ele em todos os momentos. Preocupada com o sumiço, foi logo questionando sua ausência com certa raiva e euforia, Jimmy não respondia uma letra sequer. Julien deixou uma lágrima escorrer e implorou por respostas, tinha a certeza de que algo estava muito errado.
"Acalme-se, ou não poderei lhe contar hoje. Algo aconteceu e seu pressentimento está mais que correto, mas preciso que entenda o meu silêncio", disse à ela.
Julien não respondeu nada além de "me dê seu número, sinto que isso não é algo que se conta por escrito".
Discando o número gigantesco, cheio de códigos, sabia que assim que terminasse aquela ligação teria um problema muito maior do que a alta taxa que é cobrada por ligações internacionais. Ele atendeu e começou a falar interrompendo qualquer formalidade que ela viria a proferir:

– Apenas escute e prometa-me que não irá chorar.
Ela não disse nada, aceitando a condição.
– Há tempos não sinto-me bem, faço as mesmas coisas, não mudei meus costumes, embora deveria mas agora é tarde demais. Sinto-me diferente, meu corpo... fraco. Preciso te contar mas não tenho as palavras certas, acho que nem existem palavras certas para o que estou prestes à dizer então serei direto: descobri que sou *** positivo. ´
Um silêncio quase mórbido no ar, dos dois lados da linha.
Parecia-se com um tiro que atravessou o estômago dos dois, e nenhum podia falar.
Julien quebrou o silêncio desligando o telefone. Não podia expressar a dor que sentia, o sentimento de injustiça que a deixava de mãos atadas, Ele era a última pessoa do mundo que merecia aquilo, para ela, Jimmy era sagrado.

Apenas uma pessoa soube da nova situação de Jimmy antes de Julien: Allan.
Dois dias antes de contar tudo à amiga, Jimmy havia ido ao hospital sozinho, chegou em casa mais cedo, sentou-se no sofá e quis morrer, comparou o exame médico à um atestado de óbito e deu-se por morto. Allan chegou em casa e encontrou o amigo no chão, de olhos inchados, mãos trêmulas. Tirou o envelope de baixo dos braço de Jimmy, que o segurava como se fosse voar a qualquer instante, como se tivesse que apertar ao máximo para ter certeza de que aquilo era real. Enquanto lia os papéis, Jimmy suplicava sua morte, em meio à lágrimas, Allan lhe beijou como o amante oculto que foi por anos, com lábios fracos que resumiam a dor e o medo mas usou um disfarce para o pânico que sentia e sussurrou "não sinto nojo de ti, meu amigo, não estás morto".
Palavras inúteis. Já não queria ouvir nada, saber de nada. Jimmy então tentou dormir mas todas as memórias das vezes que usou drogas, que transou sem saber com quem, onde ou como, estavam piscando como flashes de luz quase cegantes e sentia uma culpa incomparável, um medo, terror. Mas nenhuma memória foi tão perturbadora quanto a da vez em que sofreu abuso ****** em uma das festas. Uma pessoa aleatória e sem grande importância, aproveitou-se do menino pálido e mirrado que estava dormindo no chão, quase desmaiado por culpa de todo o álcool consumido, mas ainda consciente, Jimmy conseguia sentir sua cabeça sendo pressionada contra a poça d'água que estava em baixo de seu corpo, e ouvia risos, e esses mesmos risos estavam rindo dele agora enquanto tentava dormir e rezava pra um deus que não acredita para que tudo fosse um pesadelo.
----
Naquele dia, Jimmy, que já era pessimista por si só, prometeu que não se trataria, que iria apenas esperar a morte, uma morte precoce, e que este seria o desfecho perfeito para alguém que envelheceu tão rápido, mas ele não esperaria sentado, iria continuar sua vida de auto-destruição, saindo cedo e voltando tarde, dormindo e comendo mal, não pararia também com nenhum tipo de droga, principalmente cigarro, que era tão importante quanto a caneta ao escrever seus poemas, dizia que sentir a cinza ainda quente caindo no peito o inspirava.
Outra manhã chegou, e mesmo que desejasse com toda força, tudo ainda era real, seus pensamentos eram confusos, dúvidas e incertezas tão insuportáveis que poderiam causar dores físicas e curadas com analgésicos. Trocou o dia pela noite, já não via o sol, não via rostos crús como os que se vê quando estamos à caminho do trabalho, só via os personagens da noite, prostitutas, vendedores de drogas, pessoas que compravam essas drogas, e gente como ele, de coração quebrado, pessoas que perderam amigos (ou não têm), que perderam a si mesmos, que terminaram relacionamentos até então eternos, que já não suportavam a vida medíocre imposta por uma sociedade programada e hipócrita. Continuou indo aos mesmos lugares por semanas, e já não dormia em casa todos os dias, sempre arrumava um espaço na casa de algum amigo ou conhecido, como se doesse encara
D. Furtado
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Wow babygirl, 6 meses passaram depressa, e antes que eu me desse conta estava verdadeiramente vivo. Cada um desses dias foi único. Cada briga, cada sorriso, cada termo que inventamos, cada momento que tivemos, como você fazendo baby talk várias vezes sem querer, imitar animais (tão fofa imitando uma baleia) fazer os ditos "olhões" pra mim, correr por mim, chorar por mim, lutar por mim, e infelizmente até mesmo morrer por mim. A forma que andamos de mãos dadas meio que nos abraçando, você ter medo da Disney, eu aprender a andar de ônibus, ir na sua casa escondido, contar pros meus pais sobre você, contar pros seus pais que queria ser seu namorado, suas mixes, nossas músicas, coisas sobre o mundo que aprendi, na verdade aprendi muitas coisas sobre mim mesmo com você, algumas bem~ (cordas dizem tudo), eu comecei a amar minha vida por ter você comigo. Errei muito, fiz muitas coisas que sempre vou me arrepender, perdi sua confiança várias vezes té o ponto que estamos, e brigamos MUITO cara, como você costuma dizer não deve ter uma semana que não brigamos. E sinceramente acredito que isso vai mudar logo. Sei que nunca vai esquecer, e sempre vamos falar sobre os meus erros, eu te magoei e seria infernalmente horrível eu te obrigar a guardar tudo dentro de si, eu mereço ouvir essas coisas, são meus erros, e vou passar o resto da minha vida lutando pra me redimir por eles. Espero conseguir...

