Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Victor Marques  Oct 2013
Chuva
Victor Marques Oct 2013
A chuva

Chove intensamente esta noite na penedia,
Escuto e interiorizo melodia…
A noite está muito sonolenta e escura,
Eu vagueio em vales de ternura.

Chuva miudinha que nem molhais,
Regas vinhas, oliveiras de meus pais.
Pões escorregadios durienses rochedos,
Chuva de amor e seus segredos.

Chuva de um Verão com toque de Outono,
Cão vadio sem senhor e seu trono.
Chuva torrencial de águas paradas,
Chuva de contos e fadas…

Chuva que esbate em frente na pobre janela,
Cores de um arco-íris feito Cinderela.
Ritmo parecido com o toque do sino,
Chuva que cai ao desatino….

Victor  Marques
Victor Marques  Jul 2012
Achuva
Victor Marques Jul 2012
A chuva

Chove intensamente para alegria das gentes,
Para os campos e suas sementes.
No nosso peito existe secura,
Chove e vem do céu água pura.

Chuva miudinha que quase não molhais,
Dais de beber aos pardais.
Chuva calorenta de um dia de verão,
Chuva que canta linda canção.

A chuva não bate no preso em sua cela,
Nem pode ser vista de sua janela,
Escutar a chuva que bate em sintonia,
Eu me devaneio com suave melodia.

A chuva dá imenso prazer,
De noite ou ao amanhecer.
Sentir a chuva com amor e sentimento,
Estendedoiro fustigado pelo vento.

Victor Marques
Gerry Aldridge Dec 2016
Portuguese version with a slightly different ending :)
«O meu colar de gotas de chuva
Primeira: Porque tens as mãos molhadas?
Segunda: Eu estava a fazer um magnífico colar de gotas de chuva, quando de repente todos os pingos se transformaram em lágrimas.
Primeira: Tentavas criar uma realidade que não poderia existir além do teu sonho.
Segunda: Eu só tentava fazer aquilo imaginado
Primeira: Infelizmente, isso significa que nunca será…
Rui Serra  Jan 2015
Chuva
Rui Serra Jan 2015
abro a janela
e sinto o ar húmido

sinto o beijo
frio
na minha pele

volto a ser criança

sinto-a escorrer pela minha face

encharco-me

danço entrelaçado em cada gota;

a chuva apenas nos liberta
Henry Alexander Jan 2014
Sitting in my car at the stoplight
waiting to race towards another,
a slight flutter of yellow
attracts my impatient eye.

In the center of cranberry,
pumpkin and russet robed trees,
a crown of golden leaves
gracefully brushes the air.

Each leaf splotch hangs against the sky
for a mere second then meanders its
way toward a soft fall bed.

I wish I could stand
under the spray of leaves,
drops of yellow falling on my
hair and nose,
my arms and my shoes,
until, finally
I meld into her canvas.

Instead,
I race towards the green,
cursing
gray skies and
forgotten umbrellas.
"A gentle rain of fall leaves sparks a moment of inspiration to a passerby."
Rui Serra  Aug 2015
Aquele dia
Rui Serra Aug 2015
a chuva cai suavemente sobre o teu rosto.

a chuva cai suavemente sobre o teu cabelo,
e toca-te os lábios sedentos de um beijo.

a chuva cai suavemente do céu,
e permite que a minha alma flutue sobre o ar,
levando-me para um lugar mágico.
Victor Marques Sep 2013
Saudade de meus avós

Procuro uma justificação plausível,
Para tanto amor que recebi.
Indago nas profundezas do universo,
Escuto conselhos sábios nunca dum homem só,
Amor eterno a meus avós.

