Culpavas-me por uma energia invisível,
como se fosse eu a corrente a te prender,
quando, na verdade, eram teus olhos fechados
que te impediam de ver.
Gritei verdades em silêncio,
estendi minhas mãos ao vento,
mas foste surda ao meu chamado,
e, sem hesitar, me lançaste ao esquecimento.
Fui o grudento, o exagero, o erro.
E, ironia do tempo, agora retornas,
quatro estações depois,
com promessas de amor tardias.
Mas já não sou mais quem espera,
não sou refúgio para quem desperdiça,
quero a brisa de um amor sincero,
não o peso de quem só volta
quando já perdeu tudo o que tinha.
Grato pelo passado,
mas meu presente é outro.
E meu futuro, ah…
esse já não te pertence mais.