Ah, acho que devia ter dito isso no inicio, mas esse texto não vai ser separado em 100 coisas, mas vai ser tão bom quanto, e escrito em um dia, um dia pra eu escrever tudo que sinto por você. Sinceramente, acho que nem em mil anos conseguiria...Você me ensinou o que é o amor, e foi muito mais incrível do que eu pensava. Quando era menor, acreditava que se tirasse boas notas eu podia ficar rico e que isso me faria feliz. Mas ai você veio pra minha vida, e me mostrou como estava errado, eu largaria tudo por você, qualquer emprego, qualquer coisa, minha vida é sua, em todos os sentidos que possa imaginar. Eu quero ser tudo que você precisa. E vou sempre ser, ok? Mas, como disse no começo, passou tudo muito rápido. Pra mim, ainda somos como na 6ª série, apenas crianças juntas e se divertindo, eu gostando de você e você gostando de mim. Ainda sinto aquele mesmo sentimento. Você é meu primeiro e único amor, sempre vai ser, e não deve ter coisa melhor que isso. Logo no início mencionei estar verdadeiramente vivo, acho que já te contei isso algumas vezes, mas você me deu todos os tipos de sentimentos, você me fez sentir o mundo e sua beleza; sua beleza, ou seja, você. Você é a minha felicidade, e eu vou viver pra te fazer feliz. Você perdeu a fé em mim, mas eu te prometo, nunca vamos nos separar meu amor, nunca, e definitivamente vamos casar. E espero que essa seja a última vez que se faça necessário pedir, mas...Acredita em mim?

Tenho muito medo de te decepcionar, sabia? Tipo, você vive dizendo que sou perfeito, e que eu sou capaz de qualquer coisa, e que você acredita em mim, mas eu me sinto tão pouco. Não sou sequer capaz de escrever um bom texto pra você. Ou de passar uma semana sem brigar. Provavelmente não vou ter um emprego que te dê orgulho, não vou me sentir perfeito, mas eu também acredito em você, e por isso acredito que eu sou perfeito pra você. Mas isso não muda que eu tenho que me esforçar ao máximo pelo nosso futuro. Quero ficar com você pra sempre meu amor, e dar vários selinhos na sua boca até você sorrir, ou pegar nos seus pés quando você menos esperar, pular na cama e no sofá, brincar com você, namorar com você, comer com você, assistir filmes, tomar leite em pó, te amarrar e várias outras coisas que vamos fazer~ várias coisas, que de pouco em pouco e juntas, vão te fazer feliz.

É impressionante o quanto vivemos, e o quão rápido vivemos, e de pensar que foram apenas 6 meses...e que vamos ficar juntos esse mesmo tempo mais infinitas vezes, 1 ano, 2 anos, 20 anos, para sempre Rebeca.

Feliz aniversário de 6 meses amor da minha vida. (please see notes)
Prom?
Stephanie Apr 2019
isinulat ni: Stephanie Dela Cruz

\

isang daang tula.
sabi ko noon ay bibigyan kita ng isang daang tula
mga tulang magiging gabay mo kung sakaling mawala ka man sa akin, o kung ilayo ka man ng ating mga tadhana, o kung paalisin mo na ko sayong tabi,
ngunit pangako, hinding hindi magiging dahilan ang kusa kong pag alis, pangako yan.
itong mga tulang ito ang magiging gabay mo kung sakaling maisip **** ako ang kailangan mo at ako ang gusto **** makasama hanggang dulo
itong mga tulang ito ang magiging resibo mo, magiging ebidensya ito ng kung paano kita minahal ng pagmamahal na hindi mo kailanman naibigay sa akin

isang daang tula.
alam mo bang tula ang una kong minahal kaysa sa iyo
ibinuhos ko lahat ng mga inspirasyon, pag-ibig, luha at pati tulog ko'y isinantabi ko na para sa kanila
dahil ako rin ang mga tulang ito,
alam mo namang isa kong babasaging salamin na paulit ulit na binabasag ng mga taong gustong maglabas ng sama ng loob, ng matinding emosyon, isang salaming kakamustahin kapag gusto nilang ipaalala sa sarili nila na maganda sila at mahalaga at kamahal-mahal at importante...
ako nga ang mga tulang ito, at paulit ulit kong pinaghirapang buuin muli ang aking sarili, ang bawat dinurog na piraso ko'y sinusubukang buuin muli gamit ang hinabing mga tula
itinago ko sa bawat maririkit na salita ang mga lamat na hindi na maaalis pero pipilitin ko...
at sa huli naisip kong hindi ko lang pala gustong sumulat at bumigkas ng tula..
gusto ko rin maging tula ng iba, na mamahalin ako katulad ng pagmamahal na ibinuhos ko sa mga ito

at ayun nga... dumating ka.

ngunit tanong ko pa rin sa aking sarili itong palaisipan...  "naging tula mo ba ko talaga?"


hindi.

dahil hindi ka naman talaga interesado sa mga tula.


alam ko naman kung anong nais mo talaga..

