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Lua Apr 2019
Museus e construções em chamas
Invadem sonhos dos quais não me recordo
Acordo, então, com teias em meu coração
E um sentimento vazio em meio as tramas
Sem lembranças e sem desejar vingança

Primeiro aqui, depois lá
E tantos outros ocorreram
E você nem irá recordar
Pois não era Estados Unidos ou Europa
Se for Rússia, Alemanha ou China
Se lembrará então da Índia, Chile ou Argentina

Pois construções divinas como esta e outras mais
Mal se comparam com as árvores centenárias e os rios que aqui não mais jazem
Nas mãos dos donos do primeiro mundo
Possíveis conspiracionistas enquanto tomam seu chá
E fumam seus charutos caros, despreocupados
Exalando a fumaça de Notre Dame, de museus nacionais e ainda mais
Bebendo em seus chás
As águas dos rios que assistiram secar
Lalá Jan 14
Tu és um milhão de coisas;
Desejos, pesadelos, alucinações que nem bálsamos aplacam
Olho ao meu redor, e lá estás,
Porém, em meu ser, não te sinto.
A voz do povo, como um roubo de opiniões, revela a lógica
E o absurdo,
Pois o verbo é o que é,
E também o que não pode ser.

Antigas poesias,
Clamando às estrelas e à lua,
Mais um divertimento fugaz.
Sentimentos que não encontram sentido em tua mente turvada,
Como uma epiléptica a observar um estroboscópio sem fim.

Tu fizeste flores brotarem em meus pulmões
E em meu peito;
Embora formosas sejam,
Não consigo respirar.
Arrancaria tais flores e te as entregaria,
Um ramo de “eu te amo” que jamais foram ditos.
Teu nome, como gelo, cala meu coração.

Espero, aguardo, pela próxima mensagem,
Risadas que me impelirem ao retorno,
Ansiedade que confunde o pensamento,
Sofrendo por males que não ocorreram… ou ainda ocorrerão?

Na minha sepultura, portas se fecham,
Meu corpo se desfaz,
As flores se tornam parte de mim,
Pouco chegam a mim as vozes que falam
De uma fantasia.
Resta, enfim, a solidão.

— The End —