Me pareço com uma videira alaranjada,
Eu sou tudo, eu sou nada.
Folhas que escrevi por amor,
Rosados os olhos cheios de solidão,
Seja eu comboio , seja flor,
A primeira ou última estação.
Eu sou como as estações do ano,
Doce, calmo sem ser sereno.
A vitalidade do cair da folha sem querer,
Deixar de ser Verão ao amanhecer.
Queria ser Outono rapidamente,
Para ser vida ser semente.
Com o Outono tudo parace querer morrer,
Com a Primavera tudo quer nascer...!
No Inverno com o lagarto a hibernar,
Sol de Verão que parece escaldar.
Parece que os ciclos estão comprometidos
Com os amores, com os sonhos vividos.
Estações do ano que tudo consagrais,
Os rios, os mares, os salgueirais.
Movimentos acelarados do universo eu quero agradecer,
Pelo mundo , pela vida, pela existência do meu ser.
Estações, vida, ciclos