ang gusto mo'y musika.


maganda, masarap sa pandinig, masasabayan mo sa pagsayaw... maipagmamalaki.


hindi naman ako musika... isa lamang akong tula.



isang daang tula.
alam mo bang kung nakakapagsalita lamang ang aking mga sinulat ay sigurado akong magtatampo sila
dahil naisulat na ang tulang bukod tangi sa lahat, tulang pinaka mamahal ko higit sa lahat
ito ay ang bawat tulang isinulat ko para sa iyo..
isa... dalawa... tatlo.. hindi ko na mabilang kung gaano karaming tula na ba ang naisulat ko para sayo
ngunit mas marami ata yung mga tulang isinulat ko nang dahil sayo
at wag kang mabibigla kung sasabihin kong hindi lahat ng iyon ay puro kilig, puro saya, puro tamis ng sandaling kasama kita
dahil sa bawat pagkakataong hindi mo namamalayang sinasaktan mo ako ay sumusulat ako ng tula
may mga pagkakataong ikaw ang dahilan ng mga luhang siyang naging tinta nitong aking pluma na pinangsulat ko ng tula

wag kang mag-aalala, hindi nasasapawan ng kahit anong sakit at pait ang pagmamahal ko sa iyo. :)


isang daang tula.
teka, kailan ba tayo nagsimula?
napakabilis ng panahon, lumilipas na kasing bilis ng pagningning ng mga bituin sa gabi
hindi pa tayo tapos mangarap ngunit tumitigil na... natapos na ang pagkinang.
inaawat na tayo ng kalawakan... o teka... mali pala... dahil ikaw ang umawat sa kalawakan
pinatay mo ang sindi ng pinakamakinang na bituing pinangakuan ko ng wagas na pagmamahal sa'yo habambuhay
wala nang natira.. pati ang mga bulalakaw na nagdadala ng milyong paghiling kong makasama ka hanggang dulo ay wala na, lumisan na
at hindi ko naman inasahan na sasama ka sa kanila
hinihintay kong hawakan **** muli ang aking kamay nang mas mahigpit sa paghawak ko ng kamay mo katulad ng una't pangalawang beses nating pagkikita pero
binitawan mo ako mahal



isang daang tula...












teka muna mahal, hindi ko pa naisusulat ang pang isang daan
bakit ka'y bilis mo namang umalis... hindi mo man lang hinintay na matapos ko ang mga tulang ito na nagpapatunay na minsan may tayo


pero pangako...


tatapusin ko itong isang daang tula at hindi ito magtatapos sa pang isang daan dahil susulat pa ko ng mas marami, susulat ako nang mas marami pa hanggang sa hindi na ikaw ang tinutukoy ng mga salita sa aking tula, hanggang sa hindi na ikaw ang buhay nitong aking pagtula...
ipapaalala ko sa aking sarili na ako ang mga tulang ito at hindi ako magtatapos sa panahong pinili **** umalis kesa basahin ako, pinili **** iwanan ang tunay na nagmamahal sayo, sabi mo iingatan mo ang puso ko ngunit hindi mo ba alam? ikaw ang muling sumira nito kaya't heto... may dahilan nanaman para sumulat ako ng tulang magbubuo ng mga piraso ng aking sarili na dinurog mo... pinili **** saktan ako, pinili **** lumayo para sa sarili mo, pinili **** maghanap ng mas maganda at mas higit sa akin, ang dami dami **** pinili mahal ngunit bakit hindi ako ang isa sa mga pinili mo? ah. alam ko na. dahil nga pala may mas higit pa sa pagpipilian kaya bakit nga ba ako ang pipiliin mo diba?


pero pinapangako ko... isa lamang akong tulang hindi mo pinag-aksayahan ng oras para basahin ngunit balang araw ay magkakaroon din ako ng sukat at tugma, ang mga salita sa aking malayang pagsulat ay tatawaging liriko at kapag ganap na akong maging musika... pangako.... huling pangako ko na ito para sayo kaya't makinig kang mabuti...




mapasabay ka man sa  saliw ng aking musika, kailanma'y hindi na ko ang kanta, liriko, musika, at tulang isinulat para sa iyo.
I miss you so bad but not enough to want you back.
Random Guy Oct 2019
Ang kwento natin ay binuo sa gitna ng maling sitwasyon at maling pagkakataon.

High school.

Magkaibigan tayo noon.
Nagsasabihan ng problema, umiiyak sa isa't isa.
Kabisado mo ako, at kabisado na rin kita.
Tantya ko ang birong magpapatawa sayo at tantya ko rin naman ang tamang kiliti upang mawala ang galit mo.

Nakahanap tayo sa isa't isa ng kanlungan at hingahan sa nakakasulasok na mundo.

Lumapit at patuloy pang napalapit ang loob ko sa'yo, at ikaw sa akin. Hindi ko na rin namalayan na mahal na pala kita. Taguan ng nararamdaman ang nilaro natin ng ilang buwan. Totoo, laking gulat ko rin sa sarili ko kung paano ako nahulog sa'yo. Dahil ang katulad mo ay isang dyosa na hindi ko dapat lapitan, hagkan, o kahit hawakan man lang. Hanggang ang simpleng tingin ay naging mga titig, mga haplos lang dapat sa kamay ay naging mga kapit, at magkatabi lamang ngunit iba ang dikit.

Napuno ang puso ko ng pagmamahal at umabot na ito sa pagsabog. Naglahad ng nararamdaman, nagbabakasakaling pareho ang 'yong nadarama.

Pero mas laking gulat ko nang sabihin **** mahal mo rin ako. At isa 'yon sa pinaka masayang araw ng buhay ko.

