Chegar sem calor humano,
Colheita do engano e desengano.
Mas chegas sem mágoa e desejos,
Outono de doces palavras e beijos.
Tudo despes e ao mesmo tempo vestes,
Sem saber ao certo porque vieste.
Mas és Outono, com magia e muito sono,
Com nevoeiros e ventos que te cham pai, e ao mesmo tempo dono...
Sobrevivem plantas, tudo parece se perder,
Para ser vida, semente e ao mesmo tempo ser.
As árvores parecem adivinhar sem querer,
Que suas folhas vão deixar de viver.
Outono de amarelar, de bem querer,
Pareces nascer e ao mesmo tempo morrer.
Mas responde Outono que me consomes,
Sem ter respostas para as coisas vivas e mortas.
Ai por do sol que se deita cedo e sem cara lavada,
Outono e Inverno de mão dada.
Outono, folhas