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zoe  May 2017
tahanan
zoe May 2017
unang latag ng lupa,
nangabubuhay dahil sa
tapak ng walang kamalay malay
sa pinagdaanan nito.
dala ang delusyon ng buhay
kapalit para sa bayan,
kapalit para sa kalayaan.
lumamin,
ay mahahayag ang
luad
tumutulad sa kulay ng
dugo.

alam ng bulaklak ito,
kung sundan ang pinanggalingan
magugulat sa makikita;
ang kababayang
kinalimutan ang kanilang madugong,
matimbang,
maalamat
na mga pangalan;
inalala ng halaman.

                 sementeryo,
bawat hakbang, walang respeto
bawat hakbang, nadudumihan
ang mga mukha ng (bayani)                   taksil
(pinaglaban)                                       trinaydor ang
kanilang, (at sa dinarami-rami pang mga
sambayanang pilipino)
tinubuang lupa

                  sementeryo,
kaya't malalim ang pananampalataya
sino bang hindi
maadwa,
maawa?
bawat segundo may dadasalan
bumagsak;
at lumalalim ang kulay ng
                                       pula.

                 sementeryo,
kaya't pagbagsak ng
alas quatro ng umaga;
nananahimik ang bayan.
katahimikan para sa patay;
         walang sisigaw.
ginagambala ang kapayapaan.
sa ilalim ng lupa,
ang katahimikan hindi makamtan.
lahat sila'y gising,
lahat sila'y

                                                         sumisigaw.

                 sementeryo,
ang   tahanan       ko'y         sementeryo,
kaya't manahimik
at irespeto ang patay;
ang mga mamayang madamdamin
at malakas ngunit
                                                        pi­natahimik.
tayong buhay
               nananatiling patay.
silang patay
               nananatiling buhay.

isang siklo.
lalalumin lahat ng lupa
ng hindi sa tamang oras;
isisigaw ang K A R A P A T A N !
isisigaw ang M A L I !
isisigaw ang H U S T I S Y A !

H U S T I S Y A
H U S T I S Y A
H U S T ngunit walang makakarinig.

ang nakabukang bibig
mapupuno ng tinubuang lupa
na tinaksil ang lahat
ng katulad natin.