Simula noon ay araw araw nang hawak ang iyong kamay, inaamoy ang iyong buhok, nagpapalitan ng mga mensahe, kinakantahan; ginagawa ang lahat upang mapakita lang sayo.. na mahal kita. Pero higit sa mga pinakita natin sa isa't isa ay mas tumimbang ang mga hindi natin pinakita ngunit pinadama.

Hawak ko ang buwan at ang mga bituin kapag kasama kita ngunit bakit ba kapag tayo'y masaya ay talagang lungkot ang susunod.

Nalaman ng mga magulang mo kung ano ang meron tayo. Hindi ko noon inasahan na ang mga susunod na mga linggo at buwan ay ang pinaka madilim na parte ng buhay ko. Dahil ang kwento natin ay binuo sa gitna ng maling sitwasyon at maling pagkakataon.

Papasok ka sa eskwela ng mapula ang mata at may pasa sa braso. Ngunit ang mas pumapatay sa akin ay ang ngiti sa labi mo. Mga ngiting hindi ko masabing peke dahil totoo. Dahil ba masaya kang makita ako kahit na ang sakit na nararamdaman mo ay dahil sa pagmamahal ko? Hindi nanlamig ang pagmamahal natin dahil sa kung ano mang ginawa natin sa loob ng relasyon. Kundi ang lamig ng pataw ng galit ng mas nakatatanda sa atin. At ang mas masakit ay hindi pa natin kayang lumaban.

Ang hindi mo alam ay walang lumipas na araw na hindi rin ako umiyak sa harap ng ating mga kaibigan, sa harap ng salamin, sa harap ng isang ****, sa harap ng mga matang nangungusap at ang sabi ay...

"may isang pagmamahalan na naman ang namatay."

Pinatay sa gitna ng saya, pinatay sa gitna ng ligaya, pinatay sa gitna ng magandang paglago.

Pinatay tayo ng tadhana. Pinatay tayo ng mga taong walang tiwala. Pinatay tayo ng mga taong ang  tingin sa atin ay mga isip-bata. Oo, tayo'y mga bata pa noon ngunit alam ko, alam ko na ang pag-ibig na 'yon ay totoo.

Nagsimula ka ng hindi pumasok sa eskwela. At kung ilang oras kitang hindi nakita sa iyong upuan ay ganon ding haba ng oras ng aking pagiyak sa likod ng silid. Sinisisi ang sarili sa kung bakit ganito at bakit ganyan. Bakit ganito ang tadhana? Bakit ganyan ang pag-ibig? At makikita nila sa mga luha ko na lumuluha na rin ito dahil sa patuloy na pagpatak, bagsak sa kahoy na upuan. At mas lalong bumabagsak ang luha ko dahil hindi ko alam kung anong nangyayari sayo. Sinasaktan ka ba? Umiiyak ka rin ba? Mahal mo pa ba ako? Kung pwede lang hugasan ng luha ang mga tanong ay kakayanin, dahil sa dami ay kayang anurin ang mga ito.

Ilang linggo pa ay hindi na tayo nakapag usap, pumapasok ka ngunit ang kaya lang nating gawin ay maghawak ng kamay. Dahil kalakip ng mga salita ay patak ng luha. Kaya tinakpan natin lahat ng ito ng hawak sa kamay, patong ng ulo sa balikat, yakap. At hindi ko inasahan na huli na pala 'yon. Dahil tapos na ang taong 2011-2012 ng eskwela. At hindi na kita nakita; ni anino, ni bagong larawan mo, sa loob ng maraming taon.

Ang meron lang ako ay ang manila paper na binigay mo sa kaibigan natin para ibigay sa akin. Na nagpaisip sa akin na sana, sana man lang ay nakita kita bago mo inabot ang pinaka mahabang mensahe na nabasa ko, mula sa pagiibigang pinilit na pinapatay.

Pagkatapos ng mga tagpong iyon, nalaman kong lilipat ka na ng eskwela sa susunod na taon. At parang 'yon na ang nagpa manhid sa pusong meron ako noon. O kung meron pa ba ako non noon. Dahil sa ilang linggo at buwan ng pinaka madilim na parte ng buhay ko ay unti-unti na pala itong nabasag, nawala, at nadurog.

Ilang taon rin bago ito nabuo o nabuo nga ba talaga ito. Ilang taon din akong nagmahal ng walang puso, dahil utak ang ginamit ko. Doon ko nasabi na ang pagmamahal ko sayo ay ang unang pagmamahal ko sa una kong puso.

Ilang taon akong nagpagaling, nakahanap ng kanlungan sa iba, kasayahan, kakumpletuhan, kabuuan.

Sa likod ng aking isip ang tanong na, "Nasaan na kaya s'ya?"

Hindi naaalis sa mga inuman ng barkada ang mga tanong na, "Saan na s'ya? Nakita mo na ba 'yon ulit?" Alam kong ramdam din nila, na kahit ano ang isagot ko ay may marka 'yon sa puso ko.

"Nakita ko s'ya sa Fatima ah."

"Nakakasalubong ko 'yon ah."

At kahit ilan pang pahapyaw ng mga tropa ang magpaalala ng ikaw ay may sakit pa rin. Kahit hindi ko ipakita, ramdam.

Walong taon.

Walong taon ang lumipas ng muli tayong magusap.
Kamusta?
Maayos naman,
Ikaw?
Okay lang din.

At para bang binalot muli ang puso ko ng muling pagkawasak mula noong umpisa.

At tila ba hindi pa pala natapos ang istorya natin sa nakalipas na walong taon, hindi pa pala namatay ang 2012 na bersyon ng mga sarili natin.

