Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Pensando nos lugares em que estive,
Física e espiritualmente,
Os tormentos de agora apresentam-se desmedidos
Porque dói tanto isto que nem dói sequer?
Que me não causa, isto,
Miséria ou infelicidade, isto,
Que embora a boca, amedrontada,
O não tenha dito
Era precisamente o que desejava para mim?
É certo, não assim…
Ah, cheguei a ousar dizê-lo!
Em confidência à minha mãe,
Sorrateiramente por versos escondidos.
Isto que eu queria!

É certo, não assim.
Não mordendo o fruto
Que me deste, oculto pela mão,
Sobre os meus protestos gritados,
À boca a provar; e, embora eu o cheirasse,
Podre, juravas pelo amor ser são!
O sabor, por não ser desesperante,
Faz-se aditivo; logo estou eu trepando a árvore
Sedenta de o devorar.

Escorrendo-te pelo queixo,
Sumo de laranjas meladas;
A língua que to limpa não é a tua.
Fixo a dor e tombo nela
Como Narciso sobre si.
E por hoje dizer-te não é banal

Estive atento e discretamente olhei o teu doce olhar,
Passei noites ao luar, descrevendo as estrelas de bonitas,
Mas bonitas mesmo são tuas pétalas, flor de esplendor!
Tua sensibilidade e visão de mulher, a mim das nas vistas!

A certeza no destino, é como lotaria no caminho,
Onde te encontrei, no meio de tantas eu te vi sozinho!
Há muito tempo mesmo, que teimou em não passar,
Suspirei, me cansei, tirei todas, para agora te inflamar!

Sinto perto o carinho, da pessoa, minha amiga e mulher,
Te chamei e falei ao coração, para te agarrar e poder amar,
És tu hoje, em quem eu pego e petisco, com qualquer colher,
Porque muito ou pouco que nela couber, te saboreio ao petiscar!

És refeição completa para mim, como sangue vivo, ao coração,
Tuas doses tão prudentes de afecto, é outro nível neste patamar,
Orgulho de te cuidar, porque de mim, cuidas tu, como a terra do seu mar!

Se eu hoje respiro vida, ao querer cada hora do dia, desde o levantar,
Devo-te muito a ti e as palavras que escrevo não são hoje fantasias,
Porque cuidas de mim, como terra do seu vazo, da planta, de encantar,
Encanta meu sorriso, pelo teu cuidar, nas coisas que fazes e me dizias!

Não é falso nem é mentira, acredito na realidade que tu me trazes,
Não finjo, não mudo, não acredito que precises tu princesa, de mudar!
Olhei-te do chão, mirei-te, e tu com teu jeito doce, levantas-te meu olhar,
E eu confie-te nos braços tudo, na hora me deitar, pelo que tu me fazes!

A falta de carinho não a sinto hoje, porque a não tenho,
A ti te darei respeito, pela dama e senhora que te achei,
Encontro-te a ti a cada dia, no meu leito, e no meu cardanho!
Porque ele é gíria de tudo aquilo que tenho e em ti encontrei!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.09.09.02.20
Carrego nos olhos o peso do vazio
A infinidade de possibilidades não me permite mover-me
Se espantas com essa condição?
Queres correr e nunca mais voltar?
Tens medo da dor e da culpa?
Pois que vás, e não voltes
Pouco me importa tua dor
E sabes que tampouco se importas com a minha
Dizes que tens carinho, ou será pena?
Não sou miserável, não quero compaixão
Dizes que beiro a loucura?
Nunca estive tão lúcido!
Sim, aquilo vistes em meus olhos é a alma dos homens
Se me dizes que não vistes nada
É por que de fato estas certa
Os homens não tem alma!
Quanto ao amor, é certo que ainda te amo
e não creio que deixarei de fazê-lo algum dia
Mas devo eu ter qualquer ambição quanto a isso?
Não é necessário tê-la tal como um objeto
Deveras alegraria-me tê-la, e sim, quando chegas muito perto...
a ponto de encostar-me, sim, tenho impulsos quase incontroláveis...
nada que a distância não resolva.
Não me digas o que fazer
Não me digas que preciso de ajuda
um homem não precisa de ajuda
Se estou me destruindo, é porque é o que devo fazer
E se um dia, nesses lapsos, eu não voltar
saiba que finalmente estarei livre!
Victor Marques Nov 2012
S.Mamede

O fogo acesso não te queimava,
Aprendeste que Deus a todos amava.
Viveste com romanos e plebeus,
Nasceste pelo amor de Deus.

