Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Danielle Furtado Nov 2014
Nasceu no dia dos namorados. Filho de mãe brasileira com descendência holandesa e pai português. Tinha três irmãos: seu gêmeo Fabrício, o mais velho, Renato, e o terceiro, falecido, que era sua grande dor, nunca dizia seu nome e ninguém se atrevia a perguntar.
A pessoa em questão chamaremos de Jimmy. Jimmy Jazz.
Jimmy morava em Portugal, na cidade de Faro, e passou a infância fazendo viagens ao Brasil a fim de visitar a família de sua mãe; sempre rebelde, colecionava olhares tortos, lições de moral, renegações.
Seu maior inimigo, também chamado por ele de pai, declarou guerra contra suas ideologias punk, seu cabelo que gritava anarquismo, e a vontade que tinha ele de viver.
Certo dia, não qualquer dia mas no natal do ano em que Jimmy fez 14 anos, seu pai o expulsou de casa. Mais um menino perdido na rua se tornou o pequeno aspirante à poeta, agora um verdadeiro marginal.
Não tinha para onde ir. Sentou-se na calçada, olhou para seus pés e agradeceu pela sorte de estar de sapatos e ter uma caneta no bolso no momento da expulsão, seu pai não o deixara com nada, nem um vintém, e tinha fome.
Rondou pelas mesmas quadras ao redor de sua casa por uns dias, até se cansar dos mesmos rostos e da rotina daquela região, então tomou coragem e resolveu explorar outras vidas, havia encontrado um caderno em branco dentro de uma biblioteca pública onde costumava passar o dia lendo e este seria seu amigo por um bom tempo.
Orgulhoso, auto-suficiente, o menino de apenas 14 anos acabou encontrando alguém como ele, por fim. Seu nome era Allan, um punk que, apesar de ainda ter uma casa, estava doido para ir embora viver sua rotina de não ter rotina alguma, e eles levaram isso muito à sério.
Logo se tornaram inseparáveis, arrumaram emprego juntos, que não era muito mas conseguiria mantê-los pelo menos até terminarem a escola, conseguiram alugar uma casa e compraram um cachorro que nunca ganhou nome pois não conseguiam entrar em acordo sobre isso, Jimmy tinha também um lagarto de estimação que chamava de Mr. White, sua paixão.
Os dois amigos começaram a frequentar o que antes só viam na teoria: as festas punk; finalmente haviam conseguido o que estavam procurando há tempos: liberdade total de expressão e ação. Rodeados por todos os tipos de drogas e práticas sexuais, mas principalmente, a razão de todo o movimento: a música.
Jimmy tinha inúmeras camisetas dos Smiths, sua banda favorita, e em seu quarto já não se sabia a cor das paredes que estavam cobertas por pôsteres de bandas dos anos 80 e 90, décadas sagradas para qualquer amante da música e Jimmy era um deles, sem dúvida.
Apesar da vida desregrada que levava com o amigo, Jimmy conseguiu ingressar na faculdade de Letras, contribuindo para sua vontade de fazer poesia, e Allan em enfermagem. Os dois, ao contrário do que seus familiares pensavam, eram extremamente inteligentes, cultos, criaram um clube de poesia com mais dois ou três amigos que conheceram em uma das festas e chamaram de "Sociedade dos Poetas Mortos... e Drogados!", fazendo referência ao filme de  Peter Weir.
O nome não era apenas uma piada entre eles, era a maior verdade de suas vidas, eles eram drogados, Jimmy  era viciado em heroína, Allan também mas em menos intensidade que seu parceiro.
Jimmy não era hétero, gay, bissexual ou qualquer outra coisa que se encaixe dentro de um quadrado exigido pela sociedade, Jimmy era do amor livre, Jimmy apenas amava. E com o passar o tempo, amava seu amigo de forma diferente, assustado pelo sentimento, escondeu o maior tempo que pôde até que o sentimento sumisse, afinal é só um hormônio e a vida voltaria ao normal, mas a amizade era e sempre seria algo além disso: uma conexão espiritual, se acreditassem em almas.
Ambos continuaram suas vidas sendo visitados pela família (no caso de Jimmy, apenas sua mãe) duas vezes ao ano, no máximo, e nesses dias não faziam questão de esconderem seus cigarros, piercings ou qualquer pista da vida que levavam sozinhos, afinal, não os devia mais nada já que seus vícios, tanto químicos quanto musicais, eram bancados por eles mesmos.
Era 14 de fevereiro e Jimmy completara 19 anos, a vida ainda era a mesma, o amigo também, mas sua saúde não, principalmente sua saúde mental.
O poeta de sofá, como alguns de nós, sofria de um existencialismo perturbador, o mundo inteiro doía no seu ser, e não podia fazer muito sobre aquilo, afinal o que poderia fazer à respeito senão escrever?
Até pensou em viver de música já que tocava dois instrumentos, mas a ideia de ter desconhecidos desfrutando ou zombando dos seus sentimentos mais puros não lhe era agradável. Continuou a escrever sobre suas dores e amores, e se perguntava por que se sentia daquela forma, por que não poderia ser como seu irmão que, apesar de possuírem aparência idêntica, eram extremos do mesmo corpo. Fabrício era apenas outro cidadão português que chegava em casa antes de sua mãe ficar preocupada, não que ele fosse um filho exemplar, ele só era... normal, e era tudo que Jimmy não era e jamais gostaria de ser; aliás, ter uma vida comum era visto com desprezo pelos olhos dele, olhos que, ainda tão cedo, haviam visto o melhor e o pior da vida, já não acreditava em nada, nem em si mesmo, nem em deus, nem no universo, nem no amor.