Nagusap tayo. Pero 'yon pala ang mali natin. Na kaya pala hindi na tayo nagusap hanggang sa mga huling sandali ng pagkikita natin ay alam nating ang mga salita ay katumbas ng luha, at ang mga salita ay katumbas ng sakit, at ang mga salita ay katumbas ng muling pagwawakas.

Apat na libo tatlong daan at walumput tatlong milya ang layo natin sa isa't isa. Muli, ang parte ng kwentong ito ay nabuo na naman sa gitna ng maling sitwasyon at maling pagkakataon.

At ang pinaka masakit sa lahat at ang punit sa kwento nating dalawa ay meron na akong iba. Dahil alam kong hindi kita nahintay, at sana malaman **** hindi ka rin naman nagparamdam. Ang kwento nating dalawa ay masyadong naging komplikado dahil sa iba't ibang kamalian ng sitwasyon at pagkakataon.

At alam kong sa pagkakataon na ito ay hindi na dapat natin ito sisihin, dahil ang kamalian ay nasa atin nang dalawa. Kung paanong naging sobrang huli na pala, o sobrang aga pa pala.

Ang kwento nating dalawa ay maaaring dito na matatapos ngunit ayoko naman ding magsalita ng tapos, kagaya ng nangyari matapos ang walong taon, biglang nabuksan ang kwento. At hindi ko alam kung ilang taon ulit, o talagang tapos na.

Pero kagaya nga ng sabi mo, ito ang ang paborito **** kwento sa lahat, at oo, ako rin. Ang kwentong ito ay magsasalin salin pa sa inuman, sa kwentuhan, sa simpleng halinghingan, kwentong bayan; na may isang lalaki at babae na nagmahalan kahit pa pinilit itong patayin at makipag patayan. Isang kwentong puno ng kawasakan, at patuloy na pinaglaruan ng tadhana. Tapos na nga ba ang pahina? Muli, kagaya ng nakalipas na walong taon, ang sagot ay oo. Ngunit ang kwento ay buhay pa, at patuloy na mabubuhay pa sa puso ko.
giggletoes
Mariana Seabra Jun 2022
Ó terra fria e suja,
Com que os vivos me taparam...
Fui acorrentada
       aprisionada
       encaixotada
Cabeça, corpo e alma soterrada,
Quando ainda não tinha idade...
Era bela e tenra a idade para me saber salvar.

A criança que fui, se é que a fui,
Jaz numa campa, jaz lá deitada.
Tornou-se um símbolo de pureza,
Da minha inocência arruinada.
Mal fechou os olhos, soltou-se o último suspiro,
Abriu-se a Terra e ouviu-se em grito:

"És só mais uma pessoa estragada!
Bem-vinda ao mundo real,
Aí em cima, estar partida é requisito.
Desce cá abaixo, atira-te sem medos,
tenho muito para te ensinar!
Aqui somos todos filhos do Diabo,
Dançamos com ele lado a lado,
Aniquilamos o que em nós já estava manchado,
Destruímos a ferro e fogo o ódio e o pecado,
Renascemos livres e prontos para amar.
Anda recuperar a pureza que te tentaram matar!"

Bichos do solo que devoravam
O meu corpo gélido e petrificado.
Via-os passar por cima do meu olhar desesperado,
Comiam o que restava do meu coração.
Quase, quase adormecido...
Quase, quase devorado...
Quase, quase esquecido....
É bom relembrar-me que estou só de passagem,
Enquanto me entrego ao sonho e a esta última miragem
Da violência, da ganância, da frieza, da ignorância,
Que só os vivos desta Terra conseguem revelar.


Acharam eles que me iam quebrar!

Belo truque de ilusionismo!
Foi o que me tentaram ensinar.
Levei metade da vida para me desapegar
De todos os maus ensinamentos que me tentaram pregar.
Mas não sou Cristo para me pregarem,
Prefiro crucificar-me já.
Nem sou Houdini para me escapar,
Prefiro o prazer que ficar me dá.
A minha maneira é mais barbária,
Abri caminho à machadada,
Incendiei a cruz e a aldeia inteira,
Rebentei com o caixão onde estava enfiada.
Fui à busca da liberdade, para longe.
Bem longe, onde não me pudessem encontrar.
Não encontrei a liberdade, essa já a tinha, já era minha.
Mas reencontrei a inocência que há tanto queria recuperar.

Chamem-me bruxa moderna!
Mulher sensitiva, sonhadora, intuitiva,
Que vê além do que os sentidos mostram,
Que sente além da fronteira que nos separa do invisível.
Neta, bisneta, trisneta, tetraneta,
De mulheres poderosas e ancestrais.
Das chamadas "bruxas originais"
Que os cobardes não conseguiram queimar.
E bem que as tentaram erradicar!
Mas a magia sobrevive à História!
Poder senti-la hoje, poder perpetua-la,
Essa será sempre a nossa vitória, pertence a todas as mulheres.

Que venham agora tentar apanhar-me!

Solto-lhes as chamas do Inferno,
Onde os deuses me escolheram forjar.

Ai, a crueldade que este mundo traz...

Só mesmo as pessoas, essa raça sadia que é capaz
De destruir o seu semelhante, manipular o seu próprio irmão,
Sem um único pingo de compaixão.
Pegam na pá, cavam-lhe o precipício,
São os primeiros a empurrarem-no ao chão.
Reparem bem...Disse "pessoas",
Que é bem diferente de "seres-humanos",
Essa é a questão.
Porque quem sabe ser-humano, sabe bem daquilo que escrevo,
Não é indiferente à sua própria condição,
Limitada, defeituosa, machucada.
Basicamente, não valemos nada! Que alívio, admiti-lo.
Loucos são os que vivem na ilusão
De serem superiores aos bichos do solo.
Os mesmos que vos vão devorar os olhos no caixão.

