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Victor Marques  Oct 2013
Folhas
Victor Marques Oct 2013
Folhas

Pedacinhos de folhas esverdeadas,
Folhas secas de Outono amareladas.
Fogem de suas árvores fustigadas,
Folhas húmidas, abandonadas…

Folhas maltratadas pelo vento,
Apodrecem com encanto.
Folhas das videiras multicolores,
Folhas escritas para teus amores.

Folhas que se perdem num tempo,
Folhas com e sem pensamento.
Folhas lindas ao entardecer,
Folhas anónimas para ler…

As folhas morrem cheias de pureza,
Exalam o perfume da mãe natureza.
Folhas parecidas, redondas e triangulares,
Folhas nas tristezas e nos olhares.

Victor Marques
folhas, árvores, papel, cores
Victor Marques Oct 2014
Vinhas nos dias de Outono
Quando da minha janela olho com sono,
Vejo vinhas ao abandono...
Quando da minha janela não  vejo flores floridas,
Olho para as folhas apodrecidas.
Me levanto com a vidraça embaciada,
Olho para um horizonte feito do nada.
As videiras imponentes e coloridas,
Despertam meio adormecidas.
Os ribeiros que desesperam junto aos salgueiros,
As rochas escurecem  com sorrateiros nevoeiros,
As vinhas parecem estar cheias de vida,
Eu me conforto com um  beijo de despedida.
Tantas e diversificadas  cores que me enchem a alma,
Solidão que ama e da calma.
Vinhas de um Outono  singular,
Folhas de par em par. .
Victor Marques
outono, sono, folhas, vinhas
Ontem descia a colina, pelos caminhos da natureza,
Foi quem sabe o seu trilho, que me mostrou a beleza,
Desde as plantas, ao ar que lá respirei, me maravilhei,
Foi nessa viagem que descobri, que ali tudo eu farei!

O cheiro a vida e os animais descascados de preconceitos,
A paz que se sentia entrar nos seus ninhos, eram preceitos,
De cores de luz ardente, onde o sol encoberto de folhas,
Mostrava atos ou sentimentos que são nossas escolhas!

Não escolho de quem posso gostar, mas escolho preservar,
Não luto pelo amor, se não o posso cultivar, porque não ó é,
Mas se eu escolher amar entre as folhas eu vou me mostrar,
E se estiver por trás delas, alguém, também deixo brilhar. Pois é!

É umas mistura de sons e tons, numa bebida alcoólica,
Sente-se os cheiros e sabores, escorrendo pela goela,
Percorrem-se os melhores encontros, gente acolita,
Se não são seus valores, nem são dele, nem são dela!

Porém, esta minha caminhada, vale escuro abaixo,
Que entre o brilho da estrela do dia mais claro,
Se perdi, porque vi, o que não guardei e encaixo,
E já vale adentro, hoje teu abraço é o meu amparo!

Autor: António Benigno
Código do texto: 2013.07.21.02.07
Victor Marques Nov 2014
Amar a vida primeiro
Gratidão para o resto do dia,
dando sorrisos para irem muito longe.
As coisas estão serenas tais como os rios Douro e Tua que esperam pacientemente todas as águas que se deleitam em correr desenfreadamente para seus leitos. Vinhas com folhas que caem coloridas e se assemelham a um horizonte de ouro luzidio.
Os pecadores sem sinos para tocar os remorsos dos seus pecados mais graves. A consciência humana dignifica e purifica ao mesmo tempo tantos seres que com pequenos delitos caminham livremente. Portas e janelas abertas logo de amanhã para espreitarem a  biblioteca do universo. Amando cada ser humano em excesso,  cada folhinha que tem medo de estar ligada. Folhas com o medo de estar no ar. A vida nem sempre é justa para  leõezinhos que na selva com cabras e cordeiros confraternizam no paraíso de um Deus infinito e imparcial. Amar a vida meus queridos amigos porque não se pode amar ninguém senão amarmos a vida primeiro.
. Victor Marques
amor, vida, primeiro
Victor Marques Sep 2013
Saudade de meus avós

Procuro uma justificação plausível,
Para tanto amor que recebi.
Indago nas profundezas do universo,
Escuto conselhos sábios nunca dum homem só,
Amor eterno a meus avós.

