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Victor Marques Feb 2015
Esbate  luz em nossos corações enquanto seres humanos...

  Hoje perplexo olho a minha volta,  procuro respostas, me incito enquanto ser humano a ser um exemplo: em honestidade, humanidade, e lealdade. Caminhadas que desesperam em ser feitas, pois estamos com tantas adversidades que nos fazem sonhar menos, pensar em tons de um amarelo cheio de um ****; quase azedo de um pão que deixa de ser cozido de uma forma tradicional.
        Como seres humanos aptos para sobreviver teimamos em harmonia viver com os os ensinamentos de nossos antepassados.  Tiramos proveito de tanta aprendizagem que gratuitamente foi transmitida de gerações em gerações.  Vivemos numa sociedade extremamente competitiva e selectiva, lutando cada dia contra instituições incapazes de gerir riqueza, gastando
alguns tostões que restam aos pequenos contribuintes que resistem e pagam sem pestanejar.
         O que fazer quando se tem a leveza de ser amado,  bajulado, respeitador e honesto em todas as vertentes  de seres humanos fantásticos que semeiam amizades para toda a vida?
Simplesmente ousar ser sempre contemplado com a luz de um sol radioso que aconselhe  e encante os homens de boa vontade a fazer alguma coisa por todos os que nascem desprovidos de roupa e morrem sem nunca saber como e quando?
Falta humildade em nossos corações enquanto seres que vivem neste planeta terra,Falta amor , gratidão,  simplicidade, perdão, harmonia, paciência,  serenidade, seriedade e amizade.
amor, geraçoes
Victor Marques Nov 2012
O Nosso tempo deixa de ser tempo

    Hoje é um tempo novo de descoberta e actualização da nossa vida.
Por vezes, ficam para trás as coisas mais bonitas e simples que nos fazem tão felizes e não custam nada a fazer. O amor é um sentimento gratuito e duradouro. O sorriso também é eficaz e permanece na mente de quem o dá e recebe. Agradecer a Deus e às pessoas que nos rodeiam fortifica o nosso espirito por vezes ocupado com tantas banalidades.
    Temos uma natureza que ressuscita todos os dias profícua em dar e nunca pede nada em troca, simplesmente respeito pela criação de tudo que a ela envolve e a nós também.
O tempo se perde no próprio tempo que deixa de ser tempo para quem corre todos os dias atrás de um autocarro, metro, táxi ou outro qualquer devaneio próprio do nosso tempo.
    Vivemos num mundo surdo e cheio de poluições que afectam e matam seres humanos que nem se apercebem da causa da sua morte. Comemos alimentos cheios de pesticidas, herbicidas e por vezes contaminados. Falta ao homem do nosso tempo, tempo para si e seu deleite pessoal.  O Homem perdeu a sua ligação com a natureza das mais diversificadas maneiras: deixou de viver num ambiente campestre, começando a viver em verdadeiras prisões citadinas onde a Indústria e um trabalho fácil atrai multidões.
   O nosso tempo é um tempo de teclados, de écrans gigantes, de mexer de dedos, de mensagens virtuais que não transmitem coisa nenhuma.
   Um tempo que deixa Deus num plano quase esquecido do nosso dia-a-dia.
Este tempo que deixa de ser tempo é louco. Matam-se pais, filhos, irmãos…
Este tempo é um tempo em as pessoas vivem e morrem penando e sentindo cada vez mais a falta de dinheiro, trabalho e uma vida cheia de felicidade.

  Victor Marques
tempo, natureza, Deus
Nua estava ela
deitada sobre a cama
Um anjo sem auréola
e meu coração em chamas

A olhar tamanha ternura
poderia dizer que era amor,
porém além da doçura
um silvo cruel, desolador

Invadindo-me o espírito
depravando meus pensamentos
morrem-se os lírios
nascem os tormentos

Muitos foram os dias
que amores ela jurou,
mas que anjo, maldosamente, diria
quimeras para quem lhe adorou?

