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Mistico 1h
Mantenha firme a tua razão,
Não te iludas com vãs palavras,
Que sem ação se desfazem ao vento,
E ocultam verdades amargas.

Alma explorada, dor renascida,
Já foste presa de um jogo cruel,
Mas mãos divinas te resgataram,
Erguendo-te além do fel.

Quem te perdeu, agora implora,
Mas não por amor, não por bondade,
Apenas anseia um coração aos pés,
Para inflar sua vaidade.

Deixe que prove do próprio vazio,
Que colha da dor que semeou,
Pois quem não soube te valorizar,
No próprio desprezo se afogou.
Mistico 1h
Oh, consciência, implacável juíza,
Que fere mais que qualquer algoz,
Trazes lembranças de amor desfeito,
E um eco amargo de nossa voz.

O peito anseia reviver a chama,
Que outrora ardia em doce fulgor,
Mas logo a sombra do arrependimento,
Apaga os rastros do que foi amor.

Diz-se apaixonado, anseia o reencontro,
Mas trata-me frio, como um forasteiro,
Sou eu quem vaga por sonhos desfeitos,
Na vã esperança de um amor inteiro.

E então, cruel consciência alerta,
Diz-me que corro sem direção,
Alimento esperanças já esquecidas,
Num tempo que jaz na escuridão.

— The End —