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A solidão. É palpável, é notória – e é viciante.
Ela te mata, te acalma.
Em alguns dias, te traz paz e aconchego;  em outros te sufoca e  lentamente te fere.
Ela é silenciosa, chega de surpresa, sem convite ou hora marcada.
Um pequeno lembrete de que não és especial, porém és suficiente para si. Em noites de domingo, quando chega sem aviso, te mostra que em alguns momentos ela é necessária não pela dor mas pelo entendimento. Entendimento de quem és, do que precisas, do que gosta, de que és uma companhia boa. Quando se faz presente, num primeiro instante, te deixa atordoado e magoado e então o entendimento de que podes ser feliz dentro dela te faz ficar viciado.
Só  ela e tu.
A solidão vira liberdade, o silêncio que antes gritava agora é apenas um momento de calma e reflexão.

— The End —