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Hoje sinto que aquela bola de sabão existe!
É uma bola de verdade, leve e livre, pelo vento,
Sente-se os sons das palavras, que expeliste,
Sentiu-se aqui o timbre, presente do alento!

O longo curso, no horizonte dessa montanha,
Que um dia essa bola quis seguir, sente-se aqui!
Brilham olhares atentos à noite, agora estranha,
O olhar de bolas voando vê-se agora até daqui!

Desperta solto e livre o sol de medo dos ventos,
Dispersa cores cinza, que o habitaram por tempos,
Ouvem-se desejos de liberdade, nestes momentos,
Quem sabe agora, o tom dos seus passatempos?

Não vejo os Invernos, nem se sente o tom do inferno,
Plana sobre a linda natureza um cheiro aflito e difuso,
Que sonho teve o vento, que te levou e trouxe, recluso!
Voa-as pelos céus e nem sabes mais a forma do parafuso!

Os círculos controversos do prender da abertura das portas,
Sustentam como metal idêntico as formas do pensamento,
Não importa ser bola de sabão e voar ao saber do vento,
Foi disposição para soltar amarras e viver o que hoje adoras!

O homem fez-se fora e a mulher vê-se agora, ambos cintilantes,
Todos os medos e costumes, já doentios, na hora do descanso,
Quando à noite no silêncio, os medos dos sons são abundantes,
Fogem sorridentes porque mesmo carentes têm seu descanso!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.09.18.02.23
Juliet R Mar 2014
Eu digo isto do coração,
Sem sequer prestar atenção:
"Vou te prender na minha mão!"
Digo com grande exclamação.

Relembro-te como é que os pássaros cantam,
Como é que as ondas da praia dançam,
Como é que as palavras encantam
E como é que os por-do-sóis são.

Faço-te adeus. Aceno-te sem fim.
Mas, num ápice, corro atrás de ti
Quero sentir a tua pele de cetim.
E tu dizes "Quero ficar aqui."

Mas poder, não podes.
Mas querer, tu queres.
Mas sentir, tu sentes.
Mas vontade, não te falta.

Sabes o que te direi
Assim que partires?
Antes de falar chorarei
Para as minhas palavras obstruíres.

"Se te pedir para ficar
Tu ficarás?
Se te pedir para amar
Tu me amarás?"

Não podendo dizer mais nada
As minhas costas a ti eu volto.
Tu, te sentido numa alhada,
Desembargas a tua voz num suspiro solto:

"Vou te querer,
Sem me quereres.
Vou te ter,
Sem me teres.

"Vou te amar,
Sem me amares.
Vou te desejar,
Sem me desejares.

Paixão por paixão,
liberdade por liberdade,
Num coração vivo por outro coração,
É amor, por causa da amizade."
Marco ASF Couto Apr 2014
E foda.se a vida que demora a fazer-se homem.
E foda.se a o vinho que só me conta mentiras.
E foda.se a musica que me alivia a dor de não te ter.
E foda.se o espelho que é demasiado honesto.
E foda.se os livros que não consigo ler.
E foda.se os autores que não consigo entender.
E foda.se o que quer que seja que me retira confiança.
E foda.se o destino que não pude escolher.
E foda.se o passado que não pude escrever.
E foda.se o futuro que já só quero esquecer.
E foda.se a liberdade que não me deixa crescer.
E foda.se a inercia que me quer prender.
E foda.se as palavras que me deixão com sede.
E foda.se a sede que só quer vinho.
E foda.se o vinho que me voltou a enganar.
E foda.se o coração que não sabe como amar.
E foda.se o amor e a falta de ar.
E foda.se o sal que impede de chorar.
E foda.se o choro de quem me morde a alma.
E foda.se a quem me pede para ter calma.
E foda.se tudo resto que nada tem a ver contigo.
E foda.se a amizade que faz de mim só teu amigo.
E foda.se a cama que me faz sonhar.
E foda.se o sonho que se acha ordem.
E foda.se a idade que Eu já me devia ter feito homem.
Victor Marques Sep 2018
Tens um brilho nos olhos de tanto olhar,
Tens um sorriso de encantar...
O que tu tens parece ser e nao ser,
O que tu tens e nao queres ver...

O que tu tens e ate nem queres saber,
Tens uma serpente para te prender.
Tens sonhos que as estrelas nem querem saber,
Tens o destino de amar o sol ao entardecer.

O que tu tens dentro de uma vida que parece oca,
Tens o rosnar do gato preto que te poe louca,
Tens uma vida inteira que parece nunca te chegar,
Tens uma vontade  de sempre a vida maltratar...

O que tu tens  menina de olhos meigos ,
Tens o desejo de doces beijos.
Tens  tudo e pareces nao querer nunca nada,
Tens a vida que parece vida de uma fada...

