A noite sussurra seu lânguido canto entremeado pelos gritos agora abafados pela distância.
Arquejo enquanto caminho pelas fétidas ruas decoradas com cadáveres em decomposição, festa de vermes e aves carniceiras;
O tintilar dos vitrais anuncia a chegada da morte. Sua foice esbarra no delicado vidro das igrejas formando uma melodia fúnebre que gela meus ossos e consome minha mente.
Quantas vezes implorei de joelhos como um fraco para que me levasse junto, quantas vezes matei para saciar minha sede doentia; esperando, desejando que o castigo do Deus de que falam recaísse sobre minha existência amaldiçoada e retirasse de mim a não-vida eterna.
O gosto quente do sangue ainda pulsa em minha boca