Como poderia alguém amar uma pessoa com tanta dor dentro de si? Como ele explicaria sua vontade de morrer à alguém que ele gostaria de passar a vida toda com? Era uma contradição ambulante. Uma contradição de olhos azuis, profundos, e com hematomas pelo corpo todo.
Aos 20 anos, o tédio e a depressão ainda controlavam seu estado emocional a maior parte do tempo, aos domingos era tudo pior, existe algo sobre domingo à tarde que é inexplicável e insuportável para os existencialistas, e para ele não seria diferente. Em um domingo qualquer, se sentindo sozinho, resolveu entrar em um chat online daqueles famosos, e na primeira tentativa de conversa conheceu uma moça do Brasil, que como ele, amava a banda Placebo e sendo existencialista, também sofria de solidão, o que facilitou na construção dos assuntos.
Ela não deu muita importância ao português que dizia "não ser punk porque punks não se chamam de punks", já estava cansada de amores e amizades à distância, decidiu se despedir. O rapaz, insistente e talvez curioso sobre a pessoa com quem se deparara por puro acaso, perguntou se poderiam conversar novamente, e não sabendo a dor que isso a causaria, cedeu.
Assim como havia feito com Allan, Jimmy conquistou Julien, a nova amiga, rapidamente. De um dia para o outro, se pegou esperando para que Jimmy voltasse logo para casa para que pudessem conversar sobre poesia, música, começo e fim da vida, todos os porquês do mundo em apenas uma noite, e então perceberam que já não estavam sozinhos, principalmente ela, que havia tempo não conhecia alguém tão interessante e único quanto ele.
Não demorou muito para que trocassem confidências e os segredos mais íntimos, mas nem tudo era tão sério, riam juntos como nunca antes, e todos sabem que o caminho para o coração de uma mulher é o bom humor, Julien se encontrava perdidamente apaixonada pelo ****** que conhecera num site de relacionamentos e isso se tornaria um problema.
Qualquer relacionamento à distância é complicado por natureza, agora adicione dois suicidas em potencial, um deles viciado em heroína e outra que de tão frustrada já não ligava tanto para sede de viver que sentia, queria apenas ler poesia longe de todas as pessoas comuns, essas que ambos abominavam.
Jimmy era todos os ídolos de Julien comprimidos dentro de si. Ele era Marilyn Manson, era Brian Molko, era Gerard Way, Billy Corgan, Kurt Cobain, mas acima de todos esses, Jimmy era Sid Vicious e Julien sonhava com seus dias de Nancy.
Ele era o primeiro e último pensamento dela, e se tornou o tema principal de toda as poesias que escrevia, assim como as que lia, parecia que todas eram sobre o luso-brasileiro que considerava sua cópia masculina. Jimmy, como ela, era feminista, cheio de ideologias e viciado em bandas, mas ao contrário dela, não teria tanto tempo para essas coisas.
Estava apaixonado por um rapaz brasileiro, Estêvão, que também dizia estar apaixonado por ele mas nunca passaram disso, e logo se formou um semi-triângulo amoroso, pois Julien sabia da existência da paixão de Jimmy, mas Estêvão não sabia que existia outra brasileira que amava a mesma pessoa perdidamente. Não sentiu raiva dele, pelo contrário, apoiava o romance dos dois já que tudo que importava à ela era a felicidade de Jimmy, que como ela, era infeliz, e as chances de pessoas como eles serem felizes algum dia é quase nula.
O brasileiro era amante da MPB e da poesia do país, assim como amava ouvir pós-punk e escrever, interesses que eram comum aos três perdidos, mas era profissional para ele já que conseguira que seus trabalhos fossem publicados diversas vezes. Se Jimmy era Sid Vicious, Julien desejava ser Nancy (ou Courtney Love dependendo do humor), Estêvão era Cazuza.
Morava sozinho e não conseguia se fixar em lugar algum, estava à procura de algo que só poderia achar dentro dele mesmo mas não sabia por onde começar; convivia com *** há alguns meses na época, mas estava relativamente bem com aquilo, tinha um controle emocional maior do que nosso Sid.
Assim como aconteceu com Allan e Julien, não demorou muito para que Estêvão caísse nos encantos de Jimmy, que não eram poucos, e não fazia mais tanta questão de esconder o que sentia por ele. Dono de olhos infinitamente azuis, cabelo bagunçado que mudava de cor frequentemente, corpo magro, pálido, e escrevia os versos mais lindos que poderia imaginar, Jimmy era o ser mais irresistível para qualquer um que quisesse um bom tema para escrever.
--
Julien era de uma cidade pequena do Brasil, onde, sem a internet, jamais poderia ter conhecido Jimmy, que frequentava apenas as grandes cidades do país. Filha de pais separados, tinha o mesmo ódio pelo pai que ele, mas diferente do amigo, seu ódio era usado contra ela mesma, auto-destrutiva é um termo que definiria sua personalidade. Era de se esperar que ela se apaixonasse por alguém viciado em drogas, existe algo de romântico sobre tudo isso, afinal.
Em uma quarta-feira comum, antecipada por um dia nublado, escreveu:

Minhas palavras, todas tiradas dos teus poemas
Teu sotaque, uma voz imaginada
Que obra de arte eram teus olhos
Feitos de um azul-convite

E eu aceitei.


Jimmy era agora seu mundo, e qualquer lugar do mundo a lembrava dele. Qualquer frase proferida aleatoriamente em uma roda de amigos e automaticamente conseguia ouvir sua opinião sobre o assunto, ela o conhecia como ninguém, e em tão pouco tempo já não precisavam falar muita coisa, os dois sabiam dos dois.
Desejava que Jimmy fosse inteiramente dela, corpo e mente, que cada célula de seu ser pudesse tocar todas as células do dela, e que todos os pensamentos dele fossem sobre amá-la, mas como a maioria das coisas que queria, nada iria acontecer, se achava a pessoa mais azarada do mundo (e provavelmente era).
Em uma noite qualquer, após esperar o dia todo ansiosa pela hora em que Jimmy voltaria da faculdade, ele não apareceu. Bom, ele era mesmo uma pessoa inconstante e já estava acostumada à esse tipo de surpresa, mas existia algo diferente sobre aquela noite, sabia que Jimmy estava escondendo alguma coisa dela pois há dias estava estranho e calado, dormia cedo, acordava tarde, não comia, e as músicas que costumavam trocar estavam se tornando cada vez mais tristes, mas era inútil questionar, apesar da intimidade, ele se tornara uma pessoa reservada, o que era totalmente compreensível.
Após três ou quatro dias de aflição, ele finalmente volta e não parece bem, mesmo sem ver seu rosto, conhecia as palavras usadas por ele em todos os momentos. Preocupada com o sumiço, foi logo questionando sua ausência com certa raiva e euforia, Jimmy não respondia uma letra sequer. Julien deixou uma lágrima escorrer e implorou por respostas, tinha a certeza de que algo estava muito errado.
"Acalme-se, ou não poderei lhe contar hoje. Algo aconteceu e seu pressentimento está mais que correto, mas preciso que entenda o meu silêncio", disse à ela.
Julien não respondeu nada além de "me dê seu número, sinto que isso não é algo que se conta por escrito".
Discando o número gigantesco, cheio de códigos, sabia que assim que terminasse aquela ligação teria um problema muito maior do que a alta taxa que é cobrada por ligações internacionais. Ele atendeu e começou a falar interrompendo qualquer formalidade que ela viria a proferir:

