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Wörziech May 2013
Amigos queridos,
sem faces e sem nomes.

Retiradas foram suas vísceras,
logo antes de seus corpos imergirem
em um exacerbadamente denso volume de sangue
grotesca e plenamente apreciado
pelos algozes responsáveis,
certos irreconhecíveis demônios.

Vieram dos céus os tais tiranos,
visíveis, mas imateriais,
enquanto esperávamos
inconscientes e inevitavelmente despreparados
para uma luta justa.

Sobre os indiferentes, distantes,
mas ainda amigáveis e queridos companheiros,
ainda recordo de alguma ordem:

O primeiro não sentiu dor alguma,
bem como nada viu ou percebeu; fora partido ao meio.
O segundo, já desesperado e afogando-se em lagrimas,
tornou-se borrão de um vermelho pesado, grosso e brutal;

Dos outros, três ou quatro,
somente tenho em mente os gemidos inexprimíveis;
uma junção entre suspiros e soluços
de uma morte nada convidativa e próxima.

Foram todos rostos sem faces perdidos
na espera do desconhecido fatalmente promulgado
pelas minhas ânsias.

O ultimo vivo me induziu à única ação possível:
pude cair meus quinhentos intermináveis metros;
deslizando, enquanto tentava me segurar,
por um material recoberto de farpas
que transpassavam minhas mãos,
as quais sangravam em direção a um mar, sombrio e obscuro;
me afundei irremediavelmente em minhas próprias aflições.
Nicole Apr 2015
Te he aprendido a amar
con tus imperfecciones,
pues tú has aprendido a amarme con las mías.

Has cautivado cada parte de mi ser.

Esa curvatura insaciable
que conjuga tu estatura de almirante.

Mi iris se centra en ti,
en tu mirada penetrante,
cada vez que soy parte de tu horizonte.

Te he aprendido a amar
con tus marcas de combate
y las he apreciado como si hubiesen sido talladas por el más pretigiado escultor.

Haces que de mi rostro reluzca
un símbolo de paz,
esa risa coqueta
que solo se presenta cuando tú estás.

Tus dedos forman parte
de la más perfecta obra musical,
mis oídos se percatan
de cada nota que en el aire flota.

Te he aprendido a amar
en las peores circunstancias
y orgullosa me siento por haber sido
ese necesitado sustento que siempre has merecido.

Seré tu camino al placer
por el tiempo que desees,
al igual que seré tu mejor amiga
cuando sientas que tu pecho desahogar debes.

No me importa tu cuerpo,
ni nada que la sociedad clasifique
como algo "imperfecto",
la belleza corporal se va
y quienes se quedan
son los sentimientos.

Esa gentileza y sentido del humor
fueron los que me inclinaron hacia ti,
eres mi musa,
mi inspiración.

Sobre ti puedo contar
las más grandes aventuras.

Te he aprendido a amar,
en todos los aspectos,
duele cuando dudas
sobre lo que por ti siento.

Aunque los años pasen
y nuestros seres
ya no sean encontrados,
mis sentimientos
por ti permanecerán intactos.
Escrito hecho para una persona la cual lamentablemente ya no está en mi vida, pero aún así lo comparto con ustedes. Real es lo que dicta al final, aunque él ya no sea parte de mi mundo, los sentimientos hacia él siempre han sido profundos.
Wörziech Nov 2014
Brisa leve e doce em meu rosto
parte de um universo nunca tocado
reflexos de um sol recôndito apenas visto e apreciado.

Perfeição é viajar naquele universo.

Alucinação.

Um devaneio me faz recordar dos caminhos felizes
que eu jamais percorri.

Ilusão autora.
Ilusão aniquiladora.

Sim, o universo se foi.
Está morto.
Maddy Aug 2021
Gigante oso bailarin en el muelle me sopia beso en Valencia
Los turistas se detienes no me emociocan
Pero hay momentos entre congelado en vigor e inteligente
Mi espanol fue apreciado y aplaudido
Sevilla fue impersonante
Granada y Toledo asombras
Luego vinieron disturbios in Barcelona y  una vida Francesa quitado
Espana me tienes El Prado y Valencia
Mi corazon siempre esta contigo y con Cervantes

C@rainbowchaser2021
My keyboard left off accent marks
I taught Cervantes and when I was actually there was speechless.
Mariana Seabra Mar 2022
Deixo de herança todos os pensamentos

Perdidos ao luar,

Escritos na página invisível da vida,

Impossíveis de partilhar.



Deixo de herança todas as garrafas,

Que esvaziei e pousei à beira-mar,

Com uma carta escondida lá dentro,

Incógnita ainda por entregar.



Deixo de herança todo o fumo,

Que compulsivamente inalei

Para tentar matar a doença

Da qual nunca me curei.



Deixo as pegadas na areia,

Que rapidamente se apagaram.

Marcas da efémera passagem dos seres

Que por mim passaram.



Deixo de herança o sol de inverno,

Tão apreciado por toda a gente.

Desejo que aqueça as almas frias,

Que não deixe ninguém indiferente.





Deixo de herança o incenso

Que nunca acendi.

Espalhado pela brisa,

Como qualquer cheiro que senti.



Deixo de herança toda a música

E cada marca que deixou.

Atenciosa companheira,

Que tantas vezes me salvou.



Deixo de herança o rio,

No seu mesmo exato lugar.

Lembrança eterna que existe um sítio seguro

Para onde o desespero nos pode levar.



Deixo de herança a pedra afiada,

Que me esculpiram no lugar do coração.

Memória da crueldade no olhar

De quem a infância me roubou.



Deixo ligadas as luzes da aldeia,

Que me abrigaram no solitário berço.

Agarro o impulso que me levou à procura

De tudo o que ainda desconheço.

  



Deixo de herança em papel amarrotado,

Algum sangue que derramei.

Lágrimas, cicatrizes e o fardo,

De ser tão brutalmente consciente

De tudo aquilo que sei.



Deixo de herança o meu amor,

Sorrisos, abraços e essências,

Partilhadas no pôr-do-sol.

E que nesta viagem de turbulências,

Repares na simplicidade do sentimento

Que achaste saber de cor.



Deixo de herança uma moeda,

Ao pedinte que conheci

E que nunca a chegou a gastar.

Esqueceu-se que para a salvação da vida

Não há dinheiro, nem há fornecedor

Onde ele a possa ir comprar.



Deixo de herança o pássaro branco,

Que ainda não se atreveu a pousar.

Canta mais alto a cada Primavera,

Só para me relembrar,

Que as raízes são uma ilusão

Criadas por quem não as consegue descolar.





Deixo de herança duas mãos quentes,

No peito frágil de uma criança,

Que nasceu órfão de mãe

E cresceu sem esperança.


“Nas noites escuras que te abraçam.

Nos dias cinzentos a que te entregas

Que sintas neste aperto a mensagem

De toda a força que carregas.”




Deixo de herança este poema,

Escrito num sonho que se entranha

E do qual nunca acordei.

Vem…

Traz o mapa que queimei.

E encontra-me para lá da montanha

Onde também eu me encontrei.

— The End —