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Ontem descia a colina, pelos caminhos da natureza,
Foi quem sabe o seu trilho, que me mostrou a beleza,
Desde as plantas, ao ar que lá respirei, me maravilhei,
Foi nessa viagem que descobri, que ali tudo eu farei!

O cheiro a vida e os animais descascados de preconceitos,
A paz que se sentia entrar nos seus ninhos, eram preceitos,
De cores de luz ardente, onde o sol encoberto de folhas,
Mostrava atos ou sentimentos que são nossas escolhas!

Não escolho de quem posso gostar, mas escolho preservar,
Não luto pelo amor, se não o posso cultivar, porque não ó é,
Mas se eu escolher amar entre as folhas eu vou me mostrar,
E se estiver por trás delas, alguém, também deixo brilhar. Pois é!

É umas mistura de sons e tons, numa bebida alcoólica,
Sente-se os cheiros e sabores, escorrendo pela goela,
Percorrem-se os melhores encontros, gente acolita,
Se não são seus valores, nem são dele, nem são dela!

Porém, esta minha caminhada, vale escuro abaixo,
Que entre o brilho da estrela do dia mais claro,
Se perdi, porque vi, o que não guardei e encaixo,
E já vale adentro, hoje teu abraço é o meu amparo!

Autor: António Benigno
Código do texto: 2013.07.21.02.07
Susana Nov 2014
Está a ficar tarde, e tu atrasaste-te outra vez
Já respirei fundo e contei até três.
Mas de nada me serviu.

Nós caminhamos numa ténue linha
E ela está a começar a romper
Ainda nem tivemos tempo para nos conhecer.

Sei que é ingénuo da minha parte pensar em algo mais
Quando de mim só dou o que quero
Mas de ti tudo espero.

Estamos a chegar ao fim.
Tens mais alguma coisa a dizer?

Talvez deveríamos ter escrito um parágrafo
E acabámos a meio de uma frase.

— The End —