Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Douro, Meu Amor

Levanto cedo, antes do sol tocar as vinhas,
antes do vento acordar as folhas,
antes do rio refletir a luz do céu.
Acordo com sonhos e sem medo,
ouvindo os passarinhos cantarem
um coro de vida, uma celebração no ar,
sobre os socalcos, entre pedras,
onde cada cacho amadurece
como fruto do amor que se merece.

Mãos que acariciam a terra,
mãos que trabalham, que moldam o Douro,
mãos que contam histórias antigas
e sonhos novos,
raízes de família, raízes de memória.
O perfume do xisto, do mosto, da vida
enche o ar, enche o coração,
faz dançar tudo que muda
de estação a estação.

O rio serpenteia, espelho de luz e cor,
e cada passo pelos caminhos de pedra
marca um compasso,
uma sinfonia do dia e do primeiro amor.

Ao fim, mãos sujas, olhos cansados,
família reunida, risos e histórias partilhadas.
E o Douro, meu amor,
entre pedra e céu, entre suor e poesia,
fica sempre dentro da minha tristeza e da minha alegria.

Douro, amor.

Victor Marques
Douro  meu  amor
No Douro, entre Céu e Vinha

No anfiteatro de socalcos,
o Douro ergue-se como oração,
pedra e videira entrelaçadas,
mãos de homens atarefadas,
vivendo em comunhão...

Deus habita aqui,
na lágrima do sol que cai sobre o rio,
no céu alaranjado que se desfaz em brio,
no cântico escondido das aves,
no rumor das folhas ao vento, sempre suaves,
no zumbido que a noite recolhe em simpatia,
como quem embala a tristeza em alegria.

O vinho, fruto sagrado,
feito com amor desdobrado,
é comunhão, é missa sem tempo nem hora,
é respeito, é Deus, é memória,
é abraço partilhado à mesa do povo,
é corpo de terra e espírito de fogo,
que se oferece em cada copo matizado,
entre céu, vinha e pecado.

No alarido da natureza,
há silêncio que fala à noite, ao luar,
há o mistério de Deus por contar,
a tocar cada rama, cada galho,
cada coração que precisa de agasalho.

E quando a noite cobre os montes,
com véu de prata e murmúrio de frescas fontes,
fica-nos a certeza de que o Douro é saudade sentida:
aqui se reza sem palavras,
aqui se ama sem medida,
aqui o homem e Deus
são vizinhos eternos para sempre,
terra e vinha, sua semente.

Victor Marques
Douro, meu amor, meu pecado


Olho a água que desliza nos ribeiros,
encostado à sombra dos sobreiros.
Vejo muros erguidos com mãos calejadas,
pedra sobre pedra, sem enxadas.

O Douro não é perfeito é eterna dor,
é fruto e colheita de suor,
embalado no silêncio do meu amor.

Tem cepas sofridas, terras duras e xistosas,
enfeitadas de rosas e mimosas.
Homens e mulheres vivem entre o sonho e a fadiga,
mas é nessa luta que vivem a própria vida.

As papoilas ardem nas vinhas douradas,
as oliveiras pacientemente amadas.
As figueiras oferecem frutos em segredo,
rebanhos e cavalos são companhia sem medo. .

Tudo isto é Douro:
encanto, ferida e tesouro.
Um amor que prende e liberta sem querer,
que fere e consola até morrer....

Douro, tu não és apenas um lugar:
és o meu destino santificado para sempre te amar,
o meu labor, o meu amor,
o meu eterno pecado.
Por Deus abençoado.


Victor Marques
nana Aug 25
estoy cansada de no poder sentirme bien, no importa qué haga, siempre me falta algo, algo que nunca he sentido, y tal vez por eso mi sangre, huesos y alma me martirizan tanto por tenerlo.

y estoy cansada, de que me repitan lo mismo, ¿acaso no se dan cuenta de que si por mí fuera no lo buscaría?

pero sí lo necesito, como mis pulmones necesitan respirar.

yo sólo quiero a alguien que me quiera a mí también amar.
un poco mid pero okei:/ improvisado.
Marques Aug 23
Algunas personas solo aparecen de paso,
Permanecen menos tiempo de lo que nos gustaría.
En un lapso, se vuelve la cara
Y cuando volvemos a reparar
Chocamos de frente
Con un lugar vacante.
Las palabras de la conversación a medio terminar,
Sin diálogo que enredar,
Se van acumulando en la boca
Y cuelan el trago
Indeleble del inconcluso.

