Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Sangue dos Meus Antepassados Douro  sublime


Do barro quente nas mãos da avô,
brotava o suor bênção feita em pó.
Era a terra quem mandava, sim senhor,
com honra, com dor, com verdade e amor.


Sol tórrido das tardes de julho a arder,
o canto das cigarras fazia-me adormecer.
E os meus olhos ardiam a ver o poente,
como quem espera que  Deus salve o não crente.

Videiras, raízes, troncos calados,
sobreiros velhos, zimbros cansados.
Homens duros como a cepa da Touriga,
Inanimados com tanta fadiga.




Mulheres firmes, ousadas, sem igual,
como pedras do lagar tradicional.
Nos lagares, a alma pisa a vida,
e o tempo esquece qualquer ferida.


Torradas feitas em lareiras do passado,
azeite espesso, denso, abençoado.
Ai, figos secos da infância sentida,
deixai o Douro ser sonho e ser vida.

Este Douro, meu sangue, minha alvorada minha terna saudade.
É berço dos homens com verdade,
dos que lavram, suam, cantam em liberdade,
E sepultados serão nas vinhas da eternidade



Victor Marques
Douro Valley
Yorlan Jan 24
Es de madrugada.
Me pesan los ojos,
mas mi mente no descansa.

Buscando sosiego
escribo estas líneas.

La monotonía del insomnio
se está convirtiendo
en mi mayor pelea.

Los pensamientos
se vuelven un eco incesante
que me recluye del sueño.

Noches eternas,
días vulgares,
estrecha sociedad,
perfil bajo.
A eso se reduce mi vida.

— The End —