Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Victor Marques  Jul 2012
Achuva
Victor Marques Jul 2012
A chuva

Chove intensamente para alegria das gentes,
Para os campos e suas sementes.
No nosso peito existe secura,
Chove e vem do céu água pura.

Chuva miudinha que quase não molhais,
Dais de beber aos pardais.
Chuva calorenta de um dia de verão,
Chuva que canta linda canção.

A chuva não bate no preso em sua cela,
Nem pode ser vista de sua janela,
Escutar a chuva que bate em sintonia,
Eu me devaneio com suave melodia.

A chuva dá imenso prazer,
De noite ou ao amanhecer.
Sentir a chuva com amor e sentimento,
Estendedoiro fustigado pelo vento.

Victor Marques
Amanda Gleria  Nov 2014
Untitled
Amanda Gleria Nov 2014
Chove ou amanhece
Os esqueletos dançam.

Estão mortos!

Vivem a morte, nutridos
Pelo sentido
Pela ardente vontade  de

Fitar meus olhos.

Com aqueles seus buracos
Vazios do crânio
Sem mesmo
Lembrar da dor que tiveram

Por já terem vivido.

Se nutrem da seiva
De guardar a vida
Do escárnio imperecível do passado.
É somente para isso que

Os esqueletos dançam.
Victor Marques  Oct 2013
Chuva
Victor Marques Oct 2013
A chuva

Chove intensamente esta noite na penedia,
Escuto e interiorizo melodia…
A noite está muito sonolenta e escura,
Eu vagueio em vales de ternura.

Chuva miudinha que nem molhais,
Regas vinhas, oliveiras de meus pais.
Pões escorregadios durienses rochedos,
Chuva de amor e seus segredos.

Chuva de um Verão com toque de Outono,
Cão vadio sem senhor e seu trono.
Chuva torrencial de águas paradas,
Chuva de contos e fadas…

Chuva que esbate em frente na pobre janela,
Cores de um arco-íris feito Cinderela.
Ritmo parecido com o toque do sino,
Chuva que cai ao desatino….

Victor  Marques
Chove en Santiago
meu doce amor.
Camelia branca do ar
brila entebrecida ô sol.
Chove en Santiago
na noite escura.
Herbas de prata e de sono
cobren a valeira lúa.
Olla a choiva pol-a rúa,
laio de pedra e cristal.
Olla no vento esvaído
soma e cinza do teu mar.
Soma e cinza do teu mar
Santiago, lonxe do sol.
Ãgoa da mañán anterga
trema no meu corazón.
Tenho ao meu lado o metro dos Restauradores
E um cigarro na mão
Em frente ao Hotel Avenida Palace põe se o dia
Em frente a mim que o vi a nascer.
A cidade corre por entre mim, vejo-a
Os pés apressados e quase serenos rostos
Que reparam por vezes também em mim
Tão exatos e certos os movimentos
E sei que nenhuns outros corpos poderiam ter por mim passado
Que não estes.

O céu escurece sobre os prédios
Estou posicionada de modo a ver todos os Ângulos certos
Dos telhados sob o quase ***** azul
Estamos em meados de novembro e não chove quase nunca
Os dias claros e as noites geladas
Mas não há frio algum nesta noite criança
E o cigarro vai-se rápido (certa que não irá nunca
Para sempre em mim como o melhor cigarro que já fumei
Pois, como tudo o resto que vi e escrevi, não podia ser mais certo)
Rui Serra  Mar 2014
ideal
Rui Serra Mar 2014
Estou só
chove
o rádio liberta notas de uma composição musical.
Lá longe, quem eu desejo perto.
O vento está frio,
deambulo pelas ruas da maledicência.
Afogo as mágoas no absinto da vida,
fumo um cigarro.
Penso no passado,
nas amarelas tardes de Outono,
nos passeios à beira-mar,
e vejo o que perdi,
em busca de um ideal que ainda não encontrei.
A névoa e a neblina escura
se misturam com a fuligem
a chama se extinguiu e
a fumaça carbônica adentra
as narinas daqueles que sofrem
chove nos olhos desses que
não entendem porque choram
talvez seja a irritação da fumaça
talvez seja a tristeza mais que profunda
Seria novamente o inferno que
ganhou uma nova paisagem desolada?
Outrora um pântano nojento e repugnante
Agora uma caverna vulcânica de enxofre e brumas
de veneno e morte
Voltei ao inferno e cá
estou perdido novamente
Os gritos nunca estiveram tão desesperados
A dor nunca se tornou tão angustiante
Arrepio toda a espinha
meu coração está estrangulado
minha voz está muda enquanto
meu grito interno é desolador
é tão tórrido que estou embriagado
é tão tórrido que estou congelando
e é tão tão frio que minha pele se queima
arranco com as unhas a minha própria
carne até encontrar meus ossos quebrados
estou quebrado, completamente quebrado
estou destruído e ainda
assim continuo a caminhar
Eu mesmo proclamo a minha profecia
Eu mesmo sabia o que estaria por vir
E esse sorriso triste-alegre carrega
o futuro que está chegando
Talvez banhar-me no Lethe não seja
o fim do mundo
Talvez esquecer-me de tudo
seja renascer como a fênix
a dádiva do Elísio
Por hora mergulho no profundo
da minha inconsciência
Por hora declamo para o mundo
Por hora me perco
Por hora me encontro

Por hora...
Acordo.

A água
Não corre.

Não chove.

Todo o leito
Vazio.
02-05-2016
Gil  Mar 2018
vamos por ali
Gil Mar 2018
um céu rosado ao fim da tarde
chuva e frio,
mas tu aqueces-me o coração
chove para adormecer
relaxo o corpo,
mas a mente não

perguntas-me: vamos?
eu percorro caminhos demasiado estreitos para ir acompanhado

e tu dizes: e se for atrás de ti?
és a minha voz da razão

em fila caminhamos de mãos dadas
afinal esta estrada solitária faz-se bem com companhia

-então? para onde vamos?
espreita-me por cima do ombro.
pelo canto do olho vejo-lhe o entusiasmo nas bochechas

olho para cima para pensar
vejo um bando de pássaros a voar por cima da estrada
para um horizonte distante e respondo: vamos por ali
Sabiki rig catch bait
Bubbles in pail keep
chove from fate.

Bust the rod
take the jetty.
Nose hook toss
Release the bail.

Sink then taut
Touch and go
Feel, hook, bought.

Halibut for Almondine
is what I caught
Elusive California white fleshed halibut is delicious roasted whole with butter and toasted almond slivers. Served over a blend of wild rice and vermicelli with fresh garden garlic and onion chives and a side of champagne vinaigrette marinated and grilled bok choy.....mmmm mmmm....You got nothing on me Gladstone's by the Sea!

— The End —