– Apenas escute e prometa-me que não irá chorar.
Ela não disse nada, aceitando a condição.
– Há tempos não sinto-me bem, faço as mesmas coisas, não mudei meus costumes, embora deveria mas agora é tarde demais. Sinto-me diferente, meu corpo... fraco. Preciso te contar mas não tenho as palavras certas, acho que nem existem palavras certas para o que estou prestes à dizer então serei direto: descobri que sou *** positivo. ´
Um silêncio quase mórbido no ar, dos dois lados da linha.
Parecia-se com um tiro que atravessou o estômago dos dois, e nenhum podia falar.
Julien quebrou o silêncio desligando o telefone. Não podia expressar a dor que sentia, o sentimento de injustiça que a deixava de mãos atadas, Ele era a última pessoa do mundo que merecia aquilo, para ela, Jimmy era sagrado.

Apenas uma pessoa soube da nova situação de Jimmy antes de Julien: Allan.
Dois dias antes de contar tudo à amiga, Jimmy havia ido ao hospital sozinho, chegou em casa mais cedo, sentou-se no sofá e quis morrer, comparou o exame médico à um atestado de óbito e deu-se por morto. Allan chegou em casa e encontrou o amigo no chão, de olhos inchados, mãos trêmulas. Tirou o envelope de baixo dos braço de Jimmy, que o segurava como se fosse voar a qualquer instante, como se tivesse que apertar ao máximo para ter certeza de que aquilo era real. Enquanto lia os papéis, Jimmy suplicava sua morte, em meio à lágrimas, Allan lhe beijou como o amante oculto que foi por anos, com lábios fracos que resumiam a dor e o medo mas usou um disfarce para o pânico que sentia e sussurrou "não sinto nojo de ti, meu amigo, não estás morto".
Palavras inúteis. Já não queria ouvir nada, saber de nada. Jimmy então tentou dormir mas todas as memórias das vezes que usou drogas, que transou sem saber com quem, onde ou como, estavam piscando como flashes de luz quase cegantes e sentia uma culpa incomparável, um medo, terror. Mas nenhuma memória foi tão perturbadora quanto a da vez em que sofreu abuso ****** em uma das festas. Uma pessoa aleatória e sem grande importância, aproveitou-se do menino pálido e mirrado que estava dormindo no chão, quase desmaiado por culpa de todo o álcool consumido, mas ainda consciente, Jimmy conseguia sentir sua cabeça sendo pressionada contra a poça d'água que estava em baixo de seu corpo, e ouvia risos, e esses mesmos risos estavam rindo dele agora enquanto tentava dormir e rezava pra um deus que não acredita para que tudo fosse um pesadelo.
----
Naquele dia, Jimmy, que já era pessimista por si só, prometeu que não se trataria, que iria apenas esperar a morte, uma morte precoce, e que este seria o desfecho perfeito para alguém que envelheceu tão rápido, mas ele não esperaria sentado, iria continuar sua vida de auto-destruição, saindo cedo e voltando tarde, dormindo e comendo mal, não pararia também com nenhum tipo de droga, principalmente cigarro, que era tão importante quanto a caneta ao escrever seus poemas, dizia que sentir a cinza ainda quente caindo no peito o inspirava.
Outra manhã chegou, e mesmo que desejasse com toda força, tudo ainda era real, seus pensamentos eram confusos, dúvidas e incertezas tão insuportáveis que poderiam causar dores físicas e curadas com analgésicos. Trocou o dia pela noite, já não via o sol, não via rostos crús como os que se vê quando estamos à caminho do trabalho, só via os personagens da noite, prostitutas, vendedores de drogas, pessoas que compravam essas drogas, e gente como ele, de coração quebrado, pessoas que perderam amigos (ou não têm), que perderam a si mesmos, que terminaram relacionamentos até então eternos, que já não suportavam a vida medíocre imposta por uma sociedade programada e hipócrita. Continuou indo aos mesmos lugares por semanas, e já não dormia em casa todos os dias, sempre arrumava um espaço na casa de algum amigo ou conhecido, como se doesse encara
D. Furtado
Ete Sep 2011
El sufrimiento existe porque existen las mentiras.