walang makakarinig
kahit buong daigdig
                                                         ­                 manahimik.
Surely there was fire in that place
Long dragon tongues of flame
Tasting everything in sight
Leaving it burning cinders
Incredible heat wafted from
The prophet
Sweat bullets dripped then burst
Covering his face
Blanketing his broad shoulders
With salt liquid warmth
Every eye in the arena
Trained on him
No, they could not look away
They'd sold their souls
Happy with the bargain
Even if not quite
A fair exchange  
He sang of proving one's devotion
Jethro Tull sings Aretha Franklin
The sweat made it work
And the flying tongues of fire
That set upon the heads of
Everyone in the building
Forced them to speak Hopelandic
So everyone could understand
So no one understood
But the prophet
Who sang songs of desolation
Songs of depression
Songs of dislocation and isolation
Heavy weights to bear
And not a dry eye in the house
Smoke rose through those windows
Firemen never came
Crowley paid lackies to keep the doors
Locked from the outside
So
The prophets demise
Buried in several feet of ash and soot
His last words:
"So Be It"
Hundreds upon hundreds of his
Disciples
Mouths stuffed with debris
The tongues of fire ascended
When the last pulse tapered off into stillness
Suzi Quatro didn't break a sweat
Heavy axe slung laying 'gainst her shin
Bruised but hidden by spandex
Old men and dogs in the audience
Leering, craving different meats
Suzi doesn't notice
Fonzie's still a few years down the road
Suzi's got credentials
Winkler ain't weakened them yet
And with those credentials
She's gonna rock
She's gonna make 'em forget about
The prophet
And all the heavy **** he was always
Layin' on 'em
She said "Watch me play bass guitar"
And whipped out 50 classic bass riffs in a row
The people who had followed her in
Seemed impressed
But not nearly as amazed as they were
By the sight of countless tongues of flame
Descending upon their congregation
The end result being
Remarkably similar to the incident with
Flaming tongues and the prophet
What it all means
Nobody knows
Best not to interrupt good rock and roll shows
Danielle Furtado Nov 2014
Nasceu no dia dos namorados. Filho de mãe brasileira com descendência holandesa e pai português. Tinha três irmãos: seu gêmeo Fabrício, o mais velho, Renato, e o terceiro, falecido, que era sua grande dor, nunca dizia seu nome e ninguém se atrevia a perguntar.
A pessoa em questão chamaremos de Jimmy. Jimmy Jazz.
Jimmy morava em Portugal, na cidade de Faro, e passou a infância fazendo viagens ao Brasil a fim de visitar a família de sua mãe; sempre rebelde, colecionava olhares tortos, lições de moral, renegações.
Seu maior inimigo, também chamado por ele de pai, declarou guerra contra suas ideologias punk, seu cabelo que gritava anarquismo, e a vontade que tinha ele de viver.
Certo dia, não qualquer dia mas no natal do ano em que Jimmy fez 14 anos, seu pai o expulsou de casa. Mais um menino perdido na rua se tornou o pequeno aspirante à poeta, agora um verdadeiro marginal.
Não tinha para onde ir. Sentou-se na calçada, olhou para seus pés e agradeceu pela sorte de estar de sapatos e ter uma caneta no bolso no momento da expulsão, seu pai não o deixara com nada, nem um vintém, e tinha fome.
Rondou pelas mesmas quadras ao redor de sua casa por uns dias, até se cansar dos mesmos rostos e da rotina daquela região, então tomou coragem e resolveu explorar outras vidas, havia encontrado um caderno em branco dentro de uma biblioteca pública onde costumava passar o dia lendo e este seria seu amigo por um bom tempo.
Orgulhoso, auto-suficiente, o menino de apenas 14 anos acabou encontrando alguém como ele, por fim. Seu nome era Allan, um punk que, apesar de ainda ter uma casa, estava doido para ir embora viver sua rotina de não ter rotina alguma, e eles levaram isso muito à sério.
Logo se tornaram inseparáveis, arrumaram emprego juntos, que não era muito mas conseguiria mantê-los pelo menos até terminarem a escola, conseguiram alugar uma casa e compraram um cachorro que nunca ganhou nome pois não conseguiam entrar em acordo sobre isso, Jimmy tinha também um lagarto de estimação que chamava de Mr. White, sua paixão.
Os dois amigos começaram a frequentar o que antes só viam na teoria: as festas punk; finalmente haviam conseguido o que estavam procurando há tempos: liberdade total de expressão e ação. Rodeados por todos os tipos de drogas e práticas sexuais, mas principalmente, a razão de todo o movimento: a música.
Jimmy tinha inúmeras camisetas dos Smiths, sua banda favorita, e em seu quarto já não se sabia a cor das paredes que estavam cobertas por pôsteres de bandas dos anos 80 e 90, décadas sagradas para qualquer amante da música e Jimmy era um deles, sem dúvida.
Apesar da vida desregrada que levava com o amigo, Jimmy conseguiu ingressar na faculdade de Letras, contribuindo para sua vontade de fazer poesia, e Allan em enfermagem. Os dois, ao contrário do que seus familiares pensavam, eram extremamente inteligentes, cultos, criaram um clube de poesia com mais dois ou três amigos que conheceram em uma das festas e chamaram de "Sociedade dos Poetas Mortos... e Drogados!", fazendo referência ao filme de  Peter Weir.
O nome não era apenas uma piada entre eles, era a maior verdade de suas vidas, eles eram drogados, Jimmy  era viciado em heroína, Allan também mas em menos intensidade que seu parceiro.
Jimmy não era hétero, gay, bissexual ou qualquer outra coisa que se encaixe dentro de um quadrado exigido pela sociedade, Jimmy era do amor livre, Jimmy apenas amava. E com o passar o tempo, amava seu amigo de forma diferente, assustado pelo sentimento, escondeu o maior tempo que pôde até que o sentimento sumisse, afinal é só um hormônio e a vida voltaria ao normal, mas a amizade era e sempre seria algo além disso: uma conexão espiritual, se acreditassem em almas.
Ambos continuaram suas vidas sendo visitados pela família (no caso de Jimmy, apenas sua mãe) duas vezes ao ano, no máximo, e nesses dias não faziam questão de esconderem seus cigarros, piercings ou qualquer pista da vida que levavam sozinhos, afinal, não os devia mais nada já que seus vícios, tanto químicos quanto musicais, eram bancados por eles mesmos.
Era 14 de fevereiro e Jimmy completara 19 anos, a vida ainda era a mesma, o amigo também, mas sua saúde não, principalmente sua saúde mental.
O poeta de sofá, como alguns de nós, sofria de um existencialismo perturbador, o mundo inteiro doía no seu ser, e não podia fazer muito sobre aquilo, afinal o que poderia fazer à respeito senão escrever?
Até pensou em viver de música já que tocava dois instrumentos, mas a ideia de ter desconhecidos desfrutando ou zombando dos seus sentimentos mais puros não lhe era agradável. Continuou a escrever sobre suas dores e amores, e se perguntava por que se sentia daquela forma, por que não poderia ser como seu irmão que, apesar de possuírem aparência idêntica, eram extremos do mesmo corpo. Fabrício era apenas outro cidadão português que chegava em casa antes de sua mãe ficar preocupada, não que ele fosse um filho exemplar, ele só era... normal, e era tudo que Jimmy não era e jamais gostaria de ser; aliás, ter uma vida comum era visto com desprezo pelos olhos dele, olhos que, ainda tão cedo, haviam visto o melhor e o pior da vida, já não acreditava em nada, nem em si mesmo, nem em deus, nem no universo, nem no amor.
Como poderia alguém amar uma pessoa com tanta dor dentro de si? Como ele explicaria sua vontade de morrer à alguém que ele gostaria de passar a vida toda com? Era uma contradição ambulante. Uma contradição de olhos azuis, profundos, e com hematomas pelo corpo todo.
Aos 20 anos, o tédio e a depressão ainda controlavam seu estado emocional a maior parte do tempo, aos domingos era tudo pior, existe algo sobre domingo à tarde que é inexplicável e insuportável para os existencialistas, e para ele não seria diferente. Em um domingo qualquer, se sentindo sozinho, resolveu entrar em um chat online daqueles famosos, e na primeira tentativa de conversa conheceu uma moça do Brasil, que como ele, amava a banda Placebo e sendo existencialista, também sofria de solidão, o que facilitou na construção dos assuntos.
Ela não deu muita importância ao português que dizia "não ser punk porque punks não se chamam de punks", já estava cansada de amores e amizades à distância, decidiu se despedir. O rapaz, insistente e talvez curioso sobre a pessoa com quem se deparara por puro acaso, perguntou se poderiam conversar novamente, e não sabendo a dor que isso a causaria, cedeu.
Assim como havia feito com Allan, Jimmy conquistou Julien, a nova amiga, rapidamente. De um dia para o outro, se pegou esperando para que Jimmy voltasse logo para casa para que pudessem conversar sobre poesia, música, começo e fim da vida, todos os porquês do mundo em apenas uma noite, e então perceberam que já não estavam sozinhos, principalmente ela, que havia tempo não conhecia alguém tão interessante e único quanto ele.
Não demorou muito para que trocassem confidências e os segredos mais íntimos, mas nem tudo era tão sério, riam juntos como nunca antes, e todos sabem que o caminho para o coração de uma mulher é o bom humor, Julien se encontrava perdidamente apaixonada pelo ****** que conhecera num site de relacionamentos e isso se tornaria um problema.
Qualquer relacionamento à distância é complicado por natureza, agora adicione dois suicidas em potencial, um deles viciado em heroína e outra que de tão frustrada já não ligava tanto para sede de viver que sentia, queria apenas ler poesia longe de todas as pessoas comuns, essas que ambos abominavam.
Jimmy era todos os ídolos de Julien comprimidos dentro de si. Ele era Marilyn Manson, era Brian Molko, era Gerard Way, Billy Corgan, Kurt Cobain, mas acima de todos esses, Jimmy era Sid Vicious e Julien sonhava com seus dias de Nancy.
Ele era o primeiro e último pensamento dela, e se tornou o tema principal de toda as poesias que escrevia, assim como as que lia, parecia que todas eram sobre o luso-brasileiro que considerava sua cópia masculina. Jimmy, como ela, era feminista, cheio de ideologias e viciado em bandas, mas ao contrário dela, não teria tanto tempo para essas coisas.
Estava apaixonado por um rapaz brasileiro, Estêvão, que também dizia estar apaixonado por ele mas nunca passaram disso, e logo se formou um semi-triângulo amoroso, pois Julien sabia da existência da paixão de Jimmy, mas Estêvão não sabia que existia outra brasileira que amava a mesma pessoa perdidamente. Não sentiu raiva dele, pelo contrário, apoiava o romance dos dois já que tudo que importava à ela era a felicidade de Jimmy, que como ela, era infeliz, e as chances de pessoas como eles serem felizes algum dia é quase nula.
O brasileiro era amante da MPB e da poesia do país, assim como amava ouvir pós-punk e escrever, interesses que eram comum aos três perdidos, mas era profissional para ele já que conseguira que seus trabalhos fossem publicados diversas vezes. Se Jimmy era Sid Vicious, Julien desejava ser Nancy (ou Courtney Love dependendo do humor), Estêvão era Cazuza.
Morava sozinho e não conseguia se fixar em lugar algum, estava à procura de algo que só poderia achar dentro dele mesmo mas não sabia por onde começar; convivia com *** há alguns meses na época, mas estava relativamente bem com aquilo, tinha um controle emocional maior do que nosso Sid.
Assim como aconteceu com Allan e Julien, não demorou muito para que Estêvão caísse nos encantos de Jimmy, que não eram poucos, e não fazia mais tanta questão de esconder o que sentia por ele. Dono de olhos infinitamente azuis, cabelo bagunçado que mudava de cor frequentemente, corpo magro, pálido, e escrevia os versos mais lindos que poderia imaginar, Jimmy era o ser mais irresistível para qualquer um que quisesse um bom tema para escrever.
--
Julien era de uma cidade pequena do Brasil, onde, sem a internet, jamais poderia ter conhecido Jimmy, que frequentava apenas as grandes cidades do país. Filha de pais separados, tinha o mesmo ódio pelo pai que ele, mas diferente do amigo, seu ódio era usado contra ela mesma, auto-destrutiva é um termo que definiria sua personalidade. Era de se esperar que ela se apaixonasse por alguém viciado em drogas, existe algo de romântico sobre tudo isso, afinal.
Em uma quarta-feira comum, antecipada por um dia nublado, escreveu:

Minhas palavras, todas tiradas dos teus poemas
Teu sotaque, uma voz imaginada
Que obra de arte eram teus olhos
Feitos de um azul-convite

E eu aceitei.


Jimmy era agora seu mundo, e qualquer lugar do mundo a lembrava dele. Qualquer frase proferida aleatoriamente em uma roda de amigos e automaticamente conseguia ouvir sua opinião sobre o assunto, ela o conhecia como ninguém, e em tão pouco tempo já não precisavam falar muita coisa, os dois sabiam dos dois.
Desejava que Jimmy fosse inteiramente dela, corpo e mente, que cada célula de seu ser pudesse tocar todas as células do dela, e que todos os pensamentos dele fossem sobre amá-la, mas como a maioria das coisas que queria, nada iria acontecer, se achava a pessoa mais azarada do mundo (e provavelmente era).
Em uma noite qualquer, após esperar o dia todo ansiosa pela hora em que Jimmy voltaria da faculdade, ele não apareceu. Bom, ele era mesmo uma pessoa inconstante e já estava acostumada à esse tipo de surpresa, mas existia algo diferente sobre aquela noite, sabia que Jimmy estava escondendo alguma coisa dela pois há dias estava estranho e calado, dormia cedo, acordava tarde, não comia, e as músicas que costumavam trocar estavam se tornando cada vez mais tristes, mas era inútil questionar, apesar da intimidade, ele se tornara uma pessoa reservada, o que era totalmente compreensível.
Após três ou quatro dias de aflição, ele finalmente volta e não parece bem, mesmo sem ver seu rosto, conhecia as palavras usadas por ele em todos os momentos. Preocupada com o sumiço, foi logo questionando sua ausência com certa raiva e euforia, Jimmy não respondia uma letra sequer. Julien deixou uma lágrima escorrer e implorou por respostas, tinha a certeza de que algo estava muito errado.
"Acalme-se, ou não poderei lhe contar hoje. Algo aconteceu e seu pressentimento está mais que correto, mas preciso que entenda o meu silêncio", disse à ela.
Julien não respondeu nada além de "me dê seu número, sinto que isso não é algo que se conta por escrito".
Discando o número gigantesco, cheio de códigos, sabia que assim que terminasse aquela ligação teria um problema muito maior do que a alta taxa que é cobrada por ligações internacionais. Ele atendeu e começou a falar interrompendo qualquer formalidade que ela viria a proferir:

– Apenas escute e prometa-me que não irá chorar.
Ela não disse nada, aceitando a condição.
– Há tempos não sinto-me bem, faço as mesmas coisas, não mudei meus costumes, embora deveria mas agora é tarde demais. Sinto-me diferente, meu corpo... fraco. Preciso te contar mas não tenho as palavras certas, acho que nem existem palavras certas para o que estou prestes à dizer então serei direto: descobri que sou *** positivo. ´
Um silêncio quase mórbido no ar, dos dois lados da linha.
Parecia-se com um tiro que atravessou o estômago dos dois, e nenhum podia falar.
Julien quebrou o silêncio desligando o telefone. Não podia expressar a dor que sentia, o sentimento de injustiça que a deixava de mãos atadas, Ele era a última pessoa do mundo que merecia aquilo, para ela, Jimmy era sagrado.