Amaste a Deus de um modo sereno,
Estive com o imperador Aureliano.
Nosso Santo S. Mamede,
Perdão a Deus por nós Ele pede.

Deus falou-te ao coração,
E te veneramos desde então.
Viveste com os pobres e teus queridos animais,
Nem tiveste o carinho de teus verdadeiros pais.

Santo de qualquer aldeia,
S.Mamede de Cesareia,
Santo bendito e excelso,
Rosmaninho e feto.
colddistance Dec 2014
Após um ano desde escrevi aqui pela ultima vez, notei a imensa e,
acima de tudo,
mais profunda mudança no que eu poderia chamar de
ego.
Ache uma personalidade para promover, uma própria.
Promova essa personalidade.
Além do mais, eu nunca estive tão feliz e nunca,
em toda a história da minha vida,
aconteceu tanto quanto nesse ultimo ano.
Encontrei enquanto tentava não me perder,
a feiticeira que me aparou antes que eu caísse.
A caldeira que eu incendiaria até que minha chama acabasse.
E lhes conto que ninguém pode ensinar o que é a liberdade.
Bem vindos ao paradoxo.
Embora não possa dizer que
rompi a gaiola que nos toma àquilo de onde viemos,
consegui enxergar através.
E é muito confortável, poder sentir
o pássaro que voa além da gaiola
dormindo no meu peito.
O voi che, mentre i culmini Apuani
il sole cinge d'un vapor vermiglio,
e fa di contro splendere i lontani
vetri di Tiglio;
venite a questa fonte nuova, sulle
***** la brocca, netta come specchio,
equilibrando tremula, fanciulle
di Castelvecchio;
e nella strada che già s'ombra, il busso
picchia dè duri zoccoli, e la gonna
stiocca passando, e suona eterno il flusso
della Corsonna:
fanciulle, io sono l'acqua della Borra,
dove brusivo con un lieve rombo
sotto i castagni; ora convien che corra
chiusa nel piombo.
A voi, prigione dalle verdi alture,
pura di vena, vergine di fango,
scendo; a voi sgorgo facile: ma, pure
vergini, piango:
non come piange nel salir grondando
l'acqua tra l'aspro cigolìo del pozzo:
io solo mando tra il gorgoglio blando
qualche singhiozzo.
Oh! la mia vita di solinga polla
nel taciturno colle delle capre!
Udir soltanto foglia che si crolla,
cardo che s'apre,
vespa che ronza, e queruli richiami
del forasiepe! Il mio cantar sommesso
era tra i poggi ornati di ciclami
sempre lo stesso;
sempre sì dolce! E nelle estive notti,
più, se l'eterno mio lamento solo
s'accompagnava ai gemiti interrotti
dell'assiuolo,
più dolce, più! Ma date a me, ragazze
di Castelvecchio, date a me le nuove
del mondo bello: che si fa? Le guazze
cadono, o piove?
E per le selve ancora si tracoglie,
o fate appietto? Ed il metato fuma,
o già picchiate? Aspettano le foglie
molli la bruma,
o le crinelle empite nè frondai
in cui dall'Alpe è scesa qualche breve
frasca di faggio? Od è già l'Alpe ormai
bianca di neve?
Più nulla io vedo, io che vedea non molto
quando chiamavo, con il mio rumore
fresco, il fanciullo che cogliea nel folto
macole e more.
Col nepotino a me venìa la bianca
vecchia, la Matta; e tuttavia la vedo
andare come vaccherella stanca
va col suo redo.
Nella deserta chiesa che rovina,
vive la bianca Matta dei Beghelli
più? Desta lei la sveglia mattutina
più, dè fringuelli?
Essa veniva al garrulo mio rivo
sempre garrendo dentro sé, la vecchia:
e io, garrendo ancora più, l'empivo
sempre la secchia.
Ah! che credevo d'essere sua cosa!
Con lei parlavo, ella parlava meco,
come una voce nella valle ombrosa
parla con l'eco.
Però singhiozzo ripensando a questa
che lasciai nella chiesa solitaria,
che avea due cose al mondo, e gliene resta
l'una, ch'è l'aria.
Páro para pensar que me soam iguais todos os poemas
Tal como esta inquietação em pouco difere da anterior
Nem a compreendo para a pôr em palavras
Vai e vem e refugio-me aqui.
Estou claramente descompensada
Pela falta de químicos dentro de mim
Respiro fundo e abraço-me pois é sem químicos que sou eu
Por muito assustador que sempre tenha sido ser eu
Descobrirei com isto que posso sentir
Sem nenhuma consequência avassaladora
Sentir de forma avassaladora, sim,
E amar as sensações como as amo quando pairam apenas
Tenho sobretudo fé. Se tão rápido vivo e amo viver
Quanto desconheço qualquer sentido em ser
Abraçarei ambos os eixos e o que carregam entre si
Abraçá-los-ei pois são meus e a minha realidade sensatorial é esta
E estive já fugida por suficiente tempo
Para me faltar e a querer perto. E a conseguir perto
Conseguir e querer-me perto. Tudo o resto vem por consequente.
dead0phelia Apr 2019
...
eu li teus olhos li teus lábios li teu corpo nas entrelinhas aprendi tua língua decorei os sinais na sua pele a velocidade do teu caminhar e dos teus dedos dentro de mim até nas tuas memórias eu estive e tracejei cada canto minuciosamente e mesmo com tudo na ponta da língua mesmo com teu cheiro nas dobras da minha pele mesmo com teu gosto no meu gosto
ainda assim
te esqueci
giovanna Aug 2022
“isso só ta’ acontecendo
porque eu tive você”

