Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Victor Marques Mar 2014
Além de um espectáculo singular!
O riacho corre sem parar...
O melro com seu bico amarelo,
Pintassilgo atrás de um pouco de farelo.

As videiras com seus rebentos,
Esquilos saem de seus aposentos,
As flores para nos alegrar,
Grilo faz gri gri para nos chamar.

Águias no céu azulinho,
Pardal constrói seu ninho,
Ai o cão até ladra sozinho.
Eu aqui perdido com devoção,
Amando a natureza até à exaustão.

Lagartos, aranhas e formigas,
Libelinhas vaidosas , divertidas,
Raposas e lobitos adormecem sim senhor,
Natureza em todo o seu esplendor.

Victor Marques
Uma casca solta, prisioneira de uma falha perfeita,
Perfeitos são o mitos, aos olhos de gente fechada,
Explicações são fraquezas, de acções de fachada.
Não sei mais quantas vezes eu repetirei, a ceita!

O peixe escorregadio, que vadio desaguou do mar,
Se esconde na toca do Coelho, que é toca desafeita,
Num segredo moribundo, de computador de aldeães,
Segundo um mito motar de um braço partido ao luar!

Essa vaquinha que pastou, pintada de vermelho corado,
Desfeita tantas vezes no pasto, moribundo da praia vazia,
Era apenas um segredo, pintado nas veias do tal marado,
Que mais ligada que a mentira à realidade, produzida, diria!

Que se fodam os mitos, que se lixe o correto, porque certo?
Estou eu, e eu, segundo os mitos que considero correctos,
Não tiro nem ponho, continuo caminho fora, boquiaberto,
Enquanto penso, na esperteza dos enxames concretos!

Na sementeira alheia, vanguardeira cairá tão perto,
Seu ***** espaço de terra, de um vazio moribundo,
E eu cumprida a missão, estarei bem melhor decerto,
Porque tudo como nada, tem um preço de vinda ao mundo!

Escolhas guardadas comigo, desde o dia que nasci,
Cabe ao meu cérebro processar o dia, é costume,
Que de tão leve vive meu lume, que ela não teme,
Limpeza de água, que cai e faz fumo, e aprendeu!
Autor: António Benigno

Código de autor: 2013.07.25.02.10
Victor Marques Jan 2012
O olhar silencioso

Junto ao mar eu parei,
Olhar no olhar eu deixei,
Ondas eu até sentia,
Sussurro de quem te conhecia.

Na boca doce perfeita,
Um sentimento apertado,
O Vento até se deita,
No olhar apaixonado.

O olhar até molhado, sentido,
Sorriso bom e querido,
Pestanejar sem ruído,
Olhar comprometido

Olhar de quem nada sabe,
Devaneio e desejo,
Olhar sem idade,
Silencio e um beijo.

Victor Marques
Imagino um caminho fechado, ***** e sujo,
Dentro do escuro, saem sombras despidas,
Suas almas são vertidas, na solidão e eu fujo,
Deixo para trás cores pretas, ficam perdidas!

Apela-me ao coração, tantas vezes, a voz perfeita,
Diz-me segredos da cor magnifica, a cor do arco iris,
E agora que ficaria eu fazendo, fugindo da tal ceita,
Que entrou na minha vida e saiu, como liquido que fiz!

Transformou-se toda a minha vida, e a sujidade saiu,
Como do túnel que antes descrevi e de lá almas libertei,
Alegra-me plenamente o valor que meu coração adquiriu,
Se entregou a ti alma gémea que amo e sinto, eu encontrei!

De que serviu todo o antibiótico que tomei, senão para cura,
Foi remédios de sentimentos sombrios, me transformaram,
Meu ser é hoje de um homem, completamente de alma pura,
Necessito apenas de oportunidade segura, que me partilharam!

