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Victor Marques Jan 2014
Durmo na noite eternamente

Deixar atrás de si amigos,
Viver no meio de perigos,
Certezas nem sempre certas,
Caminhadas por entre tojos e giestas.

Deixar para trás sonhos esquecidos,
Pernoitar ao luar com teus amigos,
Viver com esplendor a vida humana,
Noite calma e serena…

Viver impertinente um passado presente,
Dormir na noite já ausente,
Amar a cama dum horizonte distante,
Dormir na noite eternamente.

Deixar para trás a casa que te adoçou,
Amar a gente que te amou,
Viver por acaso, inconsciente,
Durmo acordado somente…

Victor  Marques

Montalegre, 6 de Junho de 1990
noite, sonho, dormir,eternamente
Rey de los hidalgos, señor de los tristes,
que de fuerza alientas y de ensueños vistes,
coronado de áureo yelmo de ilusión;
que nadie ha podido vencer todavía,
por la adarga al brazo, toda fantasía,
y la lanza en ristre, toda corazón.Noble peregrino de los peregrinos,
que santificaste todos los caminos
con el paso augusto de tu heroicidad,
contra las certezas, contra las conciencias
y contra las leyes y contra las ciencias,
contra la mentira, contra la verdad...¡Caballero errante de los caballeros,
varón de varones, príncipe de fieros,
par entre los pares, maestro, salud!
¡Salud, porque juzgo que hoy muy poca tienes,
entre los aplausos o entre los desdenes,
y entre las coronas y los parabienes
y las tonterías de la multitud!¡Tú, para quien pocas fueron las victorias
antiguas y para quien clásicas glorias
serían apenas de ley y razón,
soportas elogios, memorias, discursos,
resistes certámenes, tarjetas, concursos,
y, teniendo a Orfeo, tienes a orfeón!Escucha, divino Rolando del sueño,
a un enamorado de tu Clavileño,
y cuyo Pegaso relincha hacia ti;
escucha los versos de estas letanías,
hechas con las cosas de todos los días
y con otras que en lo misterioso vi.¡Ruega por nosotros, hambrientos de vida,
con el alma a tientas, con la fe perdida,
llenos de congojas y faltos de sol,
por advenedizas almas de manga ancha,
que ridiculizan el ser de la Mancha,
el ser generoso y el ser español!¡Ruega por nosotros, que necesitamos
las mágicas rosas, los sublimes ramos
de laurel Pro nobis ora, gran señor.
¡Tiembla la floresta de laurel del mundo,
y antes que tu hermano vago, Segismundo,
el pálido Hamlet te ofrece una flor!Ruega generoso, piadoso, orgulloso;
ruega casto, puro, celeste, animoso;
por nos intercede, suplica por nos,
pues casi ya estamos sin savia, sin brote,
sin alma, sin vida, sin luz, sin Quijote,
sin piel y sin alas, sin Sancho y sin Dios.De tantas tristezas, de dolores tantos
de los superhombres de Nietzsche, de cantos
áfonos, recetas que firma un doctor,
de las epidemias, de horribles blasfemias
de las Academias,
¡líbranos, Señor!De rudos malsines,
falsos paladines,
y espíritus finos y blandos y ruines,
del hampa que sacia
su canallocracia
con burlar la gloria, la vida, el honor,
del puñal con gracia,
¡líbranos, Señor!Noble peregrino de los peregrinos,
que santificaste todos los caminos,
con el paso augusto de tu heroicidad,
contra las certezas, contra las conciencias
y contra las leyes y contra las ciencias,
contra la mentira, contra la verdad...¡Ora por nosotros, señor de los tristes
que de fuerza alientas y de ensueños vistes,
coronado de áureo yelmo de ilusión!
¡que nadie ha podido vencer todavía,
por la adarga al brazo, toda fantasía,
y la lanza en ristre, toda corazón!
O desenho inscrito sobe a forma de sinais,
Que percorrem o mapa secreto desse corpo,
Onde no olhar se vêm certezas divinais,
Mais secreto é saber que alimentas o meu horto!

O dilema repleto de infindáveis caminhos,
Onde a escuridão que existira se esfumou,
Nossos dizeres tornam-se atos e miminhos,
Essas dúvidas são claras e o tempo levou!

