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Nos densos odores de um incenso de mirra,
embriagado pelo entediante vazio da bagunça de meu quarto,
devaneio-me pelos arredores dum mundo marginal
concebido da tristeza que em fogo me cala

Num sopro de arrependimento as brasas se queimam
e a fumaça toxica que respiro, exala-se pelos poros

Deleitando-me em singelo prazer
espero as cinzas se formarem
Observo atentamente a destruição da matéria,
pois somente assim vejo meu destino,
e talvez,
não de bom grado,
num sopro,
aceite as últimas cinzas da vida caírem no
Sujo e bagunçado chão de meu quarto( mundo).
No balanço brinca a criança morta
vós matastes a criança morta
que outrora vivia
em em minha alma arredia

Em um túmulo de pedra
jaz, ali, decrépita
a pureza sufocada
que fora de minhas entranhas arrancada

Com toda a violência
violando a essência
Tapando os ouvidos
Ignorando os gritos

O silêncio permaneceu por anos
e seus crimes continuaram tantos
as lágrimas secar-se-ão de meus olhos
quando minha vingança circundar a todos os povos

Com uma espada arrancarei vossos cabedais
e vossos sonhos e vossas cabeças antes que peçais
a clemência que jamais darei
pois vossos crimes fizeram-me o que sou, e o que serei

Então isento de qualquer arrependimento
fecharei os olhos no seguinte momento
num sentimento misto de  paz, angústia e ódio
pois não saberei qual será o próximo episódio.
Vera Vieira Mar 2019
Oportunidades Perdidas
Verdade
Dúvida
Direto com Deus

O homem
A intervenção
A manipulação
O Amor

O Carisma
A sinceridade
(dúbia)
O arrependimento

O que é Deus?
Quem é Deus?
Eles etão certos?
Ou, o meu coração?

A música
A Arte

O que vem de Deus?
O que vai a Deus?
O que toca Deus?

Sinceridade:
O sacrifício financeiro?
Ou a coesão a dar?
O jejum
Deles, ou meu?

O velho profeta
Ele, ou eu?
Erros
Ouvir demais
Erro
Não entender a menagem
Não ouvir a salvação

A salvação do erro
A salvação da mentira
A salvação do orgulho
O fim da arrogância
O começo da humildade

O começo de uma vida própria
O fim da dependência
A independência
O sacrifício
A flexibilidade
Revestir-se de uma nova vida
O verdadeiro Eu
Ó Pai, me perdoa, pois eu pequei,
o pecado mais grave que já cometi.
Disse como eu me sentia... e sinto que perdi.
Oh Deus, quando irei aprender
que amor, desse jeito, é necessário esconder?

Como serão minhas noites agora?
O vento bate, e eu ainda vou sonhar...
Mas com o sol vem a manhã, sem mensagens no celular.

Se arrependimento fosse me matar,
eu ainda estaria vivo,
pois te amar foi um acordo da minha alma contigo.

— The End —