Donde existen las mentiras?
En tu mente.

Las mentiras solo pueden existir en la mente,
porque todo lo que no existe en la mente,
es verdad.

La mente es futuro y pasado.

Cuando no hay mente,
solamente hay,
el presente.

El presente ES la realidad.

La gente no vive en la realidad,
porque la gente vive,
en la mente.

La mente es una realidad virtual.
Porque el trabajo de la mente es darte una realidad virtual.
Esa es nuestra arma.

El ser humano con la ayuda de la mente tiene la capacidad de hacer cosas que el resto de la naturaleza no puede hacer.

Pero,
la gente humana es esclava de la mente.

La gente humana no vive en el presente.
Porque sus mentes estan tan ocupadas,
TAN ocupadas...

A todo minuto esta esa voz de la mente diciendote: Que tienes que hacer --- que se te a olvidado---que tienes por terminar.

La mente no te deja vivir en el presente.

La mente a tomado control de ti,
y,
si tu no empiezas a tomar control de tu mente,
a medida de que vas creciendo,
a medida de que tus anos van pasando,
sera mas difícil de tomar control.

No todo el mundo va a lograr obtener su libertad.
Porque hay gente que ya a puesto tanta fe en sus creencias que han acumulado tanto miedo.

Piensan y creen tantas mentiras que le tienen miedo a sus propias mentiras.

Ellos creen en algo y creen que para que ellos sean felices,
para que ellos llegen a vivir en paz,
sea durante vida o despues de vida,
tienen que seguir luchando en el nombre de sus creencias.

Lo que la gente no sabe,
es que la mente vive en el pasado y en el futuro.

La mente siempre hablara de algo que tiene que pasar--- de algo que a pasado--- de algo que pasara.

Pero la mente no habla de el presente, de este momento.
NO PUEDE.

Entonces,
la gente vive su vida esperando...
ESPERANDO.

La gente espera a que ese momento de alegria eterna les llegue.

Pero,
como estan tan atrapados en su mente,
como estan tan poseados por su mente,
por sus creencias,
totalmente rechasan el presente.

Creen que vivir en el presente es una perdida de tiempo.
Creen que tienen que a toda hora estar haciendo algo.

El hacer nada para ellos, para la mente, significa : perdida de tiempo.

Entonces,
que hacen?
Siempre estan haciendo algo.
Siempre estan enfocados en obtener,
en ganar,
en LLEGAR.

Quieren llegar a la felicidad.
Quieren llegar a la paz,
a el amor,
a la verdad,
Pero estan siendo totalmente manipulados por la mentira de que la felicidad la van a obtener en algun futuro.

Totalmente separados de este momento,
de el presente.

Totalmente pre-ocupados.

La felicidad,
la paz,
el amor,
la verdad,
alegria,
SOLO se pueden experimentar en este momento.

Y este momento se vive totalmente cuando la mente esta en silencio.

Porque,
cuando la mente esta hablando,
te esta hablando o de el pasado o de el futuro,
NO de este momento.

Entonces,
para poder ser feliz,
alegre,
lleno de vida,
en paz,
lleno de amor,
la gente tiene que aprender a poner, mantener, la mente en silencio.

Y la unica forma de que la mente llege a su estado de silencio es :  OBSERVARLA .
¡Y pensar que pudimos no habernos conocido!
¿No meditas cuán buena nuestra fortuna ha sido
para que al fin estemos uno del otro al lado,
para que seas mía, para ser yo tu amado?

«El uno para el otro nacimos...» Así dices.
Pero ¡qué coincidencias para ser tan felices!
Antes de que en la vida, con un amor profundo,
la suerte unido hubiera tu corazón al mío
-siendo el tiempo tan largo, siendo tan grande el mundo-;
vivimos separados, solos, con hondo hastío…
¡Y pudimos entonces, por capricho del hado,
en el haz de la tierra no habernos encontrado!