Oh, Lilith, demônio cruel  
que dos homens a alma apodrece
limpaste da boca o fel?
que como eólia-lira me entorpece

Lilith, este nome ela não o tem
nem demônio nem anjo o é, apenas mero alguém
que soube através do silêncio calar meus instintos
e com seu corpo esbelto invadir meus recintos

Contudo, nenhuma ilusão é eterna
e a tal verdade proeminente, interna
morre, a cada dia, com seus movimentos
bem como meu amor morreu por dentro !
Victor Marques Oct 2013
Folhas

Pedacinhos de folhas esverdeadas,
Folhas secas de Outono amareladas.
Fogem de suas árvores fustigadas,
Folhas húmidas, abandonadas…

Folhas maltratadas pelo vento,
Apodrecem com encanto.
Folhas das videiras multicolores,
Folhas escritas para teus amores.

Folhas que se perdem num tempo,
Folhas com e sem pensamento.
Folhas lindas ao entardecer,
Folhas anónimas para ler…

As folhas morrem cheias de pureza,
Exalam o perfume da mãe natureza.
Folhas parecidas, redondas e triangulares,
Folhas nas tristezas e nos olhares.

Victor Marques
folhas, árvores, papel, cores
Victor Marques Dec 2017
Imortalidade vivida, perdida …

Anos passarão que as ondas do mar,
Aqui estarão para ser contempladas,
As arvores despidas, fustigadas,
As mulheres bem ou mal amadas,
As estrelas para quem tem olhos olhar,
Numa imortalidade vivida, perdida,
Com saudade sempre e intemporal,
Num mundo real e irreal,
Vivemos sem nos aperceber, que nascemos para morrer,
Seres imateriais com espiritualidade sentida,
Vida sempre bem ou mal vivida….

Imortalidade de seres deste mundo mundano,
Ricos, pobres, grandes e pequenos,
Nascemos e procriamos para algo amar,
Pois natureza terna com beleza singular,
Nos esquecemos que todos um dia partirão,
Todos os sonhos e anseios sepultados serão,
Sem dinheiro ou qualquer sedução,
Por isso a tua imortalidade sem compensação,
Todos morrem sem amor e comunhão…

Uns acreditam outros não num Jesus feito homem e pão,
Buscando a imortalidade não vivida na ressurreição,
Eu procuro e nunca acho resposta neste mundo existencial,
Para o bem e para o mal…


Victor  Marques
IMORTALIDADE, NATUREZA, MUNDO,SERES
Expo 86' Jun 2016
Hoje fazem 24 meses que nós conhecemos, quando te vi pela 1° vez naquela ensolarada tarde de setembro, te observei por minutos que mais pareciam horas, me encantei como você conversava e ria tão despreocupadamente, como se não soubesse que o aquecimento global está destruindo nosso planeta a cada segundo, que por ano 30.000 jovens morrem no brasil e que 77% desse numero são negros, ou que a desigualdade social só tende a crescer nos próximos anos. Isso me deixou perplexo, e de certa forma te observar era como um remédio para as minhas manias, como a mania de falar demais, de falar rápido demais, ou a de me preocupar demais, não importava quais sejam, quando olhava para você elas simplesmente sumiam.
Hoje faz 4 meses que não nós vemos, minhas manias sumiram totalmente, talvez, porque hoje eu só me importe com você, só queira falar sobre você, só queira falar com você, mas, hoje faz 4 meses que não se vemos, 4 meses que não falo com você, 4 meses sem ver você, 4 meses tentando lembrar quem eu era antes de você.
Hoje é o equinócio da primavera e eu espero com todas as forças do meu ser, que eu volte a crescer, e quem saiba, te esquecer
Epiphylllum Mar 2020
Crisântemos murcham e morrem no sol de fevereiro.

Arranque o feto antes que ele crie raízes e morada dentro das suas entranhas.
Carne pulsante na ferida aberta; tormenta dos mares que vi e revi

Regozija-te em dor.
Calúnia! A mais frágil gota de euforia juvenil ao tocar-me teus lânguidos dedos de ternura

Busco ficar ao mesmo tempo que aligeiro-me em direção à porta.
O feto não pode crescer...

A negação do ser o que nunca fui outrora;
reconhecer-me no espelho dos teus olhos em prantos;
Cascatas ínfimas de dor azulada.
                        
Não há cor na relva incrustada dos pedaços que deixaste para trás...

— The End —