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Mistico 2h
Mantenha firme a tua razão,
Não te iludas com vãs palavras,
Que sem ação se desfazem ao vento,
E ocultam verdades amargas.

Alma explorada, dor renascida,
Já foste presa de um jogo cruel,
Mas mãos divinas te resgataram,
Erguendo-te além do fel.

Quem te perdeu, agora implora,
Mas não por amor, não por bondade,
Apenas anseia um coração aos pés,
Para inflar sua vaidade.

Deixe que prove do próprio vazio,
Que colha da dor que semeou,
Pois quem não soube te valorizar,
No próprio desprezo se afogou.
Mistico 1d
Culpavas-me por uma energia invisível,
como se fosse eu a corrente a te prender,
quando, na verdade, eram teus olhos fechados
que te impediam de ver.

Gritei verdades em silêncio,
estendi minhas mãos ao vento,
mas foste surda ao meu chamado,
e, sem hesitar, me lançaste ao esquecimento.

Fui o grudento, o exagero, o erro.
E, ironia do tempo, agora retornas,
quatro estações depois,
com promessas de amor tardias.

Mas já não sou mais quem espera,
não sou refúgio para quem desperdiça,
quero a brisa de um amor sincero,
não o peso de quem só volta
quando já perdeu tudo o que tinha.

Grato pelo passado,
mas meu presente é outro.
E meu futuro, ah…
esse já não te pertence mais.
Mistico 1d
Há aqueles que se aproximam com palavras doces,
tecem laços enfeitados de promessas vazias,
e, sorrateiros, sugam tua essência,
tomam de ti tudo o que podes ofertar.

Quando já não restam vestígios de tua luz,
te lançam ao vento como folha seca,
e, sem remorso, plantam discórdia ao teu redor,
fazendo da tua dor um espetáculo sem plateia.

Mas a vida, justa em sua própria dança,
não se deixa enganar por artifícios humanos.
Aos que creem estar no trono da vitória,
ela surge, implacável, desmascarando a farsa,
derrubando impérios erguidos sobre enganos.

E enquanto os falsos se perdem na queda,
aquele que foi traído observa do alto,
com o olhar sereno de quem compreende
que a verdade, ainda que tardia, sempre vem.

— The End —