Apenas uma pessoa soube da nova situação de Jimmy antes de Julien: Allan.
Dois dias antes de contar tudo à amiga, Jimmy havia ido ao hospital sozinho, chegou em casa mais cedo, sentou-se no sofá e quis morrer, comparou o exame médico à um atestado de óbito e deu-se por morto. Allan chegou em casa e encontrou o amigo no chão, de olhos inchados, mãos trêmulas. Tirou o envelope de baixo dos braço de Jimmy, que o segurava como se fosse voar a qualquer instante, como se tivesse que apertar ao máximo para ter certeza de que aquilo era real. Enquanto lia os papéis, Jimmy suplicava sua morte, em meio à lágrimas, Allan lhe beijou como o amante oculto que foi por anos, com lábios fracos que resumiam a dor e o medo mas usou um disfarce para o pânico que sentia e sussurrou "não sinto nojo de ti, meu amigo, não estás morto".
Palavras inúteis. Já não queria ouvir nada, saber de nada. Jimmy então tentou dormir mas todas as memórias das vezes que usou drogas, que transou sem saber com quem, onde ou como, estavam piscando como flashes de luz quase cegantes e sentia uma culpa incomparável, um medo, terror. Mas nenhuma memória foi tão perturbadora quanto a da vez em que sofreu abuso ****** em uma das festas. Uma pessoa aleatória e sem grande importância, aproveitou-se do menino pálido e mirrado que estava dormindo no chão, quase desmaiado por culpa de todo o álcool consumido, mas ainda consciente, Jimmy conseguia sentir sua cabeça sendo pressionada contra a poça d'água que estava em baixo de seu corpo, e ouvia risos, e esses mesmos risos estavam rindo dele agora enquanto tentava dormir e rezava pra um deus que não acredita para que tudo fosse um pesadelo.
----
Naquele dia, Jimmy, que já era pessimista por si só, prometeu que não se trataria, que iria apenas esperar a morte, uma morte precoce, e que este seria o desfecho perfeito para alguém que envelheceu tão rápido, mas ele não esperaria sentado, iria continuar sua vida de auto-destruição, saindo cedo e voltando tarde, dormindo e comendo mal, não pararia também com nenhum tipo de droga, principalmente cigarro, que era tão importante quanto a caneta ao escrever seus poemas, dizia que sentir a cinza ainda quente caindo no peito o inspirava.
Outra manhã chegou, e mesmo que desejasse com toda força, tudo ainda era real, seus pensamentos eram confusos, dúvidas e incertezas tão insuportáveis que poderiam causar dores físicas e curadas com analgésicos. Trocou o dia pela noite, já não via o sol, não via rostos crús como os que se vê quando estamos à caminho do trabalho, só via os personagens da noite, prostitutas, vendedores de drogas, pessoas que compravam essas drogas, e gente como ele, de coração quebrado, pessoas que perderam amigos (ou não têm), que perderam a si mesmos, que terminaram relacionamentos até então eternos, que já não suportavam a vida medíocre imposta por uma sociedade programada e hipócrita. Continuou indo aos mesmos lugares por semanas, e já não dormia em casa todos os dias, sempre arrumava um espaço na casa de algum amigo ou conhecido, como se doesse encara
D. Furtado
hi da s  Oct 2017
três páginas
hi da s Oct 2017
toda cheia de vontade de ser um outro formato cheio de glória e que insiste em viver apesar do ar quente e sufocante dos quartos. menina levanta. pega com a mão. te suja. respinga aquela tinta e prepara tua boca pra gritar. não espera sentada nessa cadeira velha de ferro com essa espuma que conforta teu peso. aprende a respirar: inspira e expira. é fácil, olha. alguns fazem parecer bem simples, só que não é e tais enganada. o jogo tem muito mais chão do que imaginas. querias, é claro, dominar o mundo desde que chegasses. não é bem assim. precisas escrever muitas páginas ainda. foram só algumas mil semanas. procuras um motivo não é mesmo? mas sempre escolhes o mais fácil: não, eu não preciso disso. a vida te venceu sem fazer muitos movimentos. te parece injusto esse processo? parabéns. descobrisse como é que funciona o sentido de acordar todos os dias. olhar os rostos, o peso dos narizes, as curvas das orelhas e a largura das cinturas. essa criatura percebe quando alguém chorou antes de dar bom dia. levantou e continua levantando diariamente sem horário pra levantar. a porta independente de aberta ou não, vai falar aquilo que queres saber. falo pra ti ainda tudo isso? não vale a pena tentar organizar a ***** cinzenta. ela desprovem de gavetas. segurar a cabeça pareceu uma boa ideia. foi só por alguns segundos. perdes a paciência pra certas coisas muito rápido. ficas nessa insistência de não sei o quê. primeiro olha pra dentro e não dificulta tudo. não entendes o alfabeto com números. escreves até sem pensar e te atentas em preencher os espaços em branco. tua obsessão exagerada por tudo que amas e veneras chega ao absurdo. és aficionada por ti mesma e sabes disso. que lindo se apaixonar pelo espelho. que lindo se apaixonar pelo espelho. todos os dias. essas manchas todas dentro de ti parecem não acabar nunca. não dá pra ser abstrata. ser diferente. ela insiste em querer falar bonito. tudo que ela queria era arrancar esse fluído embolorado que persistem em crescer dentro. não admite que precisa encerrar o assunto. quanto tempo já passou desde que tu descobriu tudo isso? para de ficar fingindo que não vês a enorme pedra encobrindo as passagens. ficas tão inquieta que acho que nunca dormisse de verdade. acordas cansada. mais ainda do que quando colocas a cabeça encostada no travesseiro. pensas que tais viva e vivendo, mas não tais sorrindo com a frequência que deverias. certas palavras são escritas com mais fúria do que outras. cansada de falar ela só olha pro chão e põe a cabeça pra imaginar, e vai tão longe que nem mesmo aqueles quinze metros de pernas não conseguiriam alcançar. é tão bom escrever sem pressão, né? já sei que vais querer parar a qualquer momento por que lidar com o medo te faz recuar. tens medo do que mesmo? tens vergonha? teu corpo tem curvas que só a luz, a pele, o osso e o tecido conhecem. curvas essas que não se parecem com teu sustento. percebe-se que são coisas muito difíceis de traduzir. será que em outra língua tua conseguirias? tenho dó. francamente: o que vai ser de ti daqui cinco anos? te assustasse agora? enche um copo de água gelada e prende a respiração. dá dois, três, quatro goles. querias era gritar junto com aquelas três ou quatro músicas que andas suportando ouvir. pequenas respirações que parecem vir a partir da metade. afinal já fazem dez anos. querias ser jovem pra sempre? pois saiba que não podes. sentes o pesa da alma? a carga da perda e a falta de controle cada vez maior. vai acumulando tudo isso pra tu ver até onde vai dar. só choras quando o assunto é tu mesma. a história dos outros é bateria pra tua solidão incompreensível. quando é que vais parar de escrever? será que vais ler isso amanha e querer jogar fora? chegar de pensar em como os átomos só seriam visíveis com olho mágico. chega. não pensa assim. não tem saída não. o controle não é um simples objeto. não compara a um relógio, por exemplo. achas que três páginas vão ser suficiente? precisas de mais o que pra entender que nada funciona do jeito que a gente quer. aquela menina pode parecer burra mas pode estar vivendo feliz. para de especular. olha só, ela virou poesia. termina de escrever o que queres pro teu coração pulsar mais calmo. vai devagar. tens outras coisas pra se importar. parece meio bobo eu sei. nunca dá pra confiar no que se escreve. a linguagem é uma coisa difícil. complicado. tanto a, e, i, o, u. que besteira tudo isso. te deu vontade de riscar tudo que foi escrito até aqui. boba. não é perda de tempo se expressar. querias ficar calma não é mesmo? te presenteio com tua mão esquerda que gasta essa tinta. formas as letras e tens as palavras. agora uma frase. um ponto. mais outro ponto, e agora outra vírgula. fiz certo? fecha a porta, diz a tua mãe. teu dia finalmente tá acabando. e o espaço pra escrever também. surgiu aquela dúvida que te martela todos os dias: quanto tempo eu tenho até que morra? coças o olho esquerdo. um cílio torto que te incomoda. tocando a ponta saliente da unha do mindinho. a do pé, não a da mão. sinal de ansiedade. tais quase desistindo, né? tudo bem, falta pouco. vais poder se sentir vitoriosa e aliviada. pensasse naquela boca. esquece. nunca mostra isso pra ninguém. promete. a ansiedade aumentou um pouco. os olhos piscam cada vez menos. concentra. vai valer a pena esse tempo perdido? ao menos tais guardando todas as lembranças boas de tempos sombrios. que linda a caneta em ação. ainda não acabei de expurgar. você também não.
sobre tudo que senti em três páginas datilografadas.
Wörziech May 2013
Amigos queridos,
sem faces e sem nomes.