Como tu eu sinto que o melhor é mesmo acreditar,
Soltar-me no vento e explorar o sentimento quente,
Que chegou recheado de sonhos e contornos de cativar,
É porém o desenho do teu rosto que guardo tão presente!

Presente tão bom, presente que Deus me enviou no caminho,
Posso mesmo confiar que tenho vontade de ir pela avenida,
Nem tão pouco, nem tão perto a luz do fundo eu imagino,
Mas o alimento que trouxeste e que a ti vai deixando com vida!

Segue nas minhas veias na esperança de te poder hoje e sempre olhar,
Apertar-te nos braços e encontrar o meu, em tempos já distante Norte,
E hoje aperto em minha mão a bússola que me trouxeste em passaporte,
Para o vão da felicidade, de que hoje quero acreditar, e comigo, a ti levar!

Autor: António Benigno
Para ti Lili…
Adrián Poveda Aug 2016
Amanecemos por la tarde, bajo la sombra de los edificios, huimos del sol por que nos quema y no nos deja pensar, sin lugar a certezas ni a aclaraciones nuestras almas se asoman como la luna (siempre en las noches y solo a veces al final de la tarde).

Ya todos los lugares están copados, la sombra es corta en los barrios bajos y hay que acelerar el paso, refugiarnos del sol antes de que el alma salga de pronto y nos sorprendan empezando a gritar; todos lo saben la noche hace invisible la propia oscuridad y encierra en un dulce parpadeo la cordura.
Copyright © 2016 Adrián Poveda All Rights Reserved
Victor Marques Jun 2010
O meu viver

Vivo num mundo descontrolado,
Encontro morte e pecado,
É perturbador o que se nos depara,
Realidade mundana que não sonhara.


Sentir alegrias e tristezas,
Verdades sem ter certezas,
Sentir as emoções,
Penar com recordações.


Não sei quem sou, o que desejo,
O meu viver é doce beijo,
Um espécie de simplicidade pura,
Um viver com ternura.


Sorriso puro e grato,
De chinelos e com fato,
Fruto do bom viver em consciência,
Estudioso de humanas ciências…

Victor Marques
- From Me...
É vento ou chuva, ou pequeno contratempo,
Vêm o sol e brilha o céu, de me ouvir falar,
As chamas se apagaram, num contratempo,
A vontade de ver brilhar há, e não vai acabar!

Os dias cinzentos não fizeram algum sentido,
As pessoas pelos tempos afirmam vontades,
Eu pinto o quadro de sangues e lealdades,
Aqueceu-se o dia e para nós, céu bandido!

Leva-nos as queridas saudades, sente o carinho,
Destes seres de alma vadia e despreocupados,
Nossas mentes não são seres assim, calçados,
Têm asas que voam, esse é o nosso caminho!

As angustias e tristezas, são certezas de alegria,
Percebe-se e sente-se que momento, é fantasia,
Aguas que passam, desentopem nossa artéria,
A matéria-prima, decide por ficar doce e sadia!

Sai-lhe das cores, nodoas incolores, não existiram,
Sente-se na camisa estampada do soor do teu amaço,
Mancha uniforme, redonda, penetrante que a queiram,
Corações em sopros sufocantes, que deram este laço!

Transpirações, pelo encontro de meus sonhos antigos,
Vi-te de longe e apreciei tão de perto, a cor desse rosto!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.04.24.02.09
Talvez se escrever o sono venha
Cansada do excesso de cansaço
Nas alturas menos certas
Creio que há 2 horas que devia estar a dormir
Se pudesse
Mas embora o cansaço esteja presente
Nos meus músculos, olhos
Não chegou ainda à base.

Talvez o meu cérebro seja notivago.
Chego a estas conclusões na exaustão da noite
Quando, por desespero, pego num lápis
E desacredito-me ainda mais.
Mas passo a explicar:
Durante todo o dia sinto-me dormente
Ah, para quê falinhas mansas?
Sinto-me burra, sem conseguir pensar
Mas na chegada da noite
Com o silêncio e a escuridão que se sentem na noite
Tudo se liga e se ilumina
E o meu cérebro trabalha e penso, penso, penso
E mais certezas tenho de que sou burra
Não que tenha pensamentos burros, não!
Mas por que raio tê-los agora e
De forma tão agressiva e exaustiva
Sem chegar a ser agressiva e exaustiva o suficiente
Para escrever alguma coisa de jeito
Ou para me fazer cair para o lado
Suficiente apenas para uma mais noite em branco
Talvez nunca tenha acordado.
A ver cómo es.
Estaba quieta la inquietud por una vez.
La desazón en sazón y
¡cómo se parecía el mundo a Gerarda
envuelta en sensaciones de encaje!
Las palabras chocan contra la tarde y no la descomponen y
la furia no me deja solo conmigo.

