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Tu mi domandi per sempre,
ma io non ** vita continua;
ti nutrirei di attimi soltanto.
Sono l'apparizione che dilegua,
e il tempo che intercorre fra due tappe
è una tregua a favore della morte.
Io vivo nello spazio di un amplesso:
tu stesso mi maturi senza accorgerti
sotto il tepore delle tue carezze...
Ma ti confesso, e credimi:
non c'è forma di donna che continui,
dentro di me, il rovescio dell'amante.
Dayanne Mendes Nov 2018
Nos dias em que eu me sinto mais sozinha, eu me agarro as palavras...
É bem verdade que elas nunca tem me abandonado, nem sempre me agradam, eu confesso.
Mas estão sempre presentes.
As palavras que permanecem só em pensamento: essas pra mim são as mais sagradas.
Elas me conhecem.
São meu íntimo.
Já me mostraram as coisas mais bonitas e as mais horríveis.
Dentro de mim: revelaram minha ira e meu amor cego...
As palavras: elas nunca me abandonaram!
Queria eu que fossem as pessoas, mas ah, as pessoas falham.
Mariana Seabra Mar 2022
É aqui que me encontras, novamente,
Entre o sonho e a parede.

Só quem sonha
E depois tenta
Transpô-lo para a vida,
Sabe o que é abrir um portal,
Assistir de fora ao seu próprio funeral,
Ter uma eterna ferida
Que de tão brutal
Não cicatriza.

Olhar no seu interior
E não ver tinta.
Entrar no núcleo da personalidade,
Sentir cada átomo que brilha,
Ser a sua própria armadilha,
Estar em paz com a própria ambiguidade.

Respira...
Inspira, expira...
E não sai ar.
O que sai são apenas mais sonhos
Que nunca cheguei a concretizar.

Mas o sonho, tal como o sono,
Esse ninguém me tira!

Mentira!
Há sempre alguém que me vem roubar.
Seja o sono ou a alegria.
Vêm pela noite e conseguem torná-la mais fria,
Raramente vêm para me aconchegar.

Eterna sonhadora,
Sempre com o amor na mira.
Mas, no final das contas,
É o desamor que mais me inspira.
Sem ele não havia dor ou desespero.
Se tudo fosse feliz e concretizado,
Os meus versos não tinham o mesmo significado.
Não haviam motivos para lutar pelo que quero.
Dou graças por seguir o caminho errado!


O Cupido que me foi designado
Deve ter a mira estragada.
Perdoem-me o termo, só faz cagada.
Não treinou a pontaria,
Volta e meia, lá acerta onde não deveria.


Talvez seja um Cupido cego,
bêbado, drogado.
Puxa do cigarro com ele apagado,
Olha-me nos olhos, desapontado,
Enquanto retira do seu saco
Um velho arco sem fio,
Um monte de flechas quebradas...


Mostra-me as asas cortadas...
Questiono-me
"Será que as perdeu na aterragem?
Ou também o roubaram durante a sua breve passagem?"
Pobre coitado!
Não sou exemplo para o julgar,
Também eu sei o que é sentir-me um falhado.
Puxar do fumo, incansavelmente,
Para tentar matar um mal
Que já está demasiado entranhado.

Só quem sonha
E depois tenta
Transpô-lo para a vida,
Sabe o que é precisar de um colo confortável,
Umas mãos carinhosas,
Um sorriso amável,
Um abraço apertado,
Poesia para amparar
Quando tudo o resto parece ser retirado.
Quando o tapete é puxado
E o chão para ter-se alagado,
Criando um buraco sem fim
Que suga tudo o que tenho para dar.
A Terra que me engole,
Enche-me os pulmões de sujidade
Até os estragar.
E sufoca, é verdade...
Mas confesso! É na adversidade
Que, surpreendentemente, aprendo a prosperar.

"Depois da tempestade vem a bonança!"
Relembro-me, tentando manter a esperança.
E nada mais importa,
Nem me quero mais importar.

