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Victor Marques Mar 2014
Além de um espectáculo singular!
O riacho corre sem parar...
O melro com seu bico amarelo,
Pintassilgo atrás de um pouco de farelo.

As videiras com seus rebentos,
Esquilos saem de seus aposentos,
As flores para nos alegrar,
Grilo faz gri gri para nos chamar.

Águias no céu azulinho,
Pardal constrói seu ninho,
Ai o cão até ladra sozinho.
Eu aqui perdido com devoção,
Amando a natureza até à exaustão.

Lagartos, aranhas e formigas,
Libelinhas vaidosas , divertidas,
Raposas e lobitos adormecem sim senhor,
Natureza em todo o seu esplendor.

Victor Marques
Rui Serra Sep 2015
do teu corpo
saem palavras
pensamentos profanos

da simplicidade do teu traço
saem rabiscos
desenhos fotográficos

com a tua alma de grafite
esmagas vidas
no cadafalso da praça

crias personagens
cenários teatrais

vives
sobrevives
entre a criação
e a morte

e em cada risco ensaiado
definhas em pó amargurado
Imagino um caminho fechado, ***** e sujo,
Dentro do escuro, saem sombras despidas,
Suas almas são vertidas, na solidão e eu fujo,
Deixo para trás cores pretas, ficam perdidas!

Apela-me ao coração, tantas vezes, a voz perfeita,
Diz-me segredos da cor magnifica, a cor do arco iris,
E agora que ficaria eu fazendo, fugindo da tal ceita,
Que entrou na minha vida e saiu, como liquido que fiz!

Transformou-se toda a minha vida, e a sujidade saiu,
Como do túnel que antes descrevi e de lá almas libertei,
Alegra-me plenamente o valor que meu coração adquiriu,
Se entregou a ti alma gémea que amo e sinto, eu encontrei!

De que serviu todo o antibiótico que tomei, senão para cura,
Foi remédios de sentimentos sombrios, me transformaram,
Meu ser é hoje de um homem, completamente de alma pura,
Necessito apenas de oportunidade segura, que me partilharam!

A tua entrega neste momento difícil, merece um festejo celestial,
Não terá de ser festejado amanha, porque é hoje a tal festa *******!
Meu coração encheu-se de sonhos, minhas armas carregaram igual,
Completamente firme, penetro no mundo que deste, é o divinal!

Autor: António Benigno
Código de autor: 2013.07.31.02.12
Lua Bastos Apr 2015
Estou pendurada por um fio
Meus pés deveriam procurar o chão
Minhas mãos deveriam procurar o céu
Eles dizem: ''Você pode falar com Deus se precisar''
Dizem saber mais
Dizem que não vai adiantar se esforçar
Enquanto perco o ar
Pássaros saem da minha boca
Olhe. Agora.
Sabe do que estou falando?
Eles te enforcam sem perceber
Gelado. Pálido.
Somos sacos de ossos mecânicos
procurando por uma fantasia.
Dayanne Mendes Dec 2012
Perdi o jeito de escrever,
Ao olhar profundamente nos seus olhos.
Descobri que nada era mais necessário,

Que não necessitava de nenhum dom,
Só de você.
As palavras já não saem do meu punho,

Nada mais sai,
Não penso mais nas palavras lindas que escrevi,
Todas motivadas por ter perdido você.

Mas olhando profundamente, eu acabei perdendo a mim.
A minha essência profunda e confusa.
Perdendo você, perdi a mim.

E também perdi os poemas,
O amor e toda a dor que estava aqui.
Só restou o torpor, e corações pra partir.
Dayanne Mendes Nov 2014
Eu não sei o que faço
Parada no quarto
Em prantos

Eu queria entender
O porquê de ser assim
Tão frio e amargo

Esse é o destino então?
Ser infeliz
Ou não?

Eu queria um caminho
De arco-íris e pote no final
E o que eu tenho agora

Doi mais
E a demora
Esperar por nada

Há de me deixar louca
Na varanda ou na porta
Ou na rua, eu não sei onde chegar

Meus pés saem do chão
Ou é uma ilusão
Sou só eu lá fora?
Dayanne Mendes Nov 2016
é comum uma noite fria, em meio ao verão
chuvas quentes
fortes
lembram minhas lágrimas
que aqui derramo enquanto escrevo.

sabe Deus porquê

amor
lealdade
ou nada disso

o que é a vida em meio a tudo isso...

em meio a meu emaranhado de palavras, que saem engasgadas,
do meu peito sofrido.

— The End —