Caminhadas por entre giestas sedutoras,
Rebanhos que alguém guardou.
Hinos ritmados que alguém sabe cantar,
Chilrear dos que sabem amar…

Rochas que se expõem ao vento,
Fustigam meu pensamento.
Chuva que regas vinhas, olivais e belos jardins,
Quimeras e o meu jasmim.
Tempos dum amor natural e medonho,
Folhas secas de Outono,
Inércia dum amor infinito que sempre vou ter,
Saudade de meus avós e do seu viver…

Victor Marques
Victor Marques Apr 2012
A Nossa senhora de Fátima

Nas estradas da vida, do amor, do silêncio.
Nas pradarias onde se foge ao vento,
Nas histórias de paz, no interior do ser humano.
No mistério e no desengano, no alento.

Movimento acelerado do Deus Crucificado,
Folhas da azinheira a seu lado.
Nossa Senhora do Rosário de Fátima consagrado,
Amor a Portugal e a seu fado.

Sublime com tantas flores,
Mãe de todos os pecadores.
Os rebanhos famintos pastam nos campos de Deus,
E Tu Santa MÃE implora por filhos teus.

Celestial e sempre Virgem eterna sem igual,
Coração belo de Rainha,
És tu Senhora minha,
Minha Mãe e de Portugal.

Victor Marques
Nossa Senhora de Fátima
Victor Marques Oct 2013
ADORMECIDO NOS SONHOS VIVIDOS

Entre margens dos rios conhecidos,
Sonho com sonhos vividos.
Anseios nobres e sonolentos,
Adormecido em quentes mantos.

Serei sepultado com folhas mortas,
Com videiras, oliveiras, belas hortas.
No ermo ressuscitarei feito luz,
Com a bandeira do amor a Jesus…!

Tenho um carinho excelso pelas gentes singulares,
Feitas de um amor e seus sentidos olhares.
Paraíso de saudades já vividas,
Memórias nunca esquecidas.

Recordações de tudo que me apaixonou,
Da terra que sempre me amou.
Horas paradas nos salgueiros do ribeiro,
Sou do Castanheiro…

Um abraço com carinho e amizade
Victor Marques
terra, nascimento,douro,Castanheiro
Victor Marques Apr 2012
Árvores

As árvores são esperança,
Seus ramos, suas cores.
Troncos facetados,
Suas folhas e odores.


Umas com espinhos escondidos,
Até se ouve seus gemidos.
As árvores, felizes diferentes,
Sonhadoras e sempre exuberantes,
Ajudam todo o ser humano,
Nos amam com seu oxigénio.


As árvores enaltecem tudo de belo,
Unidas elo, por elo,
Se erguem em direção desenfreada,
Até parece que nasceram do nada.

Victor Marques
árvores
Victor Marques Apr 2013
Palavra inerte chamada amor

Na esperança, no sentimento multicolor,
A palavra inerte chamada amor,
Os santos são todos fiéis,
Os casados até nem usam anéis,
As montanhas esverdeadas que por amor meditam,
Pensadores sem nada dizer parece que gritam,
O deslumbrante e inerte amor tudo compromete,
O sapo canta amor no lago que o fortalece.

A noite cobre o céu sem pudor,
Do peito jorra e sai amor,
As nuvens de um branco censurado,
Pecado nunca confessado.
O amor inerte parece que tem asas,
Os salgueiros estão lá com folhas salpicadas,
O inerte amor tem penumbra e também tem luz,
Eu sinto o balançar que oscilando que seduz.