Retiradas foram suas vísceras,
logo antes de seus corpos imergirem
em um exacerbadamente denso volume de sangue
grotesca e plenamente apreciado
pelos algozes responsáveis,
certos irreconhecíveis demônios.

Vieram dos céus os tais tiranos,
visíveis, mas imateriais,
enquanto esperávamos
inconscientes e inevitavelmente despreparados
para uma luta justa.

Sobre os indiferentes, distantes,
mas ainda amigáveis e queridos companheiros,
ainda recordo de alguma ordem:

O primeiro não sentiu dor alguma,
bem como nada viu ou percebeu; fora partido ao meio.
O segundo, já desesperado e afogando-se em lagrimas,
tornou-se borrão de um vermelho pesado, grosso e brutal;

Dos outros, três ou quatro,
somente tenho em mente os gemidos inexprimíveis;
uma junção entre suspiros e soluços
de uma morte nada convidativa e próxima.

Foram todos rostos sem faces perdidos
na espera do desconhecido fatalmente promulgado
pelas minhas ânsias.

O ultimo vivo me induziu à única ação possível:
pude cair meus quinhentos intermináveis metros;
deslizando, enquanto tentava me segurar,
por um material recoberto de farpas
que transpassavam minhas mãos,
as quais sangravam em direção a um mar, sombrio e obscuro;
me afundei irremediavelmente em minhas próprias aflições.
Butch Decatoria Aug 2016
[This piece is a grower, one of my lengthier poems, but don't worry - just enjoy the journey on my ride.]


Craigs Schindler's
the Personals, VIP - Invite
Lists
Of "A" Listers on the DL
Haters D-Listing us...

So yeah, I got on
Craig's Intersection on Chrome,
and this what I read...

[MEN Seeking Men]
"Amen and good luck on finding the One in here"

Cyber-ly here,
We Seekers seeking Sick seas
to feel pleased,

Should of made a quick sticky
Note - "It's like looking through a filth mag."
with a mouse to turn the page
No need to feel shame.

Let's give us a chance,
Cyber here be
like - click - pics - clack
opens where we view
at that - a close up of a Mr.'s

**** Slong Johnson Peter Pecker Wood
(Don't ****)

Mushroom tops / Low sagging sacs...
The next pic - *click click
is also Member only.
Who's ads dare say
self-description / Promo / Sales' Pitch
A one-liner catch phrase

Hook  Line  And  Sinker.

**** Pleasures.  All your needs.
Age : 26 / Location : Strip.
His pic is also ****.

Where's my Cub? Top seeks Bttm
Bottom of the list
but still - It's Equal Opportunity Miss.

