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Tenho ao meu lado o metro dos Restauradores
E um cigarro na mão
Em frente ao Hotel Avenida Palace põe se o dia
Em frente a mim que o vi a nascer.
A cidade corre por entre mim, vejo-a
Os pés apressados e quase serenos rostos
Que reparam por vezes também em mim
Tão exatos e certos os movimentos
E sei que nenhuns outros corpos poderiam ter por mim passado
Que não estes.

O céu escurece sobre os prédios
Estou posicionada de modo a ver todos os Ângulos certos
Dos telhados sob o quase ***** azul
Estamos em meados de novembro e não chove quase nunca
Os dias claros e as noites geladas
Mas não há frio algum nesta noite criança
E o cigarro vai-se rápido (certa que não irá nunca
Para sempre em mim como o melhor cigarro que já fumei
Pois, como tudo o resto que vi e escrevi, não podia ser mais certo)
Victor Marques Dec 2009
Caminhos sentidos de vivência,
Olhar meigo de criança,
Sentir só o presente, o sol que aquece,
Dia novo que sempre se esquece.

Rosto da vida, do amor, do momento.
Planície que se estende no horizonte,
Penedo se ergue no cimo do monte,
Legado do ser, do pensamento.

Sentir o calor com os lábios semi-abertos,
Procura de carinhos e afectos,
Ternura tua com eterna leveza,
Arco-íris cobre-me com tua pureza.

27 De Novembro de 2008

Grande abraço.


Victor Marques
- From Network, wine and people....

— The End —