É a morte em vida,
Repito, uma eterna ferida...
Um sonhador sem amor
É como uma fotografia sem cor,
Como um Sol que não emite calor.
Inútil.

É a morte em vida,
Sem amor não sei sonhar.
E sem o sonho,
Estou entre a espada e a parede,
Com a distância que nos separa a encurtar.

A espada, quem a segura sou eu,
Sedenta que ela entre,
Que me perfure sem piedade,
Só por curiosidade
De ver o que vai jorrar do meu centro.

Aperto a lâmina entre os dedos,
Observo o sangue a escorrer...
Sinto um certo tipo de prazer
Sadio, talvez doentio.
Penso para mim mesma
"Enquanto sangrar estou viva...".
Aponto-a a este amaldiçoado coração,
Faço pressão,
Finalmente respiro e, digo
"Mas que belo é morrer!
Fechar os olhos e nunca mais sofrer."

Já escrevia num outro poema,
"A morte não dói a ninguém,
O que dói é ter de cá ficar".
A cigana que me leu a sina,
Essa sempre teve razão!
Sentiu logo na sua visão
Que ser racional não me assiste,
Que sou feita de pura emoção.
Autora de sensações
Intensas, vibrantes, sinceras, imensas.
Que não sou feita de pele e osso,
Que tudo em mim é coração.
Que sem amor não há sonhos,
Não há motivos.
Para uma pessoa que nasceu amante,
Amar é a sua única missão.

E se não houver ninguém para amar?
Então, baterá lento o coração,
E irá bater cada vez mais lento,
Até se esvair de mim a pulsação.

Fará a sua própria revolução!
Estarei lá para a presenciar!
Para poder gritar "Acabou! Acabou!".

Que anjo foi este que veio no meu ombro aterrar?
Foi Deus ou o Diabo que o mandou?
Alguém o pode vir cá abaixo buscar?
Como é que um anjo me pode partir assim?

Talvez seja simples,
Talvez ela tenha razão...
"O arquiteto deste mundo não o desenhou para mim".
Enfim, gastei mais uma vida em vão.

Já morri e renasci,
Mais vezes do que as consigo contar.
É a morte em vida...
Já sou profissional de recomeços!
Mas nem sempre tenho forças,
Ou vontade, para querer recomeçar.
Victor Marques Feb 2021
A ETERNIDADE ESTÁ SEMPRE À NOSSA ESPERA.
As estrelas escrevem sempre que o sol se deita,
Eu sinto a natureza que me rodeia e me deixa mais feliz...
Que sinfonia com ruídos e tantos sons que na minha memória ficam...
Aqui estou eu aplaudindo aquilo que muitos se esqueçam de bendizer.
Velinhas acesas que Santo António veneram e a mim dão vida...
Que tormento medonho se encaixa no amor que tenho por Deus amor, eterno, fraterno. Rei e sempre Senhor.
Aqui estou eu sentado e deliciado com a bela orquestra que toca a mais linda balada quando morrer.
Na inspiração que me rodeia e de quem sabe compreender o amor que se tem pelo pelo anoitecer e amanhecer me consagro a Deus que me nos ama sem nos dizer....
Mas a vida é assim amiga e também agridoce como plantas silvestres que continuarão a nascer.
A Deus antes de dormir no travesseiro me confesso como um menino que quer água sem sede para beber..
Victor Marques
P. S DEDICADO A TODOS OS MEUS AMIGOS QUE FALECERAM COM ESTA TERRÍVEL DOENÇA COVID-19.
Abraço amigo.
MORTE , VIDA, ALMA ,ETERNO
Poolza Feb 2019
If he accepto
My confesso
Then All this
Depresso
Might go
dead0phelia Aug 2023
eu entro em luto muito antes das coisas morrerem
mas confesso que queria um pouco preparar um chá de alfazema pra te cobrir no banho
queria também poder te narrar todas as histórias que nunca antes a humanidade conheceu
te ver descrevendo sua cidade me deu vontade de pegar 57 horas de ônibus semi leito
o teu cheiro marejou meus olhos e eu fiquei sem entender a nomenclatura das coisas que eu já tinha catalogado há tempos na minha cabeça
tampouco sabia de onde vinham as águas
acho que de uma sensação familiar
que eu jamais ousaria dar nome
o que sei é que sempre detestei falar no telefone e agora minha orelha reclama de quentura
hoje andei pela casa e notei que falei sozinha em voz alta como se você ainda estivesse aqui estirada no colchão
"vixe que louca"
depois passei recolhendo seus rastros e quase que não boto a máquina pra bater
e você me pergunta porque coleciono coisas que não poderei levar no meu caixão e eu não sei a resposta mas meu corpo sabe bem
que tudo é impermanente
mas as coisas de tocar ficam morando no nosso tato por algum tempo
e quando a sensação acaba é só pegar de novo
coisa de taurino, sabe
e agora carrego esse livro que tu me deu como quem carrega um patuá

