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Joyce Rocha May 2014
Melancolia impregnada na alma:
Tento varrer todo esse sentimento
Com a imagem alegre que acalma
Não adianta, pesa sobre mim o sofrimento
Dos tombos dos homens do deserto.

Todas aquelas imagens apagadas
Para sempre se fazem perdidas
Desfeitas na areia calada
Se fazem eternas desconhecidas

E como eu lamento!
Oh, não podem ver?
O meu tormento?
Na areia, padece o meu ser.

Um dia, eu também tombarei
E quero em uma concha me enclausurar,
Pelas ondas flutuarei
E o mar me levará aonde eu sempre quis estar.
19/09/2013
Wörziech May 2013
Sentado. Busco o fluir dos sentimentos através de um instantâneo tempo imensurável, criador de uma eterna percepção momentânea. Advertindo-me algo novo estão as sombras, grandes companheiras. Tento me conectar, simultaneamente, à variação de frequências das vozes, das almas; tão amigáveis, expansivas, comunicativas e sempre voluntariosas, dispostas a compartilhar sua essência, preparadas para compor – nunca me deixam só. Apesar disso, algumas vezes me sinto distante, sinto que há falta de minha plena ternura. Lindo o desnecessário. Antiquado moderno. Anacrônicos argumentos favoráveis. Torpes e confusas palavras desconhecidas não lineares se desfazem nos meus olhos e os ofuscam em uma explosão surreal no vaco do universo mental. A transmissão se modifica, a mensagem não. Funesta lógica perdida e procurada. Caricias de uma estrela distante e já morta. Compreensão do que já não existe. É a busca do que sempre esteve morto, sentado.

— The End —