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Jor Jan 2015
I.
Sabi nila tama na ang pagpapakatanga,
Sabi nila sa'yo'y ako'y wala namang halaga,
Sabi nila hangga't maaari layuan na kita,
Pero anong magagawa ko, ikaw parin talaga.

II.
Tatanggapin ko ang mga paratang nila,
Tatanggapin ko lahat ng mga sinasabi nila,
Tatanggapin ko kahit ang sakit masabihan ng "tanga".
Wala na akong pakialam pa sa sasabihin nila.

III.
Darating din ang araw na mapapagod ako,
Mapapagod din ako sa kamartiran ko.
Darating din ang panahon na magsasawa ako,
Magsasawa ako sa mga katangahan ko sa'yo.
COISAS DO ARCO DA VELHA

- Os etês gostam de bunda. Foi o que captei da conversa entre as meninas, enquanto caminhava no calçadão do Liceu.
- Tem caras que não gostam, né; acho que não são chegados; comer um cuzinho será que não faz bem?!
- Cruz credo! Exclamei mentalmente, e segui meu caminho rumo ao Fórum, que fica em frente.
Elas vieram na minha direção, a passos firmes, olhar direto, "você tem fogo...", perguntou a morena pele-de-cuia, "e como tem", observou a loira de olhos azuis, típica europeia, me examinando de cima a baixo, parando os olhos, ostensivamente, na minha barriguilha; "te vejo sempre por aqui", disse a morena, enquanto eu lhe entregava o isqueiro; "é, estou sempre na cantina, tomando café; café de Fórum é choco, frio, fraco, e causa-me asia; então, venho na cantina, às vezes comer alguma coisa", concluí.
- Uma bucetinha, um cuzinho e o que mais? Indagou a loura, acendendo o cigarro.
- Você está sempre cercado de meninas! Não é à toa!! Vai ver é o maior safadão, pica doce.... Completou a morena, sempre combinando seus ataques com a colega.

O Liceu é uma escola destinada à classe média alta, concebida nos tempos do império, onde só entravam filhinhos de papai e seus apadrinhados do aparelho de estado. Mas isso dançou com o advento da república, e hoje, assim como os "Pedro II", recebem qualquer um, desde que aguentem suas provas de avaliação, pois ainda são um padrão de ensino almejado pelas camadas interessadas em ascensão social e tecnica. Seus prédios são construções coloniais, com arquitetura rebuscada, estilosos; janelões de madeira nobre, ainda insensíveis ao cupim. Uma coisa fantástica em termos de concepção, pois possuem salas espaçosas, bem arejadas, lousas imensas, mesas de cedro vernisadas, cheias de gavetas; seus corredores lembram aqueles do filme Harry Potter, sinistros de arrepiar. E no caso do Liceu Nilo Peçanha, de Niterói, Rio de Janeiro, tem um sótão, que seguramente foi planejado como adega, pois tem balcãozinho cheio de compartimentos para copos, taças e talheres, à frente de um espelho na parede em moldura de mogno  e uma silhueta vitoriana; além de um velho barril de carvalho, aonde, sem dúvida, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Lima Barreto e tantas outras celebridades literárias desta terra de orfandades iniciaram-se nos caminhos da radicalidade estética.

- Conhece o sótão do Liceu? Indagou a morena, quase ao pé do meu ouvido.
- É ideal para uma brincadinha... Insinuou ela. Respondi que lá eu já namorei, me embriaguei, estudei e fiz muita reunião do grêmio.
- Então é "liceano... Vamos!" Disseram ambas, quase em uníssono.
No rádio da cantina, exatamente às dez da manhã no meu Rolex, tocava uma canção, cujo trecho diz assim:" Deixa isso pra lá, vem pra cá, venha ver. Eu não tô fazendo nada, nem você também..." e seguia insinuando outras coisas, ditas pela voz de um dos meus tantos ídolos da mpb, Jair Rodrigues.

Bom, pra encurtar o lererê, a morena está aqui em casa há 32 anos. Já somos avós, e, nem os filhos nem os netos jamais saberão das nossas façanhas e quando lhe mostrei o rascunho deste texto, ela fitou-me com seu olhar fogueando e objetou: você não pôr aí os detalhes...
- Claro que não!! São nossas relíquias!

Jor Jan 2015
Ilang taon ko inipon ang lakas ng loob
Para sabihin sa’yo lahat ng nakakulob—
Sa puso kong patay na patay sa’yo.
At ang masakit dun parang wala lang sa’yo.

Masakit ang mga sugat na dulot mo,
Tila libong pana ang tumusok sa puso ko.
Wala ba talaga akong puwang sa buhay mo,
At ganun mo nalang itinaboy ang pag-ibig ko?

Ang hirap tanggapin na may mahal ka na,
At ang sakit isipin ako’y itsapwera na.
Isang tyansa lang ang hinihingi ko,
Bakit pati ‘yon ay ipinagkait mo?

Sabagay, bakit kasi ang kupad-kupad ko?
Kung noon pa sana ako nagsabi,
Eh ‘di sana ngayong gabi ikaw ang katabi.
Ang tanga ko rin naman kasi, sana noon pa ako nag-sabi.

— The End —