¿No has pensado, en el arduo sendero recorrido,
en los peligros graves y azares que ha corrido
nuestra dicha -esa dicha, manantial de ilusiones,
que el mundo entero ahora nos hace ver hermoso-
cuando el uno hacia el otro, con poder misterioso,
gravitaban callados nuestros dos corazones?
¿No sabes que ese viaje no tenía certeza,
el viaje hacia una noche por mí no presentida,
de que un capricho apenas o un dolor de cabeza
han podido apartarnos para siempre en la vida?

Nunca te había dicho, ¡cosa muy rara!, que
cuando por vez primera te vi, no me fijé
en que eras tú bonita; lo digo francamente:
te miré aquella noche con aire indiferente.
Con su risa, tu amiga mi tedio distraía;
fue más tarde cuando ambos cruzamos la mirada,
y si algo sentí entonces que hacia ti me atraía,
tú no lo comprendiste… Mas no me atreví a nada.

Si esa noche tu madre te hubiera conducido
más temprano a su casa, ¿qué habría sucedido?
¿Y si el rubor no hubiera de pronto, cuando el manto
te coloqué en los hombros, a tu rostro subido?
Porque ésa fue la causa de todo lo ocurrido.
Aquella noche, aquélla de inolvidable encanto,
un retardo cualquiera, cualquier inconveniente
que en ese viaje hubiera surgido de repente,
esta embriaguez de ahora ninguno sentiría,
ni este placer sin nombre que absorbe nuestra mente.
En mi alma, que es otra, tu amor no existiría,
¡y tu vida, en mi vida nada… nada sería!
Corazoncito mío, que me apartas lo triste
de la vida, y alegras con luz mi porvenir…
Pienso en aquellos días cuando enferma estuviste
y creíamos todos que te ibas a morir.
Josias Barrios Jul 2012
Aunque estamos separados por fronteras y miles de kilometros, en mi mente estas aqui entre mis brazos, sintiendo el ardor de tu piel, inalando lo intoxicante de tu aroma, saboreando la dulzura de tus labios.

Bailando pegaditos, mirando por las ventanas de tus ojos, contandote las cosas que quisiera hacerte al final de la noche, escuchando tu risa picara, dejandome saber que tu me deseas lo mismo que yo.
Anyelo Montero Jun 2014
Amor mío; tan mío... estamos juntos.
Juntos desde la ropa a las raíces.
Juntos desde el otoño a las nubes grises.

Desde los latidos a las caderas.
Desde un simple segundo hasta una compleja vida entera.
Estamos juntos.

Juntos los dos.

Y le repetí: "Ven conmigo" como si me muriera.
Y no se dio cuenta que en mi boca la luna se desangraba por ella.

Y le recité mil poemas y le rogué que no se fuera.
Mientras que en su boca el sol se apagaba y las estrellas en el cielo formaban hileras.

Ni separados por trenes o ciudades.
Ni por mares o muertes o adversidades.
Estamos juntos.

Juntos los dos.

Quédate luna.
Quédate sol.

Y mueran en nosotros ésta noche; que ésta noche estamos juntos los dos.
Mila Berlioz Sep 2015
Amor mío, el mirarte es un arte.
el amarte es un arte; tu piel, tus curvas
tus definidos pómulos. Cuanto me gustaría ser aire, para que me respires por la eternidad, cuanto me gustaría ser el viento para pasar por tu cara día a día.

Amor mío, eres como el mar, no te miro fin, y no puedo quitar mis ojos de ti. Eres tan inmenso, tan profundo, tan vasto, lleno de tanta vida, te podría ver todo el día.

Amor mío, cuanto me duele que no me quieras, pero llegara, llegara el momento que te darás cuenta que nuestro amor, es por siempre. Somos tal  como la Luna y el Sol, tal vez separados, pero con un amor de por medio, sabiendo que su amor hace al mundo girar.

En fin, amor mío, tus ojos son un arte, tu suave piel es un arte, pero tu eres la forma de arte mas bella que jamás haya visto.
[ ]
Son bellos
Nuestros cuerpos así
Apenas iluminados

Mirando tú fijo nada
Y por desgracia
Yo en vilo

Nada cambia
Después del amor
Que supone encontrarnos

Tan bellos
Tu cuerpo entre el mío
Dulces separados

Por ellos pasa
La inocencia
De sentirse unidad.
(mayo 2014)
Borges Jun 2014
Eh mirado aquel mar vagamente tranquilo, siempre en movimiento,
Desolado, ciego y viejo, eh visto tus brazos que alcanzan a tocar mis pies

