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Sabbathius Sep 2014
Esta espada me foi dada
E me dito: "Segue a estrada"
Tal experiência tão falada,
Para sempre recordada

Uma mensagem recebi
E todo o perigo antevi
Neste reino em que vivi
Da escuridão me apercebi

De lá de cima me foi confiado
Que salvasse todo o reinado
Seguindo o caminho encarnado
Com bravos guerreiros a meu lado

Batalhas a dentro todos liderei
Sempre em frente, sempre ganhei!
Muito orgulho trouxe ao rei
E os invasores daqui expulsei!

Invasores estes que me levam agora
Servido o meu propósito est'hora
Meu Senhor, deixasTes-me à nora!
Servi-Vos e mandais-me embora!


*A Mensageira by João Massada is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Rui Serra Aug 2015
lá fora o povo indiferente,
está completamente perdido,
seguindo de mãos vazias,
por um caminho sem sentido.

sobre lençóis imaculados,
as oferendas da alegria,
numa noite tumultuosa,
que findou já era dia.

seu corpo sofre em loucura,
e de coração fora do peito,
doce exílio dos espíritos,
que no seu corpo vêem deleite.

tentando de corpo e alma,
vencer a trágica existência,
lá vai a megera indiferente.

são dois mundos tão diferentes,
que uma fina linha separa.
Aceito todas  as pessoas assim como ******>(não se enganem, não disse que gosto)
Simplesmente não vejo por quê não deveriam ser assim
Vejo o fatalismo total e inevitável da vida
A aleatoriedade dos factos
A imaginação e a memória humanas
A submissão incontrolável ante a força
Não há destino, mas não há escolha
Ser é simplesmente existir seguindo um fluxo
Tornar expressivo e externo o caos íntimo da mente
Não exite mentiras, nem falsidade,
menos ainda heroísmos, ou coragem
O homem é ser dotado de todos os sentimentos
Impregnado (estupidamente impregnado) da certeza da vida
de toda a moral e inescrupulosos egoísmos
Não há como negar
Nos resta observar e e rir...
Toda ação gera consequências,
se alguém faz é porque é inevitável que o faça
e tudo o leva a fazer.
Anna Bianchi Dec 2016
Você me deu tantos sustos
Que agora a realidade parece confusa
E eu não sei o que sentir
É uma angústia, um novelo de lã que usavas para tricotar minhas toucas
Enforcando meu peito.

Teu amor me aquece nesse inverno tão gelado
E a única promessa que te garanto é de sempre levar meus casacos
Pois sei que deu que fará frio na televisão.
A lembrança do teu toque e cheiro são tão vividos
Será que irão embora contigo com o tempo?
Ou ao menos isso deixarás para mim?

Tem um potinho do teu molho de macarrão no congelador
E tantas fotos suas com um grande sorriso nos álbuns lá da sala de casa
Não consigo acabar esse poema
As forças que tinha usei tentando colocar o pé fora de casa
Acabaram nos meus olhos vislumbrando a janela.
Vi um mundo vivendo
Pessoas passando igual a antes
Seguindo em frente
E ninguém está de preto. Ninguém chora. Ninguém sente o que eu sinto.
Porque não te conheceram
Aí dessas pessoas infelizes
Que não provaram do teu carinho
Do teu amor
Aí dessas pessoas infelizes que vivem e passam
Enquanto eu não aguento viver nesse mundo sem você.

As lágrimas me consomem
E eu nem tenho mais lágrimas para chorar.
Expo 86' Jun 2016
Sabe, bem no fundo eu queria que tu me chamaste, para caminhar, conversar ou qualquer outra coisa, até o menor sinal que ainda existo para você é o suficiente para florescer dezenas de bons sentimentos, e sabe, mesmo que as chances desse utópico futuro acontecer forem minimas, eu ainda me pego sorrindo abobalhada pelos cantos, pensando: ahhh, como seria bom se tu me chamaste para correr, como seria belo se tu me chamaste para cantar, sorrir e dançar. E nessa leve e serena incerteza de que se eu ainda existo em você, minha vida vai seguindo, meio triste, meio alegre, meio humano, meio você.
Matthieu Martin Jul 2015
Por favor
será que alguém pode explicar
por que o verbo mais lindo
tem que ser tão intransitivo
Sem saber vou seguindo
Bebendo em bares mal iluminados
existindo,
mas aos poucos
partindo.
Padecendo
com isso preso em mim
um olhar perdido
como quem procura ser compreendido
sem ser correspondido
Wörziech May 2013
Faz-se o som de múltiplas linhas
Sente-se a obscura nitidez dos pensamentos da central para algum lugar
Seguindo trilhas não dimensionáveis
das viagens que não se limitam a existência.
Paradoxo.
Sente-se a voz.
Sente-se a mente
Sente-se as anástrofes.
Fora dos limites. Inexistência.
Ouvido é aquele que se mantem caminhando ao redor de si mesmo.
pensando, viajando, criando
… sentindo suas linhas.

— The End —