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Victor Marques Dec 2011
Passageiro Frequente da Tap

Palmilhando milhas nos céus indiferentes,
Cruzo-me e tenho distintos sentidos,
Viagens que temos sem ser tripulantes,
Laços já estabelecidos.

Sentir a sóbria educação,
Viajar sem engano.
Sorriso e coração,
Calor humano.


Atitudes que ninguém faz registo,
Perdemos realidades duradouras,
Mas eu sim acredito,
Nas gerações vindouras.

Victor Marques
Hoje apetece-me penetrar no fundo da vossa escuridão,
E desde já, uma palavra ao leitor passageiro de viagem,
Estas palavras, são minhas e de quem as consegue ler,
Não são para ninguém, a menos que as consiga querer!
A todas as almas negras da minha vida, peço calma,
Não podereis ter sabor de vitória, nem de mim glória,
Sendo pobre que nem riacho sem peixes, ou rico de gral,
Como pobre, sou feliz porque respiro o cheiro do amor,
Do amor que me consola e que como eu se sente rico!
Se fossem de riqueza os meus bolsos, eram as coisas mais simples,
Que teriam lugar em minha vida, pois só assim me deitaria feliz!
Por isso nem que o corpo me tirem, nunca nem assim me venderei,
Nunca a vós darei almas negras, o desdém de perder a minha honra!
Por mais pobre que sejam minhas vestimentas, há coisas que manterei,
Minha integridade e valores de amor verdadeiro, por amigos e meu amor!
Eles conhecem-me a mim e eu conheço-os a eles, e de vós a ideia não mudarei!
Por isso, dediquem-se a ter uma vida de utilidade, deitem-se à noite ignorantes!
Acordem de manha, pensando em vossas vidas, porque eu estou vivendo,
Apesar de pensarem que quero gritar e me despedir, é mentira agora e será.
Será assim, sempre, porque o destino de minhas mãos, depende de eu querer,
Daquilo que me dedico, eu sei fazer, e por isso faço para as merecer!
O céu agora é escuro, distinto do meu coração verde de esperança,
Não desejo a meus inimigos, pior do que aquilo que quero para mim,
Porém, eu sei que o homem, não faz justiça tão atempo, como a de Deus!
E agora vou dormir, continuar sonhando com os sonhos que de dia já vivi,
Sei que vou acordar na lembrança de alguém, de quem eu amo e me ama também!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.07.15.02.05
Mariah Tulli Oct 2014
Alice, Alice
Sempre reclamava alice:

-Como não me amar?
-Porque ter de ir embora?
-Posso eu ser pequena por fora e grande por dentro?

Pare de perguntas alice, me disseram que você andava feliz..

- Sim, eu andava, mas ele me fez encolher de novo

Ah minha querida, isso é passageiro, já já vem outro e você crescerá e
sua alma se elevará.

- Como tens certeza disso?

Ja te disse Alice, não perguntes, apenas acredite.

- Acredite, acredite.... Que frieza minha, achar que seria só meu.
- Como pude querer possessão?

Fácil, foi o ego, ele não iria suportar o fato concreto da perda,
então, se colocou a frente, fazendo-a acreditar que se a possessão não
existisse você iria por água a baixo ou melhor dizendo, por buraco abaixo, mas entenda minha querida alice, que....


A alma flutua, e se estivermos na direção errada
ela irá se afundar,como se estivesse caindo num fundo buraco,
só que enquanto você cai vai percebendo que quanto mais ela naufraga,
mais ela emerge,e continua flutuando, como num equilíbrio poético,
sem ter direção,sem ser julgada como errada ou certa, pois a vida é igual a chuva, ela cai e continua caindo, mas como num ciclo ela evapora e se transforma , se renovando, se equilibrando.
toda noite deito minha cabeça no travesseiro
viajo em minha mente como um passageiro
sonho com o inalcançável e me perco por inteiro

se não me identifico com a vida real
se meu eu só é contemplado no surreal
há algo em mim que é verdadeiro?
there it goes, some words in my mother language idk it feels uncomfortable
Dayanne Mendes Oct 2018
Por favor
Me diga
Que esse sentimento
É efêmero

Por favor
Me diga
Que fará as malas hoje
E que
Me deixará

Por favor
Parta
Me deixe
Eu
E minha dor

Por favor
Eu imploro
Hoje
Seja só
Um passageiro
Wörziech May 2013
Em memórias imprecisas,
encontrar-me-ei com meus pensamentos
com pensamentos…
No buscar da essência vaga do saciar de minha alma,
massivos ideais sob discórdias sufocantes preenchem minha universalmente invisível instância.
Se contrapõem de forma continua e imutável, ecos em minha mente.
Mas em um hoje não efêmero, vi através de sons metafísicos a materialização distante e não palpável de minha verdadeira ânsia: a permanência desta inexprimível e inexplicável sensação,
que indica a natureza deste equilíbrio improprio,
harmonicamente rebuscado, descolorido, ofuscado e infinito aos meus meros olhos;
Um equilíbrio puramente natural e existente, constituinte de um todo cósmico;
a associação entre os padrões naturais, a expansividade mental e a conexão que transgrede a razão aparente.
Em meu invisível, insignificante e passageiro momento perante tal, idealizo me aproximar, mesmo que infimamente, dessa transcendência, desse puro conhecimento, da distante e inalcançável verdade.
Mistico Mar 2
O fim talvez não seja o fim,
mas apenas um instante onde tudo desaba,
onde os pés tocam o fundo do abismo
e, ao olhar ao redor, percebes: ainda há caminho.