Late Night ******* looking for a Regular
(You know like how dogs keep going back
   to the same spot he ******)

Want a *******--22

Nips and JO (You know J for Jack and then Off)

Busco Chavito Activo M4M
Muchacho's Quatro Mi'cha-chos

All-American for encounters with the Same - discreet

Pages on pages of this place
Cyber Ether Web
And the address for such sites
     No longer a conversation chat room to connect
its business of exchanges
no one likes wasting time
getting nothing
     No one cares for a walk in quick-sand sludge
drowning in mud

In excess we numb our selves
from the heavy absence of Life
but I dare say :
     "Self-Respect is Love -Self - Love"
I stop flipping through the pages
of **** upon **** pics
a few body and **** shots
not one of a face
     without shade, beanies, hoods, photo-shopped
"disguise" - is the same as "hide"
so not to be recognized
so ridiculed with embarrassed shame
where they respect you at work

Must not end up like **** on Craig's list.
And without a pic, I place my own post

Yearning for Mr.'s **** Slong Johnson / Peter Pecker Wood
(Just for kicks--curiosity--what kind responds replies)
It's a gamble on here
Cyber-ly in there - with lists raining
*** and **** and misters (its hot in Sin city).

What's cookin'--who's lookin' -- Sookies
****** and Chance
perchance ...

To dream and in that dream, Feel...
when all I feel is blue
**** Slong Johnson Peter Pecker Wood
wit deez ... nuts
Family Jewels
Nothing but wanting for nutting

Don't be a ****
and go look for some kind of kindness
some kind of beautiful
life of a Love Life
back then when in the back of an '80's
pink station wagon...

Howling at the moon as all dogs do,
And no sign of a ******

Thank goodness thanks to She
All
Mothers love
my Juliet's
with sincerest respect


Don't forget to look for Love
now
**"I bow to the Divine in You"
ken park  Nov 2013
Perdida
ken park Nov 2013
Triste e sem caminho, assim ela pensava. Cansada de acordar todos os dias e ter aquela mesma sensação. Porra, eu já fiz isso! Todos os dias, toda hora, a mesma coisa. As pessoas não ligavam para isso, todo mundo sempre acha que o seu problema é maior do que o do outro. Mas no final, o problema de todo mundo é maior que o outro. É um ciclo repetitivo sem fim. Um ciclo de merda infinito. Assim era a vida dessa menina. Ela realmente estava perdida. Ou, achava que estava perdida. Nossa cabeça as vezes, ou sempre, nos faz prisioneiros de nós mesmos. Nós usamos, involuntariamente, nossos erros e medos contra nós mesmos. Onde ela estava com a cabeça? Eu quero ser assim, pensava ela... Pobre menina. Por que as pessoas acham "bonito" ter problemas emocionais, vidas dramáticas, coisas trágicas e o caralho a quatro de problema? Talvez a gente só queira ter uma aventura na vida, mas as vezes nós não lembramos, que a vida não é um filme, e que o final não vai ser feliz como sempre, ou que nós podemos evitar tal coisa, imaginamos sempre que sera aquela tragedia clichê tipo um Christiane f e no final tudo vai ficar bem. Não fica tudo bem. A nossa juventude está perdida. Realmente. Eu faço parte dessa geração. Nós temos vários tipos de pessoas, grupos sociais, gostos variados, culturas diferentes. Mas em uma coisa nós somos iguais. Nós sofremos. E isso meu amigo, não é brincadeira. Hoje em dia, não temos mais aquela amizade com as pessoas igual era 40 anos atrás, hoje em dia ta tudo muito superficial, muito mentiroso, muita encenação. O ser humano está perdendo cada vez mais a sua compaixão, a sua criatividade e a sua liberdade de se expressar. A nossa população está completamente alienada a coisas negativas e coisas que não levam a nada. Estamos perdidos. E eu, sou só mais uma, perdida. Mas em meus problemas, que eu não sei resolver.
Edna Sweetlove Oct 2015
Ah! 'twas so many moon ago
When I met young(ish) Diana
- Known as ***** Di to her friends
Because of her willingness
To gaily **** almost anyone
Provided he was well-hung and sweet-smelling.

Ah! Delightful Bracknell New Town,
Dormitory zone par excellence,
And home to dear little ***** Di,
A paradise where I fully intended
To sleep with her (and much more)
On our very first romantic date.

I felt a bit of slight extravagance
Would ensure a good bunk-up
So I checked out the GFG
For a reasonably priced
Candle-lit Italian restaurant
Within a 10 miles radius.

After a rather tasty nosh-up
We repaired to her proletarian home,
The very first time yours truly
Had ever been in a Council flat,
(and I was a bit anxious about
leaving my Audi A6 Turbo in the street).

As we headed for the bedroom
She asked me conspiratorily
To keep my ******* voice down
As her eleven year old ******* son
Was hopefully fast asleep, doped up
On a generous dose of paracetemol.

O how lustily we two copulated!
Indeed more than merely that;
How I took full advantage of
Her other delightful apertures;
One could safely say that
No holes were barred that night.

We were just in the middle of
Session numero quatro
Involving a vigorous *******
Bit of backdoor love-action,
When the bedroom door opened
And in walked little Reginald.

He said naught but only gaped
To see Mummy in flagrante delicto
(mercifully we were in the good old days
before mobile phones and iPads,
or else our ***** coupling
would have made the rounds of Year 5).

Oft times have I wisely considered
What impression that visual treat
Might have made upon his growing mind:
Was he emotionally scarred to find
His dear Mama was a total slapper
Who liked a bit of uninhibited botty-fun?

I doubt it - but I shall ne'er forget his cry,
So revealing was it of the mores
Of the aspiring lower classes:
*"For Christ's sake who's banging your fat **** this time, Mum,
Can't you keep the noise down, for once?
I've got ******* school in the morning."
Victor Marques  Jun 2012
Acordar
Victor Marques Jun 2012
Acordar

Na noite adormeço os sonhos do dia,
No travesseiro repouso poesia.
As estrelas brilham no firmamento,
Eu acordo a cada momento.

