Submit your work, meet writers and drop the ads. Become a member
Dayanne Mendes Dec 2015
Invasão
Foi você chegar na minha vida
Já me dizendo o que fazer
E o que não fazer
E achando isso certo
Me julgando pelo passado
Minhas escolhas erradas
Eu fazia tudo errado
Pra você

Decepção
Foi você me dizer
Que eu não presto
Que não havia confiança
Pra eu parar com minhas atitudes
Pra eu não ser mais quem eu era

Solidão
Foi ver você ir embora
Depois de todo o estrago
E me culpar por isso

Doloroso
Foi o processo
De aceitar que não foi amor
Só violência
Que você não passava de um babaca
Sem essência
hi da s Oct 2017
hoje eu acordei achando que as rosas da minha vida iam se entupir de água da chuva. e até que sim, mas quis dizer o que mesmo?

contente demais pra mascarar meu sentimento na busca de palavras precisas ou convidativas.

hoje eu to eu, só que com mais alguém.
o outro eu que fumou da natureza e tá em sintonia com alguma coisa.

mas é estranho que sinto as vezes uma relutância em querer voltar pro zero e nada. ou é alguma outra coisa nova que preciso passar na vida.

tudo que eu sei, eu fico com pé atrás. as vezes o negócio é mais no fundo. muito além do que eu possa imaginar.

queria só saber escrever as coisas mais lindas pra daí eu ficar contente.

olha só, me perdi totalmente do porque vim escrever aqui. só queria dizer que vale a pena registrar: hoje eu fui muito produtiva. muito além do que nos últimos dias. mas fluiu sem doer e me senti super bem. e acho que é isso.
drogada
Dayanne Mendes Aug 2015
Parada na sala
De frente à tv
Eu não pareço ser tão reflexiva
Eu não pareço ser tão complexa
Eu pareço distante
Normal
Talvez até feliz
Eu ando bipolar
Chorando e rindo a cada segundo
Me desconstruindo desse mundo
Me perdendo e me achando
Ou me perdendo mais?
Sei lá
Eu estou tão alheia a tudo
Eu nem sei mais o que pensar
Desconexa
Antes de dormir
Nem vou viajar
Na bagunça da minha vida
Vou só fechar os olhos e desligar
umi kara Jul 2018
cada momento passado na realidade
me dá mais certeza
de que te inventei alguns anos atrás
te coloquei numa gaiola de sonhos ansiados
da qual conseguiste escapar,
levando teus pés por um tapete de estrelas
pra chegar até mim.

desejos infinitos que cultivei antes do acontecimento de ti
(aqueles que pensei que pra sempre seriam fantasmas na minha mente)
agora desabrocham nas palmas de minhas mãos
toda vez que encosto em ti,
deságuam nos meus calafrios
toda vez que encostas em mim,
e vibram na nossa volta
toda vez que estamos juntas.

(sentimento doce esse de se construir
uma em volta da outra
e se conhecer
uma em volta da outra
e de dar voltas uma em volta da outra
incessa e incansavelmente.)

me sinto mar revolto de profundeza apaziguada quando deito contigo.
nossos movimentos como ondas que quebram uma em cima da outra e chiam num sussurro explosivo;
gemidos que vêm de furacões de dentro do peito
transbordam na curva do lábio
e derramam no lençol
como mel pingando da colmeia.

a maneira na qual esperamos o verão dobrar a esquina,
nos ocupamos achando maneiras de nos esquentar
dissertando uma sobre a outra
pelo fio invisível do telefone
o qual não nos separa e não mede distância:
quando estou perto de ti estou perto de mim mesma
e de toda minha luz
que se mistura com tua luz
e faz de nós sol.
Hakikur Rahman May 2021
Achando esse tempo, aquele tempo, para sempre
Corpo e mente estão cansados
Parece que é inútil descobrir
E o tempo é reduzido.

Pensamentos sem pensamentos
Quando é monção, quando está seca
Em tal crise
O caminho está cheio de valas.

Dessa forma, não mais
tem algum fim
Então, para encontrar o caminho
O que restou.

— The End —