(...)

Ó terra fria e suja
Com que me taparam...
De lágrimas foste regada,
De ti surgiu o que ninguém sonhava,
Um milagre que veio pela calada.
Um girassol!
Com pétalas de água salgada
Que sai pelo seu caule disparada.
És tudo, simultaneamente!
És nascente do rio e és fonte avariada.
Pura água! onde toda a gente mergulhava,
Apesar de não saberem lá nadar.
Não paravam para a beber, quanto mais para a apreciar.

Talvez tenha sido numa noite de luar,
Que conheci uma ave rara...
Uma beija-flor colorida, com olhos castanhos de encantar,
Formas humanas, magníficas,
E uma voz melódica de fazer arrepiar.
Talvez tenha sido num dia de sol,
Que ela me observara, indecisa sobre a partida ou chegada.
Porque é que em mim pousara?
Não sei. Não a questionei.
Fiquei encantada! Estava tão tranquila
Que quase... quase flutuava, como uma pena soprada,
Enquanto ela penicava a minha água salgada,
Banhava-se na minha corrente agitada,
Sentia os mil sabores enquanto a devorava,
Absorvia-me no seu corpo sem medo de nada.
Não havia presente, passado ou futuro!
Só havia eu, ela e as semelhanças que nos representam,
Os opostos que nos atraem e complementam,
O amor que é arrebatador, ingénuo e puro.

Nessa noite, nesse dia, descobri que a água amava!
Como é que posso dizer isto de uma coisa inanimada?
Vejo vivos que já estão mortos,
Submersos nos seus próprios esgotos mentais.
Vejo coisas que estão vivas,
Como a água que nunca pára,
Não desiste de beijar a costa por mais que ela a mande para trás.
Ela vai! Mas sempre volta.
Se o amor não é isso, então que outro nome lhe dás?

Podia jurar que ouvi a água a falar...
Que sina a minha!
Outra que disse que veio para me ensinar.
Envolveu-me nos seus braços e disse:
"Confia! Sei que é difícil, mas confia, deixa-te levar.
A água cria! A água sabe! A água sabe tudo!
Já se banharam nestes mesmos oceanos
Todas as gerações que habitaram este mundo.
É a água que esconde os segredos da humanidade,
Os seus mistérios mais profundos.
É a água que acalma, é a água que jorra, é a água que afoga,
Dá-te vida ao corpo, mas também a cobra."

Não era a água...estava enganada.
Era a minha ave rara quem me falara,
Quem me sussurrava ao ouvido,
Com um tom de voz quase imperceptível mas fluído.
Que animal destemido!
Decidiu partilhar um pouco de si comigo,
Decidiu mostrar-me que pode existir no outro
um porto de abrigo.
Teceu-me asas para que pudesse voar!
E disse "Vai! Voa! Sê livre!",
Mas depois de a encontrar, não havia outro sítio no mundo onde eu preferisse estar.
Ensinou-me a mergulhar, a não resistir à corrente,
A suster a respiração, controlar o batimento do coração,
Desbravar o fundo do mar, sem ter de lá ficar.

Verdade seja dita! Devo ter aprendido bem.
Verdade seja dita! Sempre à tona regressei.

Bem que me tentaram afogar! Eu mesma tentei.

Mas verdade seja dita! Sou teimosa, orgulhosa.
Se tiver de morrer, assim será! Mas serei eu!
Eu e só eu, que irei escolher quando me matar.

Pode parecer sombrio, dito da forma fria que o digo.
Mas verdade seja dita! Sinto um quente cá dentro,
Quando penso na liberdade de poder escolher
A altura certa que quero viver
Ou a altura certa que quero morrer.

(...)

Com as asas que me ofereceu,
Dedico-me à escrita, para que a verdade seja dita.
Da analogia, à hipérbole, à metáfora, à antítese.
Sou uma contradição maldita!
Sou um belo paradoxo emocional!
Prefiro voar só, a não ser quando bem acompanhada.
Porque neste longa jornada,
A que gosto de chamar de "vida" ou "fachada",
Há quem me ajude a caminhar.

Pela dura estrada, às vezes voo de asa dada.
Celebro com a minha ave rara a pureza reconquistada!
Permitimos que as nossas raízes escolham o lugar
Por onde se querem espalhar.
Seja na Terra, no Céu, no Mar.
Somos livres para escolher!
Onde, quando e como desejamos assentar.

(...)

Dizem que em Terra de Cegos,
Quem tem olho é Rei.
Digo-lhes que tinha os dois bem abertos!
Quando ao trono renunciei.

Não quero a Coroa, não ambiciono o bastão,
Não quero dinheiro para esbanjar,
Não quero um povo para controlar.
Quero manter o coração aberto!
E que seja ele a liderar!
Deixo o trono para quem o queira ocupar.
Para quem venha com boas intenções,
Que saiba que há o respeito de todo um povo a reconquistar.
Quem não tenha medo de percorrer todas as ruas da cidade,
Da aldeia, do bairro... desde a riqueza à precaridade.
Para quem trate com equidade todo o seu semelhante,
Seja rico ou pobre, novo ou velho, gordo ou magro,
inteligente ou ignorante.
Vamos mostrar que é possível o respeito pela diversidade!

Governemos juntos! Lado a lado!

(...)

O reflexo na água é conturbado...
Salto entre assuntos, sem terminar os que tinha começado.
Nunca gostei muito de regras e normas, sejam líricas, sociais ou gramaticais.
No entanto, quanto mais tempo me tenho observado,
Mais vejo que há um infinito em mim espelhado.
Sou eterna! Efémera...
Só estou de visita! E, depois desta vida,
Haverá mais lugares para visitar, outras formas para ser.
Só estou de visita! É nisso que escolho acreditar.
Vim para experienciar! Nascer, andar, correr,
Cair, levantar, aprender, amar, sofrer,
Repetir, renascer...

