Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Adrián Poveda Aug 2016
Amanecemos por la tarde, bajo la sombra de los edificios, huimos del sol por que nos quema y no nos deja pensar, sin lugar a certezas ni a aclaraciones nuestras almas se asoman como la luna (siempre en las noches y solo a veces al final de la tarde).

Ya todos los lugares están copados, la sombra es corta en los barrios bajos y hay que acelerar el paso, refugiarnos del sol antes de que el alma salga de pronto y nos sorprendan empezando a gritar; todos lo saben la noche hace invisible la propia oscuridad y encierra en un dulce parpadeo la cordura.
Copyright © 2016 Adrián Poveda All Rights Reserved
João Rebocho Jan 2018
Arregaço as mangas largas e ensopadas
Do mar bravo que as molhou,
Volto para a areia,onde o sol
Aquece os grãos,
E fez acelerar o passo
De quem por lá andou.

Todas as manhãs,o mar traz ao de cima
Espuma,algas e saudade.
Corto as mangas da minha velha camisa
Para ver se a água gelada não me adoece,
E desajeitado, cortei a vaidade.

Agora só molho os meus magros braços,
E ao olhar para o mar vejo-te atrás de mim,
A tentar puxar-me para a areia porque
Na água, somos o espelho da saudade e de quem morre ao não saber pôr um fim.

Resisto como resistem as pernas de um pescador na corrente do mar,
Mas aflito e sem forças afogo-me, e deixo-me levar.
Deixei a minha velha camisa na areia
Para se me vieres ver, o meu cheiro possa contigo andar.

Pode ser que na próxima maré
O meu corpo ao de cima possa vir.
Se estiveres na nossa praia
Pode ser que te veja a sorrir.

— The End —