Con la misma sorpresa de esa partida,
Un día, al abrir el cajón más olvidado,
Vemos que nos confiaron un mapa
Para seguir el hilo de la intriga
En los intersticios de la geografía del evidente.
Poco a poco,
Recogemos las pistas subliminales
Antes huidas entre los dedos.
Somos guiados al tesoro que su venida destinó,
Porque nada viene por casualidad,
Ni nada se va por casualidad.
Poema en el libro "Rastros de Existencia"
Leo Aug 15
Y por qué ella querría el simple corazón de alguien más,
si yo le ofrezco todos mis órganos.
Quizá necesita más un par de ojos,
porque si los tuviera,
juro que ya tendría asegurado
mucho más que un buen corazón...
Nas encostas rasgadas pelo sol e pela chuva,
Sanguec e memória feita de uva.
Cada cacho é um verso, cada socalco um pensamento
escrito com pena e lamento.

Mas há um rio que não corre em águas claras,
corre em moedas fugidias e promessas caras,
em contratos frios, que ignoram as raízes,
em palavras doces que escondem cicatrizes.

O Douro chora  não de tristeza, está enfurecido
porque quem vive o vinho não vive está desiludido.
O homem da vinha é refém do tempo e da dor,
voz muda no conselho dos poderosos em redor.

Hoje, como ontem, repete o seu cântico nobre
de um povo que entrega a vida e recebe o troco de pobre,
de uma terra que dá ouro e colhe desventura,
de um futuro impresso em papéis sem cultura.

Mas o Douro é feito de gente que não se cala,
de mãos que plantam esperança entre as pedras que ninguém abala,
de olhos que enxergam além do horizonte frio,
de corações que batem no pulsar do desafio.

Ergamos a voz  vento livre e sem correntes
que atravessa as vinhas, desperta as nosssas mentes,
que grita justiça verdade e vida,
por um Douro de alma quase perdida.

Porque o Douro não é só terra é gente,
não é só vinho é memória e presente.
E enquanto houver uva, haverá luta e dor.
E enquanto houver luta, haverá Douro e amor.


Victor Marques
Douro  chora  vinhas  amor
Douro terra onde tudo vive


No poente alaranjado
arde o céu sobre as vinhas
e as cigarras parecem minhas,
Neste meu Douro dourado.

Formigas cruzam caminhos de pedra xistosa,
carregando alegria da bela mimosa.
Abelhas embriagam-se no néctar adocicado
das flores que o vento esqueceu.
Borboletas cartas aladas dos deuses
pousam breves nos versos meus.
sobre a pele quente da colheita.

Oliveiras que enfeitam as encostas
guardam segredos de enxadas às costas.
raízes que se entrelaçam
com ossos de meus antepassados
Douro dos serões embriagados.

Cada videira com
Seu  tronco retorcido,
é oração sem palavras,
escavada pela fé de quem aqui tenha nascido.
Homens de valor com paixão  por
mulheres de lenço de eterno pranto
no silêncio da paisagem encontro Douro e meu lamento.


O rio,
essa serpente de prata e memória,
leva nas suas águas
o reflexo do céu e da aurora
É nascente e poente,
vida que vai e regressa
no ciclo eterno de todo o sempre.

E quando o sol mergulha
no ventre da desta santa Terra.
Ela  canta baixinho
uma canção no cume da serra.


O Douro é mais do que lugar.
É pulso.
É respiração da terra.
É a poesia que ainda não foi escrita,
mas que já vive
em cada uva, em cada impulso.
Em cada abraço apertado que dou à minha gente,
em cada olhar que ama
sem saber porquê
apenas porque sente.


Victor Marques
Tamara Toska Aug 3
Te elegí.
Y no fue casual.
Ni por falta.
Ni por costumbre.
Fue porque eras tú.
Y nadie más.

Te elegí cuando caminabas como un potro salvaje,
ágil, veloz, como si volaras por el mundo sin darte cuenta,
con esa fuerza desbordada que no pedía permiso
y que a mí me dejaba sin palabras.
Te miraba moverte y no sabía si quería alcanzarte…
o simplemente contemplarte.

Y también te elegí cuando el tiempo te volvió más hombre,
más contenido, más claro.
Cuando ya no corrías como antes,
pero brillabas distinto.
Te volviste un sol maduro:
menos impulso, más sentido.
Luz que no arde, pero acompaña.
Eras presencia serena,
conciencia que ya entendía de deberes y pausas,
y aún así, seguías siendo tú.
Más sabio. Más completo.