Ah! E, gostava de, pelo menos, uma grande pegada deixar.
Uma pegada bem funda, na alma de um outro alguém,
Como se tivesse sido feita em cimento que estava a secar.
Uma pegada que ninguém conseguirá apagar.

E, se neste mundo eu não me enquadrar?

Não faz mal! É porque vim para um novo mundo criar.
Para ser a mudança que ainda não existe,
Para ter o prazer de vos contrariar.

Sou feita de amor, raiva, luz, escuridão, magia,
Intensidade que vibra e contagia.
Giro, giro e giro-ao-sol, enquanto o sol girar.
Mesmo quando ele desaparece, para que a nossa lua possa brilhar.

Quem, afinal, diria?
Que o amor que me tentaram assassinar,
Cresceu tão forte em agonia
Que tornou-se tóxico, só para os conseguir contaminar.
E inundar, e transbordar, quem sabe, para os mudar.
Como que por rebeldia, estou habituada a ser a que contraria.
Prefiro fazer tudo ao contrário!
Em vez de me deixar ser dominada, prefiro ser eu a dominar.
Mais depressa me mantenho fiel à alma que me guia,
Do que a qualquer pessoa que me venha tentar limitar.
Nunca fui boa a ser o que o outro queria.
Nunca foi boa a reduzir-me, para me certificar que no outro haveria um espaço onde eu caberia.

Uma mente que foi expandida
Jamais voltará a ser comprimida!
Nunca mais será enclausurada! Num espaço fechado
                                                         ­                         pré-programado
                         ­                                                         condicio­nado
Cheio de pessoas com o espírito acorrentado,
Que se recusam a libertar das suas próprias amarras,
Quebrar antigos padrões, olhar para fora da caverna,
Em direção ao mundo que continua por ser explorado.

"Então é aqui a Terra? O tal Inferno que me tinham falado!"

Sejam livres de prisões!
Revoltem-se, unam-se, libertem-se!
A vocês e aos vossos irmãos!
Vão ao passo do mais lento!
Certifiquem-se que ninguém fica para trás!
Sejam fortes e valentes!
Mostrem que, com todos juntos,
A mudança será revolucionária e eficaz!
Apoiem-se uns aos outros!
Não confiem no Estado!
Dêem a mão uns aos outros, sejam o apoio que vos tem faltado!

(...)

Carrego a luz que dei à vida e, reclamo-a para mim.
Não me importo de a partilhar,
Faço-o de boa vontade!
Este mundo precisa de menos pessoas e mais humanidade.
Esta humildade, esta forte fragilidade,
Brotou das mortes que sofri, de todos os horrores que já vi.
Brotou força, de todas as lutas que sobrevivi.
Brotou sabedoria, de todos os erros que cometi,
De todos aqueles que corrigi, e dos que ainda não me apercebi.

Criei-me do nada.
Resisti!
Como uma fénix sagrada e abençoada,
Moldei-me sem fim, nem começo...
Queimei o passado, sem o ter apagado.
Ensinei-me a manter os olhos para a frente.
Permiti-me à libertação!
De enterrar o que me tentou destruir anteriormente.

Moro no topo da montanha.
Amarela, azul, verde e castanha.
A tal montanha que só por mim é avistada,
No novo mundo que criei para a minha alma cansada.

Moro no topo de céu.
Numa casa feita de girassóis sem fim, nem começo...
Que plantei para oferecer à minha ave rara,
Ao meu beija-flor colorido. O meu beija-flor preferido!
Que me veio ensinar que o amor existe.
Afinal ele existe!
E é bruto. Intoxicante. Recíproco.
Mas nem sempre é bonito.
Seja como for, aceito o seu amor!

Este dedico-te a ti, minha beija-flor encantada.
Tu! Que me vieste manter viva e apaixonada.
Porque quando estás presente,
A Terra não é fria, nem enclausura. Ao pé de ti, posso ser suja!
Acendes a chama e fico quente!
Porque quando estás presente,
Iluminas-me a cabeça, o corpo, a alma e a mente.
Porque quando estás presente,
Sinto que giro-ao-sol e ele gira cá.
E, se existe frio, não é da Terra.
É o frio na barriga!
Por sentir tanto amor! é isso que me dá.
Karl Allen Jun 2016
And in the end, the love you take is the love you make.

-The Beatles

Isa ito sa mga argumentong dapat lamang pagtalunan.
Dahil hindi lahat ng pag-ibig na binibigay mo ay nasusuklian.
Masarap lamang itong pakinggan.

Noong inibig mo ako,
Hindi. Mas tamang sabihin na
noong naisip **** iniibig mo na ako,
Ay mas pinili **** huwag magbigay ng buo.
Hindi ko alam sa'yo pero ikaw na ang pinaka-duwag na taong nakilala ko.

Naaalala ko noon ang mga sugat at pilat na naiwan niyang nakatatak at nakakabit sa mga braso mo.
Nakikita ko ang mga bakas ng mga hampas nya sa mga balikat mo.
Bawat kagat at kalmot at gasgas na ibinigay n'ya sa'yo,
Sa mga pagkakataon na akala mo wala lang,
Naramdaman ko.
Pinaramdam mo silang lahat sa akin.

Anghirap palang pilitin na bumuo nang puso na ayaw magpabuo sa'yo.
Hindi ko din kasi alam dati na kailangan, ang kagustuhang maghilom,
Manggaling sa kanya mismo.

