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VS Sep 2014
Tuas parcas impressões não me comovem
Irrito-me a cada interrupção gentil que tu fazes e
Devoro a mim mesmo em lúgubre fome,
A lamentar o que de bom poderia ter feito
Se e se

Mas

Às três da tarde
Apodreço numa cadeira áspera
Quase tão fétido quanto a fruta do vômito
Passada do ponto de colheita

Às cinco da tarde
Eu já sou molho estragado
Setenta por cento aglomerado literal de leucócitos degenerados
Pus integral

Ao cair do sol,
Sou um alface hidropônico
Pronto para ser vendido, lavado e comido por ti
Interruptor imbecil.

Voltar-me-ei ao mar
Ao esgoto
Num estado de paz surda

A solidão é um inspirar sufocado
Sufoca
Oxida as ideias
É tortura comodamente induzida

Se hoje fervilho, é sorte
Pura boa-aventurança;
Pois do profundo cócito
Fui e voltei

E cá estou
Inteiro
Longe dos dentes de Deus.
Rui Serra Apr 2014
Não me chames . . .
Não fales . . .
Não decidas . . .
Porque tu não podes . . .
Porque tu não sabes . . .
Mas sentes
Sentes que queres
Pensas e . . . sonhas.
És a paz num corpo indeciso.
Agarrado ao que não sentes,
sufocado quando mentes.
Aliciada pelo que te dou.
Sou . . .
A luz que ilumina os teus dias,
no Inverno ***** da tua mente.
Sou . . .
O mundo que procuras.
Sou . . .
O teu universo

— The End —