(eu subiria mais três ladeiras com asma pra esticar o tempo)
Mariana Seabra Mar 2022
A cigana que me leu a sina,
Mudou imediatamente de profissão.
Viu espelhado nos meus olhos negros
Uma íris cristalina
Repleta de horrores e de paixão.
Tocou-me na mão e quis-me ler
Mas todo o seu corpo estremeceu…
Pobre coitada,
Chorou como se fosse eu,
Nunca havia visto tamanha solidão,
E rezou enquanto implorava ao céu
Que para mim houvesse ainda salvação.



Olhei-a e logo vi
Que não havia por onde escapar.
Sorri para ela e repeti
Que me deixasse só sonhar.
Caiu de joelhos logo ali
Como se a morte estivesse para a vir buscar.
Disse-lhe que não há sepultura ou caixão aqui
Que sejam fundos o suficiente
Para com o meu espírito aguentar.



Limpou as lágrimas e fixou-me,
Com tanta pena e ternura a transbordar.
Disse-me isto a correr,
Antes que eu pudesse sequer hesitar:
Pobre criança ingénua,
A morte não dói a ninguém,
O que dói é ter de cá ficar.
Não há chuva nem há névoa
Que te proteja desse inferno
Que carregas no olhar.
Nunca pára de chover
E o frio corta a esperança que o vento traz.
É um mundo cruel para se viver
E então que seja assim,
Que a última viagem te traga paz.



Enterrou-se no meu corpo,
Como qualquer ser já muito cansado.
Sussurrou-me em agonia
Palavras cor de vinho derramado.
Entendeu que nenhum génio artístico
Se pode deixar ser domado.
E se não nos virmos mais nesta vida
Espero por ti eternamente
Do outro lado.



Será loucura ou consciência?
Não são assim tão distintas.
Confesso-lhe sem muita prudência:
A morte não me assusta,
A vida aterroriza-me.
Mas o que me consome e deixa aflita,
É que seja em qualquer idade,
Valorizo sempre mais a escrita
Do que a minha sanidade.
Tu mi domandi per sempre,
ma io non ** vita continua;
ti nutrirei di attimi soltanto.
Sono l'apparizione che dilegua,
e il tempo che intercorre fra due tappe
è una tregua a favore della morte.
Io vivo nello spazio di un amplesso:
tu stesso mi maturi senza accorgerti
sotto il tepore delle tue carezze...
Ma ti confesso, e credimi:
non c'è forma di donna che continui,
dentro di me, il rovescio dell'amante.
Tu mi domandi per sempre,
ma io non ** vita continua;
ti nutrirei di attimi soltanto.
Sono l'apparizione che dilegua,
e il tempo che intercorre fra due tappe
è una tregua a favore della morte.
Io vivo nello spazio di un amplesso:
tu stesso mi maturi senza accorgerti
sotto il tepore delle tue carezze...
Ma ti confesso, e credimi:
non c'è forma di donna che continui,
dentro di me, il rovescio dell'amante.

— The End —