Hay mucha sombra militar que no me deja solo en la esquina
donde Gerarda y yo decíamos "te soy" para decir
"me soy", en vos, que te fuiste a vivir con los muertos.
¿Eso se hace?
La primavera vive sin pensar,
pero yo no soy la primavera,
cuento huesos y sangre del sueño que vendrá.
También nosotros soñamos sobre sangre que vendrá.
En el revés del mundo crece el cosmos
y Gerarda está allí,
donde nuestro dolor será nada.
Como um quadro pintado em abstrato,
Assim descrevo a paisagem que hoje piso,
Não tenho duvidas, nem temo as certezas,
O melhor do caminho, guardo eu comigo!

Secretamente, abriu-se a porta, pelas mãos suaves,
De um corpo penetrante, dirigido pelo olhar amarrado,
Nas pernas se sentiu o gosto, de um paço apressado,
Rumando certeiramente, a favor daquilo que amava!

Nunca, nunca deixou de ser teu, apenas temeu,
Temeu não ser para ti e se fez homem quando te viu,
Viu-te sorrir profundamente, na primeira vez que chegas-te,
Percebendo logo, que chegou também o amor que procura-te!

E assim que pedras tenha o mar,
Que muita chuva mesmo, caia do ar,
Que os raios de trovão, ecoem pelos céus,
E os terramotos, abalem toda a terra!

Mas nunca mais eu quero ver-te distante,
Chamar-te e não me ouvires,
Sorrir e não poder, ser por ti!
Se pude amar-te, que agora, seja sempre!

Autor: António Benigno
Para ti Liliana Patrícia.
Código de autor: 2013.07.20.02.06
DAVID Jul 2017
El placer de la mirada,
La voz melodiosa q emana
de ellos

La mirada sensual
Y sonora, latente
Y viva

El candor de sus ojos
Y la verdad que emana
de ellos

Y el alma sanada
Sonrie. Sanadora,
PASIONAL Y QUE
ALIVIA.

y aun asi, en contra
De todo, una mirada
Que dio LIBERTAD.

Pasión y ternura, almas
Conectadas a través
De sus miradas

Y la libertad de saber
Eso, completo y perdido,
Desnudo y sin barricadas

Mas alla de certezas,
Zonas seguras y escudos,
Conectado, sereno

La desnudez de la libertad,
Sin mascaras, y el distante
Placer de una mirada frente
A otra

en sintonia con el todo,
A traves de los ojos
que lo embellesen todo.
Marco Bo Aug 2018
by these outskirts of the world, adrift in the post-truth era
a few fragments of scattered certainties here and there
sometimes in the middle of a meadow
sometimes on the asphalt,
between the cracks in the cement
inside puddles
they sink

small splinters of evidence
like inhaling
breeze
that feeds

and in the gestures
in posture
in the look
in the eyes
around the lips
between wrinkles like furrows

to be irrigated with tears
sometimes of joy

under this forgotten suburban sky
small fragments of truth
not in the words
but in the body heat
and in silence
silence
please
-----------------------

nel calore di un corpo

presso queste periferie del mondo
alla deriva nell'era della post-verità
pochi frammenti di certezze sparse qua è là
a volte in mezzo a un prato
a volte sull'asfalto,
tra le crepe nel cemento
dentro a pozzanghere
affondano

piccole schegge di evidenze
come inspirare
una brezza fresca
che nutre

e poi nei gesti
nella postura
nello sguardo
negli occhi
attorno alle labbra
tra le rughe come solchi

da irrigare con lacrime
a volte anche di gioia

sotto questo cielo urbano dimenticato
piccoli frammenti di verità
non nelle parole
ma nel calore del corpo
e del silenzio
silenzio
per favore
...........................
en el calor del cuerpo

en estas afueras del mundo, a la deriva en la era de la post-verdad
algunos fragmentos de certezas dispersas aquí y allá
a veces entre la hierba del campo
a veces en el asfalto,
entre las grietas en el cemento
adentro de charcos
se hunden

pequeñas astillas de evidencia
como inhalar
brisa
que alimenta

y en los gestos
en la postura
en la mirada
en los ojos
alrededor de los labios
entre arrugas como surcos
a regar con lágrimas
a veces de alegría

bajo este olvidado cielo suburbano
pequeños fragmentos de verdad
no en las palabras
en el calor del cuerpo
y en el silencio
silencio
por favor
Mariana Seabra Mar 2022
Ultimamente, sinto-me tão à deriva.  