Eh visto tu mirada al ver mi cara en el reflejo de tu piel, as dejado flechas en mis poemas y tu frente en mi sangre, yo se que fuimos una vez uno, una vez solo sal, Fragmentos y ahora separados por largas distancias pero unidos por la exótica agua.
celtia Sep 2015
Quando nós nos transformamos em nós
cultivamos nossa própria árvore algoz
que desatará nossos laços após
deixarmos de sermos nós para vivermos separados em túmulos a sós.
Nis Jun 2018
"Tu ignorancia es un monte de leones, Stanton"
                                                        ­                                       -García Lorca

Juntos para morir,
separados para vivir.

Como un manantial de loros te canto, Stanton
no se quien eres pero nunca nos encontraremos
cual cima de hipopótamos, cual valle de elefantes.

Podría seguir, seguir con mi orografía animal, Stanton.
Sentirme una Lorca envalentonada,
envalentonada como un monte de leones.
Pero no lo soy.

Sólo soy un intento de física,
un intento de poetisa,
un intento de mujer,
un intento de persona.
Un intento.

Reímos juntos aquel día,
aún hoy lloramos separadas.

Y este poema se torna pensamientos no ligados.
nuca lo estuvieron.
Mi ignorancia siempre fue un monte de leones.
Y mis pensamientos se tornan contra mí una vez más.

Contra mi cuerpo: mi archienemigo,
tantas veces te he escrito para herirte,
tantas veces te he herido para herirte.
Mi odio hacia ti es una riada de cuervos.

Contra mi mente: falsa amiga,
tantas veces te he usado para servirme
tantas veces me has herido al servirme.
Mi rencor hacia ti es un acantilado de ratas.

Y sí, este poema es una excusa para alabar el citado verso,
pero entre verso y verso se cuela mi odio,
cual filtro de lemures, cual escurridero de serpientes.
Mi odio por todo, mi odio por nada.

Y aquí termina mi canto, diciéndote una vez más, Stanton.
Tu ignorancia es un monte de leones.

//

                                   "Your ignorance is a mountain of lions, Stanton"
                                                        ­                                       -García Lorca

Together dying,
apart living.

Like a spring of parrots I sing to you, Stanton
I don't know who you are but we'll never meet
like peak of hippopotamus, like valley of elephants.

I could continue, continue with my animal orography, Stanton.
Feeling myself an encouraged Lorca,
encouraged like a mountain of lions.
But I'm not one.

I'm only an attempt of a physic,
an attempt of a poet,
an attempt of a woman,
an attempt of a person.
An attempt.

We laughed together that day,
even today we cry alone.

This poem turns itself thoughts not linked.
They never were.
My ignorance has always been a mountain of lions.
And my thoughts turn against me once again.

Against my body: my archenemy,
so many times I have written to harm you,
so many times I have harmed you tu harm you.
My hatred towards you is a stream of raven.

Against my mind: false friend,
so many times I have used you to serve me,
so many times you have harmed you to serve me.
Mi resentment towards you is a cliff of rats.

And yes, this poem is an excuse tu praise the mentioned verse,
but between verse and verse my hatred creeps in,
like filter of lemures, like sink of snakes.
My hatred towards everything, my hatred towards nothing.

And here my singing ends, telling you once again, Stanton.
Your ignorance is a mountain of lions.
Más que un poema, pensamientos poco relacionados inspirados por el verso de Lorca en "Poeta en New York"
More than a poem, thoughts with little connection inspired by the verse from "Pote in New York" by Lorca
Joseph B Oct 2017
Éramos dos átomos órbitando en la atmósfera
Cada uno dibujando una elíptica distinta
Sin pensar que en algún punto a ambos nos uniría
Para hacernos uno solo, para fundirnos en vida.

Sutilmente nos dejamos llevar por la gravedad
Unidos al otro como si se tratase de uno,
Elementos separados que pronto sabrían la verdad
Y es que los dos nacimos para siempre formar uno.
Gonzalitu Feb 2018
-Te invito a dar un paseo, de esos mágicos, como en cuentos. En tu música me baso y a la melodía, le pongo el canto.

-Caminaría tus paseos, el lugar es el palmar, el momento es febrero. Pero rehuso nusetro encuentro, acallo al deseo.
Sin dudas me encantaría; pero hay un gran rio entre tu ciudad y la mia.

