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Qué otro final ha de esperarse
Cuando a andar se decide
Que no sea el suave extravío
De todo aquello considerado propio
De todo aquello por lo cual cruzamos
De todo lo sido en ocasión alguna

Un viento nómada surge como una lengua
Suyo es el mundo por quien se hace presente

Nos es dada la palabra
            para cobijar de nombre a lo imposible
Nos es dada la voz
            para imantar de presencia al silencio
Nos es dado el pensamiento
            para sabernos derrotados por lo divino
Largo es el aliento de quien anda
Puro su extravío
Nítida su reconciliación

Que cada una de estas pisadas
Sea guiada por una luz
Igual a la que hace a la tierra
Reverdecer desde sus vetas:
Por haber raíz es que hay camino
¡No hay cielo que no sea tránsito!

Qué otra tierra ha de esperarse
Sino la virgen e inacabable
Tierra entera del exilio

Qué otra visión ha de brotarnos
Sino la de quien viaja
Atento por su propia soltura

Qué otra intuición ha de movernos
Sino la de quien libra
A sus vislumbres de certeza

                     (Pobreza careciendo de miseria)

Que no nos deje marcas la distancia
Ni se acepten las sendas de atajo
No habrá territorio que retenga
Ni signo que nos lleve a guarecer

Resistencia:
            Que sea por esta sed de errancia
            Por quien ha de ganársele
            Metros a la casa.
(a Tomás Segovia (2012))
Julia Jaros Nov 2016
Observo-te como observo a lua
Cobiçando o inalcançável
Esperando por um triunfo
Onde o fracasso já foi fadado.

Um vislumbre de suas emoções
Mil caminhos a considerar
Tais suposições me enlouquecem
Me chamando para dançar.

De mim as ações não tomam formas
Parada na pista de dança a observar
Um corpo separado da mente
Chora silenciosamente a luz do luar.

Platonicamente o mundo gira
Nossas vidas se entrelaçam
E juntas traçam
Um futuro indigno
Ouvindo outros gritos no espaço.

Guiada pelo medo
Com as estrelas a me chamar
Sussurrando-me a possibilidade
De nossas estrelas estarem juntas
A brilhar.

A mente grita não
A mente grita sim
Em um mundo de sonhos
Esperando da realidade
O estopim.
Juliet R Aug 2021
Roça o mundo enquanto cais
Era tudo cinza demais
Sem mal em fugir
As nuvens cegam-me
Tudo enovoado

Quero ver as flores do jardim
Sentir o que não tenho
As cores a enrolarem-me num abraço
Sentir aroma a alecrim

Não sou cobarde
Mas procuro coragem
Para libertar-me dos medos
Dos receios, dos nervos
E procurar o sol
Ser guiada por ele

E mesmo que caia em devaneios
Em novos receios
Saber voltar ao lugar
Onde posso ver o jardim
Sentir o abraço das cores
E cheirar o alecrim.

— The End —