ela me disse, de forma fria
naquela noite, chorei sem urgia

eu só não consigo entender,
quando estive pronta para desaparecer

ela chorava suplicando
para que eu tentasse permanecer
O voi che, mentre i culmini Apuani
il sole cinge d'un vapor vermiglio,
e fa di contro splendere i lontani
vetri di Tiglio;
venite a questa fonte nuova, sulle
***** la brocca, netta come specchio,
equilibrando tremula, fanciulle
di Castelvecchio;
e nella strada che già s'ombra, il busso
picchia dè duri zoccoli, e la gonna
stiocca passando, e suona eterno il flusso
della Corsonna:
fanciulle, io sono l'acqua della Borra,
dove brusivo con un lieve rombo
sotto i castagni; ora convien che corra
chiusa nel piombo.
A voi, prigione dalle verdi alture,
pura di vena, vergine di fango,
scendo; a voi sgorgo facile: ma, pure
vergini, piango:
non come piange nel salir grondando
l'acqua tra l'aspro cigolìo del pozzo:
io solo mando tra il gorgoglio blando
qualche singhiozzo.
Oh! la mia vita di solinga polla
nel taciturno colle delle capre!
Udir soltanto foglia che si crolla,
cardo che s'apre,
vespa che ronza, e queruli richiami
del forasiepe! Il mio cantar sommesso
era tra i poggi ornati di ciclami
sempre lo stesso;
sempre sì dolce! E nelle estive notti,
più, se l'eterno mio lamento solo
s'accompagnava ai gemiti interrotti
dell'assiuolo,
più dolce, più! Ma date a me, ragazze
di Castelvecchio, date a me le nuove
del mondo bello: che si fa? Le guazze
cadono, o piove?
E per le selve ancora si tracoglie,
o fate appietto? Ed il metato fuma,
o già picchiate? Aspettano le foglie
molli la bruma,
o le crinelle empite nè frondai
in cui dall'Alpe è scesa qualche breve
frasca di faggio? Od è già l'Alpe ormai
bianca di neve?
Più nulla io vedo, io che vedea non molto
quando chiamavo, con il mio rumore
fresco, il fanciullo che cogliea nel folto
macole e more.
Col nepotino a me venìa la bianca
vecchia, la Matta; e tuttavia la vedo
andare come vaccherella stanca
va col suo redo.
Nella deserta chiesa che rovina,
vive la bianca Matta dei Beghelli
più? Desta lei la sveglia mattutina
più, dè fringuelli?
Essa veniva al garrulo mio rivo
sempre garrendo dentro sé, la vecchia:
e io, garrendo ancora più, l'empivo
sempre la secchia.
Ah! che credevo d'essere sua cosa!
Con lei parlavo, ella parlava meco,
come una voce nella valle ombrosa
parla con l'eco.
Però singhiozzo ripensando a questa