Como um barco de papel a celebrar a última dança sobre a água, inconsciente de que se vai afundar no final do riacho.

Cada dia é um novo recomeço, do dia anterior, que nunca tenho a certeza se realmente o vivi.

Desde a infância, se é que a tive, sinto que estou dividida entre dois mundos e, nunca sei em qual deles vivo, em qual deles me posso encontrar.

Se alguém me encontrar, pode-me devolver?

Se tudo o que é pensado é possível, então é uma possibilidade que a minha imaginação fértil seja tão real como a realidade?

Ou é algo que digo a mim mesma para não me impedir de continuar a sonhar?

Sinto esta ausência que me atormenta a alma e não sei como a saciar. Sinto que perdi algo precioso à vida, mas não consigo lembrar onde o pousei.  

Não me consigo lembrar o que foi que me fugiu das mãos, ou se é que alguma vez o segurei.  

Onde se cultiva? Como o posso voltar a apanhar?

Cada vez que estou mais perto de entender sou puxada para trás.

Ah! Eu gostava tanto de me compreender…

Mas a incerteza que mata é a mesma que me dá vida para continuar a procurar uma qualquer resposta, mesmo que saiba que não a vou encontrar.

E quando encontras a resposta, acaba a procura?

Para onde vai um sonho quando se realiza?

Onde o posso reencontrar?

Em que lugar?

Será que sei para onde vou quando não me sinto dentro de mim?  

Ou será que, também eu, imagino tanto mas tanto mas tanto, que crio uma certeza ilusória?  

Não, de certeza só tenho a minha dúvida.

Mas se o sinto tão certo, poderá ser errado?

Não sei.

Ultimamente, digo “não sei” muitas vezes para alguém que sabe sempre. Mesmo quando ainda não sabe que sabe. Costumam chamar-lhe de intuição.

E a liberdade imensa de poder dizer que não sei o que ainda não sei! E que já sei o que sei e que mais tarde vou descobrir que não sabia o que já pensei saber!  

A liberdade!  

É confusa? Não sei.

Ultimamente, tenho dado aos outros todos os conselhos que gostaria de me ter dado a mim, quando precisava de os ouvir. Mas é sempre assim.

Eles têm-nos seguido como se fossem certos, e eu digo-lhes

“Cuidado!  

Olha que não sei, nunca digo com certezas, tudo na minha cabeça pode mudar radicalmente a qualquer segundo, a qualquer nova informação, a qualquer nova vibração…”.

E eles seguem-nos na mesma.

Desconhecendo que estão a viver uma realidade que eu sonhei e que com eles, agora, se tornou realmente real.  

É isto! a imaginação vira fantasia que vira alegria quando é transposta para o dia-a-dia.

Eles parecem felizes…agora…e eu?

Não sei.

A existência pode ser uma experiência tão solitária quando só tens duas mãos e, desde cedo tiveste de usar uma para segurar a outra.

E tão pesadas que elas se tornaram com os (d)anos. As cicatrizes que mascaram...

Ultimamente, aumenta a sensação de cansaço.  

Estou cansada da luta e este peso tornou-se insuportável. Quero largar as minhas próprias mãos e descansar…então…fecho os olhos e imagino que o posso fazer porque alguém vai estar ao meu lado, preparado para as segurar.

Vês?

Também eu imagino tanto que, às vezes, deixo de acreditar que estou só a imaginar.

É possível não duvidar?



Não sei nada.

E tu, quando finalmente me entenderes, será que vais deixar de me procurar?
Às vezes me pergunto se a vida vale a pena. Ela me ama, ela me quer, assim como ela afirma.
...
Eu mudei para esta cidade, deveria me mudar para outro estado?
Você vai sentir saudades de mim? Me quer? Faça o que for preciso?
Estas são minhas certezas todos os dias, devem viver durante o dia, ou morrer e estar livres dessas inseguranças?

— The End —