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Wörziech Jul 2013
Com o teu coro que aqui está,
passo a ser preenchido por sombras circunstanciais.

Elas me trazem a memória do renascer
e bem claramente posso sentir o ardor do consolo com que me levam
às lembranças do meu verdadeiro ser.

Transmitindo uma serenidade que se funde aos sons que as acompanham,
em um baile de caos e ódio,
buscam me recordar do que está próximo:
Do deleite profundo em sonho,
minha experiência egocêntrica,
à minha expansão como universo;

um universo em que eu sou a desordem e o âmago.

Constituído completamente de memórias e sentimentos;
sentimentos de uma beleza imprópria;
de morte e de cor,
de vida e dor.
hi da s Dec 2018
um dia eu descobri que te gostava.
um tempo depois descobri que tu me gostava.
meu gostava era fraco e só esqueci
e segui.
não sei quanto a ti, se o fogo que te habitava
era quente como um fogão aceso no verão
ou
um fósforo que se apaga quando queima a madeira no fim.

te visitei muitas vezes aqui dentro e sempre imaginei como seria
se
te beijasse durante o dia
elogiasse teus dentes de sorrisos geométricos
convidasse prum gole de café
tocasse teu ombro bem devagar com a
ponta dos dedos
encontrasse teus olhos perdidos
te fizesse enxergar que existe coisa além
de solidão


fotografei teu corpo seminu
te beijei em noites bebadas
conheci tuas poesias
te segui sem saber
e me deu nó quando soube do teu
coração preenchido

ouço o que ouves agora
e penso em ti com frequência
senti tua falta
e penso que peco porque meu coração também
preencheu

e se só o que fosse pra ser fosse ser só sem ser a gente
notas sobre ela
Wörziech May 2013
Embarco, nesse exato instante, em um profundo, ***** e denso espaço contorcido e desconexo; sem regras, sem leis.
Com exatidão, vejo surgirem luminosas rajadas aleatórias, trazendo aos meus olhos uma penumbra sarcástica que aprecia minha estadia em um desconsolo sem medidas.
E o que antes eram apenas traços, logo se fazem vivas imagens rebuscadas por uma beleza não material; começo a ser preenchido, reciprocamente, por esse universo, agora acolhedor; seus “despadrões” e completa instabilidade me fazem sentir, enfim, livre; a penumbra, que se torna indescritivelmente intensa e obscura, em tons humanamente mórbidos, me guia por todos os mundos sem muros de um só momento.
Paira a mutação mental, que, em um aglomerado de parciais ilusões reconhecidamente conectadas, passam a reger alterações de neutralidade; as essências se unificam.
Desfoques, sobrepostas simetrias de cores variáveis; são diversos prazeres, intocáveis lugares
Todos me levam a plainar em um céu que reflete a si próprio; paro, então de me ver, como em uma junção atemporal.
A intolerável morte humana torna-se agora uma morfina irrecusável para a vida.
Ao Abrir, por fim, os meus olhos, vejo nascer o sol outra vez, me queimando e me fazendo regressar para a interminável dor.

— The End —