che lasciai nella chiesa solitaria,
che avea due cose al mondo, e gliene resta
l'una, ch'è l'aria.
O voi che, mentre i culmini Apuani
il sole cinge d'un vapor vermiglio,
e fa di contro splendere i lontani
vetri di Tiglio;
venite a questa fonte nuova, sulle
***** la brocca, netta come specchio,
equilibrando tremula, fanciulle
di Castelvecchio;
e nella strada che già s'ombra, il busso
picchia dè duri zoccoli, e la gonna
stiocca passando, e suona eterno il flusso
della Corsonna:
fanciulle, io sono l'acqua della Borra,
dove brusivo con un lieve rombo
sotto i castagni; ora convien che corra
chiusa nel piombo.
A voi, prigione dalle verdi alture,
pura di vena, vergine di fango,
scendo; a voi sgorgo facile: ma, pure
vergini, piango:
non come piange nel salir grondando
l'acqua tra l'aspro cigolìo del pozzo:
io solo mando tra il gorgoglio blando
qualche singhiozzo.
Oh! la mia vita di solinga polla
nel taciturno colle delle capre!
Udir soltanto foglia che si crolla,
cardo che s'apre,
vespa che ronza, e queruli richiami
del forasiepe! Il mio cantar sommesso
era tra i poggi ornati di ciclami
sempre lo stesso;
sempre sì dolce! E nelle estive notti,
più, se l'eterno mio lamento solo
s'accompagnava ai gemiti interrotti
dell'assiuolo,
più dolce, più! Ma date a me, ragazze
di Castelvecchio, date a me le nuove
del mondo bello: che si fa? Le guazze
cadono, o piove?
E per le selve ancora si tracoglie,
o fate appietto? Ed il metato fuma,
o già picchiate? Aspettano le foglie
molli la bruma,
o le crinelle empite nè frondai
in cui dall'Alpe è scesa qualche breve
frasca di faggio? Od è già l'Alpe ormai
bianca di neve?
Più nulla io vedo, io che vedea non molto
quando chiamavo, con il mio rumore
fresco, il fanciullo che cogliea nel folto
macole e more.
Col nepotino a me venìa la bianca
vecchia, la Matta; e tuttavia la vedo
andare come vaccherella stanca
va col suo redo.
Nella deserta chiesa che rovina,
vive la bianca Matta dei Beghelli
più? Desta lei la sveglia mattutina
più, dè fringuelli?
Essa veniva al garrulo mio rivo
sempre garrendo dentro sé, la vecchia:
e io, garrendo ancora più, l'empivo
sempre la secchia.
Ah! che credevo d'essere sua cosa!
Con lei parlavo, ella parlava meco,
come una voce nella valle ombrosa
parla con l'eco.
Però singhiozzo ripensando a questa
che lasciai nella chiesa solitaria,
che avea due cose al mondo, e gliene resta
l'una, ch'è l'aria.

— The End —