-Va a ser tan lindo hacer un puente, unir nuestros puntos terrestres, cueste lo que cueste. Acompañame a construirlo, dos es mejor que uno más uno.

- Allí en tu lejanía, diviso una luz. Faro que me guías cuando me encuentro a la deriva. No necesito mapas, guía o cruz del sur, la luz, mi luz sos tu.
Iré a tu encuentro, pueblo a pueblo y de bus en bus.

- Olvidate del bus. Sonará alocado. Pero estando por dosmil años luz separados. ¿Por qué no llegamos volando?
A couple-made, couple-inspired poem.
Acknowledgement: Sofía Anderman for our creative conversations.
Bastian M Pop Aug 2019
atrapado por grietas en tu iris
oquedades en marte
observado sin sol

separados entre la torpeza en sus pupilas
tenue timidez

en un jardín
distantes
encontramos nuestra correspondencia

figuras nunca resueltas
caricias sin nombre
vaciar un eterno cenicero

aun así
no regresaría

&
como el otoño
amar es incondicional
Amor, cuántos caminos hasta llegar a un beso,
qué soledad errante hasta tu compañía!
Siguen los trenes solos rodando con la lluvia.
En Taltal no amanece aún la primavera.

Pero tú y yo, amor mío, estamos juntos,
juntos desde la ropa a las raíces,
juntos de otoño, de agua, de caderas,
hasta ser sólo tú, sólo yo juntos.

Pensar que costó tantas piedras que lleva el río,
la desembocadura del agua de Boroa,
pensar que separados por trenes y naciones

tú y yo teníamos que simplemente amarnos,
con todos confundidos, con hombres y mujeres,
con la tierra que implanta y educa los claveles.
SoVi Apr 2018
Invierno, Verano, creando juntos

Cuando viene el frío cubre el mundo
Crea un ilusión de paz en el fondo
El mundo está callado, atrapado en silencio
Latidos de corazones estan mas fuertes

Cuando ella se arrastra desde salas de montañas
Ella trae un viento de calor calentando con su amor

Todo que es bueno y alegre es en ella
Todo que se muere tiene esperanza
Todo que se alivia tiene esperanza
Desde las pasiones del montans

Invierno, Verano, convergiendo juntos

Cuando el invierno se va ella llora
Lluvia de hielo para sentir su abrazo
Cuando el no se ve ella crea flores
Color blanca para imaginar que el esta aqui

El se deja morir para que ella puede vivir tranquila
El se deja que el odio lo consume para que ella tiene amor
Amores que nunca se ve, pero seiten el compasion y el fe

Cuando todo está hecho, esconden entre las montañas
En imágenes vividos, memorias desvanecimiento
Entidades intocables sin límites, pero espiritus debiles
El mundo se desarrolla de ellos pero lo dejan separados

Invierno, Verano, divergiendose



© Sofia Villagrana 2018
Inspired by the anime Zankyou no Terror's insert song Von by Arnor Dan.
«¡Siempre! ¡toda la vida!...»
Y esas palabras tontas -tontas me han parecido-
Es preciso decírmelas; que suenen en mi oído,
Cual cosa repetida.

¡Separarnos!... ¡Decirnos adiós! ¡Tú y yo alejados!...
¡Eso parece horrible! ¡Monstruoso! ¿No es verdad?
Dilo pronto. ¿Podríamos existir separados?
Yo quiero estar seguro de nuestra eternidad.

Mas sin embargo, cuando mi amigo con sincera
Voz me dice: «Ella siempre será tu compañera
Definitiva, ardiente;
¿Qué temes? Será siempre vuestro amor vivo y loco,
 Y fieles seréis ambos», mi corazón, un poco
-¿Y para qué ocultarlo?- contrariado se siente.
20
En este instante,
ya no existen los cuerpos; son las almas
las que se ansían, las que quieren verse,
penetrarse sin fin.

                                                Y no se acaba
nunca el afán, porque el dominio
de su fuego es la órbita
del alma: el universo.

¡Dos universos
-¡oh imposible posible del amor!-
compenetrándose,
en un afán de dos eternidades!

¡Y se salen las almas abrazadas,
y se van; y se quedan
los cuerpos, separados, fríos, muertos!

— The End —