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VS Sep 2014
Choras os dias passados
Tolo projeto de homem novo?
Descanse seguro de que aquele que o olha
Não vê o que se move em teus miolos.

Vista tua casca grossa, raivosa
Todos os dias
Religiosamente
E saia, por favor
Saia.

Com um fogo fátuo nos olhos, mire a si mesmo nos reflexos
Mire os olhos dos outros
Seduza-os
Mas deixe-os
Afinal quando fechas os teus
Tudo o que vês são dias passados
Poeira que lhe incita muito mais que espirros

Calma, vista tua casca grossa
Relaxa, canta.

E volta pra casa
Olha as estrelas
A noite é só tua
Respira
Corre
Chora
Chora toda a tua crueldade

E vista, amanhã, tua casca grossa.
Raivosa.
VS Jan 2015
Consuma-me com tua fumaça tóxica
Memória física que assombra minhas noites

Queima tua poeira
E livra-me desse espirro reprimido que deforma meus miolos

Controla-te
#adeus
hi da s Jan 2018
beijar os joelhos e sentir os pelos se arrepiando
enquanto o calor do fogão aceso aquece a barriga dela
e transporta os miolos pra outro pensamento
que não
o agora.

e deitar sobre a cama
nua em pele
enquanto as pontas dos dedos do pé acariciam a cabeça
daquela presença efêmera que acompanha há cinco anos.

vítima? não entender sobre todas as coisas
e parecer calma o suficiente pra apenas
concordar com a cabeça.

sim!
eu sou aquela mesma pessoa?
não.

o sol já vai nascer e tudo começa de novo.
tudo novo.
novamente.

é assim que as coisas são.
Sobre o abismo de minha desgraça voarei
Ser livre para odiar tudo me fez rei
Eu sou o bacanal eterno do infinito
Onde meu diabo rima salmos com meu mudo grito

Os miolos fervem na minha crença
Mas do inferno ao céu eu sou descrença
Alheio à verdade de toda a humanidade
Resvalando aos trancos o coração da minha imortalidade!

Eu dançarei como um demônio risonho
Na ideia inefável de meu sonho
Nebuloso, dissoluto e absoluto, entre o óbolo e a nobreza
Saltitando por entre os píncaros de minha avareza!

Epífase de todo meu destino
Absorve minha alma torta
No íntimo da minha egrégia exorta
A exegese infindável do meu atino!

— The End —