Victor Marques
Vida, viver , ter
And Dec 2015
Me vejo longe de todo amor que habita
Não devido a solidão
Mas a exaustidão da procura
Da solidão que me conforta e me prende

A cada dia me sinto mais doente
Qual seria a solução?
Um novo amor para me prender em vão...
As grades dessa razão

Não se substitui uma dor por outra
Aprende a se cuidar e cultivar
Mas e quando algo deixa de ser mútuo
De ser puro

Qual caminho seguirei?
um desabafo sobre um coração partido
Señora: llego a Ti
desde las tenebrosas anarquías
del pensamiento y la conducta, para
aspirar los naranjos
de elección, que florecen
en tu atrio, con una
nieve nupcial... Y entro
a tu Santuario, como un herido
a las hondas quietudes hospicianas
en que sólo se escucha
el toque saludable de una esquila.
Vestida de luto eres,
Nuestra Señora de la Soledad,
un triángulo sombrío
que preside la lúcida neblina
del valle; la arboleda que se arropa
de las cocinas en el humo lento;
la familiaridad de las montañas;
el caserío de estallante cal;
el bienestar oscuro del rebaño,
y la dicha radiante de los hombres.
Señora: cuando ingreso a la comarca
que riges con tus lágrimas benévolas,
y va la diligencia fatigosa
sobre la sierra, y van los postillones
cantando bienandanza o desamor,
súbita surge la lección esbelta
y firme de tus torres, y saludo
desde lejos tu altar.
Tú me tienes comprado en alma y cuerpo.
Cuando la pesarosa
dueña ideal de mi primer suspiro,
recurre desolada
a tus plantas, y llora mansamente,
nunca has dejado de envolverla en el
descanso de tus hijas predilectas.
Me acuerdo de una tarde
en que, como una reina
que acaba de abdicar,
salía por el atrio de naranjos
y llevaba en la frente
el lucero novísimo
de tu consolación.
Confortándola a Ella, Tú me obligas
como si con la orla
dorada de tu manto,
agitases un soplo
del Paraíso a flor de mi conciencia.
Porque siempre un lucero
va a nacer de tus manos
para la hora en que Ella
te implore, Tú me tienes
comprado en cuerpo y alma.
En las noches profanas
de novenario (orquestas
difusas, y cohetes
vívidos, y tertulias
de los viejos, y estrados
de señoritas sobre
la regada banqueta)
hay en tus torres ágiles
una policromía de faroles
de papel, que simulan
en la tiniebla comarcana un tenue
y vertical incendio.
Y yo anhelo, Señora,
que en mi tiniebla pongas para siempre
una rojiza aspiración, hermana
del inmóvil incendio de tus torres,
y que me dejes ir
en mi última década
a tu nave, cardíaco
o gotoso, y ya trémulo,
para elevarte mi oración asmática
junto al mismo cancel
que oyó mi prez valiente,
en aquella alborada en que soñé
prender a un blanco pecho
una fecunda rama de azahar.
huntAblunt Feb 2017
En los sitios oscuros
Mi alma no funciona
Cada vez q yo la prendo
Alguien me l´apaga


Y si vuelvo a prender
Soy yo q va perder
Solo todo loq tiene
No salgo, pero viene


No es posible de nadar
sin problema
Dentro de un mar
lleno de la colera


Mejor q lo apago ya
Q nadie me ve
Asi no me apagan
Me lo imagino como brilla
Y me quedo con la vida
Igual me quedo yo alla
Porque no puedo escapar Sin luz
de los sitios oscuros


Que circulo vicioso es
Que yo me quedo en
Para vivir yo tengo que salir
Y para llegar alli
Yo tengo q perder las llaves


De la puerta que me salva
Y me regala poca paz
Pero igual ya me persigue
Esta ya de mi atras


Es que ya te falta esperanza
Que tu saldras de alli
Ya perdiste confianza
Que nadie te ayuda a ti


Luchando solo
Con lo malo por lo bueno
Porque no te queda otro
Otras cosas solo sueno


Y aqui ya llega como trueno
realidad me quita sueno
Porque estuve yo sonando
Si ya se que a mi me quitan
Solo cuando?


Y asi estoy andando
Por los sitios oscuros
Buscando la salida
Si no la encuentro
pierdo mi vida
Mariana Seabra Mar 2022
São as palavras vazias que gritas ao vento,

Na esperança que a brisa corra a teu favor, e assim as leve…

São os silêncios desesperantes,

Onde a resposta que nunca chega, carrega a desilusão da espera eterna.

São as insónias angustiantes,

Que matam aos poucos, enquanto dormes no meu peito,

Descansadamente, embalada no respirar da minha dor.

São as conversas inexistentes,

Que rapidamente se tornam monólogos dolorosos,

Onde a indiferença, és tu quem a traz, mas quem a carrega sou eu.

São os momentos especiais,

Que te transmito, inesgotavelmente, pela essência,

Esmagados pela vulgaridade com que me tocas. Até na alma.

São os pequenos momentos,

Em que me tomas como algo teu, sempre tão certo e fixo…

Enquanto a cada pequeno sufoco, vagueio sem rumo, para longe.

São todas as vezes,

Que me deixaste ir, pois nem sabias o que havia em mim para prender.

E eu, sempre com o mesmo terrível sentido de orientação, fui…

E já há muito me perdi.



  

(Mas no final dessa linha, onde o desamor me encontrou…)

(... Encontrei-me também a mim.)
dead0phelia Feb 2020
o gosto que fica quando você vai embora
a ausência que sinto em tudo que você diz
o medo que estampa as suas pupilas
suas mãos finas a me segurar
mas sem nunca me prender
já eu se pudesse te agarrava pelas pernas
mas fico inerte a observar
e aprendo a me contentar
com o gosto que fica quando você vai embora

— The End —