Pinilit kong pagtagpi-tagpiin ang mga piraso **** nakakalat sa sahig mula nang binitiwan ka n'ya.
Sinubukan kong gamutin ang lahat ng sakit na nagpapanatili sa iyong gising sa alas-tres ng umaga.
Pinili kong mahulog sa iyo kahit alam kong mas malabo pa sa tubig ng Ilog Pasig ang pag-asa
Na maisip **** sa iyo lang ako.
Iyong-iyo lang ako.

May mga pagkakataon na nakikita ng ibang tao ang mga pagbabago na akala nila ay ako ang dahilan pero ang hindi nila alam,
Sa dami at haba ng mga sakit na iyong naramdaman,
Natuto ka lamang na itago silang lahat sa loob mo.
Na sa kahit na anong oras, pwede silang lahat lumabas at lamunin na lang ako ng buo.
Oo.
Ako.
Dahil mas pinili kong lumapit sa'yo.
Iyong-iyo lang ako.

May mga pagkakataon na gusto kong isipin
Na ang bagong taginting ng mga tawa mo ay dahil sa akin.
Na ang mga panaginip mo kapag ikaw ay mahimbing, ako ang laman.
Na ang mga pangarap mo sa hinaharap ay ako ang hiling.
At ang bawat pulso mo ay para sa akin lamang.
Dahil sa iyo lang ako.
Iyong-iyo lang ako.

Pero hindi.
Dahil andami mo nang natutunang paraan para magtago.
Napakadami na ng mga pagkakataon na sinayang mo.

Ang akala mo, lahat ng pagkabigo mo sa pag-ibig dati
Ay natulungan kang maging mas malakas, mas matatag, mas matalino.
Pero hindi.
Dahil papasok sa isang bagong pag-ibig ay tinangay mo lahat ng galit.
Iniwan mo ang mga aral na natutunan mo maliban sa "Ang pag-ibig ay hindi dapat pagkatiwalaan."
Ang tanging bagay na hinahabol mo, na pinipilit **** makuha,
Na pinipilit mo dating kapitan kahit na wala na,
Ang bagay na akala mo ay lubos sa iyong magpapasaya,
Tinitignan mo na may pagdududa ang iyong mga mata.
At unti-unti kang nabulag.
At hindi mo nakita ang pagibig na nasa harap mo na.
Lumipad at nawala.

Hindi bulag ang pag-ibig.
Bulag ang mga taong pinipilit tumingin sa araw dahil gusto nilang makakita ng liwanag ngunit ayaw alisin ang kanilang mga de-kolor na antipara.

Wala kang natutunan sa nakaraan.
Hindi ka nga nasasaktan.
Hindi mo naman mahagilap ang tunay **** kaligayahan.
Ano ba? Nakakatawa!
Ano ba? Nakakainis na!
Ano nga ba tayong dalawa?
Nalilito na ako sa kung ano nga ba
Ano nga bang ang kaibigan?
Hay nako, aakbay-akbay na...
Ano ba ang iyong mga ginagawa?
Ano nga ba ang aking ginagawa?
Ano nga ba ang mga kalokohan nating dalawa?
Mas maganda na hindi na lang tayo nag-usap.
Mas ginusto kong nakikita na lang kita palagi,
Gusto kong masaya ako na walang masama sa huli
Mas ginusto kong makita ka na lang sa maskara mo,
Sa maskarang **** bawal tanggalin.
Kaibigan mo nga ba talaga ako...?
O laro at loko-lokohan lamang?
Oo, itinuring kitang kaibigan dati,
Oo, kaibigan nga ang ngalan ko sa’yo.
Hindi ko napapansin ang puso kong
Nahuhulog na lang bigla sa ating mga ginagawa.
May mga kaibigan kang babae?
Akala ko ba ako lang. Hahaha.
O ano? Nagseselos ka na?
Gusto kong kasama ka,
Mag-isa lang tayong dalawa.
Tahimik pero maraming kalokohan.
Ano ba tayo? Laging yun ang tanong.
Isang tagahanga lang ba ako sa aking idolo?
Isa ba akong kaibigan na kinaiinisan mo.
Minsan mas magandang mag-isa sa malayo.
Yung hindi ka nakikita pero naaalala...
Oo, malungkot. Wala namang taong naging permanente.
Pero ang mga bakas nila sa aking puso,
Nakabakat parin, dinadaluyan ng aking mga luha.

Baka bukas, hindi na ito maging normal.
Kasi baka sa susunod na mga araw,
Iba na ang depinisyon ng masaya.
Masaya akong nakasama rin kita, aking mahal na kaibigan.
Napapaibig ako pero ang mata ko’y nakamulat pa.
Kasi alam kong hindi ngayon.
Anim na taon na ika’y mas nakatatanda.
Pero kalokohan nating dalawa ay pambata.
Minsa’y hindi mo na maiintindihan pa.
Oo, sumosobra na rin ako, noon pa.
Ano ba ako sa’yo? Kasi kaibigan ka sakin.
Ano ba ako sa’yo? Iyong tagahanga lamang ba?
Oo, mas ginusto ko pang hindi lang kaibigan,
Pero mas ginusto mo ata akong kausap mo lang.
Gulong-gulo na ang isipan ko.
Sino nga ba ako sa'yo?
Nakakainis na lang minsang hindi ko mapigilan,
Ikaw. Ikaw. Ikaw. Puro ikaw.
Mga litrato mo, nasa phone ko. Puro ikaw.
Pero nakakapagod na magmahal...
Ng mga taong hindi mapapasa'yo.

Ano ba! Ano ba!? Ano ba!?
This is what you get after talking to your idol. </3

— The End —