Podemos ter sonhos inacabados,
Segredos bem guardados.
Silencio magistral para o corpo e nossa mente,
Acordar novamente…

Os que acordam em camas de ninguém,
Felizes sem nada acordam também.
A natureza com suas rolas a cantar,
Quatro da manhã toca a despertar.

O Silencio da noite santifica,
O Sono te acolhe e dignifica.
Nas estradas do mundo ao luar,
Eu me sentei para acordar.

Victor Marques
acordar,despertar, noite, dia
Mateuš Conrad Jan 2017
it's twenty past four,
i have spent the past hour watching
the Vierschanzentournee -
like someone in England might
have stayed up, watching
the n.f.l. or a boxing match...
i bought johnny walker black
at the airport and i sat there
watching history.
                        can there be a modernised
version of ecce ****?
             apart from dietery requirements
and angst against Wagner
and all that pompous rattle
invoked in the original by Herr N.?
i guess there can be...
    there i was, on my hiatus,
going to bed almost every single night
trying to sleep-palm a chess set
or a keyboard, but both seemed out
of reach...
                   this, again, a forceful
resignation toward the past day,
              it will never be perfect,
the first approach will always be
rusty, it has been three weeks
since i last entered this spiderweb,
of snappy convo and even snappier
overload of democratic practises;
and before me: endless sleepless
nights, and countless miniature
fürhers... and thus this fact:
  which i thought was worth avoiding...
but then i did buy a used laptop for
550zł, (given the exchange rate,
that's roughly £100... the downside?
everything is in paul-leash (no,
that's not an americanism of drawl
and draw and slobber and Houdini's
last trick) - hence i might actually
sport a cravat, moccasins and a
velvet dinner jacket...
                                   and when
Rodin employed his minions to
    chisel away at chapters from Dante,
Dumas (have you ever seen his
omni coprus?) like some pseudo-Pope
employed heavy-drinking monks
to write out his stories for salon bored
ladies until their hands were
playing shadow-arthritis games
         that children would applaud:
rabbit! rabbit! poor monks, exhausted
from having scribbled and
chicken scratched chicken blood into
papyrus wanted nothing more than
to grow their nails so they couldn't
hold a quill... no matter! Dumas would
say... we'll sharpen your nails,
vol. 25 of the comte bourbon &
the flamingo dance, and Rambo XVI
were both written by the unfortunate
monks...
              once again: there's
autobiography... and there's an autobiography...
  to write an autobiography
so that no biography is worth writing...
perhaps if i used paragraphs:
i could be considered: "serious".
      then there's that thought:
thought as origin of biographics -
           nothing to be preserved in
it having happened, returning from
Stansted in a taxi:
  only a thought:
   philosophy cannot claim anything
to be counter-intuitive in its foundation,
to me that conjures up an analogue:
the guillotine is the counter-intuitive
foundation of the french revolution...
Ivan the terrible threw dogs off the Kremlin
wall, and gauged out the eyes of the St. Basil's
architect... and since then
children in Poland loved to play:
throw a bunch of marbles into a little hole...
evidently ancient Egypt resounded
in capricious cappuccino Milan...
or: Míllánò! nurse! nurse! the syllable-scalpel!
herr doctor, is that defined by diacritical
marks? yes sister.
                  **** in boots to suit you toppling
too...  and may i add:
             how ever did i digress from
the mundane reality of: second-hand laptop,
Windows in Polish... every single word
in english: red tape, underlined...
if i have dyslexia, it'll show like a crow's
feather on a dove -
and when it does, you can start calling
me Chief Apache Pixie Jack...
or how you have black and white as
polar, the rainbow... and then
nights in grey satin by the bothersome blues.
this will be defined by lacklustre
and hopping along... then, vaguely:
a romance?
                        it was supposed to
be a hiatus... hiatus...
         3 weeks of what became defined by
anything but such hopes...
   some people span a literary career of
20 years... take 3 years to write a book...
         it takes me 3 years to keep
a single thought...
          can you really repress biographic
accounts these days?
                                 well... if written
par with the times, i guess it's as much
fun as questioning whether
     the following two are very much akin:
1 + 2 + 3 = 5 - 10 + 20 x 2 = 30
is the same sort of arithmetic as when
you do the "math"of writing out
a word like onomatopoeia...
the hanging vowels of babylon...
          if anything, then this -
             as it also could be: on the scrapheap
of memory, a dazzling iron-clad
      heftiness of pulverising vector -
a Gucci demanding a pulpit and an
avocado on toast... champagne and
squid... or as the Michelin criteria were
revealed: rubber tire and squid di Calabria...
tell the two apart... you'll get a republic
passport... who would have thought
that rubber tires were the benchmark,
the ph 7 of foody palettes across the
azure blob, with some ashen and fern
bits in between.
   but this is me, testing new equipment...
having spent 3 weeks on two kinds
of detox... alcoholic... oh the whiskey...
and the ski jumping gavrons...
   plush? sparrels in a rolling dozen
of figurative barrels - and more sensibly?
kestrels, petted by stiff, castrated
   hippos of the sky, akin to astronomy
naming blobs: pi-7773-quatro-offshoot-of
Juno...
                 or a boo boo 747...
about as gracious as a **** launched
off a trebuchet at the dome of the rock...
gimmicky the sliding down...
hot wedge like swallowing a sword...
                3 weeks on this vegetarian
diet... detox alcohol detox 21st century
phonebook...
    rusty first imprints from the waiting game...
but my my...
               wasn't it fun...
                  Jan Kazimierz Waza
(the finicky cardinal)
                                       as presented by
Horatio... no no: John Ignatius Kraszewski...
   (Copernicus was apparently Prussia)...
which means Ignacy was Bella Belyy Kraшevsky...
      which makes me wonder:
why is the violin the pauper's? instrument
or the instrument of hoped-for empathy?
any one would tell you:
as also the accordion player on a tree...
well... roof here, roof there:
try doing ballerina's tip toe on a gothic
spiral tip of a cathedral...
and yes, the gargoyles... sing-along:
silent night...
                       holy night...
again: this was supposed to be a hiatus...
dogmatic statements... and....
    apodictic statements...
                      in truth, most people are
size 0 with their diet of words....
      where that turkey of a tongue to
fatten 'im up? well... ask the shepherds
of Damashek when Saladin will come
to rattle the blacksmith to wield a sword.
a thousand maidens faint...
   (if this was a cabaret voltaire play,
it would happen...
    and the two will never win:
one has a crop of hair on the scalp,
but spider-legs of a beard on the chin...
the other has precious silverware on
the scalp... and 21st Amazonian nomads
peeping out from between his
beard)... well...
not bad for a break from hiatus...
the whiskey is good,
                    the breadth has already been
tested...
   oh yes, the dreaded notes...
   this was supposed to be a:
a 3 week break, bam! a whole session
of writing it out in one go,
beginning with: the first question
i was asked as the Western Warsaw coach station:
do Kijova? i.e. to Kiev?
       oh sure, plenty of Ukranian merchants
down the western side of Warsaw...
   a Ukranian family of only women
sitting eating 3 while chickens among other
things: polskie chlopachki nie placzy...
and if you're lucky! you might even spot
a Mongolian!
                    it was never going to be an easy
transition...
i left Poland when it was -18°C...
                   sunny... bitter...
   walking on snow was like either
hearing a meow purr every time the foot impressed
itself on the snow, or i was wearing latex...
                 and to come into this abysmall
+7°C "winter" that England is?
   gothica... rain in winter... only in England...
and yes, if i were born here
i would be making awckward jokes about
the rain... but i wasn't.... i inherited it
from some unforseen discourse about
     Saint Gorbachev and how bloodless it all
became... prized piglets of Kazakh:
   dollar baby koo chi go go west and buys
usés a Lambro-jini... plight of the Sinking Belgian:
and all he did was sail to Congo on a waffle...
   pity the man! pity the man!
    i have no romance with England...
the grey skies and the constant rain
are like toenails to my heart... they're just there...
but you just see me walk in that pine
forest... in my natural element...
                              -18°C...
why did only German poets philosophise?
   and why did only Shakespeare make
poetry indistinguishable from philosophy and
why did the French turn to pastries
                                rather than the dry
and cough infused pages of bookworm time-donning
yella spaniel sepia waggle waggle
                  Sorbone          
   & Pavlov... pretty girls and pretty boys in
the Erasmus programme... to Rome!
to Antwerp! to Brioche! ... to a brioche...
                      Bruges!
                                               Kiev aflame...
Cracow a mind-game...
            Prague merely an INXS postcard from
the early 1990s...
                    Berlin a wall...
   Munich a litre of gods' **** and company of a dog:
of a dog's intuitive measure of man's
competence with regards to a desire for gods...
                   Lvov... thankfully Lvov
will never be the Istambul of Byzantines' nostalgia...
   so too Vilno...
                                                well...
that's for starters.
k f  Nov 2010
distância
k f Nov 2010
ou
'querer' em quatro tempos*