Te elegí también por tu aroma,
masculino, profundo, como a sándalo.
Ese olor que no se olvida,
que parecía nacer de tu piel,
y que a mí me daban ganas de respirar más de cerca,
como si al abrazarte pudiera empaparme de ti,
llenarme de eso que eras…
y quedarme así un instante más.

Estar contigo era sentir que lo ordinario podía ser maravilloso.
Las cosas simples —una conversación tranquila, verte trabajar,
un momento en silencio, el cruce de una mirada—
tenían un brillo distinto si tú estabas cerca.
Había una paz suave, una alegría callada,
como si el mundo se hiciera más habitable solo porque tú lo habitabas también.

Incluso un almuerzo preparado por ti —con esos sabores sencillos,
con tus manos midiendo sin reglas pero con cariño—
tenía algo especial.
Era alimento, pero también era gesto, era casa.
Y yo me quedaba ahí,
queriendo quedarme más.

Te elegí porque me hacías reír, pensar, dudar, aprender.
Porque podíamos hablar de lo importante…
y aunque no siempre fuera fácil,
buscabas entender.

Y a veces, ni siquiera hacía falta que estuvieras cerca.
Con solo verte un instante,
escuchar una palabra de tu voz,
o recibir un simple mensaje tuyo…
todo cambiaba.

Los problemas se deshacían sin explicación.
El mundo se teñía de rosa,
y el día, por gris que fuera, se volvía más claro,
como si tu presencia —aunque lejana—
pudiera encender la luz de todo.

Te elegí también por lo que me inspirabas sin saberlo.
Había momentos en los que te ponías nervioso,
cuando algo no salía como esperabas
y una sombra de vergüenza pasaba por tu rostro.
Pero a mí, eso no me alejaba…
me desbordaba de ternura.

Quería abrazarte, cubrirte con calma,
decirte sin palabras que estabas bien,
que yo te quería así, con todo.
Y a veces, esa ternura —tan limpia, tan honda—
se transformaba sin aviso.

Como llama que crece desde una brasa pequeña,
mi cuerpo también respondía.
No era solo ternura. Era deseo que sabía esperar.
Un querer acercarme no solo al alma…
sino también a tu piel.

Mi deseo por ti era completo y secreto.
Vivía en mi piel, en mi respiración,
en el impulso de abrazarte más tiempo del que se permite.

En la forma en que imaginaba quedarme contigo,
recostada en tu pecho,
mientras tus manos me acariciaban
como si supieran exactamente dónde nacía la emoción.

Haciéndome sentir tanto,
que dolía un poco…
como duelen las cosas hermosas
cuando son demasiado verdaderas.

Te deseé en silencio,
con ternura y con fuerza.
Quise desnudarte el alma…
y también el cuerpo.

Quise abrazarte sin prudencia,
besar tus dudas,
deshacer tu calma.
Te amaba también así.

Desde lo físico.
Desde lo más humano.
Desde donde el amor también arde.
Te elegí porque, sin querer, me inspirabas a ser mejor.

Porque eras tú:
sencillo y complejo,
fuerte y sensible.

Con una voz que, cuando hablaba con verdad,
aún podía enamorarme.

Te elegí por la forma en que mirabas,
por los puentes que sabías crear con tus palabras,
por el juego honesto de conocerse.
Por cómo cuidabas lo que no sabías decir.

Y sí…
Te elegí entonces,
y si pudiera elegir otra vez,
volvería a hacerlo.

No porque te idealice.
No porque no haya otro camino.

Sino porque aún hoy,
con todo lo que sé,
con todo lo vivido,
con todo lo que ya no es…
Sigues siendo tú.
At Last:

The day's end has come,
let's head back home.
To receive hugs,
let's give those kisses,
it's today's celebration.

The day concluded,
caresses arrive,
in the sweet home.
With so much love,
amidst the fire,
in your home,
the coolness,
of the breeze,
of love.

Welcome,
to your house,
with love,
to enjoy,
it's the party,
of life.

It's the family,
with the children,
with your friends,
in well-being.
That is happiness,
enjoy the home,
and life will smile upon you,
in sweet love.

In the home,
of fire,
of living,
warm,
life,
with
cold
and
heat.

"Yes, life is simple… but it can also be fabulous."
July 23, 2025
Next page