Victor Marques
Marco Raimondi Jun 2017
Narrador:
O sol, fadando aos seus desmaios,
Em falta de luz aureolava
A face natura com seus distantes raios;
A areia qual aos clarões brilhava,
Neste sol d'agora dorme junto às figueiras
Às terras, aos vales, às distantes matas altaneiras

Gaia, que nas folhas de carvalho
Rompe a escuridão do céu vultuoso
E jorra em seu corpo as águas d'orvalho
Cobre-se, nas horas, d'um véu moroso;
Quando olham ao zênite, estrelas podem ver
Como áureo tesouro a na escuridão se irromper

Por este turvo azul sidéreo,
Entre as florestas tem-se o canto,
E dos troncos retorcidos, um mistério
Cuja noite predomina em seu encanto,
Cobrindo as nuvens do olhar,
Com seu etéreo resplendor lunar

Divagam as almas que dormem
E divagam as que repousam, sob o sentir de fantasia
As mais atormentadas, que de sonhos envolvem,
Veem nos vastos pesadelos dores de uma visão sombria;
Se em prantos, quando dormem, não podem culminar
Vezes quebram, em gritos e desatino, um longo calar

Destes prantos, cujas lágrimas caem nas profundezas
Ressoam em uma perdição do infinito
Entoando pérolas e cânticos desta proeza
Que é constituir, no espírito, o próprio mito;
Tudo não mais cintila, Gaia se cobre,
Os olhos da matéria se fecham após tanto obre

Enfim, fez-se da natureza uma realidade escrava
Na qual os dias, tão somente o tempo envenena
Mas Gaia, quando os serenos campos lava
A realidade, a mudança é ela quem condena,
À miséria dos povos, as glórias, a graça
Tudo é ao tempo, que a natureza trespassa

O lar dos sentires se silencia sob aurora
Todos desprezos, amores e outros enganos
Agrados, estupores, inclemências de outrora
Contiguamente extinguem-se, ao eclipsar dos raios meridianos
O som enleia as serranias noturnas
Sussurrando longínqua a madrugada soturna

É a glória do Destino! Ânsia abissal e dolorida,
Aprisionando a natureza em seu prazer de ilusão
Subitamente, em brumas, um estirpe que é vida
Das lembranças renovadas, canções d'uma visão
Logo o sol nascerá em amplitude
E clarear-se-á o dia em suas virtudes

Idália, a vaguear nos cúmulos imaginários
Vê as estrelas em umedecidos rochedos
A ecoarem devaneios visionários
As névoas quais, do delírio, são divinos segredos,
Empíreo enigma, perpetua-se em infinita imensidade,
Que há de trovejar os pensamentos na obscura eternidade
Victor Marques Oct 2012
Lembro meu Pai António Alexandre Marques

Na vida de todos nós,
Temos pais e avós.
Os dias passam sem despedida,
Amo meu pai toda a vida.

As videiras são teu paraíso,
Uvas do lagar se pisam sem aviso.
Vida por vezes sorridente,
Se ganha e perde num instante.

Foste podador da boa colheita,
Vinho que com Deus se deita.
As folhas das videiras avermelhadas, verdes e amarelas,
São teus anjos, tuas sentinelas.

Deus também amou o vinho,
Pois Cristo Sofreu sozinho.
As tuas memórias são sonhos lindos bem meus,
Amor eterno de filhos teus.

Victor Marques
Victor Marques Dec 2009
As videiras são uma força viva,
Desgarrada e despedida.
Bagos eternos sempre da mesma uva,
Folhas com pedaços de chuva...


As videiras são uma religião menor,
Peregrinos se embebedam em seu redor,
Ai... bagos brancos de sentida pureza,
Cepas tortas com estranha beleza.


As videiras estão comprometidas,
Vides entrelaçadas, deitadas.
Bago meu, teu bafo de calor,
Videira fiel ao seu progenitor.


As uvas de uma ou várias colheitas,
Sentimento adoçado que com Deus se deita,
Bagos tintos espremidos com pudor,
Videira da vida, do teu amor!



Victor Marques
- From Network, wine and people....
Victor Marques Apr 2012
Árvores

As árvores são esperança,
Seus ramos, suas cores.
Troncos facetados,
Suas folhas e odores.


Umas com espinhos escondidos,
Até se ouve seus gemidos.
As árvores, felizes diferentes,
Sonhadoras e sempre exuberantes,
Ajudam todo o ser humano,
Nos amam com seu oxigénio.


As árvores enaltecem tudo de belo,
Unidas elo, por elo,
Se erguem em direção desenfreada,
Até parece que nasceram do nada.

Victor Marques
árvores

— The End —