1.
Você está aqui
Eu estou lá
Perco o espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Todos querem
Um pedaço de mim agora.

2.
Você está aqui
Eu estou lá
Prendo-me ao espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Porque querer foi
O que sempre fiz(emos).

3.
Você está aqui
Eu estou aqui
Cegos ao espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Amanhã, quando 'quero' for
Sinônimo de 'podemos'.

4.
Você está lá
Eu estou lá
Partes do espetáculo
Por querer
Demais, mas
Sem querer--
Querer nunca foi,
O suficiente, foi?
El testament Coràn
In ta l'an dal quaranta quatro
fevi el gardòn dei Botèrs:
al era il nuostri timp sacro
sabuìt dal soul del dovèr.
Nuvuli negri tal foghèr
thàculi blanci in tal thièl
a eri la pòura e el piathèr
de amà la falth e el martièl
[...]
Lassi in reditàt la me imàdin
ta la cosientha dai siòrs.
I vuòj vuòiti, i àbith ch'a nasin
dei me tamari sudòurs,
Coi todescs no ài vut timour
de tradì la me dovenetha.
Viva il coragiu, el dolòur
e la nothentha dei puarèth!
Expo 86'  Nov 2015
Untitled
Expo 86' Nov 2015
Tire minha sobriedade com seus abraços
Deixe-me alucinado com o sabor de seus lábios
Permita-me respirar um pouco mais do ar que circunda o seu quarto
E perdoe-me pelos equívocos que cometo

Espero que entenda, que eles são causados
Pelas inseguranças e medos
Que são obras mal acabadas geradas pelo teu afeto

Mas o que dizer? ou o que falar?
Para mim sempre só me restou me desesperar
E o medo de tu, não consigo superar
Ahh maldita cabeça
Para ser um animal
Quatro patas é o que falta
Pois como as bestas
Parece que ele não consegue raciocinar

Mas ao menos tenho que agradecer
Ela me fez aproveitar todo os segundos
Dos abraços e beijos
Que aconteceram ou acontecerão
E acima de tudo dos que não existirão

E no final, tudo isso era para ser sobre algo bom?
Talvez eu deva aprender que admitir que errei não seja o fim do jogo
E que devia aproveitar muito mais nosso turno
Porque se for para dar errado que de
Mas nunca vou me distanciar de ti de novo

Por isso dessa vez só quero saber de você
Mas peço que me diga
Me diga, me explica
Por que está aqui ou se realmente é feliz
E quero que saiba que toda minha dor e insegurança começa aí
Gerando angustia e sofrimento que faz-me sentir tão egoísta que perco toda a motivação e coragem de ficar perto de ti

— The End —