Espaco físico, matéria e energia congregados,
Seres vivos, seres inanimados.
Animais selvagens, animais domesticados,
Natureza viva com sua autossuficiencia
Bactérias, células sua essência.
Organismos que moldam sua vida,
Natureza persistente e incompreendida.
Tudo cresce com espontaneidade,
Natureza física da minha liberdade.
Plantas e Animais em paz,  em harmonia,
Bendita com seu calor e alegria...


Na noite avisto a Lua em fase crescente,
Universo gratuito para meu semelhante.
Tudo nos dá sem contrapartidas,
Searas douradas, rosas floridas...
Por do sol   belo e distante,
Natureza que tudo clareia,
O cão,  o lobo , a alcateia.
Cataratas sublimes da foz do Iguacu
Natureza que me encantas sempre
Com a serenidade do tempo feito vida, feito gente,
Natureza minha âncora , minha paixão,
Minha luz.

Victor Marques

Local de  homens mortais  e transcendentais venerados,
Que viveram honrando os seus compromissos passados.
Seres celestiais que querem ser reincarnados ,
Voltando à vida de humanos santificados.

Lugar alto, o mais importante e sagrado,
Sem inferno nem submundo,
Divindade com amor ao mundo,
Do  homem bom e amado.

Vivendo com piedade e fé também,
Acreditando no céu que se tem.
Delícias de uma felicidade infinita,
Que santifica a terra bendita.

Espaço onde os astros por vezes estão escuros e de repente tudo clareia,
Universo do mundo temporal que nos rodeia,
Céu meu do paraíso  celestial da vida ,
Nobreza de minha alma incompreendida.

Do alto do paradoxo o ***** vulto
Fragmenta-se no íntimo degredo do mundo
Com as infinitas verdades em harpejo moribundo
Fatal elegia de seu insano culto!

Animando aforismos de discórdia
Ei-la que passa, sem sentido minha vida
Sorvendo o caminho sem misericórdia
Bruxa do acaso incompreendida!

Como um barquinho de papel a naufragar
Meu indignado resquício de ilusão
Afogando o meu último indagar
Dentro de meu despedaçado coração!

Quimeras do assombro, deixai-me quieto!
Debalde me ultrajas. Mas eu sou o eterno vão
No silêncio do meu infinito dialeto
Atado aos pés da desolação!

Vós cantais da ingratidão a sinfonia
E de todas as reflexões se enfastia!
Mas eu sou supremo, a derradeira imagem
Unida ao precipício da palavra sem origem!