Caminhadas por entre giestas sedutoras,
Rebanhos que alguém guardou.
Hinos ritmados que alguém sabe cantar,
Chilrear dos que sabem amar…

Rochas que se expõem ao vento,
Fustigam meu pensamento.
Chuva que regas vinhas, olivais e belos jardins,
Quimeras e o meu jasmim.
Tempos dum amor natural e medonho,
Folhas secas de Outono,
Inércia dum amor infinito que sempre vou ter,
Saudade de meus avós e do seu viver…

Victor Marques
l - DELÍRIOS ORGIÁSTICOS & ASTRAIS
    
    Participei da festa de Dionísio & as grandes estátuas de Leão plasmático, ergueram – se sobre a Terra. O precipício & o primeiro sinal da despedida cantando juntos a trilha sonora da invasão dos Profetas urrando a serviço das letras. Para todo o sempre o trono partido por ninfas histéricas! Crises contra o amuleto. Gnose fumacê participando celebrando a queda das pirâmides. Alquimistas do Verbo cantem o grito profano da Inquisição! Os sete pergaminhos caíram semeando a destruição da pedra Xamânica. Diadorim buscando solução em Fausto & Orfeu...? (inaudível psicopatia irradiada na vestimenta da alma). Exagerados, contemplavam mensagens infernais de Blake em vozes imagens melancólicas de Rimbaud. Logo as marés baixaram & sobre as ondas a Lua levitava em direção ao rugido do fogo; Dionísio em chamas bacantes! Ausência da queda no tempestuoso ninho levando aos portais da tormenta. Sete anjos cantando o mantra da lágrima metamorfoseada em dor.                                                             ­       
   Dionísio em voz de trovão: Oh! Se a voz do Tudo emanar a língua em torpor saqueando o princípio da guerra; Quando os sentidos estão sacudidos & a alma está dirigindo- se à loucura; quem pode permanecer? Quando as almas estiverem aprisionadas, lutando contra as revoltas do ar, na cor do som, quem poderá permanecer? Quando a brisa da fúria vier da garganta de Deus, quando as fábulas da persistência guiarem as nações, quem poderá permanecer?
    
    Quando baladarem o pecado, acabarem na batalha & navios dançarem em volta do último regozijo no espaço da morte: quando as almas estiverem embriagadas no fogo eterno & os amigos do inferno beberem antes do traço do infinito: Oh! quem poderá permanecer? Quem pode causar isto? Oh! Quem poderá responder diante do trono de Deus? Os Reis & os nobres poetas malditos repousando na caverna por dois séculos, têm permanecido?
    Não escutem, mas o Grito leva à ponte do não-ouvir. Não escutem, mas prazeres congestionados devem esperar. Amanhã. Só amanhã pensando se o tempo foge ao futuro ou se as árvores choram no Tempo & o Vento cantando a antiga canção da essência. A Terra deve esperar as lendas memoráveis sentindo passado & liberdade entre velhas histórias do coração descompassado em dia de vitória movendo ilusões da criação do mundo. Nem um sorriso noturno tremendo escrevendo cartas no oceano desejando amar & morrer ébrio no mar sonoro! Vamos celebrar sua dor& as novas despedidas & as páginas manchadas no lago desespero procurando asas no inferno análogo à soberba contemplando como um feiticeiro histórias orgiásticas em dias perdidos!
||- IMPRESSÕES DO INFINITO
Pequena ninfa exala virtude
Nova percepção é velha chuva
Intrépido céu em força à beira da tormenta
Tempo escasso frente do Tudo!
    Paradoxo abissal em finais absurdos. Doutrinas anti-socráticas poeira do nada embebecido forjado  para a volta. Um caminho é serpente fria salto com Ícaro destoando nobre silêncio ainda que duas palavras atravessem é sinal mágico psiconitróide em míticos fragmentos complexos da grande barriga virtual grande momento, enfim personagens pensantes na corrente capital ilustre ideológica. Nietzsche disse: “ não a intensidade, mas a constância das impressões superiores é que produz os homens superiores”. Dionísio ausente sibilo missionário resquício da grande tempestade transformando nada em músicas eternas músicas pós-Tudo música póstuma aquém de princípios de aura. É grande o Banquete na eternidade alucinógena da erva platônica. Lembranças unidas outras vidas presentes no barulho da dor. A carruagem sem asas foi  o veículo de Dante no purgatório encontrando Beatriz dito anjo de pele sutil com olhos da noite. Ou não. O primeiro grito do mundo foi o verbo, a morte do mundo foi a palavra.