Olhas para trás e corres,
não para reviver, mas para rasgar páginas,
para incendiar memórias,
como se o fogo pudesse consumir a dor.

Nós, que pensamos demais,
nos agarramos ao que foi belo,
mas lutamos para esquecer o que fere,
ainda que o passado insista em nos rodear,
sussurrando lembranças que não pedimos para ouvir.

Será, então, que uma nova vida nos faz esquecer,
ou apenas nos ensina a conviver com o que fomos?
As palavras ecoam em nossos pensamentos,
lutamos contra nós mesmos em silêncio,
tentamos preencher o vazio com alguém,
como se um novo rosto pudesse apagar as cicatrizes de um antigo.

Mas há um dia – distante, mas certo –
em que tudo o que um dia nos pesou
se desfaz como poeira ao vento,
e o que antes nos consumia, torna-se nada.
Nenhuma mágoa, nenhum apego, nenhum nome.
A dor se reformata, a memória se apaga,
e enfim, a alma descansa.

O poço nunca terá fim,
mas dentro dele há uma escada invisível,
que surge quando menos esperamos.
Não há pressa, não há fuga,
porque até o sofrimento é passageiro,
e a vida, por si só, nos ensina a subir.
Há uma evolução emocional ao longo dos versos, indo da dor profunda até a libertação.
Mistico Mar 2
E assim foi… mais uma história marcada,
não pelo encanto da reciprocidade,
mas pela ilusão de um afeto passageiro,
que se desfez tão rapidamente
quanto a folia de um dia de carnaval.

Representaste, por um breve instante,
o que havia de melhor em mim,
fingindo corresponder à sinceridade
que, em meu peito, era eterna.
No entanto, tua lealdade revelou-se fugaz,
tua entrega, mera conveniência,
e ao primeiro sopro da euforia mundana,
trocastes um amor sincero
por uma aventura vazia,
tão efêmera quanto tua promessa de permanência.

Pensamentos atropelam-se, o coração pesa,
e mais uma cicatriz se forma na pele da experiência.
Algumas lágrimas caem, não por arrependimento,
mas pela constatação amarga
de que fui generoso demais,
ao conceder espaço a quem jamais o soube valorizar.

Não me culpo por sentir, nem por entregar
o que havia de mais puro em mim.
A culpa recai sobre quem se perde
em suas próprias artimanhas,
fadado a colher os frutos de suas escolhas,
quando o tempo cobrar sua dívida.

Assim segue o jogo da vida:
hoje engana-se, amanhã é enganado.
Não somos perfeitos, mas a verdade sempre se impõe,
e eu fui prova viva de que minha sinceridade jamais titubeou.
Pena que nem todos possuem a mesma grandeza.

Trocar uma vida inteira por um instante de prazer
é um preço alto a se pagar.
No fim, não há rancor,
apenas a constatação do óbvio:
agora, todos sabem quem realmente és.

Por isso, deixo apenas um agradecimento –
não por tua presença, mas por tua partida.
reflexão, decepção e uma lição aprendida
Mistico Mar 3
As inspirações que agora me tomam
Fazem-me pensar se olhei para o lado errado.
Talvez a mesma sensação que me invade neste instante
Seja eco da que senti mais cedo.

Mas seria possível que a indireta enviada fosse real,
Ou apenas um devaneio da minha mente inquieta?
Não seria mais justo seguir o caminho reto,
Dizer o que se quer sem rodeios?

Talvez o medo da negativa
Seja um fardo maior que o desejo,
E por isso as palavras se perdem
Antes mesmo de serem ditas.

Serenidade e culto tom são vistas como antigas,
Enquanto a irreverência e o descuido
Se tornam os novos versos da modernidade.

A juventude já não entende o querer genuíno,
Pois são poucos os que escolhem pelo ser,
E já não há quem ame por essência,
Mas apenas pelo reflexo de um instante passageiro.
Mistico Mar 3
O tempo, tão exato quanto a própria existência,
Tecelão do passado, do futuro e do agora,
Transfigura palavras em verdades concretas,
Mas revela, também, a futilidade do amor ilusório.

Diz-me que me ama, que sou seu destino,
E eis que, ao final, a mesma voz que jurou
Transforma-se em lâmina afiada,
Em ameaça, em sombras, em dor.

Que amor seria esse, senão um sopro passageiro?
Um sentimento efêmero, moldado ao capricho do instante,
Que se desfaz como cinza ao sopro do vento,
Deixando apenas o eco do que nunca foi.

O tempo avança, impassível e justo,
E aquele que me feriu se perde em seus próprios dias,
Consumido pela roda que um dia girou contra mim.

E eu, desperto pelo golpe do tempo,
Sigo em frente, intacto, sábio, renovado,
Pois o tempo que me resta é meu,
E só a ele devo fidelidade.

— The End —