A tua entrega neste momento difícil, merece um festejo celestial,
Não terá de ser festejado amanha, porque é hoje a tal festa *******!
Meu coração encheu-se de sonhos, minhas armas carregaram igual,
Completamente firme, penetro no mundo que deste, é o divinal!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.07.31.02.12
Dayanne Mendes Jul 2019
O que tenho passado
E o que tenho vivido
Não dá pra saber

Não serão esses versos
Que irão te dizer

Nem o feed perfeito
Nem a conversa na rua
Poderão expressar

As coisas que sinto
O que eu tenho vivido
É tudo tão subjetivo

Não há nada de poético
No simples cotidiano
No adiar o viver
E apenas sobreviver

Idealizando que um dia
Quem sabe eu poderia
Ter a vida perfeita
Com a família perfeita

As mensagens perfeitas
Pra responder

É tudo subjetivo

No abismo da poesia
Eu hei de me perder

E quem dera que por um dia
Eu pare com toda essa agonia

E aprenda apenas a ser
Rui Serra Apr 2015
o vento fazia o pó levantar.
de olhar maduro,
óculos de protecção,
casaco preto e chapéu,
ao peito um medalhão.
ele era um rapaz nobre.
nunca se tinha visto ninguém como ele.
que segredos antigos estavam à espreita?
e ali estava ele,
flutuando na magia da brisa.
ao peito a mais perfeita arma de julgamento.
cano curto.
o segredo fora revelado,
e o carrasco chegava para mim.
com uma intenção maravilhosa de assassino malicioso,
Spyglass olhou-me nos olhos
e senti o vento no meu cabelo.
flashes de fogo na calada da noite.
a maravilhosa máquina de sua majestade.
gritei: "semeador de chumbo".
o sangue, escuro, corria, mortal.
Rui Serra Nov 2014
e em cada pincelada
imbuída de sentimento

o pincel revolta-se

revolta-se

contra a caligrafia perfeita
sobre o papel machê

contra a intemporalidade de cada gesto
sobre a folha de papel

estremece

a tinta desfalece sobre a obra
agora manchada

renascimento

rebentos verdes peregrinam
entre as rugas
pontilhadas de um ***** puro
Danielle Furtado Apr 2017
Acontece o tempo todo.
Sinto meu estômago embrulhar como alguém que acaba de sair de uma montanha russa, e isso é uma analogia perfeita já que vou de total satisfação à vazio completo em três tragadas num cigarro ou menos. Não importa com quem ou onde eu esteja, é hora de trocar de música, fixar o olhar no nada para tentar sacudir o vazio pesado que repousa sobre meu peito, como se tivesse me engolindo, mas de dentro para fora. Logo me sinto vulnerável, como se tivesse uma ferida aberta e necrosada no meu âmago e todos pudessem ver através de mim, como se meus olhos contassem meus segredos, as vontades que tive e tenho de me atirar em frente a um ônibus em movimento, então volto a mim geralmente com a pergunta de alguém que gosto questionando se está tudo bem, digo que sim, que estou com sono, cansada, o que não deixa de ser verdade, eu realmente estou cansada. Eu sempre sinto que preciso ir embora, afinal. Mesmo estando em minha casa quero ir embora, para onde?! Desconheço lugar no mundo e na história que me faria sentir em casa. Desconheço o abraço que me faria sentir que pertenço, ou que me querem ali. Então digo que estou atrasada, que sinto muito, que cancelo os planos, que estou doente, que tenho que estudar, peço licença e me retiro, volto pro conforto de estar triste e sozinha, sem precisar esconder o olhar vazio encarando o vazio, e esse é o melhor que posso fazer.
D. Furtado][
Entre a tarde e a madrugada
Num paraíso corrupto
Cantaram pássaros para ti.

Nas verdes e floridas árvores
Escondeu-se Deus, olhando
A sua perfeita criação.

À tua frente fiquei eu
Enfeitiçada pelo riso e pelo brilho
Dos teus olhos e do céu
Querendo para sempre
Poder pintar-te com palavras
9-04-2016
Rui Serra Sep 2015
corro

das profundezas da minha mente
tentando escapar do mundo
criado pelo meu eu interior
e viajo em perfeita solidão

sinto a morte a
atravessar-me a alma

o gosto amargo da cicuta
escorre-me pela boca
e o mundo torna-se escuro
separando corpo e alma

uma luz ilumina-me
mas no fundo eu sei
que as trevas habitam em mim
Wörziech May 2013
Intenso distúrbio de um vácuo.
Flash e imagem.
Alusão à desconhecida falta indiferente.
Em uma perfeita imaginação,
a sorrir para mim, espaço e tempo divergente.
Sem importância os elementos, 
refletindo-se pelos sons dos olhos,
espectros de um ansiar e abominar.
E quanto aos enigmas não conquistáveis,
algo sobre grande córtex cingulado anterior pregenual, minha distante dopamina.
Momentos a ponderar pela interminável busca por um horizonte sem sombras e sem luz, que resultam em sentimentos de interminável percepção,
impossibilitam-me qualquer forma de concretização.

— The End —