    Acostumei a encontrar palavras atravessando o outro lado realizando caótico passo ao começo do ato simétrico pairando no ar buscando Tudo. Se a palavra antes fim fosse real sem ser palavra psia apenas causadora empírica dos dilemas tristes recortes de outrora pigmentados sem nome em precipício do fim! A ilha colorida geme! É o sinal da passagem da vida filosofal alfa poética plenos estados iluminados na sombra abissal de Rimbaud em crise  de riso & esquecimento sendo expulso da fumaça purgatório vivendo entre o sagrado & o profano com queda para o profano escutando vozes em terríveis silêncios metapsicofísicos abundantes pausas noturnas no vôo da maré. Salve a iluminação mágica fixada na irradiação transcendenastral! Dissonâncias filosóficas,  venham todos! Lamentos proféticos entorpecidos beberei do seu vinho! Indício do apocalipse! Profana histeria caótica levando a contatos xamânicos primitivos míticos em desertos & portais circulares!
             Serei eternamente condenado ao arco-íris do absoluto infinito!
Dayanne Mendes Dec 2012
Poderíamos só continuar andando pela estrada,
E esquecer tudo de errado que já foi feito,
Eu não sei você, mas isso basta pra mim.

Andando na chuva, e eu não sei porquê você se irrita tanto,
Se agora odeia o Sol.
Estamos apenas andando na chuva.

E ainda não descobri porquê me olha,
Como se eu tivesse feito algo imperdoável.
Eu tento me convencer de não saber o porquê.

Eu estou apenas chorando na estrada,
E você está apenas ao meu lado, me culpando,
Por algo que não fiz.

Poderíamos só continuar andando pela estrada,
Sem erros,sem culpa e sem medo.
Sem lágrimas e arrependimentos.

Poderíamos fingir de uma vez,
Que nada houve,
Nada haverá.

Que no final só restará eu e você.
Matthieu Martin  Jul 2015
Sorte
Matthieu Martin Jul 2015
A chuva cai, o corpo esfria.
A neblina sobe ao cair do dia
O vento nos carrega, sem norte
a vida nos entrega à nossa própria sorte.

Sozinhos no mar,
Meu rosto disforme encontrou o seu
O enigma daquele olhar entreaberto como uma porta
fumei um pouco do amarelo, bebi um gole de azul

Minha mente anoiteceu verde de alegria e
meus olhos vermelhos como a lua cheia
daquele dia

O sol fugiu pra um céu estrelado
deixou você  ao meu lado
e quando voltou nos encontrou
dançando na chuva
Dayanne Mendes  Oct 2020
chuva
Dayanne Mendes Oct 2020
São dias chuvosos,
mas dias alegres,
as minhas raízes estavam secas,
é bom me hidratar

então chova
de dentro pra fora,
de fora pra dentro,
chova

a chuva há de me renovar
Se da água limpa dos rios
o poeta alcança - incólume
as fontes d'água viva...
Oh, claro lume: dela bebe.
Sedento à sanga clara colhe
a água c'o as mãos.

Na vertente rara, sequioso
estro não se abaixa,
à flor d'água, feito cão,
lambendo a lótus n'água.

É de Gideão soldado
entre os trezentos.
O que não lambe a água
O que usa as mãos.
Bebe e proclama:
- Eis a água!

Água da chuva sempre exata.
Água da fonte sempre basta.
Água que a todo fogo apaga,
Limpa água que a sede mata.
Victor Marques Jan 2014
Não sentem com satisfação  Deus,
Escuto o cantar do chão molhado.
Fica bem com o passado,
Senhora dos pobres e dos seus.

Natureza específica de receber e dar,
Escuto o cantar do meu palpitar.
Grande parte não sente o riacho e o mar,
Luz do dia para te libertar.

Depois de um dia com chuva,
Olho para a erva que parece uva,
Singela homenagem ao fim do ano,
Seja bem católico ou profano.

A natureza simples com olhar,
Seus tesouros para nos despertar.
Os homens não a escutam nem sabem amar,
Natureza de enfeites para me deleitar.


Abraço amigo
Victor Marques

— The End —