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VS May 2016
perfura-me os olhos
perpétuo motor da sombra

há tempo o que move esta senda
é o regurgitar do vômito
por obsessiva garganta
de um estômago de Cronos

entremeia com violência o claro e escuro
invalida pupilas uma vez ágeis
até que Sacra Dualidade seja conjunto vazio

e nega dadas respostas e insiste
que são impossíveis questões
num antigo e ébrio laço

encerra o deísmo em ti mesmo
macromania moral macerada em fermento
que tem por Sol os teus olhos

perfura-o pois
e encerra, agora,
suserano da perspectiva
VS Nov 2015
Macia tua carne negra
Fora, borracha
Emputrefa, dentro

Exausta estás
Ensimesmada em tua idiossincrasia
Pelo gosto do vermelho
Ou ódio seria?

Não sabes
Resiste e sofre
Mas gargalha estridente
Porque Desgraça é teu nome

Dos outros está para todos
De mim, para mim inteiro

Insaciável engole-me assim
Mas regurgita e berra
A desejar em segredo
Seu último fim

Contrastes se calam
No teu ***** e no meu
Nessa dança macabra
De uma pessoa só
VS Oct 2015
Pedi à lua e ela respondeu
Descubro
Agora
Em mim mesma
A fonte

Sou filha de Lua Mercurial
E rejo aqui na Terra em nome de Marte
Pelos dois pólos:
-  +

E marte, meu fiel guia, é bom professor
Conserva seu preciosismo
dotado talvez de pragmatismo maior
àvesso às morozidades da água
que agora secam na terra.

Conservo o meu poema
Meu espírito
O construto
O que tu me destes em tua visão

Conservo meu falo,
Pois em mim Marte grita:
À Glória!
VS Jun 2015
A sala inerte é o meu reino:
Quente, estranho
Num cheiro de fel e sêmen que desidrata todo alvéolo ******>
E Eu sou o diabo:
Frio, habitual
Condenado à prisão da luxúria, da lombeira

Espasmado engasgo-me no meu retrato de LCD
Nos botões do controle remoto
Nos meus olhos que coçam, pois não vejo

E como se só, já não bastasse o inferno
Os anjos com metralhadoras eretas
Vêm consumar o meu desleixe

Pois como mago que sou
Desarmo-os com meu falo movido a pilha
E rio-me de tristeza, pois era a guerra que eu ansiava

Rendidos, entram pela porta dos fundos
Trêmulos, sentam-se ao meu lado no sofá
E carnudos, macios e úmidos e corruptos se convertem

Porque Eu quero.
VS Jun 2015
Nem todo um é tudo
E nem todo tudo é um
Se e somente se nascido da Mãe
O um é um
VS Jan 2015
Consuma-me com tua fumaça tóxica
Memória física que assombra minhas noites

Queima tua poeira
E livra-me desse espirro reprimido que deforma meus miolos

Controla-te
#adeus
VS Nov 2014
Com esforço, entoa seu grunhir
A orquisa que um dia bela
Agora, recorda o imundo tapir

Seu tom jamais muda
Pois incapaz, surda, não se escuta
Nem som, nem sentidos

Então, ela entoa o grunhir
E caga à revelia
Fende a ******

Macula, em pânico, seus lençóis
Seus ares

E os dos outros.
casas geminadas
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