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Victor Marques Apr 2010
Olhar a  água do ribeiro,
Encostado ao sobreiro.
Paisagens feitas de qualquer jeito,
Douro e Tua sem leito.


Muros com primor e mestria,
Encantos teus que nos vicia,
Olivais que lindos sois assim,
Quimera do meu jardim.


Papoilas avermelhadas,
cepas mal tratadas.
Figueiras com figos,
Douro e amigos.



Não existe outro amor,
Douro te adorna com labor,
Os cavalos e rebanhos,
Rabelos dos teus enganos.


Victor Marques
Victor Marques Apr 2014
Douro que corres por querer

Correr sem direcção por encostas esculpidas,
Brilho nas noites de luar em que te sentes só,
Amanhecer com névoas ainda adormecidas,
Rio meu, de meus pais e avós....

Tua melancolia que parece humana,
Nas tuas margens sargaço que emana,
Rio que escondes segredos e enganos,
Sejam eles grandes ou pequenos.

Douro dourado de um sol fatigante,
Rio feito de amor por sua gente.
Esbate teu amor nas sombras do salgueiro,
Sublime e excelente conselheiro.

Rio Douro esverdeado e também azulinho,
A tua límpida água parece ser puro vinho,
Rio do Douro belo que à alma dá prazer,
Sede de sempre tua água beber.

Victor Marques
Douro, encostas, vinho
Victor Marques Feb 2012
Somos nós


Angústias, alegrias, enganos e desenganos,
Passeamos de mãos dadas,
Subimos as mesmas escadas,
Somos nós que vivemos.

Sentimos aquilo que na alma temos,
Sorrimos com a borboleta inquieta,
Olhamos a porta semiaberta
Somos nós que amamos.

Sombra de verdes ramos,
Perfume da natureza,
Sua fresca beleza,
Somos nós que contemplamos.

Pedras das calçadas que vemos,
Lágrimas bem choradas,
Somos nós que sofremos,
Somos nós de mãos dadas.


Victor Marques
Marco Raimondi Jun 2017
Narrador:
O sol, fadando aos seus desmaios,
Em falta de luz aureolava
A face natura com seus distantes raios;
A areia qual aos clarões brilhava,
Neste sol d'agora dorme junto às figueiras
Às terras, aos vales, às distantes matas altaneiras

Gaia, que nas folhas de carvalho
Rompe a escuridão do céu vultuoso
E jorra em seu corpo as águas d'orvalho
Cobre-se, nas horas, d'um véu moroso;
Quando olham ao zênite, estrelas podem ver
Como áureo tesouro a na escuridão se irromper

Por este turvo azul sidéreo,
Entre as florestas tem-se o canto,
E dos troncos retorcidos, um mistério
Cuja noite predomina em seu encanto,
Cobrindo as nuvens do olhar,
Com seu etéreo resplendor lunar

Divagam as almas que dormem
E divagam as que repousam, sob o sentir de fantasia
As mais atormentadas, que de sonhos envolvem,
Veem nos vastos pesadelos dores de uma visão sombria;
Se em prantos, quando dormem, não podem culminar
Vezes quebram, em gritos e desatino, um longo calar

Destes prantos, cujas lágrimas caem nas profundezas
Ressoam em uma perdição do infinito
Entoando pérolas e cânticos desta proeza
Que é constituir, no espírito, o próprio mito;
Tudo não mais cintila, Gaia se cobre,
Os olhos da matéria se fecham após tanto obre

Enfim, fez-se da natureza uma realidade escrava
Na qual os dias, tão somente o tempo envenena
Mas Gaia, quando os serenos campos lava
A realidade, a mudança é ela quem condena,
À miséria dos povos, as glórias, a graça
Tudo é ao tempo, que a natureza trespassa

O lar dos sentires se silencia sob aurora
Todos desprezos, amores e outros enganos
Agrados, estupores, inclemências de outrora
Contiguamente extinguem-se, ao eclipsar dos raios meridianos
O som enleia as serranias noturnas
Sussurrando longínqua a madrugada soturna

É a glória do Destino! Ânsia abissal e dolorida,
Aprisionando a natureza em seu prazer de ilusão
Subitamente, em brumas, um estirpe que é vida
Das lembranças renovadas, canções d'uma visão
Logo o sol nascerá em amplitude
E clarear-se-á o dia em suas virtudes

Idália, a vaguear nos cúmulos imaginários
Vê as estrelas em umedecidos rochedos
A ecoarem devaneios visionários
As névoas quais, do delírio, são divinos segredos,
Empíreo enigma, perpetua-se em infinita imensidade,
Que há de trovejar os pensamentos na obscura eternidade
Jenny Barajas Aug 2019
En la isla del amor todo se vence, porque entre enganos y dolor el amor es mas fuerte!

Viajemos a nuestra isla  juntitos tu y yo, dejando atraz los problemas, el desconfio y el temor!

Te amo a ti y a ti solamente!
Eres mio y yo tuya aunque nos juzguen locamente!
A veces La gente que quieres no te quiere ver con quien tu amas. Tiene uno que ser fuerte y luchsar por el amor aunque todos hacen lo possible de separar los!
Victor Marques Apr 2022
Na vida dos seres humanos,
Temos brilho gratuito no  universo,
Ceu fechado, ceu  aberto.
Crescemos com enganos e desenganos.


Justica que condena,
Flor com sua cor,
Sol com seu esplendor,
Floresta onde o verde emana,
Lua do amor de quem te ama.


As estrelas esperam a lua cheia,
A vida e uma grande odisseia,
Borboletas com petalas molhadas,
Vida do sol e lua abencoadas.


Os seres coabitam sem grande ousadia,
O sol tras brilho, paz, alegria.
Louva tudo com simplicidade e harmonia,
Bendiz o sol e lua que alumia.
luz, sol, lua
Victor Marques Nov 2021
Na vida dos seres humanos,
Temos brilho gratuito no  universo,
Ceu fechado, céu  aberto.
Crescemos com enganos e desenganos.


Justiça que condena,
Flor com sua cor,
Sol com seu esplendor,
Floresta onde o verde emana,
Lua do amor de quem te ama.


As estrelas esperam a lua cheia,
A vida e uma grande odisseia,
Borboletas com pétalas molhadas,
Vida do sol e lua abençoadas.


Os seres coabitam sem grande ousadia,
O sol trás brilho, paz, alegria.
Louva tudo com simplicidade e harmonia,
Bendiz o sol e lua que alumia.


Victor Marques
luz, sol, lua

— The End —