Sua voz ressoa em meus ouvidos,
como um sussurro do tempo que insiste em voltar.
Finjo-me de pedra, de indiferença fria,
e revisto minha alma de lembranças amargas,
na esperança de que me sirvam de escudo.
Angústia… essa velha conhecida,
vem e me lembra de tudo que fiz,
de tudo que foi em vão.
Se antes nada bastou,
por que agora haveria de ser diferente?
E a confiança… onde ficou?
Talvez perdida na imensidão do esquecimento,
talvez guardada, adormecida,
à espera de um dia
em que a saudade seja mais forte
do que as dores que me ensinaste a sentir.