Se da água limpa dos rios
o poeta alcança - incólume
as fontes d'água viva...
Oh, claro lume: dela bebe.
Sedento à sanga clara colhe
a água c'o as mãos.
Na vertente rara, sequioso
estro não se abaixa,
à flor d'água, feito cão,
lambendo a lótus n'água.
É de Gideão soldado
entre os trezentos.
O que não lambe a água
O que usa as mãos.
Bebe e proclama:
- Eis a água!
Água da chuva sempre exata.
Água da fonte sempre basta.
Água que a todo fogo apaga,
Limpa água que a sede mata.